A idéia original – brilhante – é do ator e diretor de cinema e teatro Jean-Claude Penchenat, e O Baile, encenado a princípio no teatro, é uma criação coletiva de Le Théâtre du Campagnol, companhia criada e dirigida pelo próprio Penchenat. Mas o filme acaba virando Ettore Scola puro.
E não é à toa, claro. Ninguém melhor que Scola para levar aquela peça de teatro para o cinema. O Baile parece ter sido criado por aquele bando de atores maravilhosos para virar um filme de Scola. Ele é, por excelência, o cineasta dos grandes afrescos que representam o desenrolar da Grande História através de várias décadas.
É assim Nós Que Nos Amávamos Tanto/C’eravamo Tanto Amati (1974), um panorama das mudanças sociais da Itália, desde 1944 até meados da década de 1970, e um estudo sobre o próprio cinema italiano, na história de três homens que amaram o sonho da revolução comunista e uma mesma mulher. É assim A Família/La Famiglia (1987), que narra a vida de um italiano desde seu nascimento, em 1906, até a festa pelos seus 80 anos – e mostra, como pano de fundo, vários dos fatos marcantes da História italiana. É assim Splendor (1989), que conta a história de uma sala de cinema ao longo dos anos – e, junto com ela, um pouco da história do cinema e da Itália.
Afrescos que mostram o passar de anos, décadas e – por trás da vida dos personagens – os acontecimentos políticos, sociais, culturais que marcaram a História. Tudo com a visão de um intelectual sempre ligado ao Partido Comunista Italiano.
O Baile serve como uma luva para Ettore Scola – e Scola era o diretor apropriado para levar a criação coletiva dos atores franceses do Théâtre du Campagnol para o cinema. Um casamento perfeito.
São oito grandes sequências, oito atos, todos passados num salão de dança da França, provavelmente de um bairro periférico de Paris, desde maio de 1936, o mês da vitória da Frente Popular de esquerda, até meados dos anos 1980, a época em que o filme foi feito.
Não há um único diálogo. Tudo é mostrado através dos movimentos de uma dúzia de pessoas que frequentam o salão de dança – os movimentos, as roupas, os penteados, a forma como se comportam, como interagem, e, claro, as músicas.
Rever O Baile não cansa. É sempre uma festa
Cinema puro, sem a necessidade de palavras – e sempre me vem à memória o comentário feito por Billy Wilder de que os filmes de Charlie Chaplin eram muito melhores na época do cinema mudo, porque, depois que passou a usar diálogos, o grande criador passou a fazer discursos.
O Baile é cinema puro: movimento, uma dúzia de atores extraordinários, música, contando o desenrolar da História ao longo de meio século – as mudanças nos costumes, os grandes eventos políticos e sociais.
Ao rever o filme agora, mais uma vez (deve ter sido a quinta ou sexta vez), fiquei especialmente impressionado como dá sempre imenso prazer ver e rever. Não cansa, de forma alguma – muito ao contrário, parece que cada vez fica melhor. Passa depressa – a melhor prova de que um filme é bom. Quando se aproximava do fim, comentei com a Mary: diacho, parece que começou só tem meia hora!
A cada nova vez, a gente percebe detalhinhos que não havia percebido antes. Um gesto especialmente significativo, um olhar, algo na roupa de um, no cabelo de outro.
Rever O Baile é uma festa. A gente deveria fazer isso uma vez por ano…
Não é, nem de longe, uma narrativa realista
A abertura é nos dias de hoje, ou seja, nos dias em que o filme foi feito, 1984. É tudo propositalmente teatral, encenado, exagerado – é encenação. Não é, de forma alguma, uma narrativa realista, naturalista.
Vão entrando primeiro as damas – empetecadas, embonecadas, maquiladas, vestidas com o que têm de melhor. Quase todas atravessam todo o grande salão, até parar diante da câmara – e fazem caretas para a câmara, acertam o batom, o chapéu, o cabelo.
Uma idéia simples, uma maravilha: ali, naquele fundo do salão, ficam grandes espelhos. A câmara flagra as mulheres – depois virão os cavalheiros – olhando-se no espelho, dando uma última acertada no seu visual.
Depois do espelho, elas vão se sentando diante de mesinhas colocadas nas laterais do salão.
E depois é a vez dos homens chegarem. Cada um dá uma desfilada pelo salão. Depois vão se encostando, quase todos, no balcão do bar, à esquerda da entrada.
Não são pessoas lindas. Bem ao contrário. Há ali um monte de gente feia. Alguns são estranhos, esquisitos, cheios de cacoetes.
É o povo.
Um único garçom, um velhinho, atende aos pedidos – que não são muitos.
Há música tocando ao longo dos 112 minutos de duração desta maravilha, ao longo dos 50 anos que passam diante de nós. Em alguns poucos momentos, a música sai de um disco – de vinil, é claro. Mas, na imensa maior parte dos sucessivos bailes, a música é tocada por um pequeno conjunto ali da casa – que, é claro, vai mudando de jeito, de gênero, de tipo de música, ao longo dos anos.
É difícil saber o que é mais brilhante em O Baile: se a atuação dos atores, se a música.
A trilha sonora original foi criada por Vladimir Cosma, compositor, violinista e maestro nascido em Bucareste, Romênia, em 1940, e radicado na França desde 1963. O tema central da trilha é de uma beleza incrível – uma melodia triste, dolorida, emocionante.
Os temas criados por Cosma vão se mesclando com canções importantes, marcantes, das diversas épocas: é um pouco da História da música popular que está reunida ali.
Um pouco sobre cada um dos oito atos
Não é necessário, mas faço questão de anotar aqui as épocas de cada um dos atos, o ano em que se passam as diversas sequências, e um pouco sobre as músicas.
* O primeiro ato se passa, como já foi dito, na época em que o filme foi feito. Em 1983, como especificam os créditos finais. O salão tem penduradas no teto aquelas grandes bolas de pedacinhos de espelho – é o tempo da discoteca, da disco music. Há uma versão disco de “Et Maintenant”, o grande sucesso de Gilbert Bécaud e Pierre Delanoë, seguida por Charles Aznavour cantando “Les Plaisirs Démodès”, que é, afinal, um convite à dança de antigamente, de rostinho colado: “Je veux sentir mon corps par ton corps épousé / Dansons joue contre joue / Dansons joue contre joue”.
* Para o primeiro flashback, a segunda grande sequência do filme, o segundo ato, Scola e seu diretor de fotografia, o argentino Ricardo Aronovich, optaram por um cuidadosíssimo preto-e-branco. Não é exatamente um preto-e-branco: é uma espécie de sépia, só que puxando para o cinza, e não para o suave alaranjado. Com um elaborado jogo de lentes, a câmara destaca apenas uma cor – o vermelho.
Passa-se, como já foi dito, nos dias da vitória da Frente Popular, em maio de 1936, e o povo canta e dança nas ruas de Paris e também ali dentro do salão. Como a esquerda venceu, o clima é mesmo de festa, de alegria incontida.
Vemos os mesmos atores do primeiro ato, só que em papéis completamente diferentes. Um casal de ricos, grã-finos, entra no salão: a aristocracia quer ver de perto como o povo se diverte. Um sujeito com pinta de rei da malandragem, bastante parecido com Jean Gabin, já na época o grande astro do cinema francês, acabará pegando a grã-fina para dançar, e, ali mesmo, no centro do salão, vai se atracar em beijos com ela, enquanto o marido traído espalha cocaína na mesa.
A música é a chanson française velha e boa de guerra, com o som do acordeón dominando a pequena orquestra.
* O terceiro ato se passa em 1940, o segundo ano da Segunda Guerra Mundial, e o salão de baile virou uma espécie de abrigo anti-aéreo. (O salão fica um pouco abaixo do nível do solo; para entrar nele, damas e cavalheiros descem um lance de escadas a partir da calçada.)
É algo que não consigo compreender, porque, pelo que eu sei, Paris, bem ao contrário de Londres e outras cidades inglesas, nunca chegou a ser atacada pela aviação nazista: Paris logo se rendeu, foi ocupada pelos nazistas, e instalou-se rapidamente em Vichy um governo títere, sabujo, chefiado pelo marechal Pétain.
Uma das músicas tocadas é “Parlami di amore, Mariù”.
* O quarto ato se passa em 1944, às vésperas da libertação de Paris com a chegada das forças aliadas e o recuo das tropas nazistas. Um colaboracionista, uma figura abjeta (interpretado por Marc Berman, o mesmo que no segmento anterior havia feito o grã-fino), leva ao salão um oficial nazista (interpretado por Jean-François Perrier, um dos atores mais marcantes do elenco excelente, maravilhoso).
As mulheres, naturalmente, se recusam a dançar com o invasor.
* O quinto ato é 1946, pouco tempo após o fim da guerra. É a época da influência americana, com as big bands, o som de Glenn Miller, a dança swingada, a Coca-Cola. O conjunto que toca no salão agora se chama Blue Boys Band.
Ouvimos canções americanas, “Top Hat”, “Let’s face the music and dance”.
E há uma belíssima sacada. Chegam ao salão soldados americanos. Um deles (interpretado por Aziz Arbia), cansado de ouvir canções de seu próprio país, saca de um piston e toca “La Vie en Rose”.
Cacete! Na França, música francesa, pelamordeDeus!
* O sexto ato se passa em 1956, a época da difusão maciça dos ritmos latinos, mambo, rumba, merengue – e, claro, samba. A pequena orquestra do salão de dança, rebatizada como Los Acapulcos Boys, ataca de um samba que diz o seguinte: “Si tu vas à Rio / N’oublie pas de monter là haut / Dans un petit village / Caché sous les fleurs sauvages / Sur le versant d’un coteau. / C’est à Madureira tu verras les cariocas / Sortir des maisonnettes pour s’en aller à la fête / A la fête des sambas.”
Brasil, sil, sil!
Si tu vas à Riô! Madurreirrá! Sambá!
“Si tu vas à Rio”, parece, foi um danado de um sucesso na França nos anos 50, na voz, entre outros, de um tal Dario Moreno. Não sei dizer se Carvalhinho e Julio Monteiro, os autores de “Madureira chorou”, receberam alguma coisa pelos direitos autorais da música que lá virou “Si tu vas à Rio.”
Não é só: há também uma versão orquestrada de “Aquarela do Brasil”, de Ary Barrosdo.
É um ato um tanto confuso, esse sexto. No meio da festa com músicas latino-americanas, chegam o rock’n’roll e os neguinhos vestidos à la James Dean e Marlon Brando, com blusão de couro e longos topetes à la Elvis Presley.
E um sujeito mal-encarado leva para o banheiro o personagem feito pelo único ator obviamente descendente de árabes do elenco (Aziz Arbia), e lá enche o rapaz de porrada. É seguramente uma referência a algo familiar ao público francês, mas eu não entendi.
É a época da guerra da Argélia: no salão está um soldado com uma mala, obviamente esperando a hora de embarcar para o combate na então possessão francesa.
Não me lembrava disso, mas O Baile é uma co-produção França-Itália-Argélia.
* O sétimo ato se passa em maio de 1968, no auge do movimento de estudantes e operários que sacudiu inteiramente a França, com reverberações mundo afora, e por pouco não derrubou o governo do Marechal Charles De Gaulle.
Assim como no início da guerra as pessoas haviam usado o salão de baile como abrigo anti-aéreo, em 1968 os estudantes usam o lugar para se esconder da polícia, entre uma refrega e outra nas ruas. É a revolução de maio de 1968 e a revolução da contra-cultura, do flower power. No meio do ambiente paz e amor, ouvimos a melodia maravilhosa de “Michelle”, a ma belle, qui sont des mots qui vont très bien ensemble, très bien ensemble, e vemos as palavras de ordem nas paredes, nos cartazes: “Seja realista: exija o impossível”. “Proibido proibir.”
(Naquele mesmo ano, num distante país periférico do Tiers Monde, um jovem compositor cabeludo seria impedido de apresentar num festival sua canção chamada “É Proibido Proibir” pelos urros da estudantada que queria ouvir canções de protesto contra a ditadura militar, e não aquele rock acompanhado por guitarra elétrica, essas coisas demoníacas do imperialismo ianque.)
* E no oitavo e último ato estamos, como dizia outro compositor daquele país periférico, de volta ao começo. Começaria tudo outra vez. O clima é cada vez mais abertamente de discothèque.
Depois de algum chacadum, porém, nossos ouvidos são brindados com uma versão só orquestral daquela pérola que é “Que reste-t-il de nos amours”, de Charles Trenet eLéo Chauliac.
Aqueles extraordinários atores já haviam representado diversos outros personagens, em encarnações, perdão, nas sequências anteriores, e agora estão de volta como se apresentaram no início. Uns tipos meio cafonas, meio esquisitos.
Não levou o Oscar, mas ganhou o Urso de Ouro
São tipos tristes.
São, quase todos, extremamente egocêntricos, vaidosos, preocupados basicamente com sua aparência – sem nenhum verdadeiro interesse por conhecer seu par da dança.
Homens e mulheres deixam o salão enquanto ouvimos uma versão especialmente melancólica da música tema composta por Vladimir Cosma.
Para Ettore Scola, não há alegria na sociedade capitalista.
Depois que a ação se encerra, Scola nos apresenta um a um os extraordinários atores do grupo do Théâtre du Campagnol. Cada um deles dá uma parada diante do espelho, e portanto da câmara, e dá uma arrumadinha no seu visual, enquanto aparece em destaque o seu nome.
Não há ninguém que tenha ficado famoso internacionalmente, que tenha feito grande carreira no cinema. São, todos, grandes atores do teatro francês daqueles anos 1980.
Na ficha técnica abaixo, usei, para identificar cada ator, a descrição que o IMDb traz, em francês, que é a mesma do verbete sobre o filme na Wikipedia em francês – uma indicação de que é a identificação de cada ator divulgada pela própria produção do filme.
O Baile foi indicado ao Oscar de melhor filme estrangeiro… representando a Argélia! Não levou. (O Oscar daquele ano foi para Fanny e Alexander, de Ingmar Bergman.)
Exibido no Festival de Berlim, levou o Urso de Ouro de melhor direção. No César, o Oscar da França, levou os prêmios de melhor filme, melhor direção e melhor música.
Num único lugar, um micro-mundo social
“É esquisito. Tenho a impressão de estar fazendo sempre o mesmo filme”, disse Ettore Scola, e a frase foi reproduzida por Jean Tulard em seu Dicionário de Cinema – Os Diretores. “E não unicamente do ponto sde vista do estilo, mas do ponto de vista dos temas.”
Jean Tulard termina assim o verbete sobre Scola:
“Sua obra-prima, O Baile, foi avidamente discutida: crônica sobre a França vista de um salão de baile, a obra teve seus partidários (de esquerda) e seus detratores (de direita). Ninguém, entretanto, negou a fantástica criatividade de Scola.”
O Guide des Films do mestre Jean Tulard dá 3 estrelas a Le Bal, algo bem raro (apenas uma pequena parte dos filmes leva estrelas no guia que fala de 15 mil obras):
“Sem palavra alguma, o filme é construído unicamente sobre a música e a dança, traduzindo assim ‘a solidão das pessoas que não têm necessidade de palavras, que procuram se comunicar de outra maneira’ (como diz E. Scola). Como em seus filmes precedentes, Scola concentra a ação em um lugar fechado, uma espécie de ‘micro-mundo social’ (idem), em que a História oficial se une à história individual, em que o cinema e as canções são dadas como fazendo parte de nosso patrimônio cultural. Um filme sedutor, nostálgico, esteticamente uma conquista.”
As avaliações do Guide de Tulard são em geral excelentes – e esta aqui acerta em cheio quando lembra que várias obras de Scola se concentram em um lugar fechado. É bem verdade. Um Dia Muito Especial/Una Giornata Particolare (1977), outra de suas obras-primas, é quase todo passado em interiores, no apartamento da mãe de família romana apolítica que, no dia da visita de Adolf Hitler a Benito Mussolini, fica conhecendo um vizinho, um intelectual homossexual e, claro, adversário visceral do nazi-fascismo.
Da mesma maneira, toda a ação de O Terraço/La Terrazza (1980) se passa, se não propriamente em um lugar fechado, em um único lugar, a casa de um dos amigos que dá ma festa, na qual intelectuais e artistas circulam com suas dores e frustrações. E toda a ação de O Jantar/La Cena (1998) acontece dentro de um restaurante, em que jantam diversos grupos de pessoas, “um micro-mundo social”, para usar as palavras do próprio realizador.
“Um filme que pode ser revisto indefinidamente”
Leonard Maltin deu 3 estrelas em 4:
“Um panorama original, estiloso, da vida, amor, solidão, guerra e paz, desde meados dos anos 30 aos anos 80. Passado em um salão de baile, sem nenhum personagem central; os atores interpretam diferentes papéis, em diferentes períodos de tempo. Nenhum diálogo, apenas música e efeitos sonores. Bastante diferente, para dizer o óbvio, mas definitivamente um filme que vale a pena ser visto.”
O Petit Larousse des Films, guia de que cada vez gosto mais, usa adjetivos apropriadíssimos para o filme – e termina dizendo exatamente o que eu havia escrito lá em cima, bem antes de checar as opiniões dos outros:
“Scola foi muito bem sucedido. O filme é engraçado, emocionante, mítico, épico e tão rico que pode ser revisto indefinidamente.”
É exatamente isso: O Baile não cansa nunca. Agora mesmo, enquanto fazia esta anotação, revi alguns momentos do filme, para checar uma ou outra coisinha – e deu vontade de sentar diante dele e ver tudo de novo.
Anotação em novembro de 2018
O Baile/Le Bal
De Ettore Scola, Itália-França-Argélia, 1983
Com Étienne Guichard (o jovem estudante do interior / o jovem professor), Régis Bouquet (o dono do salão / o camponês), Francesco De Rosa (Toni, o garçom), Arnault LeCarpentier (o jovem tipógrafo / o estudante), Liliane Delval (a moça dos cabelos longos / a bêbada), Martine Chauvin (a jovem florista / a estudante), Danielle Rochard (a entregadora da modista), Nani Noël (a moça alegre / a jovem judia / a refugiada), Aziz Arbia (o jovem trabalhador), Marc Berman (o aristocrata / o tipo que se esconde / o colaboracionista), Geneviève Rey-Penchenat (a aristocrata), Michel van Speybroeck (o homem que vem de longe / Jean Gabin), Rossana Di Lorenzo (a funcionária dos banheiros), Michel Toty (o operário especializado), Raymonde Heudeline (o operário), Anita Picchiarini (a amiga do operário), Olivier Loiseau (o jovem irmão do trabalhador), Monica Scattini (a moça míope), Christophe Allwright (o rapaz bonito da periferia), François Pick (o jovem estudante), Chantal Capron (o manequim), Jean-François Perrier (o sacristão apaixonado / o oficial alemão), Jean-Claude Penchenat (o “croix-de-feu”, o nacionalista)
Roteiro Jean-Claude Penchenat, Ruggero Maccari, Furio Scarpelli e Ettore Scola
Baseado em idéia original de Jean-Claude Penchenat
Fotografia Ricardo Aronovich
Música Vladimir Cosma
Consultor musical Armando Trovajoli
Montagem Raimondo Crociani
Produção Cinéproduction, Films A2, Massfilm, Office National pour le Commerce et l’Industrie Cinématographique.
Cor, 112 min (1h52)
R, ****
Excelente! – Como foi dito no artigo, cada vez mais que você assiste, mais encontra pequenos detalhes que, por ventura deixou de ser notado da vez passada.