Anotação em 1995: Estávamos zapeando quando o filme começou, e vimos sem qualquer referência. Com dez minutos de filme, defini que era uma mistura de Blow Up, de Michelangelo Antonioni, com sexo, mentiras & videotape, de Steveb Soderbergh. Continue lendo “Extreme Close-Up”
Mamãe é de Morte / Serial Mom
3.0 out of 5.0 stars
Anotação em 1995, com complemento em 2008: Este é o que se poderia, com toda a propriedade, chamar de filme de humor corrosivo. O humor é tão negro quanto corrosivo. É um pau violento, escrachado, na sociedade americana, na sua adoração pela violência, no culto aos filmes de violência e às pessoas violentas, no culto à mídia, até no culto pelo politicamente correto (não reciclar lixo, por exemplo, é pior do que assassinar). Continue lendo “Mamãe é de Morte / Serial Mom”
Tudo pela Vida / Passion Fish
3.0 out of 5.0 stars
Anotação em 1995, com complemento em 2008: Um filme interessante. É aquele salutar e sempre bem-vindo cinema que fala da vida das pessoas, emoções, sentimentos, dores. Tem o ritmo bem lento – o que é outra vantagem, em meio a tanto filme americano que segue a estética da MTV com planos curtinhos. Continue lendo “Tudo pela Vida / Passion Fish”
A Guerra de um Homem Só / One Man’s War
2.0 out of 5.0 stars
Anotação em 1995, com complemento em 2008: Este filme é bem um exemplo de que o inferno está de fato cheio de boas intenções. Os gringos querem mostrar um saudável exemplo da luta contra uma ditadura de direita lá no cu do quinto mundo. (Trata-se especificamente do Paraguai; nada de disfarces do tipo “algum país da América do Sul”; tudo explícito, com nome do Stroessner, com aviso de cara que é história real.) Continue lendo “A Guerra de um Homem Só / One Man’s War”
Corrina, uma Babá Perfeita / Corrina, Corrina
2.5 out of 5.0 stars
Anotação em 1995, com complemento em 2008: Uma boa surpresa. Uma história de amor entre um branco, filho de judeus, e uma negra, numa cidade média, não identificada, dos Estados Unidos, em época não precisa (algo entre final dos 50 e começo dos 60), contada com sensibilidade. Continue lendo “Corrina, uma Babá Perfeita / Corrina, Corrina”
Coronel Chabert / Le Colonel Chabert
3.5 out of 5.0 stars
Anotação em 1995, com complemento em 2008: Uma beleza espantosa, emocionante. A história, escrita por Balzac, é riquíssima, os personagens são fortes, bem delineados – e os diálogos, de Jean Cosmon, são brilhantes. Com produção requintada, reconstituição de época cuidadosa, Yves Angelo, que vinha de experiência como diretor de fotografia (é dele, por exemplo, a fotografia de Todas as Manhãs do Mundo), criou em seu filme de estréia na direção imagens belíssimas, ao som de músicas de Beethoven, Mozart, Scarlatti, Schubert e Schuman. Continue lendo “Coronel Chabert / Le Colonel Chabert”
Para o Resto de Nossas Vidas / Peter’s Friends
4.0 out of 5.0 stars
Anotação em 1995, com complemento em 2008: O filme segue aquela linhagem nobre de histórias que mostram uma reunião de velhos amigos, onde se passa a limpo o que aconteceu na vida de cada um, e se faz um painel de época. Continue lendo “Para o Resto de Nossas Vidas / Peter’s Friends”
Jogos de Conexão / A Good Man in Africa
0.5 out of 5.0 stars
Anotação em 1995, com complemento em 2008: Um filme incompreensivelmente horroroso, vindo de Bruce Beresford, que fez Crimes do Coração e Conduzindo Miss Daisy, e tendo o grande Sean Connery no elenco. Continue lendo “Jogos de Conexão / A Good Man in Africa”
O Sangue de Romeu / Romeo is Bleeding
2.0 out of 5.0 stars
Anotação em 1995: Quase um bom filme. Excelentes interpretações de ótimo elenco (é muito nome bom junto), música, de Mark Isham, muito competente. Em várias cenas, esse Peter Medak, um diretor nascido na Hungria e que passou pela Inglaterra, cria um clima quase tão opressivo e sufocante quanto o de Coração Satânico, de Alan Parker. Continue lendo “O Sangue de Romeu / Romeo is Bleeding”
Daens – Um Grito de Justiça / Daens
3.0 out of 5.0 stars
Anotação em 1995: Belo filme, pesado e triste como a miséria, com narrativa bem tradicional, mas tudo funcionando bem. Foi indicado para o Oscar de filme estrangeiro (perdeu para Indochina, de Régis Wargnier), apesar de ser deliciosamente fora de época, remando contra os ventos liberais (em termos econômicos, não sociais ou comportamentais) pós-queda do muro e fim do comunismo. Continue lendo “Daens – Um Grito de Justiça / Daens”
Crimes de Amor / Love Crimes
2.5 out of 5.0 stars
Anotação em 1995, com complemento em 2008: Os guias americanos metem o pau. Não entenderam nada. É um belo filme, corajoso e (para ele a palavra, embora gasta, realmente vale) instigante. A diretora do filme, Lizzie Borden, coloca em discussão as relações homem-mulher, a diferença entre estupro e sexo consentido – e não da maneira cega, vesga, calhorda, politicamente correta do feminismo linha xiita, e sim mostrando ambiguidades, a ampla linha da ambiguidade. Continue lendo “Crimes de Amor / Love Crimes”
Sem Medo de Morrer / Fearless
4.0 out of 5.0 stars
Anotação em 1995, com complemento em 2008: Este filme me deixou chapado. Me pareceu uma daquelas obras maiores, de contestação completa de todo o sistema, de toda a escala de valores da sociedade capitalista tipo Movidos pelo Ódio/The Arrangement, do Kazan, ou Um Estranho no Ninho, do Milos Forman. Continue lendo “Sem Medo de Morrer / Fearless”
O Cliente / The Client
3.0 out of 5.0 stars
Anotação em 1995, com complemento em 2008: Muito competente adaptação do bom livro de John Grisham sobre garotinho de família muito pobre (o tal do white trash, como eles dizem lá) que presencia um crime, passa a ser perseguido pelos criminosos e, para se proteger, procura uma advogada. Continue lendo “O Cliente / The Client”
Surpresas do Coração / French Kiss
3.0 out of 5.0 stars
Anotação em 1995: Delícia de filme. Uma comedinha romântica que de fato é cômica e é romântica, agradável, simpática, despretensiosa. Continue lendo “Surpresas do Coração / French Kiss”
Assassinato Sob Custódia / A Dry White Season
3.0 out of 5.0 stars
Anotação em 1995, com complemento em 2008: Professor branco de história na África do Sul (Donald Sutherland) demora, mas vai aos poucos compreendendo como vivem os negros sob o apartheid. O processo de compreensão da realidade é demorado, e nisso ele faz lembrar muito o personagem de Jack Lemmon em Missing em relação ao golpe de Pinochet, que vai para o Chile para encontrar o filho desaparecido certo do que ele deve ter sido culpado de alguma coisa, e que os militares estão mais é certos em prender os subversivos. Continue lendo “Assassinato Sob Custódia / A Dry White Season”