Depois do Casamento / Efter Brylluppet


Nota: ★★★★

Anotação em 2008: Eis aí um belíssimo filme – uma história de família, relações familiares, que vai surpreendendo o espectador com o impacto de um thriller bem feito e a profundidade de uma grande obra de arte.

Jacob, um médico dinamarquês administra na Índia um centro de auxílio a crianças pobres e órfãs; viaja para o país natal, após muitos anos, para se encontrar com Jorgen, um milionário disposto a doar uma fortuna para seu trabalho social. Jorgen o convida para o casamento da filha – e, lá, Jacob vê que a mulher de Jorgen, Christian, é a mulher com quem ele foi casado, cerca de 18 anos atrás. E mais: fica sabendo que a noiva não é filha do Jorgen, e sim dele mesmo. E ainda haverá várias – e marcantes – novas descobertas.

adepoisO filme discute família, obrigações sociais, o dever da solidariedade, e mostra com a força de um panfleto a absurda injustiça social de coexistirem milionários e miseráveis.

As interpretações são todas brilhantes. Só por este filme, dá para perceber que Susanne Bier – uma dinamarquesa de Copenhagen, nascida em 1960 – é uma exímia diretora de atores. Ela comprova isso no ótimo Coisas Que Perdemos Pelo Caminho/Things We Lost in the Fire, que dirigiria nos Estados Unidos no ano seguinte, 2007.  

O filme foi indicado ao Oscar de melhor filme estrangeiro em 2007; ganhou sete prêmios e teve outras 15 indicações.

Depois do Casamento/Efter Brylluppet

De Susanne Bier, Dinamarca-Suécia, 2006.

Com Mads Mikkelsen, Sidse Babett Knudsen, Frederik Gullits Ernst

Argumento Susanne Bier

Roteiro Anders Thomas Jensen

Cor, 120 min

****

15 Comentários para “Depois do Casamento / Efter Brylluppet”

  1. Já tinha tentado ver esse filme uma vez, mas tive problema com a legenda, e depois meu computador pifou e eu perdi tudo. Acabei esquecendo. Só lembrei dele esses dias novamente, porque vi outro filme com o sempre ótimo (e gato) Mads Mikkelsen. Foi difícil encontrá-lo, a imagem não era das melhores, nem a legenda (e nem adianta tentar entender a língua, que a mim soa ainda mais estranha que o alemão).
    Eu esperava mais, achei meio clichezão e previsível, com algumas coisas sendo resolvidas de maneira muito fácil. A diretora usa demais a câmera na mão, isso sempre me irrita, e os muitos close-up nos olhos dos atores também achei excessivo.
    O lado bom é mostrar os trabalhos humanitários, e que ainda existem pessoas de bem, que abdicam de si pelos outros. Também me fez pensar que se cada milionário ajudasse uma meia dúzia de instituições sérias, o mundo ficaria um pouco melhor.
    Dos filmes da Susanne Bier que vi até hoje, considero esse o mais fraco.

    Só duas pequenas correções: o personagem Jacob não é médico, ele dava aulas de inglês para as crianças, e pelo que entendi, também ajudava a administrar o orfanato. E o nome da mulher do Jørgen é Helene. Christian é o futuro genro dele.

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