O Professor Aloprado / The Nutty Professor

4.0 out of 5.0 stars

O Professor Aloprado (1963), o quarto filme co-escrito e dirigido por Jerry Lewis, é uma explosão de talento, de idéias, de sacadas – visuais e de texto. Um geiger, um vulcão de inventividade.

Pode parecer que não tem nada a ver, mas, ao rever o filme agora, pela primeira fez após uns bons 50 anos, me lembrei de All Things Must Pass, o disco triplo que George Harrison lançou em setembro de 1970, o mesmo ano em que os Beatles se separaram. Foi o primeiro disco triplo jamais lançado por um único artista – e ficava evidente, só por isso, que George, naquele momento de vulcão de criatividade, parecia querer se vingar dos tempos em que Lennon & McCartney dominavam tudo, e só deixavam para ele uma, no máximo duas faixazinhas em cada álbum.

De forma semelhante, O Professor Aloprado parece ser o momento em que o artista quer provar que tem talento, que é bom pra cacete, que pode fazer muito, demais.

Mais ou menos da mesma forma com que em All Things Must Pass George Harrison parecia querer se vingar da ditadura dos dois amigos-companheiros-camaradas-cúmplices que dominavam o grupo, em O Professor Aloprado Jerry Lewis quis se vingar de seu ex-parceiro Dean Martin, com quem havia formado o duo Martin & Lewis, ao longo de mais de uma década e uma série de filmes.

O Professor Aloprado é a versão personalíssima de Jerry Lewis da clássica história de O Médico e o Monstro, Dr. Jekyll and Mr. Hyde, criada pelo escocês Robert Louis Stevenson (1850-1894). O médico, o dr. Jekyll, é o professor aloprado, o nutty professor do título original, Julius Kelp, que dá aula de química. Feio demais, desajeitado, trapalhão, tímido, o professor Kelp de vez em quando explode o laboratório da escola com seus experimentos.

O filme abre com uma dessas explosões. Toda a sequência é divertidíssima; é sensacional o momento em que a secretária do diretor vai à sala do professor Kelp para dizer que o diretor quer falar com ele – e ele está soterrado pela explosão, embaixo da porta caída no chão, sobre a qual a secretária Millie Lemmon (Kathleen Freeman) está pisando. E é igualmente sensacional a longa sequência seguinte em que um atordoado, sujo e absolutamente pequenino professor enfrenta a bronca do diretor Warfield (Del Moore).

Nessa sequência, há duas características notáveis. Primeiro, os longos silêncios. É algo bem típico de Jerry Lewis, um comediante que adora usar o silêncio para realçar a graça das situações – e, ao mesmo tempo, com isso faz um elogio das antigas comédias do cinema mudo. No primeiro filme escrito e dirigido por ele, Mensageiro Trapalhão/The Bellboy (1960), o personagem-título, interpretado por ele, é claro, passa uns 110 dos 112 minutos de filme sem pronunciar uma palavra.

A segunda característica é um detalhinho: enquanto enfrenta com imenso desprazer a obrigação de conversar com aquele professor doido, lunático, o diretor Warfield é atacado por um tique no rosto: um nervo na sua face treme. Exatamente como viria a acontecer com o personagem do chefe de polícia Dreyfuss (Herbert Lom), ao ter que conversar com seu subordindo, o inspetor Clouseau (Peter Sellers), nas sequências de A Pantera Cor-de-Rosa (1963).

Jerry Lewis quer provar que sabe fazer tudo

Numa aula após a explosão mostrada no início da narrativa, um aluno altão, fortíssimo (creio que é Warzewski, o papel de Med Flory), pede licença para sair da sala porque tem, naquele horário, treino de futebol americano. O professor Kelp não dá licença, diz que ele tem que ficar. O grandalhão pega o professor e o enfia numa estante – literalmente. Os alunos se sentem dispensados, já que o professor se encontra incapacitado de continuar dando aula, e cascam fora.

Só fica ali Stella, a mocinha mais bonita da classe, com um rostinho bem Barbie, lourinha de grandes olhos azuis. (Ela é interpretada por Stella Stevens.) Ela ajuda o troncho professor a sair de dentro da estante (e Jerry Lewis é excelente nessas cenas absolutamente pastelônicas). Depois que Kelp já está de novo com os pés no chão, Stella-Barbie diz, com uma vozinha de Barbie, a frase que vai mudar a vida dele. Não é ipsis litteris, mas é algo assim: – “Puxa, professor, o senhor não deveria deixar esses grandalhões agredirem o senhor desse jeito.”

A partir daí, Kelp passa a tentar ficar forte: vai a uma academia de ginástica – e seguem-se ótimas gags, piadas deliciosas. Mas ele logo se convence de que não é por aí. E passa, então, a trabalhar na criação de uma poção milagrosa, mágica, capaz de deixá-lo forte e também…

A sequência em que o professor Kelp toma a poção e vira um monstro é muito bem feita. Me fez lembrar as sequências em que o dr. Jekyll vira o Mr. Hyde nas duas versões clássicas de O Médico e o Monstro, a de 1932, de Rouben Mamoulian, com Fredric March, e a de Victor Fleming, de 1941, com Spencer Tracy.

É como se o comediante Jerome Joseph Levitch (1926-2017) quisesse proclamar: olha aí, eu sei dirigir cenas com efeitos especiais também! eu faço o que eu quiser!

O Monstro é um cara parecido com Dean Martin

É ótima, inteligente, inventiva a sequência que vem logo após essas da transformação do professor Kelp em monstro, encolhido no chão do seu laboratório, sob o olhar atento de seu passarinho falante.

Estamos com uns 30 minutos de filme. A trilha sonora faz uns acordes que iriam bem num momento de suspense. A câmara vai fazendo um travelling pelas ruas – e as pessoas todas param para olhar para a câmara, assustadas, chocadas, embevecidas.

A tal da câmara subjetiva, claro: naquele momento, a câmara são os olhos da pessoa que está caminhando e chamando a atenção de todo mundo por onde passa.

A câmara entra no Purple Pit, o bar-boate onde os estudantes se reúnem à noite – e lá dentro acontece o mesmo que acontecia lá fora. Todas as pessoas param de fazer o que estão fazendo para olhar para a câmara.

Para olhar para o Monstro – o professor Kelp na sua versão o contrário dele mesmo, o seu oposto.

O Monstro, segundo Jerry Lewis, é um sujeito com um terno extravagantérrimo, o cabelo cheio de goma – aquela coisa que se usava ainda no começo dos anos 60, tipo Gumex, dura lex, sed lex, no cabelo só Gumex. Uma expressão de autoconfiança total.

O professor Kelp na versão bonitão-cheio-de-si-demais-da-conta, à qual dará o nome de Buddy Love, é de fato a cara de Dean Martin – ou, a rigor, a cara de uma danada de uma gozação de Dean Martin.

E, assim como Dean Martin, Buddy Love canta. É o jeito de Jerry Lewis dizer: olha aí, se eu quiser, eu também sei cantar, tá, pessoal?

Buddy Love dá uma chegada até onde está Stella, a aluna lindinha, depois vai até o piano e manda ver “Stella by Starlight”, o standard de Victor Young e Ned Washington.

O Monstro, segundo Jerry Lewis, é o sujeito mais metido, presunçoso, vaidoso, emproado, cheio de si que já apareceu numa tela de cinema.

Buddy Love é capaz de dizer a Stella frases como estas:

Quando acaba de conhecê-la, no tal bar boate: – “Eu sei o que você está pensando: onde ele esteve, durante toda a minha vida? Certo?”

Um pouco depois: – “Você é louca por mim, certo? E eu entendo. Esta manhã, olhando no espelho antes de me barbear, gostei tanto do que via que não conseguia sair dali.”

Uma das muitas coisas interessantes do filme é como Lewis e seu co-roteirista Bill Richmond conseguiram dar a Stella essa coisa complexa de ter simpatia pelo pobre professor Kelp e ao mesmo tempo sentir um misto contraditório de atração e repulsa pelo bonitão-atraente-maravilhoso-egoista-chato-de-galocha que é Buddy Love.

(A foto abaixo não é de uma cena do filme – é foto posada, para o estúdio usar como propaganda do filme.)

A mãe do professor dava broncas homéricas no pai

Alguns momentos e detalhinhos especiais – além dos outros já citados acima – em um filme cheio de sacadas, inventividade, inteligência:

* Stella pára por um momento junto da porta da sala de aula, prestes a sair da sala. Veste a roupinha padrão, bem comportada, de estudante dos anos 60. Do tablado de professor, junto da lousa, a uns poucos metros dela, o professor Kelp olha para ela e a vê em uns quatro ou cinco modelitos sensuais, cheios de charme, glamour.

* Buddy Love ensina o pobre barman do Purple Pit a preparar seu drink, enquanto o maltrata com um repulsivo ar de dono do mundo que despreza o serviçal. O coquetel de Buddy Love contém (a página de diálogos do IMDb transcreve a conversa): vermute, gim, conhaque, casca de limão, casca de laranja, xerez, uísque, um pouco mais de uísque.

* De volta à sala de aula, após uma noite com muita, mas muita bebida na sua versão Buddy Love, o professor Kelps está numa ressaca bravíssima – e cada pequenino ruído soa aos ouvidos dele como o estrondo de uma bomba atômica. As caras de Jerry Lewis diante dos barulhos ensurdecedores são absolutamente sensacionais.

* Flashback para a época em que Kelp era bebê. Kelp bebê é interpretado por Jerry Lewis com roupa de bebê, dentro de um cercadinho, enquanto a mãe absolutamente dominadora dá vários berros e chega-pra-lá no pai, uma figurinha pequenina, tíbia, lamentável.

* Depois que tomou a poção mágica – o coquetel de elementos químicos inventado pelo filho –, o Senhor Kelps aparece metido, presunçoso, cheio de si. E a Senhora Kelps, tadinha, é tratada por ele como não se deve tratar nem um cão sarnento.

* Nas últimas cenas do filme, o professor Kelps usa aparelho de dentes, para consertar os dentões horrorosos. That’s Stella by starlight…

Stella Stevens trabalhou com grandes diretores

Stella Stevens…

Está viva e passa bem! Neste ano de 2019 em que revi O Professor Aloprado pela primeira vez desde 1966, Stella Stevens, nascida em 1938, completa 81 em outubro. Trabalhou até 2006, quando participou de uma série de TV. Tem 141 títulos na filmografia.

Trabalhou com grandes, respeitáveis realizadores, tanto em dramas (Canção da Esperança/Too Late Blues, 1961, de John Cassavetes, o realizador que se tornou o sinônimo de cinema independente) quanto em comédias (Papai Precisa Casar/The Courtship of Eddie’s Father, 1963, de Vincente Minnelli).

Foi uma Elvis Girl em Garotas e Mais Garotas/Girls! Girls! Girls! (1962), de Norman Taurog. Trabalhou ao lado dos astros Glenn Ford (várias vezes), Bobby Darin e… Dean Martin (mais de uma vez).

Umas poucas informações sobre o filme e sua produção, tiradas da página de Trivia do IMDb:

* Um dos trailers do filme dava uma gozeira no merchandising que Alfred Hitchcock bolou para Psicose, lançado três anos antes, em 1960. Havia toda uma campanha dizendo que ninguém poderia entrar nos cinemas que passavam Psicose depois do início do filme, e pedindo que ninguém revelasse o final. Então no trailer de O Professor Aloprado se dizia o seguinte: “Não nos importamos se você tagarelar sobre o começo deste filme; também não tem problema se você contar o final – mas não queremos que você revele a metade.”

* Consta que Jerry Lewis escreveu sozinho sete versões do roteiro, e depois mais duas com Bill Diamond.

* “Bastante parecido, de várias maneiras, com o filme britânico The Ugly Duckling (1959), feito quatro anos antes.”

Epa: nunca tinha ouvido falar nisso!

O filme copiou outro, e por sua vez foi copiado

Ué! Parece que é mesmo: Jerry Lewis roubou a idéia básica de The Ugly Duckling! O patinho feio!

Ahnn… Roubou é forte demais? Copiou… Serviu-se dela… Inspirou-se nela…

The Ugly Duckling não deve ter sido lançado comercialmente no Brasil, porque não tem o título brasileiro. Direção Lance Comfort, argumento e roteiro Sid Colin e Jack Davies, com idéias roubadas de Robert Louis Stevenson, é claro. Princiais atores Reginald Beckwith e Maudie Edwards.

Da sinopse do IMDb: Henry Jeckle (Jeckle, parecido com Jekyll, certo?) era um sujeito sem qualquer charme, até que descobre uma fórmula médica desenvolvida por um tio morto que transforma quem tomar a bebida em um homem corajoso, forte, atraente. “Tomando um gole do elixir, Henry se transforma em Teddy Hyde, um sujeito elegante, sofisticado e altamente desejável pelas mulheres. Em sua nova persona, Teddy está pronto para encarar o mundo – mas estará Henry preparado para as consequências?”

Nunca soube disso… Vivendo e aprendendo…

É necessário registrar, claro, que em 1996 foi lançado outro O Professor Aloprado/The Nutty Professor, direção de Tom Shadyac, com Eddie Murphy fazendo sete diferentes papéis. Um deles é o professor Klump, sujeito de bom coração, mas gordíssimo, gordérrimo; após tomar uma poção, ele se transforma em Buddy Love, magrinho, bonitão – mas chato.

Foi um grande sucesso, e teve uma continuação em 2000, O Professor Aloprado 2: A Família Klump. E, em 2008, foi lançada uma animação O Professor Aloprado/The Nutty Professor, em que o protagonista é o neto do professor Kelp original. Jerry Lewis fez a voz do personagem central.

Desconheço se há planos para o lançamento de um musical da Broadway O Professor Aloprado.

“Uma das mais perturbadoras comédias americanas”

O livro 1001 Filmes Para Ver Antes de Morrer fala da dupla Martin & Jerry, diz que a figura de Buddy Love acaba mais parecida com Frank Sinatra do que propriamente com Dean Martin – referência ao Rat Pack, o grupo de amigos que gravitava em torno de Sinatra, formado basicamente pelo próprio Dean Martin, Sammy Davis Jr. e Peter Lawford. Faz comparações com a refilmagem com Eddie Murphy, diz que a sequência da transformação é uma paródia expressionista maravilhosamente colorida dos filmes clássicos. “Certamente uma das mais perturbadoras comédias norte- americanas.”

O livro editado por Steven Jay Schneider tem razão: O Professor Aloprado é o tipo do filme que pode render 200 mil interpretações – psicológicas, sociológicas, antropológicas, o escambau a dar com o pau.

Lembro que, em cursos sobre história do cinema dados pelos então maiores críticos de Belo Horizonte, falava-se muito que a inteligência dos filmes escritos e dirigidos por Jerry Lewis foi primeiramente descoberta e longamente explorada pela crítica francesa. Só depois de tantas loas francesas foi que a crítica americana passou a levar a sério as comédias do realizador.

(Bem, isso não é caso único. São vários os realizadores americanos que primeiro foram incensados na França para depois serem completamente reconhecidos em seu próprio país. Woody Allen e Clint Eastwood são apenas dois exemplos.)

Na França, The Nutty Professor teve um título muitíssimo bem sacado, na minha opinião: Docteur Jerry et Mister Love. Remete diretamente a Dr. Jekyll and Mr. Hyde, bota o nome de Jerry Lewis já no título, e o conjunto, com Mister Love, fica simpático e atraente.

Eis o que diz o Guide des Films de Jean Tulard sobre Docteur Jerry et Mister Love: “A grande idéia desse pastiche de Docteur Jekyll et Mister Hyde é ter feito do feio o bom e do belo o mau, contrariamente às versões precedentes (…). É um dos melhores Jerry Lewis, em que ele se revela enfim o grande comediante que ele poderia ter sido se tivesse se permitido se mostrar mais exigente quanto a si mesmo.”

O Petit Larousse des Films dedica nada menos que quatro parágrafos à análise do filme, além de outro longo parágrafo com a sinopse. É o mais longo texto que já vi no belo guia – e começa dizendo que é o melhor filme de Jerry Lewis como autor-ator-diretor. Diz que o filme ridiculariza, com uma certa crueldade, diversas instituições americanas: as universidades, os esportes atléticos, os cantores charmosos, o matriarcado, o sentimentalismo açucarado…

“A inversão do tema stevensoniano engendra um professor Jerry de uma grande feiúra física (ele é totalmente míope, corcunda e dotado de uma dentição caótica), mas de uma grande gentileza e de moral escorreita, enquanto Buddy Love, maliciosamente maquilado e coberto de goma como Dean Martin, possui um charme físico tão evidente quanto sua falta de delicadeza e sua soberba.”

O guia afirma que o realizador está no auge da forma; elogia o uso dos ruídos, como na sequência em que ele dá aula com a ressaca brava. “Ele se permite igualmente uma sequência de transformação fantástica, digna das versões anteriores” da história do médico e o monstro.

E mais adiante: “O momento mais insequecível é certamente o longo plano-sequência subjetivo que acompanha o trajeto de Buddy Love até a Purple Pit, sob o olhar literalmente estupefato dos passantes, seguindo do extraordinário contracampo sobre o rosto inesperado do monstro.”

É isso aí. Um grande filme.

Anotação em julho de 2019

O Professor Aloprado/The Nutty Professor

De Jerry Lewis, EUA, 1963

Com Jerry Lewis (Prof. Julius Kelp / Buddy Love)

e Stella Stevens (Stella Purdy), Del Moore (Dr. Mortimer S. Warfield, o diretor da escola), Kathleen Freeman (Millie Lemmon, a secretária do diretor), Med Flory (Warzewski, o aluno fortão), Norman Alden (jogador de futebol / estudante), Howard Morris (Elmer Kelp, o pai), Elvia Allman (Edwina Kelp, a mãe), Milton Frome (Dr. M. Sheppard Leevee), Buddy Lester (o barman), Marvin Kaplan (estudante), David Landfield (estudante), Skip Ward (jogador de futebol), Julie Parrish (estudante), Henry Gibson (estudante)

e, em participação especial, Les Brown (como ele mesmo) e sua orquesstra

Argumento e roteiro Jerry Lewis & Bill Richmond

Fotografia W. Wallace Kelley

Música Walter Scharf

Montagem John Woodcock

Casting Edward R. Morse

Produção Ernest D. Glucksman, Paramount Pictures.

Cor, 107 min (1h47)

R, ****

Título na França: Docteur Jerry et Mister Love. Em Portugal: As Noites Loucas do Dr. Jerryll.

3 Comentários para “O Professor Aloprado / The Nutty Professor”

  1. Sim, eu me lembro que o filme era bom. Mas me lembro também que a primeira vez que o vi era criança (estava com a minha mãe no cinema) e a sequência da transformação me deixou com medo. Teria de rever agora. E ah, é claro que a crítica francesa sempre teve razão.

  2. Muito boa crónica.
    Tenho o DVD deste filme há alguns anos e depois de ler isto fui revê-lo.
    É um grande filme, divertido e inteligente.
    Quando o vi no cinema fiquei muito impressionado com a cena com o plano-sequência. Excelente!
    As sequelas com o Eddie Murphy não vi; não me parece que tenham grande interesse.

  3. “Só depois de tantas loas francesas foi que a crítica americana passou a levar a sério as comédias do realizador.”
    É curioso que por cá em Portugal também a crítica tecias largos elogios a Jerry Lewis dizendo que ele era na altura o mais inovador realizador americano.
    Tive que ver no dicionário a palavra aloprado. Por cá não se usa.

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