Há muita coisa fascinante nos oito episódios de L’Amica Geniale, mas o que mais me impressionou foi o capricho, o cuidado, o esmero com que os realizadores levaram para as telas o universo criado pela escritora Elena Ferrante.
Claro, há muito talento envolvido aí. Sem dúvida alguma. E há também dinheiro, muito dinheiro: vê-se que é uma produção cara. Vê-se que as equipes técnicas todas trabalharam com um orçamento confortável, bastante confortável. É uma co-produção da Rai, Radiotelevisione Italiana, essa espécie de BBC da Itália, com a HBO americana, e mais outras produtoras, TIMvision, Fandango, Wildside, Umedia.
Talento, dinheiro. Sim, sim – mas, além disso, além desses elementos maravilhosas, fundamentais, há ainda a coisa do capricho, do cuidado, do esmero. L’Amica Geniale é uma série feita – isso é evidente o tempo todo – com amor.
O bairro pobre de Luzzatti dos anos 50, na periferia de Nápoles, foi reconstituído meticulosamente na região de Caserta: a produção criou 14 edifícios residenciais de quatro andares cada e cinco sets interiores, a igreja e o túnel sob a linha férrea que delimita a comunidade. Depois de ver os oito episódios (cada um tem cerca de 50 minutos), em esquema de maratona, em apenas dois dias, fomos ver Nápoles no Google Maps. A praça de Luzzatti que a série recriou está lá exatamente como vemos na tela. É absolutamente incrível.
Durante oito meses, a produção realizou testes com nada menos que 9 mil crianças e adolescentes e 500 adultos até serem escolhidos os atores que representariam os personagens criados por Elena Ferrante. Imagino que uma das exigências fosse que os atores falassem, além do italiano, também o dialeto napolitano, porque os personagens misturam as duas coisas o tempo todo,.
E são muitos personagens. São tantos, mas tantos, tantos, que o livro A Amiga Genial, o primeiro dos quatro romances da Série Napolitana, as Neapolitan Novels, como são conhecidos nos países de língua inglesa, traz, antes do prólogo, uma “Lista dos Personagens”. Vai apresentando os nomes, agrupados por família – a família Cerullo, do sapateiro, a família Greco, do contínuo do tribunal, a família Carracci, do comerciante rico, a família Peluso, do marceneiro, a família Cappuccio, da viúva louca, a família Sarratore, do ferroviário, a família Solara, do dono do bar-confeitaria…
O livro traz ainda a família Scanno, do verdureiro, e a família Spagnuolo, do confeiteiro. A série traz apenas um dos Scanno e uma dos Spagnuolo – mas ela tem a complicação de ter dois atores para cada personagem jovem, para cada um dos filhos dos Cerullo, dos Greco, dos Carracci, dos Peluso, dos Cappuccio, dos Sarratore, dos Solara…
Sim, porque os acontecimentos destes oito episódios de L’Amica Geniale, baseados no primeiro dos quatro livros da Série Napolitana, se passam em duas épocas diferentes dos anos 1950 – primeiro, no início da década, quando os filhos dessas famílias todas são crianças, e, depois, no final da década, em 1958 e 1959, quando eles são adolescentes.
(Na foto, Elisa del Genio, que faz Elena criança, e Ludovica Nasti, que faz Lila criança.)
Para Lila, aprender é fácil. Lenu tem que se esforçar
Diversas famílias, dezenas de personagens – e muitos deles, pelo menos uns 20, têm importância na trama. A Amiga Genial é, de uma certa forma, um afresco – um panorama da sociedade italiana, ou, mais especificamente, de uma parte dela, os moradores de um bairro operário da periferia de Nápoles nos anos 50. Um afresco – como os de Ettore Scola, aquela coisa ampla, geral, irrestrita. Como os dos artistas italianos que vieram antes dele, Botticelli, Michelangelo (me refiro aqui ao Buonarroti, não ao Antonioni).
Mas, ao mesmo tempo, A Amiga Genial é o retrato íntimo de duas mulheres, da amizade de duas mulheres, que se conhecem crianças, e vão amadurecendo próximas uma da outra ao longo das décadas.
Uma é a narradora da história – os livros são escritos em primeira pessoa, por ela. Na série, é ela que narra (com a voz da ótima atriz Alba Rohrwacher). Chama-se Elena Greco – Elena, como Elena Ferrante, a escritora, a autora dos livros e também uma das quatro pessoas que assinam o roteiro dos oito episódios. Elena – mas todos a chamam de Lenu.
A outra é Raffaela Cerullo, conhecida pelo apelido de Lila. Lila, a rigor, é a amiga genial do título – embora ela diga que Lenu é sua amiga genial.
Amigas inseparáveis, amigas-irmãs, amigas para sempre, as duas sempre tiveram, no entanto, uma disputa, uma competição. Algo à la Lennon e McCartney, se é que com essa comparação me faço entender.
A rigor, a rigor, a rigor, é Elena que disputa com Lila. Lila – é o que a série mostra – fica muito mais na dela. Lila é de fato genial, como diz o título original, brilhante, como diz o título em inglês – e não precisa fazer muita força. A inteligência a faz ter talento em diversas áreas do conhecimento – a sabedoria vai saindo aos borbotões.
Elena também é muito inteligente. Era a melhor da classe, no início da escola primária – até Lila chegar. Continuará a ser a melhor da classe ao longo dos anos – Lila será forçada a interromper os estudos após o primário, Elena continuará estudando, basicamente graças aos esforços da professora Oliviero (Dora Romano) em convencer os pais da garota de que ela precisa aproveitar sua inteligência, sua dedicação.
Mas o que a série mostra, o que a própria Elena fala, através da voz em off da narradora – ela mesma, quando adulta –, é que ela precisa estudar muito, precisa ser organizada, precisa preservar para conquistar as melhores notas, o brilho nos estudos. Já para Lila tudo é fácil, tudo vem de graça, sem esforço.
(Sei muito bem como são essas coisas. Fui um bom aluno, nas escolas da vida – do tipo esforçado, trabalhador, não do tipo brilhante. Sempre fui do tipo Elena, nunca do tipo Lila.)
A questão é que, por diversos motivos, por um conjunto de variáveis, Lila era, desde criança, e foi ficando mais e mais, uma pessoa que construiu uma armadura para se proteger das agressões do mundo. Aquela coisa que poderia ser definida como síndrome de porco-espinho. Assim, a garota inteligentíssima, brilhante, foi se tornando uma pessoa nada, mas nada simpática, nada agradável. Uma pessoa difícil – difícil de se conviver com ela, difícil de se gostar dela.
Bem ao contrário, Elena era uma pessoa doce, suave, agradável. Como muitos adolescentes, tinha sérias dúvidas quanto a si mesma: se achava feia, se achava não tão inteligente quanto Lila – mas todos ao redor gostavam dela, e a achavam bonita, e ela tirava só notas boas na escola.
A origem familiar explica muito essas diferenças entre as duas grandes amigas. O pai de Lila, o sapateiro Fernando Cerullo (Antonio Buonanno), era um sujeito autoritário, rígido, conservador, careta, um castrador das vontades dos filhos. E sua mulher, Nunzia (Valemtina Acca), tenta sempre defender os filhos – mas é fraca diante do marido ditatorial. Assim, o pai decide que a filha brilhante tem que parar de estudar logo após a conclusão do primário – e a mãe não consegue demovê-lo.
Na família de Elena, é bem o contrário. A mãe dela, Immacolata (Annarita Vitolo), é uma absoluta idiota, uma pessoa tacanha, caretíssima, de mal com a vida. Acha um absurdo que a filha estude – tem mais é que ficar em casa para ajudar a cuidar dos irmãos mais novos, acha ela. O pai, Vittorio (Luca Gallone) no entanto, é exatamente o oposto da mulher. É um homem simpático, bem-humorado, que gosta de se dar bem com as pessoas – e rapidamente cede aos argumentos da professora Oliviero e apóia a idéia de que a filha continue estudando. E a palavra do homem é que vale.
Uma grande sorte na escolha das quatro atrizes principais
Os realizadores de L’Amica Geniale tiveram imenso bom gosto e gigantesca sorte na escolha das quatro atrizes que fazem Elena e Lila – Elena e Lila crianças, Elena e Lila adolescentes.
Elena é interpretada por Elisa del Genio quando criança e por Margherita Mazzucco quando adolescente. Essa garotinha Elisa del Genio é lindérrima, incrivelmente expressiva, fantasticamente cativante. A moça Margherita Mazzucco às vezes parece um pouquinho tensa, um pouquinho travada nos movimentos – mas faz uma Elena adolescente de uma forma que o espectador se encanta por ela. Tem um rosto bastante expressivo, daquele tipo que muda muito de um momento para outro.
Lila garotinha é interpretada por Ludovica Nasti e Lila adolescente, por Gaia Girace. Escolhas felicíssimas. As duas pequenas atrizes são belas, simpáticas, envolventes.
A imensa maioria dos escolhidos para representar os personagens são novatos, estreantes – gente sem experiência anterior, ou então com pouca experiência. Isso é uma maravilha: aproxima esta série do neo-realismo italiano, o movimento que é seguramente o mais importante que já houve no cinema mundial, que influenciou diversos outros que viriam depois, a nouvelle vague francesa, o cinema inglês rebelde dos anos 60, o cinema novo brasileiro, o cinema iraniano dos anos 1990.
Só conhecia, de todas as pessoas do elenco, a atriz que faz a voz da narradora, Alba Rohrwacher, e Fabrizia Sacchi, que faz Lidia, a mulher de Donato Sarratore (Emmanuele Valenti).
Os Sarratore são bastante importantes na história. O pai, Donato, é , um ferroviário que acaba criando umas poesias. Revela-se um conquistador, um Don Juan – e depois um abusado, um abusador. Lá no início dos anos 50, pulador emérito de todas as cercas, namora a viúva Melina Cappuccio (Pina Di Gennaro) – e, quando se muda com a família para longe do bairro, deixa a amante, que já não batia muito bem de cabeça, quase completamente louca.
O filho mais velho dos Sarratore, Nino (Alessandro Nardi quando menino e Francesco Serpico quando adolescente), exercerá imensa atração sobre Elena. Que vai acabar namorando Antonio, justamente o filho mais velho da viúva louca.
No verão de 1959, ano em que Elena, assim como Lila, faz 15 anos, a garota desfruta de um inédito período quase de férias na ilha de Ischia: ela se hospeda na casa de uma prima da professora Oliviero, em troca de algum trabalho doméstico – e pode, nos horários livres, ir à praia maravilhosa. Nesse verão, a família Sarratore se hospeda na casa da prima da professora Oliveiro. O interesse de Elena por Nino é imenso – mas acontece um previsível – e absurdo, criminoso avanço do pai de Nino sobre a garota.
Uma escritora que se esconde, foge dos holofotes
De forma bastante temerária, sem ter dados que me garantissem isso, falei para Mary que a Série Napolitana de Elena Ferrante é assim uma espécie de Harry Potter para adultos. Fiquei bastante satisfeito, depois que vimos a série e li um pouco sobre ela e sobre a escritora, ao verificar que há boas indicações de que eu estava certo.
Sim, a Série Napolitana é uma espécie de Harry Potter. Já foram vendidos 30 milhões de exemplares dos quatro livros da série, e ela tem admiradores abnegados, fiéis. Diz uma reportagem do jornal El País de novembro de 2019, época em que foi lançado o mais recente livro de Elena Ferrante, La Vita Bugiarda degli Adulti, a vida mentirosa dos adultos:
“Independentemente do mistério e do cuidadoso marketing por trás de cada lançamento de Ferrante – só comparável aos Harry Potter de J.K Rowling (há um ardor cego nos fãs de seu universo que também os relaciona) –, a escritora tem seguidores como Hillary Clinton, Nicole Kidman, Jane Campion, Zadie Smith e Jonathan Safran Foer e conseguiu unir a receita perfeita entre entretenimento e uma certa contribuição literária.”
Elena Ferrante é uma pessoa tão fascinante quanto suas duas personagens centrais, quanto o universo que criou em sua tetralogia. Escritora consagrada, traduzida em diversas línguas, criadora desse sucesso monumental que é a Série Napolitana, ela se mantém absolutamente longe deste insensato mundo: em plena era da exposição total das pessoas nas redes sociais, ela jamais permitiu que uma foto sua fosse publicada, não dá entrevistas na TV. Mais ainda: não dá entrevistas ao vivo, face a face – apenas responde a perguntas por escrito, em e-mails intermediados por suas editoras italianas.
Elena Ferrante, na verdade, é um pseudônimo. Não se sabe o nome verdadeiro da autora, nem quando e onde nasceu, onde estudou.
É claro que a imprensa não pára de fuçar, de tentar descobrir o mistério. Já houve diversas tentativas de identificação da escritora – mas, até agora, nunca houve uma revelação que fosse tida como autêntica, verdadeira.
(Na foto, Gaia Girace, a Lila adolescente, e Margherita Mazzucco, a Elena adolescente.)
O que há, então, são especulações. Especula-se que nasceu em Nápoles, ali por volta de 1944, o ano em que nasceram suas criaturas Elena Greco e Lila Cerullo, já que ela demonstra conhecer tão bem os hábitos, os costumes das pessoas da cidade. Especula-se que tenha estudado muito, já que seus livros demonstram que tem sólido conhecimento de autores clássicos gregos e latinos.
Especula-se. Prova, isso não há. Estamos em falta.
Eis uma frase dela em uma das entrevistas dadas por escrito:
“Os livros, uma vez escritos, não precisam de seus autores.”
Nicola Lagioia, o diretor do Salão do Livro de Turim, o mais importante da Itália, que na sua edição de 2019 teve um sarau sobre o então recém-lançado La Vita Bugiarda degli Adulti, tem opinião semelhante: “Sempre nos ocupamos muito de Ferrante do ponto de vista literário. Não nos interessa em nada qual é sua verdadeira identidade. Na literatura importam as obras. Não nos interessam as fofocas domésticas de Shakespeare, e sim que tenha escrito Macbeth e Hamlet”, afirmou a El País.
Dois outros livros da autora já haviam sido levados às telas. L’Amore Molesto, seu primeiro romance, publicado em 1991 (lançado como Um Estranho Amor em Portugal e Um Amor Incômodo no Brasil), foi filmado em 1995 pelo diretor Mário Martone. É, segundo vejo no IMDb, a história de uma mulher que volta à sua Nápoles natal quando sua mãe, já bem idosa, morre; ali, tenta compreender como haviam sido os últimos anos de sua mãe, enquanto, ao mesmo tempo, vai sendo tomada pelas memórias de sua infância.
O romance I Giorni dell’Abbandono, lançado em 2002, foi transformado em filme em 2005, dirigido por Roberto Faenza, com a excelente Margherita Buy no papel central. Sobre Dias de Abandono, escrevi:
“Abandonada pelo marido, que a trocou por uma moça bem mais jovem, mulher de classe média para alta fica absolutamente desestruturada. O filme vai fundo, mas muito fundo, no sofrimento de Olga, a personagem central, muito bem interpretada por Margherita Buy, nos dias de inferno do abandono. O abandono, como bem sabem todos os que já passaram por isso, ou fizeram alguém passar por isso, é uma das piores situações que uma pessoa pode enfrentar. Aquela boutade de Oscar Wilde – ‘oh, Deus, livrai-me da dor física, que da moral eu me ocupo’ – vira uma brincadeira sem qualquer graça, uma piada de humor negro de muito mal gosto – e o filme mostra isso muito bem.”
A segunda temporada tem lançamento em 2020
Os oito episódios de L’Amica Geniale estão disponíveis na HBO Go, o serviço de streaming da empresa americana. Estão lá com seu título americano, My Brilliant Friend. Como já foi dito, eles são a transposição para a tela do primeiro dos quatro livros da Série Napolitana, A Amiga Genial.
O livro foi lançado em 2011. Depois dele vieram História do Novo Sobrenome, História de Quem Foge e de Quem Fica e História da Menina Perdida. (Todos foram lançados no Brasil pela Editora Globo.)
Detalhe interessante: no original, os três livros posteriores mantêm o nome do primeiro como subtítulo: Storia del nuovo cognome. L’amica geniale volume secondo, Storia di chi fugge e di chi resta. L’amica geniale volume terzo, e Storia della bambina perduta. L’amica geniale volume quarto.
Quando vimos a série, no início de fevereiro de 2020, já havia data marcada para o lançamento da segunda temporada, que corresponde ao segundo livro, claro: 16 de março de 2020.
Não tem como não ver. E ficar esperando pela terceira e pela quarta.
Fevereiro de 2020
A Amiga Genial/L’Amica Geniale
De Saverio Costanzo, Itália-EUA, 2018
Com Margherita Mazzucco (Elena Greco adolescente), Gaia Girace (Lila Cerullo adolescente), Elisa del Genio (Elena Greco criança), Ludovica Nasti (Lila Cerullo criança)
e Alba Rohrwacher (a voz da narradora), Dora Romano (professora Oliviero),
(a família do contínuo) Luca Gallone (Vittorio Greco, o pai de Elena), Annarita Vitolo (Immacolata Greco, a mãe),
(a família do sapateiro) Antonio Buonanno (Fernando Cerullo, o pai de Lila), Valentina Acca (Nunzia Cerullo, a mãe), Gennaro De Stefano (Rino Cerullo adolescente), Tommaso Rusciano (Rino Cerullo criança),
(a família do comerciante rico) Antonio Pennarella (Don Achille Carracci), Sarah Falanga (Maria Carracci, sua mulher), Giovanni Amura (Stefano Carracci adolescente), Kristijan Di Giacomo (Stefano Carracci criança), Fabrizio Cottone (Alfonso Carracci adolescente), Valerio Laviano Saggese (Alfonso Carracci criança), Federica Sollazzo (Pinuccia Carracci adolescente), Giuliana Tramontano (Pinuccia Carracci criança),
(a família do marceneiro) Gennaro Canonico (Alfredo Peluso, o marceneiro, comunista), Eduardo Scarpetta (Pasquale Peluso adolescente), Francesco Catena (Pasquale Peluso criança), Francesca Pezzella (Carmela Peluso adolescente), Francesca Bellamoli (Carmela Peluso criança),
(a família da viúva louca) Pina Di Gennaro (Melina Cappuccio, a viúva), Christian Giroso (Antonio Cappuccio adolescente), Domenico Cuomo (Antonio Cappuccio criança), Ulrike Migliaresi (Ada Cappuccio adolescente), Lucia Manfuso (Ada Cappuccio criança),
(a família do ferroviário poeta) Emanuele Valenti (Donato Sarratore, o ferroviário poeta), Fabrizia Sacchi (Lidia Sarratore, sua mulher), Francesco Serpico (Nino Sarratore adolescente), Alessandro Nardi (Nino Sarratore criança), Miriam D’Angelo (Marisa Sarratore adolescente), Cristina Magnotti (Marisa Sarratore criança),
(a família do comerciante rico) Antonio Milo (Silvio Solara), Imma Villa (Imma Solara, sua mulher), Elvis Esposito (Marcello Solara adolescente), Pietro Vuolo (Marcello Solara criança), Alessio Gallo (Michele Solara adolescente), Adriano Tammaro (Michele Solara criança)
(e ainda) Rosaria Langellotto (Gigliola Spagnuolo adolescente), Alice D’Antonio (Gigliola Spagnuolo criança), Giovanni Buselli (Enzo Scanno adolescente), Vincenzo Vaccaro (Enzo Scanno criança), Vittorio Viviani (professor Ferraro), Anna Redi (professora Galiani), Marzia Onorato (Rosa Trapani), Elisabetta De Palo (Elena adulta)
Roteiro Saverio Costanzo, Elena Ferrante, Laura Paolucci, Francesco Piccolo
Baseado no romance A Amiga Genial, de Elena Ferrante
Fotografia Fabio Cianchetti
Música Max Richeter
Montagem Francesca Calvelli
Casting Sara Casani, Laura Muccino
Produção RAI Fiction, HBO, TIMvision, Fandango, Wildside, Umedia.
Cor, cerca de 450 min (7h30).
***1/2
Título nos Estados Unidos: My Brilliant Friend.
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