3.0 out of 5.0 stars
Anotação em 2006, com complemento em 2008: Interessante filme sobre a África do Sul pós-queda do regime racista, no início dos anos 90. Focaliza os tribunais que examinam denúncias de crimes ocorridos durante o apartheid, e discute a questão importantíssima da justiça pós um processo de anistia.
La Binoche faz uma filha – liberal e avançada – de afrikaners ricos que simpatizavam com o antigo regime e que acaba tendo um caso com um jornalista americano negro (Samuel L. Jackson) que está cobrindo para o Washington Post os processos da Comissão da Verdade e Reconciliação.
A direção do veteraníssimo inglês John Boorman, de, entre tantos outros, Excalibur, Amargo Pesadelo/Deliverance e Esperança e Glória/Hope and Glory, é segura, competente. No site oficial do filme, ele conta de suas viagens à África do Sul e fala de suas sensações diante do apartheid e do fim do regime com a vitória de Nelson Mandela.
No mesmo ano de 2004, foi feito um outro filme sobre exatamente o mesmo tema – Sombras do Passado/Red Dust, uma co-produção Inglaterra-África do Sul, em que Hilary Swank faz uma sul-africana, liberal e avançada como a personagem de Juliette Binoche aqui, que se radicou nos Estados Unidos e volta ao país natal como advogada para representar um amigo negro num dos processos da Comissão de Verdade e Reconciliação.
Em Minha Terra/Country of my Skull ou In My Country
De John Boorman, Inglaterra-Irlanda-África do Sul, 2004
Com Juliette Binoche, Samuel L. Jackson, Brendan Gleeson
Roteiro Ann Peacock
Baseado no livro de Antjie Krog
Cor, 103 min.
Vi e achei bastante interessante ao contrário das críticas que li por aí.
Para mim um filme desta qualidade vale bem por montes daquelas americanadas que chegam aos montões toos os dias.
Mas os críticos são isso mesmo – críticos – e neles não confio nadíssima.
Até o crítico do Washington Post deu porrada no filme.