
(Disponível no YouTube em 5/2025 com o título de Encobrimento.)
Cover Up, no Brasil Delito Oculto, de 1949, não tem grandes astros – os principais atores são Dennis O’Keefe, William Bendix e Barbara Britton. O diretor, Alfred E. Green, embora de carreira respeitável, não figuraria em qualquer lista dos mais importantes de Hollywood. É bem pouco conhecido: não consta em oito dos nove guias que consultei. E, no entanto, é um ótimo filme.
Tudo é bom, tudo funciona – mas a maior qualidade, não tenho dúvida, é a trama. Esta foi a trama policial de que mais gostei entre os filmes que vi nos últimos muitos e muitos meses.
É uma belíssima trama policial – mas é também uma radiografia de um microcosmo da sociedade do país, um estudo sobre como funciona a comunidade de uma cidade pequena. O cinema americano tem belos filmes assim, um retrato do micro que espelha o macro, a sociedade como um todo. The Chase, no Brasil Caçada Humana (1966), do grande Arthur Penn, é um dos mais pessimistas, cortantes, corrosivos, mas há muitos, muitos outros.
E é muito interessante, porque, apesar daquelas características que destaquei – sem astros, sem diretor de grande prestígio, ignorado por oito entre nove guias –, o filme de alguma maneira obteve reconhecimento, com o passar dos anos. Cinco anos depois de seu lançamento, em 1954, ele teve um relançamento, uma reestréia nas salas de cinema nos Estados Unidos, por uma outra empresa distribuidora, com um novo título, The Intruder, o intruso. Em 2016, o filme foi exibido pela Turner Classic Movies, com direito a uma apresentação feita pela linda, estonteante Madeleine Stowe. (Deus meu, o que foi feito daquela maravilha?) E, ainda mais recentemente, passou por um processo de restauração pela Film and Television Archive da Universidade da Califórnia Los Angeles, com apoio financeiro do Packard Humanities Institute e da Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos. A versão restaurada teve lançamento em 2023 no UCLA Festival of Preservation.
Muito provavelmente foi a partir dessa versão restaurada que saiu a versão que está disponível no YouTube, grátis que nem passeio no parque. A qualidade de imagem e de som está excelente. Detalhe: no YouTube, Cover Up está com o título que é a tradução literal, Encobrimento. Um título que o filme nunca teve – ele foi lançado no Brasil, na sua época, como Delito Oculto – exatamente o mesmo título usado pelos distribuidores portugueses. Na França, o filme se chamou L’Indésirable Monsieur Donovan.
Um investigador de seguradora chega a uma pequena cidade
Sam Donovan – o intruso, o intruder do título do relançamento nos Estados Unidos, o indesejável senhor Donovan do título francês – é o protagonista da história. Ele é interpretado por Dennis O’Keefe (na foto abaixo), o co-autor da história e do roteiro, juntamente com Jerome Odlum, e dono da pequena empresa Strand Productions, que realizou o filme.
Sam Donovan é um investigador de uma companhia de seguros que “chega a uma pequena cidade para verificar um caso de suicídio. As pessoas não se mostram muito cooperativas, e algumas reagem com hostilidade, levantando a suspeita de que há algo sendo encoberto”.
O parágrafo acima é a sinopse do filme no IMDb; ela me parece muito boa – apresenta os fatos básicos da história sem dar spoilers. E é bastante parecido com o que diz o guia de filmes de Steven H. Scheuer, o único de todos os meus guias que tem um verbete sobre o filme: “Um investigador de seguros chega a uma pequena cidade para checar os fatos em torno da morte de um médico, e descobre que ninguém quer falar sobre o assunto.” O guia de Scheuer, que dá 3 estrelas em 4 a Cover Up, faz uma avaliação sucinta: “Um mistério bem apresentado”.
Há, creio, um pequeno equívoco no texto do guia. Não é dito que o morto, Roger Phillips, fosse um médico. O que fica bastante claro, desde os primeiros minutos, é que ele não era um sujeito benquisto pela comunidade. Muitíssimo ao contrário.

Na bela abertura, vários elementos importantes da trama
A abertura da narrativa não parece, de forma alguma, o início de um drama policial – e, diacho, talvez até por isso mesmo, é um belíssimo início de filme.
A primeira tomada é de um trem em movimento. Na segunda tomada, o trem está parado em uma estação, e a primeira coisa que vemos sair pela porta focalizada pela câmara do diretor de fotografia Ernest Laszlo são dois pacotes de presentes. Atrás deles sai uma jovem e bela mulher, carregando um grande número de pacotes – mais do que ela consegue equilibrar. Um homem muito alto, carregando apenas uma pasta e uma pequena maleta, que desce do trem logo depois da jovem, se oferece para ajudá-la a carregar o monte de pacotes.
Uma placa na estação mostra que aqueles dois acabavam de chegar a Junction City. Junto da estação há um ônibus com a indicação de que se dirige a Cleberg. Os dois vão até o ônibus – e o motorista cumprimenta alegremente a moça bonita: – “Olá, Anita! Esteve viajando?” Ela responde com um “olá, sr. Addison”, sinal claro, evidente, de Cleberg é um lugarzinho muito pequeno, em que as pessoas todas se conhecem. – “Veio passar o Natal em casa?”, pergunta Addison (Jack Lee).
Estamos, então, nos dias que antecedem o Natal. Isso terá importância na trama.
No ônibus, o homem pergunta se pode se sentar ao lado da moça – e, em um diálogo muito bem escrito para parecer natural, e que consegue de fato parecer bem normal, fica claro que, embora ela a princípio não admita, já havia, sim, reparado nele, no trem, durante a viagem.
Bem rapidamente ficará claro que Anita Weatherby (o papel de Barbara Britton, na foto acima) é solteiríssima, sem namorado – apesar de tão bonita –, e ficou bastante interessada naquele forasteiro grandão que vinha da cidade grande para sua pequenina cidade natal.
O investigador de seguros Sam Donovan também vai ficar bastante interessado na bela moça – e isso é bastante importante na trama.
Bem rapidamente também, ali mesmo na viagem de ônibus entre a estação ferroviária de Junction City e a pequenina Cleberg, ficará claro que o morto não era flor que se cheire – e isso é fundamental na trama.
De cara, o motorista Addison comenta com Anita: – “Que surpresa essa do Roger Philips”. Anita diz que não sabe de nada. Addison conta: – “Ele se matou anteontem à noite”.
Depois de algum tempo, o motorista volta ao tema da morte de Roger Phillips. Fala alto, para ser ouvido por Anita: – “Aquele cara Phillips deu um tiro na cara na sala da casa dele.” E em seguida: – “Tem gente dizendo que aquela foi a primeira boa ação que ele fez na vida”.
Sim, uma bela abertura. Assim como não quer nada, o filme apresenta elementos importantes da história que está começando.
Um detalhe: Junction City existe, fica no meio do Kansas, portanto no centro daquele país imenso. Interiorzão, a América profunda. Cleberg é um nome fictício – um bom jeito de dizer que a história poderia se passar em qualquer pequena cidade dos Estados Unidos.

O investigador passa a ter certeza de que foi assassinato
Na parada do ônibus, no centro de Cleberg, pai, mãe e a irmã caçula esperavam pela chegada de Anita (na foto acima). Recebem a moça em festa – e ela, claro, apresenta o sujeito que a ajudava com os pacotes todos de presentes de Natal. Stu Weatherby, o pai (Art Baker), deseja uma boa estadia a Sam; Anita conta que o forasteiro é investigador de seguros. – “Ah, está aqui a trabalho?”, pergunta o pai da moça. – “Sim, vim pelo caso Phillips”, explica Sam.
– “Ah, o caso Phillips…”, diz Stu Weatherby. – “Sua morte foi um grande choque para todos nós.” E em seguida convida o estranho para, caso queira, visitar a família à noite.
Tudo na trama, no roteiro, é bem amarrado. Não há nada gratuito, dispensável. Cada detalhe importa – e a família da bela Anita não é um detalhe, de forma alguma. Vai importar, e muito, na história.
Por um lado, é a apresentação da família americana perfeita, feliz. Stu é um homem extremamente simpático, elegante, amável, assim como sua mulher, Bessie (Helen Spring). A irmãzinha Cathie (Ann E. Todd), uma adolescente aí de uns 15 anos, é alegrinha, espirituosa, faceira; vai pegar no pé de Anita, rir dela por causa da sua evidente atração pelo sujeito até então desconhecido.
A família tem uma agregada, uma empregada que obviamente está com eles há vários anos – uma figura bem interessante. Hilda (Doro Merande) está sempre com a cara amarrada, demonstrando mau humor, e se intromete em tudo que as filhas do casal fazem ou dizem.
Mais adiante na narrativa, veremos que Stu Weatherby é o dono do banco da cidade; o cinema americano sempre mostrou a existência de pequenos bancos locais, regionais, desde os tempos da colonização do Oeste. Há pelo menos duas sequências que, assim en passant, mostram Stu Weatherby concedendo empréstimos a pessoas necessitadas. Um banqueiro simpático, humano.
Mas não é apenas para apresentar um caso clássico de família americana feliz que os Weatherby têm grande importância na história. Creio que não estarei dando um spoiler se disser que, lá pelas tantas, já na segunda metade dos curtos 83 minutos de filme, o investigador Sam Donovan – o forasteiro, o intruso, o indesejável – passará a considerar que esse pai de família educado, simpático, um dos homens importantes daquela comunidade, pode ter, quem sabe?, assassinado Roger Phillips.
Diferentemente do que todos na cidade achavam e diziam, do que o jornal local publicou, Roger Phillips não se suicidou – foi assassinado.
Sam não leva muito tempo para chegar a essa conclusão. Começa a suspeitar disso logo, pela maneira com que o xerife da cidade, Larry Best responde às suas perguntas. Fica absolutamente óbvio para Sam – e para o espectador – que o xerife ou bem é muito incompetente, preguiçoso, ou então não está falando a verdade, está escondendo coisas, não quer, de jeito algum, que aquele intruso venha mexer nas coisas da sua cidade.
Mas Sam – como o próprio xerife Larry Best dirá mais de uma vez, depois de algum tempo – é um bom detetive. Não desiste facilmente; é um investigador sério, e fará tudo para cumprir uma missão: descobrir exatamente como se deu a morte do sujeito que tem um seguro de vida de valor alto. Ora, US$ 20 mil é um bom dinheiro até hoje, quase 80 anos depois, mas, em 1949, era uma pequena fortuna.

Morte violenta dá direito a indenização em dobro
E há ainda um ponto importante: em caso de morte acidental ou violenta, o seguro terá que ser pago em dobro para o beneficiário. É a indenização dupla – double indemnity, que deu o título ao romance de James M. Cain de 1936, filmado em 1944 por Billy Wilder. Double Indemnity, no Brasil Pacto de Sangue, com Barbara Stanwyck como a femme fatale, Fred MacMurray como o pato, o bobo, o vendedor de seguros que cai na teia dela, e Edward G. Robinson como o investigador de seguros, é um dos maiores clássicos do cinema noir, um dos mais belos filmes de Hollywood.
O investigador de seguros Sam Donovan se vê diante dessa questão, e consulta seu chefe. Tipo assim: se eu provar que o nosso segurado Phillips foi assassinado, a firma terá que pagar não US$ 20 mil, mas US$ 40 mil; e aí? devo ir em frente? Ao que o chefe, negociante esperto, responde: vá em frente! Gastamos US$ 20 mil a mais, mas ganhamos uma publicidade de graça nos jornais que nos renderá muitíssimo mais que isso…
A beneficiária do seguro de vida do sujeito de quem ninguém na cidade gostava é sua única sobrinha, Margaret (Virginia Christine), uma moça que aliás é amiga da bela Anita. Margaret estava apaixonada por um tal Frank Baker – mas Phillips, o tio, era absolutamente contra o namoro. Margaret e Frank se casaram assim mesmo, às escondidas.
Quando Sam procura o casal para fazer perguntas, para tentar formar o quadro completo sobre os últimos dias do morto, ele diz para a jovem que o tio foi assassinado, e portanto ela ganhará indenização dobrada. A reação da moça é absolutamente surpreendente: – “Não, não, ele não foi assassinado! Ele se matou!”
É estranho quando alguém oferecem a você US$ 40 mil e você diz “não, não só quero 20…”
Ah, meu… É uma beleza, uma maravilha a história deste filme!

William Bendix era o ator mais conhecido na época
O xerife Larry Best é o papel de William Bendix (1906-1964, na foto), esse ótimo ator tantos e tantos bons filmes, na maior parte deles como coadjuvante – como A Mulher do Dia/Woman of the Year (1942), Um Barco e Nove Destinos/Lifeboat (1944), Envolto nas Sombras/The Dark Corner (1946), O Cais da Maldição/The Big Steal (1949), Chaga de Fogo/Detective Story (1951), para dar uns poucos exemplos.
E o xerife é de fato um dos personagens mais importantes deste Cover Up, juntamente com Sam Donovan, o investigador de seguros, e Anita, a bela moça por quem o indesejável visitante se apaixona. Mas não há dúvida alguma de que o investigador é o protagonista, o personagem central, que está mais tempo na tela que todos os demais.
No entanto, nos créditos iniciais e nos cartazes do filme na época do lançamento, 1949, o nome de William Bendix vinha em primeiro, e o de Dennis O’Keefe (1908-1968) em segundo. (Em terceiro lugar aparecia, corretamente, o da bela Barbara Britton, que eu, um sujeito apaixonado por filmes de Hollywood dos anos 30 a 50, nunca tinha visto – ou de quem não me lembrava, o que dá no mesmo.)
E isso – segundo lugar nos créditos – mesmo sendo Dennis O’Keefe não apenas o ator que faz o personagem central como também o co-autor da história e do roteiro e o dono da companhia produtora!
Parece louco, mas tem lógica – a lógica da grana.
A ordem dos nomes nos créditos e cartazes – o “billing”, como se usava, e ainda se usa – obedecia basicamente à fama dos atores. Ter o top billing, o primeiro lugar, era motivo para discussões entre os astros e seus agentes, de um lado, e os representantes dos estúdios de outro. Mas o que em geral dava as cartas era mesmo a capacidade de cada um de atrair gente às bilheterias dos cinemas.
Neste caso aqui, um filme sem grandes astros, fica claro que os realizadores optaram por colocar William Bendix no top billing porque ele era mais conhecido do que Dennis O’Keefe na época em que o filme foi lançado. E é interessante, e irônico, porque, depois de 1949, O’Keefe se tornou mais famoso que o colega…
Eu não sabia disso, mas vi agora que Dennis O’Keefe teve uma carreira bem pouco usual. Antes de passar a ter papéis importantes, ele trabalhou em mais de 200 filmes como extra! O IMDb contabilizou que ele apareceu em 258 títulos, dos quais 22 foram séries de TV. Em mais de 180 deles, trabalhou como extra, sem ter seu nome nos créditos – unbilled, como eles dizem. O IMDb, essa enciclopédia maluca que tem tudo e mais um pouco, registra sua filmografia inteira, desde Check and Double Check, de 1930. As aparições estão lá como, por exemplo, convidado de festa no navio, jovem na dança, homem na audiência, convidado do casamento, passageiro do navio que parte, um dos amigos de Carol na festa…
O primeiro filme em que interpreta um personagem que tem nome veio em 1936, Treze Horas no Ar, em que foi creditado como Bud Flannagan – seu nome de batismo é Edward James Flanagan III. Continuou aparecendo em mais dezenas de filmes sem crédito. Em 1937, adotou o pseudônimo de Dennis O’Keefe, mas foi só anos 1940 que passou a ter boas oportunidades, como Moeda Falsa/T-Men (1947 e Entre Dois Fogos/Raw Deal (1948), ambos de Anthony Mann.
E Barbara Britton?
Nasceu em Long Beach, Califórnia, em 1919. Começou a carreira aos 22 anos, em 1941; trabalhou em 53 filmes e/ou séries de TV, entre eles The Fabulous Suzanne (1946), em que fez o papel-título, e Suprema Decisão/The Virginian (1946). Morreu em 1980, aos 60 anos, depois de passar 10 anos longe dos estúdios.

Atenção: o finalzinho do texto tem um quase spoiler
Na apresentação que fez de Cover Up quando o filme foi exibido na Turner Classic Movies, Madeleine Stowe contou que o produtor inicialmente quis abandonar o que o roteiro previa, de que toda a ação aconteceria nos dias que antecedem o Natal, por entender que a época festiva e o tema pesado – um assassinato que é dado como suicídio em uma pequena cidade – não combinavam.
O IMDb detalha que, no primeiro dia de filmagem, ao chegar ao set e saber que todas as referências ao Natal teriam que ser retiradas, Dennis O’Keefe protestou vigorosamente. Defendeu o roteiro de que era um dos autores, bateu o pé que era crucial para o clima do filme que tudo se passasse exatamente no período natalino. E venceu.
Ainda bem.
Até porque é absolutamente fundamental na trama a sequência em que, ali pela metade do filme, o prefeito da cidadezinha (Henry Hall) e o banqueiro Stu Weatherby estão no alto de uma plataforma na praça central, esperando a chegada do médico que toda a comunidade adora, e que deveria, como em todos os anos, acender a árvore de Natal…
Bem… Esta anotação já está grande demais até para os meus padrões, mas gostaria de registrar que o filme termina com uma nota que vai contra o que considero eticamente correto. É algo próximo do que Agatha Christie usou em Assassinato no Expresso Oriente, o romance com Hercule Poirot que já rendeu dois bons filmes, com elencos estelares, um em 1974, dirigido por Sidney Lumet, o outro em 2017, de Kenneth Branagh.
Pois é. Mas a história toda é tão bem tramada, bem urdida, bem apresentada, os argumentos para defender aquilo que acho moralmente errado são tão bem explicitados, que o desfecho não conseguiu me fazer desgostar do filme.
Anotação em maio de 2025
Delito Oculto/Cover up
De Alfred E. Green, EUA, 1949
Com Dennis O’Keefe (Sam Donovan, o agente de seguros),
William Bendix (Larry Best, o xerife),
Barbara Britton (Anita Weatherby, a moça bonita),
Art Baker (Stu Weatherby, o banqueiro, pai de Anita), Ann E. Todd (Cathie Weatherby, a irmã caçula de Anita), Doro Merande (Hilda, a empregada dos Weatherby), Helen Spring (Bessie Weatherby, a mãe de Anita e Cathie), Virginia Christine (Margaret Baker, a sobrinha do morto), ]Ruth Lee (Mrs. Abbey, a mulher do joalheiro), Henry Hall (o prefeito), Russell Armes (Frank Baker, o marido de Margaret), Dan White (Gabe), Paul E. Burns (Mr. Abbey, o joalheiro), Emmett Vogan (Blakely), Jamesson Shade (o editor do jornal), Jack Lee (Addison, o motorista do ônibus), Worden Norten (o agente funerário), George MacDonald (o garoto na sala de cinema)
Argumento e roteiro Jerome Odlum e Dennis O’Keefe (com o pseudônimo de Jonathan Rix)
Diálogos adicionais Francis Swann e Lawrence Kimble
Fotografia Ernest Laszlo
Música Hans J. Salter
Montagem Fred W. Berger
Direção de arte Jerome Pycha Jr.
Figurinos Earl Moser
Produção Ted Nasser, Strand Productions. Distribuição United Artists.
P&B, 83 min (1h23)
***1/2
Título na França: “L’Indésirable Monsieur Donovan”. Em Portugal e no México: “Delito Oculto”.
