]3.0 out of 5.0 stars
(Disponível na Netflix em 12/2023.)
São várias as características marcantes da série alemã Schlafende Hunde, no Brasil Bastidores de Uma Conspiração. Há muitos, muitos, muitos personagens importantes, e há diversas tramas secundárias, acessórias. E o que se mostra é uma grande podridão nas instituições – a polícia, o Judiciário. Não que as instituições sejam intrinsicamente podres – mas estão permeadas de mentiras, corrupção, podridão.
Essas duas características não são, a rigor, pouco usuais. A terceira, essa, sim, não é tão comum nos filmes e séries destes nossos tempos atuais: Bastidores de uma Conspiração fala muito, muito, muito dos miseráveis, os sem-teto – além de racismo e xenofobia.
É uma bela série policial, que vai bem além da boa trama policial em si e aborda esses temas mais amplos, traçando um retrato da sociedade. São apenas seis episódios, de cerca de 50 minutos cada – extremamente, germanicamente bem realizados.
E há outras duas características que merecem ser faladas já nesta abertura do texto. Uma é menor, periférica: “Bastidores de uma Conspiração” é uma invenção brasileira, que segue a longa tradição de títulos despropositados ou ridículos, como Assim Caminha a Humanidade para Giant, Os Brutos Também Amam para Shane, Noivo Neurótico, Noiva Nervosa para Annie Hall, Depois Daquele Beijo para Blow-up.
Schlafende Hunde, o tradutor do Google informa, é “Cães Adormecidos”. Nos países de língua inglesa, a série é Sleeping Dog. Na Itália é Il Cane Che Dorme.
A outra característica é importante: conforme informam os créditos finais, em letras pequenas, esta Schlafende Hunde/Sleeping Dog é “baseada na série original The Exchange Principle, criada por Noah Stollmann e Oded Davidoff, produzida pelos United Studios of Israel”.
Dá uma curiosidade danada: como assim, esta série tão perfeitamente ambientada na Alemanha ser uma adaptação de história passada em Israel, país jovem, que tem pouquíssima coisa a ver com aquela antiga, sólida potência do Velho Continente, um dos países mais ricos do mundo?
Diabo: dá uma curiosidade danada de ver esse tal de The Exchange Principle israelense, no original Ikaron HaHachlafa, literalmente, segundo o IMDb, o princípio da substituição.
Bem no meio de uma sequência, corta, e vemos outra ação
A série tem ainda uma outra característica marcante, embora apenas formal: os realizadores – os co-diretores Stephan Lacant e Francis Meletzky e o roteirista Christoph Darnstädt – adoram cortar bem no meio uma sequência, uma ação, um evento. Para, logo em seguida, em montagem rápida, bem rápida, mostrar para o espectador uma outra sequência, uma outra ação, um outro evento, que aparentemente não tem a ver com aquilo que estávamos vendo.
Apenas aparentemente, é claro.
É algo presente em todos os seis episódios, várias, várias vezes por episódio.
Na abertura da série, vemos dois diferentes personagens, duas diferentes situações-ações. Há um rapaz preso em uma daquelas penitenciárias de Primeiro Mundo. A penitenciária é ampla, limpa – mas o ser humano é o mesmo em qualquer lugar, e então, no meio do pátio, três presos provocam uma briga com um rapaz – que, veremos, se chama Mussa Basher (o papel de Ali Tavakol).
A sequência da briga é bem rápida, as tomadas são curtas, mas há close-ups indicando que alguma coisa foi passada das mãos de um dos supostos atacantes para Mussa – e o rapaz esconde a coisa no bolso. Ah, pensa o espectador… Então foi uma falsa briga, algo armado para que Mussa recebesse o objeto.
Tomada de Mussa abrindo a porta de sua cela. Corta, e vemos um homem louro, de barba, ali por volta de uns 40 e tantos anos de idade, preparando uma comida parecida com miojo na cozinha do que, logo veremos, é um trailer, um motorhome, estacionado em um lugar deserto.
Os dois diretores e o roteirista usam vários super big close-ups para nos apresentar esse personagem. É mais uma característica formal da série, o uso constante de super big close-ups, como se fosse um filme comercial. Esse detalhe formal à parte, o sujeito que vive sozinho no trailer, onde há a foto de uma menina, uma garotinha, colocada bem visível, é o personagem central da série. Chama-se, veremos logo, Mike Atlas (o papel de Max Riemelt) – e, naturalmente, o fato de a câmara mostrar a foto da garotinha não é à toa, de maneira alguma.
Vemos Mike sentado na porta do seu trailer, fazendo sua refeição, naquele lugar deserto. Com poucas tomadas, em sequência que dura pouco mais de um minuto, os realizadores nos mostram que aquele sujeito é solitário, abandonado, triste, perdido na vida.
Corta, e um guarda está abrindo a porta da cela de Mussa. No chão, há uma poça de sangue, um estilete no meio dela. O guarda dá o aviso: – “Suicídio na cela 12. Mussa Basher”.
Corta, e vemos Mike Atlas voltando das compras em um supermercado, caminhando em direção a seu trailer.
Um homem o ataca, enche o cara de porrada, joga-o no chão, dá chutes nele: – “Policial de merda! Meu irmão se matou!”
Atônito, Mike o reconhece: – “Abou?”
Abou Basher (o papel de Sohel Altan Gol) tem um revólver apontado para a cara dele: – “Isso é culpa sua, Atlas.”
E dá um golpe na cabeça de Mike Atlas.
Quando ele volta a si, vê que seu trailer está pegando fogo. Consegue entrar lá e retirar o que de mais precioso havia – a foto da sua filha.
Corta, e está na tela um novo personagem, um sujeito aí de 70 e tantos anos, comendo um sanduíche numa rua de Berlim. Veremos que se chama Klaus Hartloff (Martin Wuttke), e é o advogado dos Basher. Mike surge diante dele – e o veterano defensor se mostra absolutamente surpreso por vê-lo naquele estado, sujo, roupa velha, amarfanhada. Mas, calejado, tenta esconder o espanto.
Hartrloff: – “Investigador Atlas. O que aconteceu com você?”
Um super big close up de açúcar sendo lançado num copo plástico com café. Claro que haviam-se passado já alguns minutos. Os dois homens estão de pé, junto a uma mesinha diante de um trailer-lanchonete.
Hartrloff: – “Se quiser acusá-lo, e deveria…”
Mike: – “Só quero paz. Avise seu cliente.”
Hartrloff: – “Abou… Não quero justificar, mas… É pelo irmão dele, Mussa Bashar. Ele se matou na cadeia. Cortou os pulsos. (Tomada em super big close-up das mãos do advogado fazendo o gesto de quem corta o pulso.) Sabe como aquela família é. (Tomada em super big close-up da boca do advogado.) A culpa é sua.”
Mike (com expressão de espanto): – “Minha?”
Hartrloff: – “Bom… Mussa só foi condenado porque você encontrou aquelas provas.”
Mike (com expressão de espanto ainda maior): – “Provas?”
Hartrloff: – “Alô? O assassinato do juiz Herres. Você se lembra, é claro. Juiz Herres. Mussa estava preso por isso. Não?”
Mike: – “Não sei do que você está falando.”
Ele termina o café e começa a ir embora dali.
Hartrloff (com a voz um pouco mais alta): – “Procure um médico!”
Corta, e vemos uma moça bem jovem, loura, puxando uma bolsa com rodinhas, chegando a uma edificação imponente, um prédio do Judiciário.
O espectador vai se informando junto com o protagonista
É uma bela abertura de série. Extremamente bem realizada – e forte, inquietante, que fisga o espectador.
Levei um monte de parágrafos para descrever este início da série, porque gosto disso, gosto de detalhar como um filme e/ou uma série começa – mas tudo isso aí que falei dura menos de seis minutos do primeiro dos seis episódios.
Nos seis primeiros minutos, os realizadores apresentam diversas informações, um amplo leque de questões – e muitas outras questões, e outros personagens, virão. Um quebra-cabeças.
O roteirista Christoph Darnstädt criou sua trama de uma tal maneira que o protagonista, o investigador de polícia Mike Atlas, irá montando as peças do quebra-cabeças que tem diante de si ao mesmo tempo em que o espectador.
É muito interessante isso.
Mike e o espectador vão percebendo, a partir daquele momento inicial – a morte de Mussa Basher na prisão, a vingança do irmão do rapaz, botando fogo no trailer, a conversa com o advogado dos irmãos – que o policial teve um momento, oito meses antes, em que simplesmente pirou. Abandonou a mulher e a filha, abandonou o trabalho na KDD, sigla de Kriminaldauerdienst, o esquadrão anticrime de Berlim, e isolou-se num lugar um tanto deserto em um bosque da periferia.
Teve um bloqueio mental com relação a alguns dos fatos ocorridos naquele momento, oito meses antes. Lembrava-se de algumas coisas, mas não de outras. Não se lembrava – como fica claríssimo na sequência da conversa com o advogado Hartloff – das provas que foram definitivas para a condenação de Mussa Basher pelo assassinato de um magistrado, o juiz Herres.
Irá começar a se lembrar dos fatos bem pouco a pouco, nos dias que se seguem à morte de Mussa na prisão e do ataque de Abou a ele e a seu trailer. O espectador vai ficando sabendo dos fatos juntamente com o protagonista da história.
Muitas personagens, muitas subtramas…
Mencionei, no começo da anotação, que esta série tem muitos personagens, e muitas tramas secundárias, subenredos. Vou tentar falar resumidamente de alguns deles.
* A família de Mike Atlas.
Tinka (o papel de Tara Corrigan), a única filha do policial, é uma adolescente de uns 16 anos, e vive angustiada com o fato de ser gordinha; tenta lutar contra isso fazendo muito esforço na academia e em exercícios em casa, mas não vê sinal de vitória. Sempre foi muito apegada ao pai, muito mais do que à mãe. Na verdade, a relação com a mãe sempre foi muito difícil. Sente-se, é claro, angustiada, perdida com o sumiço do pai, a falta de qualquer notícia dele.
Sua mãe, Lenni (Peri Baumeister), ama o marido, e também sente a falta dele, embora o casamento já não estivesse muito bem quando Mike resolveu sumir de casa. Jovem, bonita, Lenni vai acabar se envolvendo com um dos maiores amigos do marido, Luka Zaric (Carlo Ljubek).
* O trio da KDD.
Mike, Luka Zaric e Roland Sokowski (Antonio Wannek) formavam um trio inseparável, na KDD, o esquadrão anticrime, e na vida. Faziam patrulha, investigavam suspeitos sempre juntos. Tanto Zaric quanto Sokowski eram solteiros, e, apesar de Mike ser casado, eles eram conhecidos como o trio dos solitários.
Com o sumiço inexplicável de Mike, seu lugar no trio, nas patrulhas, no trabalho diário, havia sido ocupado por uma policial, Britney Adebayo (Melodie Wakivuamina, na foto acima), negra, bela, jovem, dedicada, séria.
A série dá grande importância a Britney – e faz o espectador ter simpatia por ela. Em uma batida policial em um prédio de apartamentos, acontece, por acidente, por absoluto acaso, que uma ação de Britney provoca ferimento em uma criança linda, fofa, de uns dois ou três anos, filha de uma prostituta, pai ignorado. A mãe da criança morre, e a policial visita a menina no hospital e, depois que ela melhora, na creche mantida pelo Estado para onde ela vai. Britney pensa em adotar a garotinha, e para isso até reata com a namorada, com quem havia rompido.
* A promotoria.
Mais importante, na trama, que a policial Britney, os policiais Zaric e Sokowski, mais importante até mesmo que a mulher e a filha de Mike acaba sendo uma jovem assistente da promotoria, Jule Andergast (o papel de Luise von Finckh, na foto acima) – a moça que o espectador vê pela primeira vez quando o primeiro episódio está chegando aos 6 minutos, logo após o diálogo entre Mike e o advogado dos irmãos Basher).
Jule havia seguido a carreira da mãe. A mãe, já morta à época da ação, havia sido uma lenda na promotoria, e trabalhado ao lado da agora promotora chefe, Corinna Steck (o papel de Melika Foroutan).
Nunca é fácil para um filho seguir a profissão do pai ou mãe – e quanto mais respeitado/a era o pai ou mãe na carreira, mais difícil.
O roteiro, a direção e a atriz Luise von Finckh souberam traçar muito bem esse personagem, que acaba sendo o segundo mais importante da série. Jule é esforçada, preparada – mas é jovem demais, é inexperiente, e a cada problema ou cada comparação com a mãe lendária, fica mais insegura.
E sua chefe, esse Corinna Steck, é sempre muito dura com ela.
Na verdade, essa chefe da promotoria vai se mostrando cada vez mais uma pessoa antipática, mau-caráter, preconceituosa, xenófoba – e imoral no trabalho. Sabe de um crime e o encoberta – para dizer o mínimo. É o Mal em Si.
Corinna incumbe Jule de fazer o relatório sobre a morte de Mussa Bashar na prisão. Ele terá que fazer uma investigação séria, profunda, para apurar tudo que cercou a morte, e determinar se foi suicídio mesmo, se houve algum erro dos administradores do presídio.
* O mundo dos sem-teto.
Depois que seu trailer é incendiado, Mike se torna um sem-teto.
Em uma sequência impressionante, ele caminha por uma rua central de Berlim tomada por homeless – e vários dizem para ele que não há lugar para novos aspirantes a ocupar um lugar na calçada.
O acaso leva Mike a estabelecer uma relação – estranha, esquisita, tosca – com uma jovem sem-teto chamada Neda (o papel Luna Jordan). Neda também é um personagem que ganha importância na história – e é uma figura muito interessante.
Não é nada à toa que Mike se transforme em um sem-teto. Com o tempo, com as descobertas que vai fazendo, as lembranças que começam a voltar, o espectador verá que tem importância fundamental na trama uma figura carismática, um líder entre os sem-tetos, que havia sido morto oito meses antes dos fatos mostrados na série.
O espectador vai vendo que tudo se entrelaça, tudo se encaixa.
* E ainda tem mais…
Há ainda o mundo dos descendentes de imigrantes muçulmanos, a família dos irmãos Basher. Abou Basher é o líder de uma quadrilha de traficantes – a polícia sabe disso, a promotoria sabe disso, assim como até as paredes dos prédios de Chicago sabiam que Al Capone era um chefe mafioso de grande poder. Só não havia como provar e prender.
Há ainda o misterioso detetive particular Joachim Jürgens (Bernd Hölscher). Mais todo o emaranhado caso do assassinato do juiz Herres. Mais o outro juiz que é amante da jovem promotora Jule Andergast, cujo nome não guardei. Mais uma casa de prostituição de luxo.
Mais um jovem policial da LKA, Tom Schlefski (o papel de Helgi Schmid), que acontece de ficar próximo da jovem promotora Jule.
E há a rixa, a disputa entre policiais da KDD e policiais da LKA.
As legendas usam estas siglas – e o pobre espectador não alemão fica sem entender direito o que é uma coisa, o que é a outra. Claro que, se o espectador se dispuser a perguntar ao Tio Google, ficará sabendo que a KDD, como já foi dito aqui, é o esquadrão criminal de Berlim. E que LKA, Landeskriminalamt, é o nome das agências estaduais de investigação. O status dos policiais da LKA, assim, é superior ao dos da KDD. O que explica por que Luka Zaric, o grande amigo de Mike, faz concurso para a LKA – e fica exultante quando é admitido na polícia estadual.
Muitos personagens, muitas tramas secundárias.
Uma bela trama. Uma bela série.
Uma bela adaptação de uma série israelense
Resta a questão: como é a série israelense em que os alemães se basearam para realizar esta Schlafende Hunde?
A série Ikaron HaHachlafa, de 2016, exibida no Reino Unido e nos EUA como The Exchange Principle, tem 10 episódios de cerca de 45 minutos cada. Foi escrita por Noah Stollman e Ori Weisbrod e dirigida por Oded Davidoff.
Eis a sinopse da série que está no site da produtora e distribuidora européia Wild Bunch:
“Depois de resolver o complexo e brutal assassinato de um juiz, o policial forense Atlas sofre um completo colapso. Abandona a família, os amigos e passa a viver como um sem-teto nas ruas de Tel Aviv – até o dia em que seu passado vai atrás dele. Quando fica sabendo do suicídio do jovem que ele ajudou a condenar pelo assassinato do juiz, Atlas fica absolutamente chocado. Livre das restrições impostas pelas normas da polícia, completamente livre, Atlas começa a reexaminar as circunstâncias que cercaram a morte do juiz, e embarca na caça pelo verdadeiro assassino. Sua cruzada o leva a enfrentar a gélida, rígida promotora Racheli Lehi, que venceu o caso no tribunal, e seu antigo amigo e rival, o detetive Dan DeLanga. Ajudado em sua busca pela jovem promotora Dita Hispin, Atlas logo se vê diante do mais duro dos dilemas: vale a pena pagar o preço pela revelação da verdade? A busca por justiça pode reparar os crimes do passado?”
Hum… Fascinante! O roteirista alemão Christoph Darnstädt soube, com talento, aproveitar os personagens e a trama criada pelos dois autores israelenses, Noah Stollman e Ori Weisbrod, e adaptá-los brilhantemente para a realidade da Alemanha.
Não dá para saber, apenas pela cuidadosa, detalhada sinopse feita pela Wild Bunch, se vários dos detalhes desta série alemã já estavam na série israelense, ou se foram acrescentados pela imaginação de Christoph Darnstädt. Detalhes importantes, interessantes, como, só para dar alguns exemplos, o fato de a mãe da jovem promotora Racheli em Israel, Jule na Alemanha, ter sido uma pessoa respeitadíssima na profissão, e isso ser um peso gigantesco para a moça; toda a complexa ligação da jovem policial negra Britney com a criança que ela fere sem querer; os problemas da filha de Atlas com a balança e também com a mãe; a relação estranha que se cria entre Atlas e a sem-teto Neda…
Não dá para saber – mas o fato é que a trama a que o roteirista Christoph Darnstädt deu forma final é excelente, primorosa – não apenas pela história policial, mas por todas as subtramas interessantes, envolventes, que enriquecem a narrativa policial.
É uma série que vale a pena ver.
Anotação em dezembro de 2023
Bastidores de uma Conspiração/ Schlafende Hunde
De Stephan Lacant e Francis Meletzky, Alemanha, 2023
Com Max Riemelt (Mike Atlas, o ex-policial da KDD)
Luise von Finckh (Jule Andergast, a jovem promotora)
e Peri Baumeister (Lenni Atlas, a mulher de Mike), Tara Corrigan (Tinka Atlas, a filha de Mike e Lenni), Luna Jordan (Neda, a moça sem-teto), Carlo Ljubek (Luka Zaric, o policial da KDD amigo de Mike), Melika Foroutan (Corinna Steck, a chefe da promotoria), Antonio Wannek (Roland Sokowski, o outro policial da KDD amigo de Mike), Melodie Wakivuamina (Britney Adebayo, a jovem policial da KDD), Helgi Schmid (Tom Schlefski, o jovem policial da LKA), Bernd Hölscher (Joachim Jürgens, o detetive particular), Martin Wuttke (Klaus Hartloff, o advogado dos Basher), Jaela Probst (Sara Jansen), Moritz Führmann (Ulf Tippelsdorf), Ali Tavakol (Mussa Basher, o acusado da morte do juiz Herres), Sohel Altan Gol (Abou Basher, irmão de Mussa), Thomas Gerber (Kallweiss), Veit Schubert (Dr. Berners), Hussein Eliraqui (Niam, o amigo de Mussa), Anne Zander (Karina), Tonio Arango (Aldi), Cäcilia Kirchner (Bine), Kathleen Gallego Zapata (Susanne Herres, a viúva do juiz assassinado), Tamer Yigit (Adnan Kouri), Cem Sultan Ungan (Yassin Basher, o pai de Mussa e Abou), Nicolas Sidiropulos (Idris Kouri)
Roteiro Christoph Darnstädt
Baseado na série israelense original criada por Oded Davidoff e
Noah Stollman
Fotografia Jens Harant
Figurinos Regina Tiedeken
Produção Henning Kamm, Sibylle Stellbrink, Real Film Berlin
Cor, cerca de 300 min (5h)
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Título em inglês: “Sleeping Dog”. Na Itália, “Il Cane che Dorme”
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