W.E., no Brasil W.E. – O Romance do Século, é um grande filme, uma beleza.
E vou logo dizendo: não sou fã de Madonna, nunca fui. Não que conheça bem seus discos: não conheço. Na verdade, nunca me interessei por Madonna. Devo ser das pouquíssimas pessoas na face da terra que não odeiam nem amam Madonna.
E, no entanto, a partir de agora tiro meu chapéu para ela. Escreveu e dirigiu um filme suntuoso, brilhante.
W.E. é cheio de maneirismos, e costumo detestar maneirismos. W.E. vai e volta demais no tempo, e costumo desprezar filmes que insistem em ficar indo e voltando no tempo.
Mas, apesar disso, não dá para não admitir, mesmo que eu estivesse vendo o filme com o pé atrás (não estava): é uma beleza de filme.
Uma história real que já é por si só extraordinária
A história real de Wallis e Edward – o título do filme vem das duas iniciais, é claro – por si só já é uma trama magnífica, extraordinária, literalmente extra-ordinária. Parece coisa de cinema, de novela, de roteirista extremamente imaginativo. Em meados dos anos 1930, o mundo às vésperas de uma nova guerra mundial, o nazismo crescendo, Edward Albert Christian George Andrew Patrick David, o herdeiro do trono da Inglaterra e do Império Britânico, com meio bilhão de súditos planeta afora, apaixona-se perdidamente por uma mulher plebéia, não britânica, não anglicana, casada, já divorciada uma vez – e a americana Wallis Simpson sequer belíssima era.
O pai de Edward, o rei George V (interpretado no filme, em algumas pouquíssimas sequências, por James Fox), morre. Em janeiro de 1936, o primogênito assume, com o título de Edward VIII. Atacado na imprensa, no Parlamento, pelo próprio primeiro-ministro, devido a seu caso público com a americana casada, Edward VIII tem que escolher entre o trono do Império Britânico e o amor – e escolhe o amor. Em dezembro daquele mesmo ano de 1936, abdica ao trono, que passa para o irmão mais novo, Albert Frederick Arthur George – o rei George VI, o rei que era gago, como mostra o excepcional filme O Discurso do Rei/The King’s Speech.
Eventualmente, George VI se revelaria um rei firme, forte, durante um reinado que duraria por toda a Segunda Guerra Mundial; ele seria sucedido, em 1952, pela sua primogênita, Elizabeth Alexandra Mary, a atual rainha Elizabeth II – mas esta é outra história.
À riquíssima história real, o roteiro acrescentou uma personagem fictícia
Então, repito: só a história real de Wallis Simpson e Edward Albert Christian George Andrew Patrick David já é uma trama extraordinária. Mas, para Madonna, não bastava. Talvez ela pudesse achar que contar, na ordem cronológica, uma história real – real nos dois sentidos, de verdadeira e porque envolve uma das realezas mais antigas do planeta -, já conhecida de muita gente, não traria grandes novidades. Pode ser.
O fato é que, para Madonna – ela mesma rainha, embora não por direito de sangue, e sim pelo talento que ela deve com toda a certeza ter, ou não seria a rainha do pop há três décadas –, simplesmente contar a história real de Wallis e Edward não bastava.
E então ela e o co-roteirista Alek Keshishian (um libanês nascido em 1964 e que antes havia escrito apenas um roteiro, Amor e Outros Desastres, de 2006, uma comedinha romântica com Brittany Murphy) inventaram uma outra personagem, Wally.
Wally, nome bem parecido com Wallis – e não é mera coincidência, de forma alguma. A avó e a mãe da Wally fictícia, saída das cabeças de Madonna e Keshishian, eram fascinadas, obcecadas com a história de Wallis e Edward. O fascínio, a obsessão passavam de geração a geração, e Wally também tem uma fixação pela personagem real em que seu prenome se baseia.
Wally (interpretada por uma Abbie Cornish – nas fotos acima e abaixo – cujos cabelos louros foram tingidos de negro) trabalhou muito tempo na Sotheby’s de Manhattan, a filial da grande empresa de leilões inglesa. Mas casou-se com um psiquiatra de renome, rico, com nome de rei inglês, William, e, fazendo a vontade dele, abandonou a carreira, virou dona de casa.
William Winthrop (interpretado por Richard Coyle) não é, na realidade, o príncipe encantado que as amigas de Wally acham que ele é. O espectador vai vendo, ao longo da narrativa, que William é egoísta, umbigocêntrico, possessivo, dominador – e um marido absolutamente ausente, e, tudo indica, também infiel. Mais para o final da narrativa, vai se revelar ainda pior: covardemente violento.
A história de Wally Winthrop se passa em 1998, quando a Sotheby’s de Manhattan está exibindo e leiloando uma fenomenal quantidade de objetos que pertenceram a Wallis e Edward – fotografias, móveis, roupas, louças, jóias, uma imensa quantidade de jóias.
Wally visita a exposição dos objetos todos os dias. Todo santo dia. Durante as visitas, reencontra suas antigas companheiras de trabalho – e ficará conhecendo um dos muitos agentes de segurança da casa, um imigrante russo chamado Evgeni. Como este é um filme que dá importância a nomes, Wallis, Wally, é bom lembrar que Evgeni é o mesmo prenome do poeta Yevtushenko, cujo autobiografia foi devorada pelos jovens da minha geração; do pianista Kissin, e de tantos outros russos famosos. E, sobretudo, de Eugene Onegin, o poema épico de Pushkin, transformado em ópera por Tchaikovsky e também em filme.
(O segurança Evgeni é bem interpretado por Oscar Isaac – na foto acima -, que não tem nada de russo; é guatemalteco, filho de mãe guatemalteca e pai cubano.)
O roteiro foge da ordem cronológica como o diabo da cruz
E então o roteiro de Madonna e Alek Keshishian nos mostra, em paralelo, trechos da história real de Wallis (interpretada por Andrea Riseborough) e Edward (James D’Arcy), e a história da nova-iorquina Wally, seu marido William e o segurança russo Evgeni.
Como ainda assim poderia parecer pouco (para Madonna, assim como para James Bond, o mundo não parece ser o bastante), as duas histórias paralelas, a real e a fictícia, são mostradas completamente fora de ordem cronológica.
E, como se ainda assim não fosse o bastante, logo no início da narrativa veremos também seqüências que mostram Wallis muito antes de se casar com o milionário Ernest Simpson (David Harbour) – de quem se divorciaria para se casar com Edward. Uma sequência brutal, violenta, mostra Wallis sendo espancada pelo primeiro marido, em Xangai, em 1924.
W.E. usa e abusa do direito de ir e voltar no tempo; foge da ordem cronológica como o diabo da cruz. Tudo o que eu em geral abomino. Mas quer saber? Tudo funciona. Tudo funciona maravilhosamente bem.
No iniciozinho, cheguei a pensar: epa, olha aí um exemplo daquela teoria segundo a qual Podendo-Complicar-a-Narrativa,-Por-que-Simplificar?
Essa sensação desaparece muito rapidamente. Até porque, para comprovar que não se pretendia confundir a cabeça do espectador, o filme traz, didaticamente, simpaticamente – obrigado, Madonna! – letreiros com o local e o ano da ação.
E a verdade é que Madonna e Keshishian não complicaram a narrativa pelo simples gosto de complicar. Estruturaram a narrativa assim porque o efeito dramático é melhor. Fizeram isso com maestria. O roteiro é um absoluto brilho. A vida da Wallis dos anos 1930 influencia a vida da Wally dos anos quase 2000 – e isso é mostrado de forma soberba. Quando as duas se encontram, Wally e Wallis (como na foto abaixo), é uma maravilha.
Mais plongées e contreplongées que em toda a filmografia de Hitchcock
Sim, há os maneirismos.
A câmara do diretor de fotografia Hagen Bogdanski é daquele tipo que parece estar a cada momento exclamando: Veja, espectador, como eu sou genial, como eu sou diferente!
Há um abuso dos super hiper big close-ups. A tele inteira fica ocupada, por exemplo, por um dos olhos azuis de Andrea Riseborough-Wallis, de onde sai uma lágrima. Há mais plongées e contreplongées do que no conjunto de todos os filmes de Alfred Hitchcock
Há longos fade outs, momentos em que a tela fica preta, para realçar que terminou um capítulo e vai começar outro.
Às vezes pode até parecer que Madonna quis exibir todos, absolutamente todos os truques da arte cinematográfica, quis usar todos os artifícios que a gramática do cinema criou.
Costumo achar os maneirismos uma coisa um tanto sacal.
Pois quer saber? Tudo é feito com tanta maestria, com tamanho talento, que não há problema algum no fato de Madonna ter queimado tantos fogos de artifício.
Seu filme é suntuosamente belo como a queima de fogos do réveillon em Copacabana.
Madonna se mostra ótima diretora de atores; o elenco está perfeito
E não é que a mulher, além de tudo, sabe dirigir atores?
Todo o elenco está soberbo. A americanérrica Madonna Louise Ciccone fez um filme autenticamente inglês, cheio de belíssimas interpretações, como o cinema inglês sabe fazer melhor que qualquer outro.
Sendo um filme feito por uma mulher, as mulheres brilham mais. Abbie Cornish está estupenda como a angustiada Wally. Essa moça – uma australiana de New South Wales, nascida em 1982 – já havia me impressionado à primeira vista ao fazer um papel pequeno em Um Bom Ano, de Ridley Scott, de 2006. Tem uma dessas belezas mesmerizantes: seu rosto parece saído da tela de um Boticelli, ou então de um designer especialmente talentoso no uso do Photoshop. Poderia até não precisar, mas além da beleza absurda tem talento. Em uma carreira iniciada em 1997, com 27 títulos no currículo, já teve nove prêmios e dez outras indicações.
Já de Andrea Riseborough, que faz o papel de Wallis Simpson, eu não me lembrava de ter ouvido falar. Foi extremamente bem escolhida: não tem uma beleza radiante, exatamente como a mulher que fez tremer o trono britânico. Mas tem um estranho charme, exerce sobre a câmara uma esquisita fascinação.
É inglesa, é claro. Nasceu em Northumberland, em 1981. E… Meu Deus do céu e também da terra, ela trabalhou em três filmes que já vi, e que já estão neste site: Simplesmente Feliz (2008), Revolução em Dagenham e Não me Abandone Jamais (os dois de 2010). Não me lembrava dela.
Entre tantas outras qualidades, W.E. teve grandes acertos no casting.
E a trilha sonora… O que que é aquilo, meu?
Como nove em cada dez filmes do cinemão comercial recente, W.E. não tem créditos iniciais. A música é soberba, imponente, pesada, sinfônica – pontua cada situação da narrativa. Fiquei pensando, enquanto o filme rolava, quem seria o compositor: Alexandre Desplat? Rachel Portman? Zbigniew Preisner? Patrick Doyle?
Nenhuma das alternativas anteriores. O cara se chama Abel Korzeniowski. Polonês da Cracóvia, nascido em 1972, 16 trilhas sonoras no currículo, inclusive Direito de Amar, o belo filme de Tom Ford.
Um detalhe fascinante: Mohamed Al-Fayed
Um pequeno detalhe que chamou minha atenção: Mohamed Al-Fayed, o bilionário que a fictícia Wally vai visitar em Paris, e no filme é interpretado por Haluk Bilginer, existe mesmo na vida real. Está vivo.
Talvez seja pura ignorância minha, e muita gente saiba sobre a vida de Mohamed Al-Fayed. Confesso que não sabia nada sobre ele. É um personagem riquíssimo (em todos os sentidos), cuja vida mereceria virar filme.
Nos créditos finais, em letrinhas pequenas, é feito o seguinte agradecimento: “Muito obrigado pela generosa ajuda de Mohamed Al-Fayed, que deu conselhos e encorajamento de inestimável valor, permitindo filmagem na Windsor Villa, em Paris, a antiga residência do Duque e da Duquesa de Windsor, que atualmente é a residência de sua família”.
Al-Fayed, um egípcio nascido em Alexandria em 1929, é um empresário de extremo sucesso; é dono, entre outros, do Hotel Ritz de Paris, do Fullham Football Club da Inglaterra, e foi, no passado, proprietário da loja Harrods, um dos símbolos de Londres. E é dono também, como se vê no agradecimento nos créditos finais de W.E., do palacete em que Wallis e Edward viveram no seu exílio forçado, até suas mortes – ele morreu em 1972, aos 77 anos; ela (na foto ao lado), em 1986, aos 89.
O palacete – a Windsor Villa – foi comprado por Al-Fayed, juntamente com o que havia lá dentro. O mobiliário e os objetos seriam vendidos em leilão, como mostra o filme.
Um detalhe dentro do detalhe: Dodi Fayed, um dos filhos de Mohamed Al-Fayed, foi o último namorado da Princesa Diana. Morreu com ela no acidente de carro em Paris, em agosto de 1997.
O filme tem sido até agora um fracasso de bilheteria
Tenho um pouco de preguiça, e não vou pesquisar se o filme de Madonna agradou aos críticos. Vejo no Box Office Mojo que W.E., lançado nos Estados Unidos em fevereiro de 2012, obteve, no maior mercado do mundo, US$ 583 mil, apenas; no resto do mundo, faturou US$ 284 mil, totalizando US$ 868 mil. Uma absoluta, genuína merreca, pó do cocô do cavalo de bandido. O belo site, referência sobre bilheteria dos filmes, diz que o orçamento não está disponível – os produtores não divulgaram quanto gastaram. Como é uma produção absolutamente suntuosa, com extraordinária reconstituição de época, milhares de figurinos, locações em diversas cidades – Nova York, Paris, Londres –, dá para presumir que não custou menos de uns US$ 50 milhões. Para se pagar inteiramente, teria que ter tido uma bilheteria de US$ 150 milhões. Não chegou sequer a US$ 1 milhão.
Costuma haver um certo preconceito do universo do cinemão comercial para com os astros da música que se aventuram a fazer filmes. Algo parecido com reserva de mercado. Gênios como Bob Dylan, Paul Simon, Paul McCartney não foram bem aprovados em suas experiências como diretores de cinema. Dylan e Simon chegaram a trabalhar como atores, o primeiro com Sam Peckinpah, o segundo com Woody Allen, mas não se deram muito bem, não tiveram reconhecimento algum.
Mais marqueteiramente bem sucedida do que esses três gênios, muitíssimo mais badalada, mais universalmente famosa do que eles, Madonna tem ligação antiga com o cinema. Até me assusto ao ver que ela tem nada menos de 23 títulos como atriz.
Lembro dela como uma das jogadoras de beisebol no divertido, gostoso, belo Uma Equipe Muito Especial/A League of Their Own, de Penny Marshall (1992), em Dick Tracy, de e com Warren Beatty (1990), em Sem Fôlego, de Wayne Wang e Paul Auster (1995), em Corpo em Evidência, de Uli Edel (1993), mas não vi Procura-se Susan Desesperadamente (1985) nem o Evita de Alan Parker (1996). Nem me lembrava que ela está em Neblina e Sombras, de Woody Allen (1991).
Também não vi Filth and Wisdom, de 2008, o primeiro longa que ela dirigiu. Este W.E. é seu segundo trabalho na direção.
A câmara de Madonna mostra as cenas de sexo com o pudor de uma freira
E aqui cabe um parênteses.
Pois é, Corpo em Evidência. Um filme quase pornô, apelativo, como se costumou fazer no cinemão comercial americano no final dos anos 1980, começo dos 1990.
Em seus shows, e clips, Madonna é provocativa, apelativa.
Pois não é que, como diretora, em W.E., Madonna fica mais longe de qualquer apelação do que um vampiro das réstias de alho?
A câmara de Madonna e do diretor de fotografia Hagen Bogdanski mostra as cenas de sexo com o pudor de uma freira. Como babei com o filme, ousaria mesmo dizer que mostra as cenas de sexo com a ternura da câmara de François Truffaut.
Fecha parênteses.
O preconceito contra quem vem de outro ramo
Embora tenha ligações fortes com o cinema (para não falar do fato de que foi casada com o diretor Guy Ritchie), e talvez exatamente por ser tão bem sucedida na música pop, Madonna muito provavelmente é vítima desse preconceito, essa reserva de mercado de que falei.
E Madonna é, sem dúvida alguma, uma persona que desperta tanta paixão quanto ódio. Me lembro de ter visto um livrinho, acho que dos anos 90, somente de piadas contra Madonna.
Preconceito – seja ele qual for – é um horror.
Felizmente, consegui ver W.E. sem qualquer idéia pré-concebida. Nem torcendo para ver um bom filme, nem querendo que o filme fosse um horror.
Me sentei diante dele apenas querendo ver o filme.
Durante os primeiros cinco minutos, fiquei, sim, um tanto atordoado.
Com dez minutos, estava fascinado pelo brilho do filme.
Tive preguiça, repito, de pesquisar o que disseram os doutos críticos. Mas tenho absoluta certeza de que muito douto crítico que esculhambou com o filme teria aplaudido de pé como na ópera se ele fosse assinado por um diretor de prestígio, desses queridinhos tipo Abel Ferrara ou Michael Haneke, ou esse novo Steve McQueen de Shame.
Bleargh para os críticos. W.E. é uma beleza de filme.
Anotação em janeiro de 2013
W.E. – O Romance do Século/W.E.
De Madonna, Inglaterra, 2011
Abbie Cornish (Wally Winthrop), Andrea Riseborough (Wallis Simpson), James D’Arcy (Edward, mais tarde Rei Edward VIII, mais tarde Duque de Windsor), Oscar Isaac (Evgeni),
e Richard Coyle (William Winthrop), David Harbour (Ernest), James Fox (Rei George V), Judy Parfitt (Rainha Mary), Haluk Bilginer (Mohamed Al-Fayed), Natalie Dormer (Elizabeth), Laurence Fox (Bertie, mais tarde rei George VI), Katie McGrath (Lady Thelma)
Argumento e roteiro Madonna e Alek Keshishian
Fotografia Hagen Bogdanski
Música Abel Korzeniowski
Montagem Danny B. Tull
Direção de arte Martin Childs
Produção Semtex Films. DVD PlayArte.
Cor, 119 min.
***1/2
Filme brilhante e extremamente bem cuidado. Não foi bem recebido por muitos pelo pre-conceito de ser um filme de Madonna. Melhor que muitos vencedores de oscars
Sergio,assisti este filme em 28 outubro 2012.
Na época, eu ía te indicá-lo mas, não lembro se cheguei a fazer isso. De qualquer forma que bom que viste e deste nota quase máxima.
Não deu prá esquecer pois está bem recente.
Assim como voce, não amo nem odeio tampouco sou fã da Madonna mas, é a pura verdade, é um filme maravilhoso. Também não gosto muito desse vai e vem no tempo.
Fiquei bôbo quando vi que a direção era dela.
A loura parece que conhece do riscado. Acho também que não sería necessário juntar uma ficção à história real mas, ficou muito bom.
“Filth and Winsdom” que voce citou se chamou aqui no Brasil,se não me engano,”sujos e sábios” se bem que a tradução correta é, imundície e sujeira. Vou tentar ver.
Quando falavas sôbre o Egípcio Al Fayed,eu me liguei, não é aquele do caso da Diana? e, mais abaixo quando falas do filho dele o Dodi,vi que minha lembrança estava aguçada.
Muitos críticos detonaram este filme mas tenho certeza que se seu diretor não fôsse a Madonna,teríam aplaudido de pé. É aquele tal do PRECONCEITO. Inclusive “sujos e sábios” (como eu disse ainda não vi),não sei se é bom ou não mas,tbm tem muita gente detonando.
Voltando um pouco ao filme,trilha sonora e fotografia, maravilhosas e um figurino muito bonito também.
Me admirei com o que disse Rubens Ewald Filho:”fiquei chocado pela incompetência,a incapacidade de contar a história. Bom, é a opinião dele.
Eu me deliciei com este filme. Magnífico.
Olá, Sérgio.
Sou uma frequentadora assídua de seu site.
Adoro suas críticas, já fiz várias recomendações deste a outras pessoas e, à excessão de um filme (Restless. Achei aguado. Tua crítica era mais excitante que o filme inteiro), sempre tive maravilhosas experiências cinéfilas através de tuas indicações e avaliações.
Gosto muito do teu tom e das tuas sacadas.
E, em off, também do compartilhamento, que transpareces aqui, com tua companheira. Sutilmente doce.
Muita grata por me fornecer apreciação.
😉
Este filme não chegou a Portugal graças aos céus, digo eu. O passado cinematográfico da Sra. Dona Madonna é lastimável, deve ser a recordista dos Razzie Awards, por um lado. Por outro o assunto é deveras deplorável: as vicissitudes amorosas do deplorável rei Edward VIII, um nazi convicto que foi posto no olho da rua.
Mas há quem goste destes acontecimentos irrisórios, enfim.