Que beleza, que maravilha, que filmaço é Cold Mountain. É um grande filme anti-guerras, com extraordinárias sequências de batalhas. É violento, forte, poderoso, na exibição de tanta violência, dor e miséria, física e espiritual, que acompanham a insensatez de uma guerra. E é uma belíssima história de amor.
Como estão bem todos os atores, em especial os três principais, Jude Law, Nicole Kidman e Renée Zellweger, mas também todos os grandes atores que fazem papéis bem menores – Philip Seymour Hoffman, Natalie Portman, Donald Sutherland, Brendan Gleeson, Eileen Atkins, Giovanni Ribisi.
E como é absolutamente extraordinária toda a trilha sonora – as composições originais criadas para o filme por Gabriel Yared e as canções folk, blue grass, produzidas pelo genial especialista T-Bone Burnett.
Se tivesse feito apenas este filme na vida, o diretor e roteirista inglês Anthony Minghella já mereceria um lugar importante na história do cinema.
Minghella morreu cedo demais, com apenas 54 anos. Nasceu na Ilha de Wight, aquela do festival de música, em 1954, e morreu em 2008, deixando uma filmografia bem pequena como diretor. Assinou só seis longa-metragens: Um Romance de Outro Mundo/Truly Madly Deeply (1990). Mr. Wonderful (1993), O Paciente Inglês (1996), O Talentoso Ripley (1999), Cold Mountain (2003) e Invasão de Domicílio/Breaking and Entering (2006).
Uma comédia dramática com boas pitadas de humor negro e fantasia, que impulsionou as carreiras de Juliet Stevenson e Alan Rickman. Depois, uma suave, gostosa comedinha romântica passada em Nova York, sobre um eletricista divorciado de uma linda mulher – ele, Matt Dillon, ela, Annabella Sciorra (e, meu Deus, por que sumiu Annabella Sciorra?).
E então, no seu terceiro longa, um sucesso estrondoso: O Paciente Inglês ganhou 9 Oscars, inclusive os de melhor filme, melhor direção, melhor atriz para Juliette Binoche e melhor ator para Ralph Fiennes; no total, foram 68 prêmios e outras 53 indicações.
Com O Talentoso Ripley, ele ousou recontar uma história (da escritora Patricia Highsmith) que já havia fascinado uma geração inteira em O Sol Por Testemunha/Plein Soleil (1960), com as belezas esfuziantes de Alain Delon, Marie Laforêt e Maurice Ronet. No lugar deles, colocou, respectivamente, Matt Damon, Gwyneth Paltrow e Jude Law – com Cate Blanchett e Philip Seymour Hoffman em papéis secundários. Agradou público e crítica.
Jude Law foi o protagonista de Cold Mountain e também de Invasão de Domicílio, o último filme do realizador, de novo com Juliette Binoche – interpretando uma imigrante bósnia na Londres de hoje. É um filme belo, sensível, falando do abismo entre os muito ricos e os imigrantes dos países pobres da Europa do Leste.
Seus dois filmes mais pretensiosos são histórias de amor em tempos de guerra
É fascinante que seus dois filmes mais ousados, pretensiosos, audaciosos – O Paciente Inglês e este Cold Mountain – sejam sobre histórias de amor em tempos de guerra, baseados em obras literárias e a adaptação do livro para as telas tenha sido, nos dois casos, do próprio diretor.
Mais ousados, pretensiosos, audaciosos em tudo por tudo: no orçamento alto, na quantidade de cenas com imenso número de figurantes e de paisagens distintas e distantes, na quantidade de personagens, e até mesmo na duração. Não resisto à tentação de fazer uma tabelinha:
O Paciente Inglês | Cold Mountain | |
Duração | 162 min | 154 min |
Orçamento | US$ 27 milhões | US$ 79 milhões |
Bilheteria | US$ 231 milhões | US$ 173 milhões |
Indicações ao Oscar | 12 | 7 |
Oscars | 9 | 1 |
Total de prêmios | 68 prêmios, 53 indicações | 23 prêmios, 73 indicações |
Cold Mountain, como se vê, custou bem mais que o dobro de O Paciente Inglês – e rendeu menos nas bilheterias. Teve também bem menos prêmios e indicações.
As indicações ao Oscar de Cold Mountain foram para melhor ator para Jude Law, melhor atriz coadjuvante para Renée Zellweger, melhor fotografia, melhor montagem, melhor trilha sonora original, melhor canção para “Scarlet Tide” e de novo melhor canção para “You will be my ain true love”. A única estatueta que o filme levou foi a de atriz coadjuvante para Renée Zellweger. Mas o número menor de Oscars dado a Cold Mountain não desmerece o filme, de forma alguma – dificilmente um filme do mesmo diretor tão premiado em 1996 voltaria a ganhar várias estatuetas apenas sete anos depois.
A culta Ada e o matuto Inman não trocam muitas palavras, mas se apaixonam
O Paciente Inglês se passa no final da Segunda Guerra Mundial: um militar gravemente ferido num acidente aéreo no deserto é atendido por uma bela enfermeira no hospital, e seu passado é mostrado em flashbacks. O roteiro de Minghella se baseou no livro homônimo lançado em 1992 pelo escritor Michael Ondaatje, nascido no então Ceilão, hoje Sri Lanka, aquela grande ilha ao Sul da Índia que Arthur C. Clarke escolheu como seu lar.
Cold Mountain se baseia num livro homônimo de autoria de Charles Frazier, lançado em 1997. A ação principal se passa perto do final da Guerra Civil americana, em 1864 – mas flashbacks mostram a história dos personagens centrais a partir de três anos antes, 1861. O título se refere a uma região montanhosa da Carolina do Norte, um dos Estados sulistas que não aceitaram o fim da escravidão determinada pelo presidente Abraham Lincoln e entraram em guerra contra a União.
Charles Frazier conhecia muito bem a região onde se passa a história, os modos, os costumes. Ele mesmo é natural da Carolina do Norte – e o personagem central do seu livro, e do filme, o jovem W. P. Inman (o papel de Jude Law, é claro), foi inspirado em um tataravó do autor.
O filme abre com a voz da havaiana de nascimento e australiana de família e criação Nicole Kidman forçando a barra para imitar o sotaque carregadíssimo do Sul: – “Caro sr. Inman, comecei contando os dias, depois os meses. Não conto com mais nada a não ser a esperança de que o senhor voltará, e o medo silencioso de que nos anos desde nos vimos, esta guerra, essa horrorosa guerra, poderá ter mudado nós dois além do que poderíamos prever.”
Como se pode ver pelo texto, a autora da carta, Ada Monroe, a protagonista feminina da história, é estudada, teve ótima educação. Veremos que ela passou a juventude em Charleston, a capital da Carolina do Sul; pouco antes do início da Guerra Civil, ela deixou os salões elegantes da capital para se unir ao pai viúvo em Cold Mountain, onde ele, o reverendo Monroe (o papel de Donald Sutherland), tem sua paróquia e sua fazenda.
O sr. Inman para quem ela escreve está há três anos lutando no exército confederado contra os ianques que ousavam querer acabar com a escravidão. Inman, veremos, nos flashbacks que surgem logo, é bem diferente da rica e educada Ada; é bonito, bom caráter, trabalhador – mas matuto, interiorano, caipira. Ela lê romances, escreve muito bem, toca piano. Ele é ótimo para arar a terra, trabalhar com madeira. Na hora de falar, se complica.
Num diálogo maravilhoso, Ada dirá ao pai, depois que Inman parte para a guerra, que é extremamente escasso o número de palavras que os dois dirigiram um ao outro.
Mas o amor ignora fronteiras sociais e linguísticas, e Inman foi para a guerra absolutamente apaixonado por Ada, e Ada ficou em Cold Mountain absolutamente apaixonado por Inman.
Uma epopéia feia, suja, porca, de um pobre Ulisses em busca de sua Penélope
Logo depois que a voz de Ada-Nicole Kidman lê aquele trecho de carta, Anthony Minghella oferece ao espectador uma longa sequência de guerra que me parece uma das mais geniais já realizadas pelo cinema – e olha que o cinema já fez muitas, muitas, muitas sequências brilhantes de batalhas.
A batalha que vemos logo no início do filme é feia, suja, porca.
Inman leva um tiro no pescoço e vai parar em um hospital abarrotado de soldados confederados. Entre a vida e a morte, é capaz, no entanto, de ouvir uma senhora de bom coração (e rosto lindo) ler para ele cartas de Ada, em que ela pedia para que ele voltasse. E então Inman decide que a partir daí dedicará todos os seus esforços a voltar para Cold Mountain e para Ada.
O filme é a epopéia – feia, suja, porca – desse pobre Ulisses rumo a sua Penélope, atravessando um mar de lama, miséria, abandono, dor, canalhas sangue-sugas e, muito eventualmente, uma ou outra alma boa.
O mais cruel de todos os canalhas, me parece, é Teague (interpretado pelo inglês Ray Winstone), um ex-proprietário de muitas terras em Cold Mountain que perdeu quase tudo e encontra uma forma de ganhar a vida trabalhando como chefe de uma espécie de milícia que caça desertores do exército confederado – com o direito de confiscar as propriedades das famílias dos desertores.
O canalha mais perfeitamente imoral é um religioso, o reverendo Veasey (um pequeno papel em que brilha o talento incomensurável de Philip Seymour Hoffman). Inmann cruza seu caminho com o de Veasey no momento em que este está para lançar num despenhadeiro uma pobre escrava no ventre da qual havia feito um bastardo.
Num momento em que parecia esgotada a capacidade de Inman de sobreviver a tanto perigo, tanto inferno, surge na vida dele uma mulher idosa, uma ermitã, quase uma bruxa (interpretada pela ótima atriz inglesa Eileen Atkins). Por nada, a troco de nada, apenas por pura generosidade para com aquele farrapo que, afinal, é um ser humano feito à imagem e semelhança de Deus, ela o leva para sua cabana no meio do mato, trata dele com unguentos e bebidas tirados das plantas.
Mas talvez o momento mais emocionante desta história tristíssima seja o encontro de Inman, varado de fome, com uma jovem e linda moça (interpretada por Natalie Portman). Ele bate na porta da cabana dela numa noite de tempestade. Do lado de dentro, a moça diz que tem uma espingarda. Tremendo de fome e frio, ele suplica por comida. Ela o deixa entrar. Tem um bebê de cerca de um ano, que chora sem parar. O marido acaba de ser morto na guerra.
Depois de momentos de medo, já convencida de que o estranho não fará mal a ela ou a bebê, permite que ele durma num cômodo da casa. Mas, no meio da noite, vai até ele, e – tão imensa é sua solidão, seu desamparo, sua desesperança – pergunta se ele não pode deitar com ela, deitar ao lado dela, e não fazer nada.
Grandes atores aceitaram fazer pequenos papéis no filme
Bastante jovem, Natalie Portman já era uma atriz importante em 2003, ano do lançamento de Cold Mountain. Ainda criança, havia brilhado em O Profissional/Léon (1994), de Luc Besson, e depois trabalhado com Michael Mann, Ted Demme, Woody Allen, Tim Burton e Wayne Wang – citados na ordem cronológica. E era a estrela da segunda trilogia de Star Wars, como a Rainha Amidala em Episódio I – A Ameaça Fantasma (1999) e Episódio II – Ataque dos Clones (2002).
O fato de ter aceito um pequeno papel, uma participação especial, em Cold Mountain, é uma indicação do respeito da atriz por Anthony Minghella. E o mesmo vale para Philip Seymour Hoffman, Donald Sutherland, Brendan Gleeson, Eileen Atkins, Giovanni Ribisi.
A garotinha Jena Malone, por exemplo, aparece em cena menos de um minuto, como a dona de um barquinho que cobra dinheiro para fazer a travessia de um grande rio – e cobra bem mais para levantar a saia diante dos olhos dos passageiros.
Para todos eles, deve ter sido uma honra participar de um filme do diretor inglês.
O que inevitavelmente leva a pensar na quantidade de atores não americanos escolhidos para interpretar esses americanos do Sul, com seu sotaque fortíssimo, carregadíssimo.
Dos três principais atores, Jude Law, Nicole Kidman e Renée Zellweger, só esta última é americana. E não são americanos Eileen Atkins, Brendan Gleeson, Donald Sutherland, Ray Winstone. É muita gente de fora!
Nos créditos finais, está dito que Cold Mountain é uma co-produção Reino Unido-Romênia-Itália; as filmagens foram Carolina do Sul, Carolina do Norte, Virginia – e a Romênia! Já o IMDb inclui os Estados Unidos como um dos países produtores, juntamente com os três citados acima.
Uma trilha sonora deslumbrante, riquíssima
Até mesmo na trilha sonora há a mão de estrangeiros.
Como já foi dito bem rapidamente no início desta anotação, há dois tipos de músicas em Cold Mountain: há as composições originais criadas para o filme por Gabriel Yared, sem letras, para orquestra ou para piano solo, e há as canções folk e blue grass, produzidas por T-Bone Burnett, um especialista nessa área.
Gabriel Yared é libanês de Beirute, que estudou e se radicou na França. São belíssimos os temas que ele compôs para a trilha sonora de Cold Mountain. O tema principal – que Ada Monroe toca ao piano, e foi a própria Natalie Kidman que executou – é tristíssimo, belíssimo.
Entre as canções ouvidas ao longo do filme, há várias tradicionais, de domínio público – as verdadeiras, autênticas folk songs, as canções folclóricas passadas de geração a geração ao longo dos séculos. É o caso, por exemplo, de “Wayfaring Stranger”, no filme cantada por Jack White, e que Joan Baez havia gravado em dueto com sua irmã Mimi Fariña em 1969, no disco David’s Album.
São várias as folk songs cantadas no filme, todas maravilhosas.
Duas são composições recentes, feitas especialmente para o filme no estilo folk por compositores que trafegam pelo gênero – as duas que foram indicadas ao Oscar de melhor canção. E até aí – acho isso fascinante – há a presença de não americanos, de música daquelas ilhas à esquerda da Europa, de onde saíram os colonizadores que construíram os primeiros Estados do que viriam a ser os Estados Unidos da América. “You will be my ain true love” é do inglês Sting, letra e música. “The Scarlet Tide” leva a assinatura do americaníssimo T-Bone Burnett e do londrino Elvis Costello.
T. Bone Burnett é uma das figuras mais respeitáveis da música popular americana das últimas décadas. Nascido em 1948, é compositor e instrumentista, participou das bandas Alpha e Guam, tocou guitarra na louca Rolling Thunder Revue de Bob Dylan em meados dos anos 70, mas ficou mais conhecido como produtor. Foi o responsável por discos de diversos artistas, de Roy Orbinson a Elvis Costello e Counting Crows.
Em 2001, compôs canções e produziu a música do filme O Brother, Where Art Thou?, dos irmãos Joel e Ethan Coen, cuja ação se passa no Sul dos Estados Unidos, nos anos 1930 – e a música é exatamente do mesmo tipo das que estão em Cold Mountain. O disco da trilha sonora, produzido por ele, vendeu cerca de 9 milhões de cópias nos Estados Unidos, deu a Burnett quatro prêmios Grammy, mas, mais ainda do que isso, se tornou um fenômeno cultural, relançando a moda da folk music da mesma maneira com que havia sido relançada no final dos anos 50 e início dos anos 60 por Pete Seeger, os Weavers, Harry Belafonte, e logo depois por Joan Baez, Bob Dylan, Peter, Paul and Mary.
O disco da trilha de O Brother levou novas audiências a conhecer Alison Krauss, que já era a musa do blue grass – a música de raiz do Sul americano, muito próxima da folk music. A voz macia, cristalina, puríssima de Alison Krauss é que interpreta “You will be my ain true love” e “The Scarlet Tide” no filme.
Tão esplendorosamente bela quanto a voz de Alison Krauss, só a beleza de Nicole Kidman.
Há quem admire de paixão a ex-senhora Tom Cruise, há quem não pode ouvir falar nela. Não me colocaria nem num extremo nem no outro, mas admiro a moça, que demonstra muito talento em diversos filmes, desde os tempos da Austrália, em Terror a Bordo/Dead Calm (1989), do australiano Phillip Noyce. E, se mais recentemente ela apareceu um tanto estranha, parecendo que fez plásticas não muito bem sucedidas, em Cold Mountain ela está estupidamente bela. Um absurdo, um abuso.
Leonard Maltin elogia muito o filme. O guia de Tulard mete o pau em Nicole Kidman
Leonard Maltin deu 3.5 estrelas em 4 ao filme: “Um rapaz tímido e a filha de um ministro estabelecem uma ligação breve mas apaixonada antes que ele marche para a Guerra Civil… e o pensamento de cada um no outro os sustém através do inferno que os dois enfrentam. A adaptação de Minghella do best-seller de Charles Frazier captura tanto o horror da batalha quando a dureza da vida na cidadezinha. Meticulosamente produzido por talentos extraordinários (…) e com performances de primeiro nível por todos os atores.”
O Guide des Films de Jean Tulard está entre os que detestam Nicole Kidman. Eis o que ele diz: “Toda a parte relativa à viagem de Jude Law, imenso ator, semeando a morte em torno de si, é extraordinária; toda a parte concernente a Nicole Kidman (insignificante) é catastrófica. Esse novo Autant en emporte le vent (esse é o título francês de … E o Vento Levou), apesar das belas imagens, tem a metade perdida.”
Todo mundo tem direito a sua opinião.
Comigo foi interessante: vi o filme – segundo anotei – em 23/2/2004, no Cine Bristol, na época do seu lançamento. Na época, não escrevi uma linha de comentário sobre o filme; apenas dei 3 estrelas em 4, e, ao final do ano, botei Cold Mountain na relação dos melhores filmes vistos no ano.
Ao rever agora, gostei bem mais ainda do que da primeira vez. É um filmaço.
Anotação em julho de 2015
Cold Mountain
De Anthony Minghella, Inglaterra-Romênia-Itália, 2003
Com Jude Law (Inman), Nicole Kidman (Ada Monroe), Renée Zellweger (Ruby Thewes),
e Eileen Atkins (Maddy), Brendan Gleeson (Stobrod Thewes), Philip Seymour Hoffman (reverendo Veasey), Natalie Portman (Sara), Giovanni Ribisi (Junior), Donald Sutherland (reverendo Monroe), Ray Winstone (Teague), Kathy Baker (Sally Swanger), James Gammon (Esco Swanger), Charlie Hunnam (Bosie), Jack White (Georgia), Ethan Suplee (Pangle), Jena Malone (a moça do barco), Melora Walters (Lila), Lucas Black (Oakley)
Roteiro Anthony Minghella
Baseado no romance de Charles Frazier
Fotografia John Seale
Música Gabriel Yared
Produção musical T-Bone Burnett. Canções interpretadas por Alison Kraus, Jack White.
Montagem Walter Murch
Casting Ronna Kress e David Rubin
Produção Miramax. DVD Buena Vista Home Entertainment.
Cor, 154 min
****
Título na França: Retour à Cold Mountain.
Sou como voçê: nem amo, nem odeio Nicole Kidman. Mas a verdade é que, nesse filme, a pequena participação de Natalie Portman vale muito mais que todo o esforço de Nicole para dar dramaticidade a sua personagem ao longo de todo o filme.