(Disponível na Netflix em 4/2023.)
Há trocentos filmes e séries sobre garotas que desaparecem. Muitos deles se baseiam em histórias reais – porque, que droga, que horror, filhos desaparecem em todos os países. La Chica de Nieve, minissérie espanhola de seis episódios de cerca de 40 minutos cada, é ficção pura, uma história que saiu da imaginação de um romancista, Javier Castillo. Não importa. É tão apavorante quanto as séries e filmes que contam histórias reais.
E, diacho, é extremamente, fantasticamente bem realizada.
E triste. Terrível, horrorosa, violentamente triste.
Deixa no espectador uma sensação muito ruim. Uma trava na garganta.
Duas histórias diferentes se misturam, se ligam, se entrelaçam na trama criada por esse Javier Castillo – e a forma com que os roteiristas Jesús Mesas Silva e Javier Andrés Roig a contam é excelente, brilhante.
Uma é a história do desaparecimento da garotinha Amaya (Emma Sánchez), de 5 anos de idade, quase 6, a luta dos pais para encontrá-la, sua dor, seu desespero, as investigações da polícia, conduzidas por uma inspetora experiente, dedicada, séria.
A outra é a história da jovem jornalista frágil, instável, traumatizada por um evento terrível, que acompanha o caso do desaparecimento de Amaya desde o primeiro momento, envolve-se emocionalmente com o drama da menina e de seus pais, e não desiste nunca de tentar descobrir o que aconteceu, quem levou Amaya.
Na verdade, a repórter Miren Rojo (o papel de Milena Smit) é a protagonista da série. Mais importante até mesmo que os pais de Amaya e a policial que investiga o desaparecimento da garota.
Entram no meio dessas duas histórias crimes sexuais – estupro, pedofilia, abuso de menores, rede de pornografia.
É barra pesadíssima.
Quase ao final do quarto dos seis episódios da série, Miren vai a um presídio tentar obter informações sobre a rede de pornografia com David Luque (Tristán Ulloa), um sujeito que era amigo dos pais da garota Amaya – e acaba se revelando um estuprador e pornógrafo. O que esse cara fala com Miren, quando ela pede informações, é de fazer chorar um frade de pedra:
– “Mesmo que eu soubesse (essas informações), eu não contaria para você. Mas posso te dar um conselho. Esqueça isso. Essa não é uma luta contra pessoas. É uma luta contra a realidade. Eu estou aqui trancado. Os estupros acabaram? A pornografia infantil diminuiu? Não adianta prender todos nós. Sempre haverá alguém fazendo o mesmo. Não há chefes. É o sistema. É como as coisas funcionam. Não há vilões. O mundo é assim. E ele vai te destruir. Não importa o que você faça. Porque você já perdeu.”
Uns poucos segundos – e a garotinha desaparece
O desaparecimento da garotinha Amaya acontece em 2010. Esses quatro algarismos aparecem diversas vezes na tela, gigantescos, para deixar tudo bem claro para o espectador. Vão aparecer também, no mesmo formato gigantesco, que ocupa praticamente toda a tela, as datas 2006 e, mais adiante, 2009.
O roteiro vai mostrando, alternadamente, fatos dessas três épocas – a do desaparecimento, a de seis anos após o desaparecimento, a de nove anos após o desaparecimento. As datas mostradas em corpo imenso auxiliam o espectador, impedem que ele se confunda, deixam a narrativa clara, límpida.
E aumentam no espectador a sensação de angústia diante de um drama que se prolonga demais.
Dá para imaginar a dor de pais que passam nove anos à espera de que a polícia encontre sua filha?
A série abre com a sequência – estupidamente bem realizada – que culmina com os pais de Amaya correndo, desesperados, pelas ruas do centro de Granada, berrando pelo nome da garotinha.
A data é mostrada num letreiro: 5 de janeiro de 2010. Festa dos Reis Magos – e a sensação que se tem é de toda a população de Málaga e da região, mais turistas vindos de diversos lugares, se concentram nas ruas do centro da cidade para participar da festa, ver atores que fazem o papel dos Reis Magos, observar os malabaristas, equilibristas…
Ana e Álvaro e sua filhinha estão felizes, sorridentes, curtindo a festa, no meio da multidão. (Os dois são interpretados por Loreto Mauleón e Raúl Prieto; a garotinha Amaya, por Emma Sánchez.) Uma hora lá Amaya pede para que os pais comprem balões para ela. Ana fica onde estava, Álvaro vai com a garotinha no cangote até o Papai Noel que vende balões. Para poder fazer a compra, ele tira a filha do seu cangote e a coloca no chão. Precisa das mãos para pegar o dinheiro, entregar para o vendedor. A compra demora um pouco por causa do troco. É um período rapidíssimo de tempo em que o pai solta a mão da filha. Ela se distancia um pouquinho dele, ele não percebe – e pronto. A tragédia aconteceu. Meio minuto, um minuto depois de soltar a mão de Anaya, Álvaro começa a berrar o nome da garota e tentar encontrá-la no meio da multidão imensa.
Um veterano e uma principiante, sérios, dedicados
A sequência – repito, insisto – é aterradoramente bem realizada. É acachapante. O espectador já fica sem fôlego quando o primeiro episódio da série mal chegou aos 10 minutos.
Não consegui deixar de me lembrar do início de Império do Sol, o extraordinário Steven Spielberg safra 1987. A rigor, uma coisa não tem nada a ver com a outra, são realidades e tramas absolutamente diferentes – mas o filme e esta La Chica de la Nieve aqui têm um detalhe em comum. Ambos partem de um momento em que, no meio de uma multidão, a mão de uma criança se desgruda da de um dos pais – e nesse fato corriqueiro, até mesmo comum, inicia-se uma imensa tragédia.
Logo depois dessa abertura impactante na festa dos Reis Magos no centro de Málaga, a série apresenta para o espectador dois jornalistas, a jovem Miren Rojo e o veterano Eduardo.
Miren, como já foi dito, será a personagem principal da série. Milena Smit, que interpreta a moça, e Jose Coronado, que faz Eduardo, são os primeiros nomes de atores a aparecer nos créditos. Os dois aparecem mais na tela, ao longo dos seis episódios, do que os atores que fazem Ana e Álvaro, os pais da garota Amaya, e a inspetora Belén Millán.
Miren e Eduardo trabalham no Sur, jornal da cidade de Málaga, um periódico regional, não dos maiores do país, não de circulação nacional. Eduardo é escalado de cara pelo redator-chefe Paco para cobrir o caso do desaparecimento da garota no centro da cidade, e pede para que Miren trabalhe com ele. Paco nega o pedido – a moça ainda é estagiária, está aprendendo a profissão. Mas Miren contraria o redator-chefe e junta-se a Eduardo quando o jornalista veterano senta-se ao volante de seu carro para começar a trabalhar no caso.
A série mostra de cara que há uma ligação entre o veterano e a foca. (Para quem não sabe, foca é a gíria jornalística para principiante.) Um pouco mais adiante, é mostrado que Miren é aluna de Eduardo na faculdade de jornalismo – mas desde a primeira sequência em que eles aparecem, na redação do Sur, fica claro que há uma relação entre eles. Não será estranho se alguns espectadores acreditarem inicialmente que o homem bem maduro está a fim da moça, e que a corteja, embora de forma absolutamente educada, gentil, polida.
Mas não – não existe isso, de forma alguma. O que a série mostra é quase uma relação paternal de Eduardo com a moça. Ele sabe que ela tem problemas psicológicos sérios, graves, e a protege, cuida dela, como faria um pai, como faria um tio abnegado. E os dois vão trabalhar juntos o tempo todo na cobertura do desaparecimento da garotinha – o redator-chefe Paco logo é convencido de que a foca é empenhada, trabalhadora, perseverante, boa de serviço.
Na verdade, há ainda uma terceira história
Achei muito interessante o fato de que os realizadores insistiram em não deixar explícito para o espectador de onde vem aquela relação entre Miren e Eduardo, como começou, a que se deve. A certa altura, ele comenta com Miren que a mãe dela ligou para ele, querendo notícias da filha – e fiquei imaginando que o velho jornalista pudesse ter um caso com a mãe da moça. Pode até ser – mas isso não é explicitado. Gostei disso.
Já no primeiro episódio Eduardo pergunta a Miren se ela tem ido às reuniões – e fiquei imaginando que a moça pudesse ter sido viciada, e frequentasse reuniões do AA ou NA. A impressão era errada. Logo vemos que Miren havia sofrido um estupro. Rápidas tomadas do rosto da moça em desespero, de sua mão segurando pedrinhas à beira-mar enquanto é atacada, vão sendo mostradas de vez em quando, alternando-se com outras que mostram Miren com expressão de dor, de angústia, como de quem está se lembrando de eventos traumáticos. As reuniões a que Eduardo se refere são de um grupo de mulheres agredidas, acompanhadas por uma terapeuta.
Por causa disso, pelo fato de a protagonista da história, a jornalista que fica quase obcecada pelo desaparecimento da garotinha, ter sido estuprada, e também porque mais adiante surgem referências a estupradores e pedófilos, não seria de se estranhar, de forma alguma, se o espectador pensasse que Amaya poderia ter sido vítima de sequestro por bandidos com interesse em exploração sexual.
Os realizadores da série – tive essa sensação clara várias vezes – souberam com maestria explorar essa coisa de deixar pontos abertos na narrativa, nos primeiros episódios, permitindo que os espectadores fossem levados a imaginar hipóteses. Na verdade, mais que permitindo – quase induzindo os espectadores a imaginar hipóteses.
Isso é feito de fato com grande habilidade.
No finalzinho do quarto dos seis episódio, a série nos revela quem sequestrou a garotinha que de repente se viu perdida no meio da multidão em festa.
Falei lá em cima que são duas histórias que se misturam, se ligam, se entrelaçam, a da família de Amaya e a da jornalista que investiga o caso – mas na verdade são três. Há também a história das pessoas que ficaram com a garotinha, e é contada nos dois últimos episódios da série.
O autor do livro foi chamado de Stephen King espanhol
O autor do romance que deu origem à série, Javier Castillo, cresceu em Málaga. Sua formação universitária não tem nada a ver com letras: ele estudou gestão de negócios, e começou a vida profissional como consultor de finanças corporativas.
Seu primeiro romance, O Dia em que Perdemos a Cabeça, vendeu mais de 275 mil cópias e foi lançado também em Portugal, no México e na Colômbia. Escreveu também El día que se perdió el amor, Todo lo que sucedió con Miranda Huff, El juego del alma e El cuco de cristal. La Chica de la Nieve teve sucesso estrondoso, com mais de 1,7 milhão de exemplares vendidos.
E é fascinante: no livro escrito pelo espanhol que cresceu em Málaga, a ação se passa em Nova York! A garotinha se perde da família durante a tradicionalíssima parada do Dia de Ação de Graças, o Thanksgiving Day, patrocinada pela gigantesca loja de departamentos Macy’s.
Eis a sinopse do livro que está no site da Amazon:
“Nova York, 1998, parada do dia Ação de Graças. Kiera Templeton desaparece no meio da multidão. Depois de uma busca frenética por toda a cidade, alguém encontra mechas de cabelo junto da roupa que a pequena usava. Em 2003, no dia em que Kiera estaria completando oito anos, seus pais, Aaron e Grace Templeton, recebem em casa um estranho pacote: uma fita de VHS com a gravação de um minuto de Kiera brincando em uma casa desconhecida.
“Javier Castillo põe em xeque a sanidade com La Chica de Nieve, uma sombria viagem às profundidades de Miren Triggs, uma estudante de jornalismo que inicia uma investigação paralela e descobre que tanto a sua vida quanto a de Kiera estão cheias de incógnitas.”
O site da Amazon traz algumas frases de críticas publicadas em vários jornais do mundo sobre o livro e seu autor. Aí vão algumas: “Javier Castillo é sem dúvida o novo fenômeno da literatura européia.” “A obra de Javier Castillo pegará o leitor desde o primeiro instante.” “Javier Castillo volta a revolucionar o mercado editorial.” “O Stephen King espanhol.”
O roteiro alterou detalhes, mas foi fiel ao livro
Não consigo imaginar por que um escritor espanhol ambienta em Nova York essa história que poderia perfeitamente ter se passado em seu próprio país – mas a verdade é que, depois de saber que no livro tudo acontece nos Estados Unidos, aumentou minha admiração pelos roteiristas que adaptaram a trama criada por Javier Castillo exatamente para a cidade em que ele cresceu, Málaga.
Em longo texto no site Den of Geek, datado de fevereiro de 2023, Juliette Harrisson fala sobre o trabalho de adaptação feito pelos roteiristas Jesús Mesas Silva e Javier Andrés Roig.
“A série fez umas poucas mudanças no romance que deu origem a ela, mas de uma maneira geral a trama é a mesma. A mudança mais óbvia é que a série alterou o contexto de Nova York em 1998/1999, 2003 e 2010 para Málaga em 2010, 2016, e 2019. Assim, os nomes de todos os personagens foram também mudados, e passaram a ser espanhóis em vez de americanos. Kiera Templeton virou Amaya Martín, seus pais viraram
Ana e Álvaro em vez de Grace e Aaron, e assim por diante.”
A idade de Amaya/Kiera também sofreu pequena alteração. No livro, Kiera desaparece aos 3, quase 4 anos de idade; no filme, Amaya se perde dos pais quando está com 5, quase 6. É provável – argumenta Juliette Harrisson – que seja por isso que o final da série acontece nove anos depois do desaparecimento, em vez de 12, como no livro, de tal maneira que Amaya ainda tenha apenas 14-15 anos, e ainda esteja próxima da infância, em vez de ser uma jovem mulher de 17-18.
Também foi mudado o sexo da pessoa que chefia a investigação policial – no livro era um homem, na série é a inspetora Belén Millán. E os roteiristas também acrescentaram informações sobre o passado da jornalista Miren que não estão no livro, como o site pornográfico Slide.
O texto de Juliette Harrisson não faz referência a este detalhe, mas no livro, pelo que mostra a sinopse na Amazon, a fita de videocassete que mostra a garota Amaya brincando é enviada diretamente aos pais da garota. Na série, é enviada para Miren, na redação do jornal Sur, para que ela entregue aos pais.
Detalhes. Os roteiristas alteraram detalhes – e foram absolutamente fiéis ao livro. É que o que mostra a comparação feita nesse site Den of Geek.
Um show de talentos dos atores todos
É absolutamente impressionante como todo, todo o elenco está muito bem. Volto e meia digo e repito que, na minha opinião, o cinema que se faz hoje na Espanha é o segundo melhor do mundo, depois do das Ilhas Britânicas, aquele lugar que é o maior celeiro de bons atores do mundo.
Essa Milena Smit que faz com absoluto brilho a jornalista atormentada pelo trauma do estupro já havia nos impressionando com a mãe paralela da personagem de Penélope Cruz em Madres Paralelas de Pedro Almodóvar (2021). Nasceu em 1996, na região de Valência, e no início de 2023 tinha 12 títulos na filmografia e duas indicações ao Goya, por Não Matarás (2020) e Mães Paralelas.
Aixa Villagrán (na foto acima), que faz a inspetora Belén Millán, é uma daquelas figuras difíceis de a gente esquecer. Ela já havia nos impressionado demais como uma das três amigas que vivem aventuras e desventuras afetivas, amorosas e sexuais na gostosa série Vida Perfeita (2019). É da classe de 1978, de Andaluzia, e A Garota na Fita foi seu filme e/ou série número 28. Gostaria de ver mais filmes com essa moça…
A bela Loreto Mauleón, que faz Ana, a pobre mãe da garotinha desaparecida, teve uma bela atuação em Pátria (2020), minissérie sobre como a luta separatista do grupo terrorista ETA separou as famílias no País Basco. Nasceu em 1988, em Burgos, Castilla y León. tem 21 títulos na filmografia e quatro prêmios em festivais.
Ao contrário da maioria das séries recentes, os créditos deste La Chica de Nieve não destaca um “criador”. Os criadores são, portanto, os já citados roteiristas Jesús Mesas Silva e Javier Andrés Roig e os diretores David Ulloa e Laura Alvea. O roteiro, tudo indica, foi um trabalho a quatro mãos; já na direção, cada um dos dois profissionais foi responsável por alguns episódios – David Ulloa realizou quatro e Laura Alvea, dois.
Demonstram competência, rigor, maturidade.
Falei, bem no início deste texto, que há trocentos filmes e séries sobre garotas que desaparecem – e gostaria de registrar aqui alguns poucos deles. Só alguns poucos exemplos.
Laëtitia, série francesa de 2020 de Jean-Xavier de Lestrade, reconstitui os fatos reais em torno do desaparecimento de uma jovem de 18 anos, Laëtitia Perrais, na região de Loire Atlantique, Oeste da França, na noite de 18 para 19 de janeiro de 2011. É uma obra-prima, uma coisa acachapante.
Também sobre fatos reais, Yara, filme italiano de 2021 dirigido por Marco Tullio Giordana, conta o desaparecimento, em 2010, de Yara Gambirasio, uma garota de 13 anos de idade, as buscas por ela e, depois, a investigação para chegar ao responsável pelo seu sequestro e assassinato. É um belo filme.
Desaparecida/Perdida, co-produção Argentina-Espanha de 2018 dirigida por Alejandro Montiel, conta uma história fictícia, a partir do desaparecimento de uma garota na Patagônia em 2003; em 2017, uma amiga da menina, agora uma policial, inicia uma nova busca por respostas. Na minha opinião, é um filme fraco.
A Busca/Historia de un Crimen: La Búsqueda, minissérie mexicana de 2020, reconstitui uma tragédia familiar real que chocou o comoveu o país: uma garotinha de 4 anos de idade desapareceu de sua casa, num condomínio de ricos na cidade de Huixquilucan, na região metropolitana da capital federal. É uma série bem realizada em todos os quesitos – e o caso, a história, é fascinante – e chocante.
A Vítima Perfeita, produção australiana de 2009 dirigida por Simone North, também relata uma história real: no dia 1º de março de 1999, Rachel, uma moça de 15 anos, de hábitos regulares, tranquila, sem problema algum na escola ou na família, amadíssima pelos pais, com namorado firme, desapareceu misteriosamente em Melbourne.
São, com exceção do argentino, bons filmes e/ou séries. Tristes, todos.
Mas nenhum deles tem uma fala mais desalentadora do que a do estuprador e pornógrafo deste La Chica de Nieve:
“Eu estou aqui trancado. Os estupros acabaram? A pornografia infantil diminuiu? Não adianta prender todos nós. Sempre haverá alguém fazendo o mesmo. Não há chefes. É o sistema. É como as coisas funcionam. Não há vilões. O mundo é assim. E ele vai te destruir. Não importa o que você faça. Porque você já perdeu.”
Anotação em abril de 2023
A Garota na Fita/La Chica de Nieve
De David Ulloa e Laura Alvea, Espanha, 2023
Com Milena Smit (Miren Rojo, a repórter),
Jose Coronado (Eduardo, o jornalista veterano),
Aixa Villagrán (inspetora Belén Millán)
e Loreto Mauleón (Ana Núñez, a mãe de Amaya), Raúl Prieto (Álvaro Martín, o pai de Amaya), Cecilia Freire (Iris Molina), Julián Villagrán (Santiago Vallejo, o marido de Iris), Marco Cáceres (Chaparro, o assistente da inspetora Belén), Tristán Ulloa (David Luque), Iratxe Emparan (Julia Vallejo Molina aos 14 anos), Paco Ochoa (Paco, o redator-chefe do Sur), Emma Sánchez (Amaya Martín Núñez aos 5 anos), Álex Peña (comissário provincial), Natalia Roig (coordenadora da terapia de mulheres), Stephan Wiks (Foster, o pedófilo), Jessica Sherman (Rosa Márquez, a mulher de David Luque), Antonio Dechent (o chefe de polícia), Rafa Jiménez (o chefe da polícia científica), Rodrigo Daza (o advogado de David Luque), José Antonio Guerrero (o pai de Ana), Cristian López (Samuel Luque, o filho de David), Paco Mora (Juancho), Alicia Rodriguez (a mãe de Miren)
Roteiro Jesús Mesas Silva e Javier Andrés Roig
Baseado no romance “La Chica de Nieve”, de Javier Castillo
Fotografia David Omedes
Música Julio de la Rosa
Montagem Miguel Doblado, David Nieves, Federico Patón
Casting Ana Sainz-Trápaga, Patricia Álvarez de Miranda
Figurinos Lourdes Fuentes
Produção Atípica Films, Netflix
Cor, cerca de 270 min (4h30)
***1/2
Um comentário para “A Garota da Fita / La Chica de Nieve”