A Escolha de Sofia / Sophie’s Choice

3.5 out of 5.0 stars

A Escolha de Sofia, o livro de William Styron de 1979 e o filme que Alan J. Pakula lançou em 1982, é uma história tão forte, tão marcante, que o título virou uma expressão idiomática, usada volta e meia, em várias partes do mundo.

Estão na internet, fácil, fácil de achar, as explicações sobre o que é “a escolha de Sofia”. “A imposição de se tomar uma decisão difícil sob pressão e enorme sacrifício pessoal”. ”Ver-se forçado a optar entre duas alternativas igualmente insuportáveis.”

A expressão foi bastante usada no Brasil assolado pela pandemia da Covid-19 por médicos e enfermeiros, ao se referirem à falta de respiradores para todos os pacientes. Se havia, digamos, um respirador disponível, e chegavam ao hospital dois pacientes necessitados, era necessário escolher qual deles atender, qual deles deixar sem respirador e portanto em risco de perder a vida. Uma escolha de Sofia.

Não são muitos os filmes cujos títulos passam a fazer parte dos idiomas.

Sophie’s Choice tem outra marca impressionante. A interpretação de Meryl Streep como Sophie Zawistowska é uma das melhores da História do Cinema. Simples assim.

É algo espantoso, chocante, absurdo, maravilhoso, extraordinário, fora de série.

A lista de adjetivos para qualificar o trabalho de Meryl Streep como a polonesa que sobreviveu à passagem pelo campo de concentração de Auschwitz poderia encher uma página inteira.

Até porque não há uma única Sophie Zawistowska – são várias.

Lembrei, depois de rever o filme agora para escrever sobre ele aqui no + de 50 Anos de Textos, do tour de force de Peter Sellers no Dr. Fantástico de Stanley Kubrick. O grande ator inglês interpreta – com muito brilho – três personagens diferentes: um general alucinado, um cientista que serviu aos nazistas e o presidente americano.

Meryl Streep faz com um brilhantismo absoluto essa mulher que tem várias caras, várias vidas diferentes.

Lembrei também de uma história que se conta sobre Charlie Chaplin. Um dia Chaplin cantou a ária de uma ópera – talvez num momento de folga entre uma tomada e outra de um novo filme. Alguém falou: – “Meu Deus, Charlie, eu não tinha idéia de que você cantava tão bem!” E o gênio: – “Eu não estava cantando. Estava imitando o Caruso”.

Meryl Streep é uma atriz tão absolutamente talentosa, brilhante, perfeita, que em A Escolha de Sofia ela faz uma Sophie Zawistowska que em uma de suas fases tem uma beleza extraordinária, acachapante, de matar.

Claro, Meryl Streep é uma mulher bonita. Mas, quando quer, se quiser, fica maravilhosamente bela.

Meryl Streep jamais esteve tão esplendorosamente bela quanto a Sophie que o jovem Stingo fica conhecendo ao chegar do Sul Profundo ao Brooklyn, em 1947, dois anos após o final da Segunda Guerra Mundial.

O jovem sulista fica amigo do casal fascinante

Stingo (o papel de Peter MacNicol, à direita na foto acima) era filho de fazendeiros da sulista e ex-confederada Virgínia, e tinha ambições literárias. Achava que, vivendo no meio da agitação cultural da maior metrópole do país, poderia ter mais inspiração para sua ficção.

O filme abre com tomadas de um jovem chegando a Nova York, enquanto a voz em off do personagem nos conta: “Era 1947, dois anos depois da guerra, quando comecei minha jornada rumo àquilo que meu pai chamava de a Sodoma do Norte, Nova York. Me chamavam de Stingo, que era o apelido pelo qual eu era conhecido naquele tempo, se é que alguém me conhecia.”

A voz de Stingo em off (que não é a do ator Peter MacNicol, e sim de Josef Sommer, para soar como a voz de um velho que conta a história de sua juventude) prossegue dizendo que, já naquele tempo, os preços em Manhattan eram altos demais, e então ele foi parar “naquele lugar tão estranho que é o Brooklyn”.

Encontra um quarto para alugar numa grande casa de dois andares, numa esquina de bairro residencial do Brooklyn todinha pintada de cor-de-rosa, por fora e por dentro, pertencente a uma velha senhora judia, viúva, Yetta (Rita Karin).

Exatamente acima do quarto dele vive o casal de que Stingo vai acabar se tornando o maior amigo – e que vai influenciar toda a sua vida.

O homem se chama Nathan Landau (o papel do então jovem Kevin Kline), um bioquímico formado em Harvard que trabalha em pesquisas na Pfizer. Bem, isso é como ele se apresenta. Ela é Sophie Zawistowska, polonesa da Cracóvia, refugiada nos Estados Unidos.

Os dois convidam Nathan para jantar já na primeira noite dele na sua nova residência no Brooklyn – mas, no início da noite, o casal se envolve numa briga barulhenta, que começa no quarto deles mas extrapola para as escadas da casa, e acaba sendo presenciada pelo rapaz sulista. Nathan xinga a mulher, diz que vai deixá-la; ela chora, pede para ele ficar.

No dia seguinte, os dois estão com expressões absolutamente felizes, de quem jamais havia tido uma rusga sequer, e convidam Nathan para um passeio. Vão a Conney Island, a um parque de diversões. São pessoas bem-humoradíssimas, de uma alegria que contagia o rapaz.

Stingo e o espectador vão percebendo, a partir daí, que Nathan e Sophie formam um casal que tem uma relação tempestuosa, instável. As oscilações de humor são provocadas por Nathan, que parece aquilo que até uns anos atrás era chamado de psicótico maníaco-depressivo. (Bem mais tarde, bem mais tarde – o filme tem longos 157 minutos –, o espectador ficará sabendo que não é a antiga PMD, hoje com nome suavizado para transtorno bipolar. É pior.)

Nos flashbacks, vemos quatro outras Sophias

Essa Sophie que o rapaz Stingo fica conhecendo, por quem ele se encanta, já saudável, bem alimentada, no auge da beleza madura, é bastante diferente das outras Sophies que a mágica do flashback permite que o espectador veja na tela.

Stingo não vê, já que a vida real não tem flashback, mas nós vemos na tela – fotografada em preto-e-branco pelo magistral Néstor Almendros – quatro outras Sophies.

Há a jovem Sophie pré-1939, pré-invasão da Polônia pelo exército nazista. Uma bela jovem, filha de um professor universitário, que se casa bem cedo com um assistente do pai na Universidade da Cracóvia.

Há a Sophie que é presa e levada num trem lotado, com os dois filhos, um garoto aí de uns 10 anos e uma garotinha de uns 7, para Auschwitz.

Há a Sophie prisioneira de Auschwitz, cabelos tosados, magrela, sub-alimentada, fraca, sem cor no rosto, que parece que vai cair a qualquer momento no chão como folha de árvore no outono.

E há a Sophie ainda magrela, sub-alimentada, fraca, sem cor no rosto, recém-chegada aos Estados Unidos, que, para sua felicidade – ou danação, ou as duas coisas juntas –, é socorrida e bem tratada pelo jovem Nathan Landau, ele mesmo um judeu que tem um ódio obsessivo do nazismo.

Este é um dos pontos fascinantes da história criada por William Styron (1925-2006), ele mesmo um sulista da Virgínia que chegou a Nova York aos 22 anos de idade, em 1947, exatamente como seu alter-ego Stingo. Nathan é judeu, e tem esse ódio feroz – e mais do que justificável – pelo nazismo.

Já Sophie, a sobrevivente de Auschwitz, o campo de concentração em que foram assassinados mais de 1 milhão de judeus, segundo estimativa de historiadores, não era judia. Era católica – tão cristã quanto qualquer alemão, como ela mesma afirma, em um alemão perfeito, para o oficial nazista, quando chega a Auschwitz. É esse oficial que propõe a ela que faça a escolha que dá o nome à obra e por isso se transformaria numa figura de linguagem – “a imposição de se tomar uma decisão difícil sob pressão e enorme sacrifício pessoal”.

O flashback em que ela chega a Auschwitz, e diz para o oficial nazista que não é judia, que é tão cristã quanto qualquer alemão, e aí então é forçada a fazer uma escolha, acontece bem no final da narrativa, quanto falta muito pouco para o fim dos 150 minutos de duração do filme.

Ótimas interpretações. Meryl ganhou o segundo Oscar

Em 2007, o American Film Institute colocou Sophie’s Choice como o número 91 na lista Maiores Filmes de Todos os Tempos.

O filme ganhou 12 prêmios, fora outras 12 indicações. Ao Oscar, foram cinco indicações: melhor roteiro adaptado para Alan J. Pakula, melhor fotografia para Néstor Almendros, melhor trilha sonora para Marvin Hamlisch, melhor figurino para Albert Wolsky e, claro, óbvio, melhor atriz para Meryl Streep.

Ela levou o Oscar, assim como o Globo de Ouro. Foi o segundo dos seus três Oscars – o primeiro havia sido dois anos antes, em 1980, por Kramer x Kramer, na categoria de coadjuvante. Levaria para casa também a estatueta por sua interpretação de Margaret Thatcher em A Dama de Ferro (2011). Até 2020, ela havia sido indicada 21 vezes ao Oscar.

Kevin Kline não recebeu indicação ao Oscar por sua extraordinária atuação como Nathan Landau. Foi indicado ao Globo de Ouro e ao Bafta, mas não levou nenhum deles. Este foi apenas seu segundo filme.

Essas coisas são estranhas. Revendo o filme agora, fiquei impressionado com a atuação de Kevin Kline. É muito, muito brilhante – mas é dureza. É até difícil prestar atenção a ele, diante do brilho de Meryl.

Meryl e Kevin Kline voltariam a trabalhar juntos mais duas vezes: em A Última Noite (2006), o canto do cisne do grande Robert Altman, e em Ricki and The Flash: De Volta para Casa (2015), de Jonathan Demme.

Coisas estranhas: está muito bem o ator que faz Stingo, o terceiro personagem central da trama, Peter MacNicol. Mesmo trabalhando junto com dois dos melhores atores do cinema americano de todos os tempos (ou talvez exatamente por causa disso), Peter MacNicol segura a onda, e muito bem.

Nascido (em Dallas, Texas) em 1954, estava portanto com 28 anos. Mas tinha uma carinha que passa perfeitamente como a de um rapaz de 21, 22 anos, que é a idade de Stingo. No entanto – e isso é que é estranho –, não teve a oportunidade de fazer outros bons papéis em filmes importantes. Continua na ativa, tem quase 80 títulos na filmografia, mas nada de fato que tenha deixado grande marca. Tem feito muita série de TV – talvez a mais conhecida delas seja Ally McBeal: Minha Vida de Solteira (1997-2002).

Houve quem enxergasse problemas no filme

Apesar dos prêmios, apesar do reconhecimento de sua importância pelo American Film Institute décadas depois do lançamento, A Escolha de Sofia não foi unanimidade entre os críticos. Bem ao contrário. Leonard Maltin, por exemplo, deu apenas 2.5 estrelas em 4:

“A atuação de Streep, vencedora do Oscar, é o cerne (e a razão de ser) desta adaptação – servilmente fiel, mas mortalmente lenta – do livro de William Styron sobre a tentativa de uma mulher polonesa de justificar sua existência na América depois de ter sobrevivido a um inferno durante a Segunda Guerra Mundial. A câmara de Nestor Almendros é apaixonada por Streep, mas sua deslumbrante caracterização não consegue carregar o filme sozinha.”

Diacho. Todo mundo tem direito a sua opinião, mas como é que é mesmo? “Tentativa de uma mulher polonesa de justificar sua existência na América”? Alguém precisa justificar por que merece viver nos Estados Unidos? Ô louco, meu… Nessa aí Leonard Maltin pisou no tomateiro todo.

Parece ter havido, na época do lançamento do filme, uma grande polêmica sobre a forma com que a obra de Alan J. Pakula descreve o campo de concentração nazista. Parece que parte da comunidade judaica nos Estados Unidos implicou com o retrato do Holocausto feito pelo filme.

O livro Cinema Year by Year 1894-2000 faz um monte de loas a Meryl Streep, mas afirma que o filme “introduz um elemento de meretricious à tragédia do Holocausto”.

De novo, eu pergunto: xomo é que é mesmo? Um elemento de meretrício? Ah, vai… PelamordeDeus!

O livro The Universal Story passa ao largo destas bobagens. “O romance best-seller de William Styron Sophie’s Choice chegou às telas com suas ressonâncias assustadoras conduzidas com firmeza pelo diretor Alan J. Pakula, que escreveu o roteiro. Parte do filme, como o romance, mexia em flashback com o passado de Sophie e foi rodado na Iugoslávia, mas a maior parte da história acontece numa casa de cômodos alugados no Brooklyn logo após a Segunda Guerra Mundial. (…) Dirigido por Pakula com um sentido impressionante de tempo e espaço, o filme conta com três atuações superlativas nos papéis principais. Miss Streep – que de fato aprendeu a falar Polonês e Alemão para suas sequências européias – levou merecidamente o Oscar por seu retrato lindamente construído.”

Sim: as cenas passadas na Polônia foram filmadas na Iugoslávia. Reparei nisso nos créditos finais. Interessante: uma produção americana, filmada na comunista Iugoslávia, poucos antes de seu desmembramento e o início da terrível guerra entre as diferentes etnias nos anos 90.

O grande Roger Ebert deu a cotação máxima de 4 estrelas. Transcrevo a abertura e o final de seu longo texto:

“Às vezes, quando você leu um romance, ele fica entrando nas imagens da tela. Você fica se lembrando de como você imaginou as coisas. Isso não aconteceu comigo durante Sophie’s Choice, porque o filme tem um elenco tão perfeito e é tão bem imaginado que ele simplesmente toma conta de você. É uma experiência e tanto. O filme é estrelado por Meryl Streep como Sophie, uma mulher polonesa católica que foi pega pelos nazistas com um presunto contrabandeado, foi condenada a ir para um campo de concentração, perdeu seus dois filhos lá, e então de alguma forma sobreviveu e emigrou para o Brooklyn, USA, e para os braços de um sujeito charmoso e excêntrico chamado Nathan. Sophie e Nathan se mudam para uma velha casa de pensão, e os cômodos logo abaixo deles são ocupados por Stingo, um garoto do Sul que quer ser um grande romancista. Enquanto os dois amantes se encaminham para seu destino condenado e romântico, Stingo se apaixona por várias coisas: por sua própria figura como um escritor, com sua visão idealizada do romance de Sophie e Nathan e, inevitavelmente, pela própria Sophie.”

Diacho! Como eu gostaria de saber fazer sinopse como Roger Ebert!

Sophie’s Choice é um filme ótimo, absorvente, com atuações maravilhosas, comovente. É sobre três pessoas que têm que enfrentar uma série de escolhas, algumas frívolas, algumas trágicas. Enquanto elas se debatem na perplexidade de serem humanos numa era de loucura, eles se tornam nossos amigos, e nós os amamos.”

Diacho! Como eu gostaria de fazer textos sobre filmes como Roger Ebert…

Meryl só fez uma vez a sequência pavorosa

Achava que o texto estava pronto, mas me ocorreu fazer dois registros.

Um é sobre Jane Fonda e Meryl Streep.

As duas maravilhosas atrizes têm pelo menos duas coisas em comum. Ambas ganharam Oscars sob a direção de Alan J. Pakula – Jane por Klute, de 1971, Meryl por este A Escolha de Sofia.

E as duas trabalharam juntas em Julia, de Fred Zinnemann, de 1977. Melhor seria dizer as duas trabalharam juntas em uma sequência de Julia, quando Jane já era uma grande estrela e Meryl estava iniciando a carreira.

Meryl aparece na sequência em que a escritora Lillian Hellmann – o papel de Jane Fonda – está entrando na badalado restaurante Sardi’s, logo após a estréia de sua peça The Little Foxes na Broadway. Uma das pessoas que ela vê ao entrar no restaurante é uma atriz chamada Anne Marie – a pontinha que Meryl havia conseguido.

“Com um leve gesto, levando a mão à boca, e uma expressão inacreditável nos olhos, a jovem atriz revelou todo o personagem”, escreveu Lady Jane em sua maravilhosa biografia Minha Vida Até Agora. “Logo que as cenas terminaram, corri ao telefone para ligar para Bruce (seu amigo, sócio numa produtora), na Califórnia. ‘Bruce’, eu disse, quase sem fôlego, ‘preste atenção: há uma jovem atriz, com um nome muito estranho, Meryl Streep. Sim, M-e-r-y-l, com y. Eu não via uma atriz tão impressionante desde Geraldine Page. Ela vai ser uma grande estrela. Precisamos tentar, agora mesmo, consegui-la para o papel da outra mulher em Amargo Regresso’. No fim, Meryl não estava disponível, comprometida com uma peça. Mas me sinto sortuda por ter tido aquela visão precoce de seu talento ímpar.”

Uau!

O outro registro que quero fazer é uma informação está na página de Trivia do IMDb sobre A Escolha de Sofia.

Meryl Streep filmou uma única vez a cena fundamental do filme, aquela em que ela conversa com o oficial nazista quando está chegando a Auschwitz, e ele a obriga a fazer a escolha que dá nome à obra. Ela se recusou a fazer novamente, dizendo que, como mãe, achava a cena dolorosa demais, que aquilo a esgotava emocionalmente.

Meryl estava, no final das filmagens, grávida de Mamie Gummer, uma de seus quatro filhos.

Muitos anos depois, Meryl foi convidada para participar do Oprah Winfrey Show, então um dos programas de maior audiência da TV americana – e o programa mostrou aquela sequência. Meryl contou que nunca mais tinha visto aquela sequência, desde a época das filmagens.

Anotação em fevereiro de 2021

A Escolha de Sofia/Sophie’s Choice

De Alan J. Pakula, EUA, 1982.

Com Meryl Streep (Sophie Zawistowska),

Kevin Kline (Nathan Landau),

Peter MacNicol (Stingo)

e Josef Sommer (o narrador), Rita Karin (Yetta Zimmerman, a dona de casa-pensão), Stephen D. Newman (Larry, o irmão de Nathan), Greta Turken (Leslie Lapidus), Josh Mostel         (Morris Fink), Marcell Rosenblatt (Astrid Weinstein), Moishe Rosenfeld (Moishe Rosenblum), Robin Bartlett (Lillian Grossman), Eugene Lipinski (o professor polonês), John Rothman (o bibliotecário), Joseph Leon (Dr. Blackstock), David Wohl (o professor de inglês), Gunther Maria Halmer (Rudolf Hoess), Karlheinz Hackl (médico da SS), Ulli Fessl (Frau Hoess), Melanie Pianka (Emmi Hoess, a filha do nazista)

Roteiro Alan J. Pakula

Baseado no romance de William Styron

Fotografia Néstor Almendros

Música Marvin Hamlisch

Montagem Evan Lottman

Direção de arte George Jenkins

Figurinos Albert Wolsky

Produção Incorporated Television Company (ITC), Keith Barish Productions, distribuição Universal Pictures. DVD Versátil.

Cor e P&B, 157 min (2h37)

Disponível em DVD.

***1/2

 

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