4.0 out of 5.0 stars
Anotação em 2009: Na verdade, já nem era preciso. Mas o fato é que, com este filme, Ang Lee garante de sobra seu lugar entre os maiores diretores de cinema da história.
É um daqueles filmes grandes em tudo. É um gigantesco painel histórico, é um épico – embora seja também um obra que vai fundo na cabeça e nos sentimentos dos personagens. É cheio de belas tomadas gerais, amplas cenas de grandes multidões. A reconstituição de época – Xangai e Hong Kong no final dos anos 30 e início dos anos 40 do século XX – é uma daquelas coisas acachapantemente impressionantes, perfeitas, bem cuidadíssimas.
O simples fato de ser um filme co-produzido pelo Ocidente, pela China comunista e por Hong Kong e Taiwan já é um marco histórico, se lembrarmos que oficialmente as Chinas divididas pela guerra civil de 1945-1949 – que terminou com a vitória dos comunistas e a expulsão dos nacionalistas para a ilha de Formosa – ainda não se reconhecem como Estados independentes. E se considerarmos que a China, as Chinas, o que seja, não são propriamente um país ou dois países, mas um planeta à parte, além de marco histórico isto aqui é um filme interplanetário.
É um épico, um estudo de caráter, um filme de espionagem, de época de guerra, um romance dramático – e ainda tem um componente forte de erotismo. É repleto de seqüências de sexo fortes, ousadas, e ao mesmo tempo de uma plasticidade impressionante, que passa muito longe dos quasepornôs à la Instinto Selvagem ou Corpo em Evidência.
Por dentro do Vichy da China, o governo fantoche do invasor
Quando a ação começa, estamos em 1942, na Xangai ocupada pelo exército invasor japonês. As tomadas gerais da bela cidade e seus edifícios de fausto, a onipresença de soldados japoneses, as longas filas de estrangeiros ocidentais perseguidos e empobrecidos à cata de uma ração de pão, tudo é impecável – são cenas tão impressionantes quanto as criadas por Steven Spielberg em Império do Sol, a superprodução que retrata o mesmo lugar, no mesmo período. Para facilitar a vida do espectador, o filme mostra legendas identificando a época e o lugar – esse recurso será usado poucas vezes, não mais que quatro ou cinco, se não me engano, mas é o suficiente para acompanharmos perfeitamente a narrativa. Até porque a narrativa é simples, direta, sem desnecessárias desconstruções da cronologia, idas e vindas que não levam a coisa alguma.
A primeira legenda é a que nos informa “Xangai ocupada pelos japoneses, 1942”. Logo em seguida vemos outra: “Conjunto residencial do governo chinês colaboracionista”. Vemos então quatro mulheres bem vestidas, bem tratadas, ricas, jóias à mostra – evidentemente esposas de altos funcionários chineses que agora trabalham para o invasor, como o governo fantoche de Vichy fazia o mesmo, naquela mesma época, na França invadida pelos nazistas. As senhoras estão ocupadas em uma conversa amena e uma agitada partida de majongue.
Aqui a câmara é muito rápida, vai das peças do jogo (uma espécie assim de dominó, só que com uma complexidade oriental, muitíssimo maior que a do joguinho ocidental) para os rostos das mulheres; há cortes igualmente rápidos, e os movimentos da câmara, entre as peças do jogo e os rostos das jogadoras, são quase tão frenéticos quanto os de um thriller à la trilogia Bourne ou um recente 007. Para o espectador ocidental, não é nada fácil identificar quem é quem nessa seqüência de ritmo propositadamente acelerado. Mas, embora com dificuldade, dá para compreender que uma das mulheres é a dona da casa, Yee Tai Tai, a esposa de Yee, um alto funcionário do governo colaboracionista. A mais jovem das quatro é Mak Tai Tai, uma hóspede da dona da casa. As outras duas são amigas da anfitriã – mera figuração, embora não saibamos disso enquanto a seqüência se desenrola.
Corte, e vemos o homem que saberemos que é Yee, o alto funcionário colaboracionista, saindo de sua repartição e indo para casa. Ele vai até a sala onde as mulheres jogam, comenta que naquele dia elas começaram cedo. Fica de pé junto delas, participa um pouco da conversa mundana – e num determinado ponto seu olhar se cruza com o de Mak Tai Tai, a hóspede. É tudo muito rápido, mas o espectador percebe que há algo ali.
Mak Tai Tai de repente diz que se esqueceu de avisar as colegas de jogo, mas tem um compromisso e precisa sair. As colegas reclamam, mas ela abandona a mesa de jogo, vai para seu quarto, se apronta para sair. Uma criada a informa que Yee Tai Tai, a anfitriã, colocou seu carro à disposição dela. Temos uma bela seqüência do carro andando pelas ruas de Xangai, e Mak Tai Tai desce e entra num café inglês – o diálogo com o garçom é em inglês. Ela pede um café, em seguida pergunta se pode dar um telefonema, e vai até o aparelho que fica junto do caixa. Faz a ligação, fala com alguém que ela identifica como seu irmão, diz que vai fazer compras. Corta, e vemos que a pessoa do outro lado da linha está no meio de um grupo de umas outras seis que, ao final do telefonema, se aprontam, se preparam, verificam suas armas. O telefonema era, obviamente, uma senha para um ataque. Voltamos ao lugar elegante, onde Mak Tai Tai toma sua xícara de café, passa perfume atrás das orelhas, nos pulsos.
Um primeiro e único flashback, e conhecemos a jovem Wong
E então temos um flashback, o primeiro e único que haverá no filme – o letreiro informa que voltamos a quatro anos antes, 1938, portanto. O país já está em guerra: a guerra entre os invasores japoneses e a China começou em 1937 e terminaria só em 1945, com a derrota do Japão aliado à Alemanha nazista e à Itália fascista tornada definitiva com as bombas atômicas sobre Hiroshima e Nagasaki.
Naquele ano de 1938, a bela moça que havíamos visto como Mak Tai Tai era uma jovem estudante de família de posses; chamava-se Wong Chia Chi; seu pai e seu irmão estavam na Inglaterra, e ela deveria ir ao encontro deles, mas houve o início da guerra, a invasão japonesa, e Wong Chia Chi estava fugindo para Hong Kong, a possessão britânica até ali não atingida pela guerra. Na Universidade de Hong Kong, Wong vai conhecer um grupo de estudantes, liderado por um Kuang Yu Min, um jovem impetuoso, apaixonado, de liderança natural. O grupo pretende combater o invasor japonês – primeiro através de peças de teatro, depois com armas e uma tentativa de fazer alguém se infiltrar na casa do poderoso colaboracionista Yee para então assassiná-lo. A escolhida para a missão será Wong Chia Chi.
Nessa altura, estamos com não mais que 20 minutos de um filme envolvente, apaixonante, que dura cerca de duas horas e meia e que parece muito menos que isso. Como tudo que é muito bom, passa depressa demais.
Um ator veterano e reconhecido, uma atriz novata
Yee, o chinês colaboracionista, é interpretado por Tony Leung Chi Wai, um quarto de século de carreira, tido como um dos principais atores chineses em atuação no mundo. Foi o protagonista de, por exemplo, filmes de dois dos maiores cineastas chineses da atualidade, Amor à Flor da Pele/In The Mood for Love e 2046, ambos de Kar Wai Wong, e de Herói, de Yimou Zhang. Quem faz a mulher de Yee, Yee Tai Tai, é Joan Chen, outra atriz chinesa de longa carreira, iniciada em 1977, e com uma filmografia extensa que inclui vários êxitos no Ocidente, desde O Último Imperador, de Bertolucci, de 1987, até Entre o Céu e a Terra/Heaven & Earth, de Oliver Stone, de 1993, passando por vários episódios da série Twin Peaks, de David Lynch.
Quem faz o papel de Kuang, o líder do grupo rebelde, é Lee-Hom Wang. O nome pode não signficar nada para os ocidentais, mas o sujeito é um dos maiores ídolos da música pop asiática.
Já para o papel principal do filme, Wong Chia Chi, e também Mak Tai Tai, a jovem estudante tornada atriz de teatro engajado na luta contra os invasores japoneses e depois tornada espiã dentro da casa do colaboracionista, Ang Lee escolheu Wei Tang, uma jovem chinesa nascida em Wenzhou, Zhejiang, em 1979, com graduação no departamento de direção da Academia Central de Drama de Pequim. Quando foi escolhida para o papel, tinha em seu currículo apenas a participação em uma série de TV.
Não parece, absolutamente não parece que essa garota Wei Tang é uma iniciante. Ela brilha no filme; atua de igual para igual com o veterano e venerado Tony Leung Chi Wai – e não seria absurdo dizer que, inclusive pelas cenas de sexo em que contracena com o ator famoso, essa moça já entrou para a história do cinema.
Vejo, sobre ela, duas informações interessantes no iMDB. A primeira é que, em outubro de 2007, o mesmo ano de produção deste filme, Wei Tang foi escolhida pela revista Variety, a bíblia da indústria de Hollywood, como uma das 10 atrizes a serem observadas. Faz todo sentido. A segunda informação é de que, por sua participação no filme, ela entrou na lista negra do governo chinês; e, aparentemente, membros da Administração Estatal de Rádio, Cinema e TV da China foram censurados por terem permitido a exibição do filme.
Isso aí, me parece, não faz sentido algum. Em primeiro lugar, porque o filme foi co-produzido pela própria China comunista. Em segundo lugar, porque o filme não faz ataque algum ao regime comunista, nem uma defesa da China pré-comunista; toda a ação se passa antes da vitória dos comunistas. Mas é o tal negócio: o que é que na China faz sentido? A gente não sabe nada sobre aquele estranho planeta cada vez mais capitalista, que de comunista só mantém a existência de um partido único, férrea censura sobre todos os meios de comunicação e repressão dura aos dissidentes.
Mas vamos em frente.
De canções latinas a sequências de clássicos de Hollywood
Num filme em que todos os aspectos técnicos são perfeitos – direção de arte, fotografia, câmara, figurinos, som –, é preciso, no entanto, destacar a trilha sonora belíssima, composta pelo francês Alexandre Desplat. Ele tem assinado belos trabalhos, em filmes importantes, americanos e europeus – para citar só alguns, A Rainha, de Stephen Frears, Moça com Brinco de Pérola, de Peter Webber, Reencarnação/Birth, de Jonathan Glazer, De Tanto Bater Meu Coração Parou, de Jacques Audiard, Syriana, de Stephen Gaghan, O Curioso Caso de Benjamin Button, de David Fincher.
É fascinante lembrar que, apenas um ano antes deste Desejo e Perigo, Desplat havia sido chamado para fazer a trilha sonora de outro filme que se passa quase inteiramente na China, O Despertar de uma Paixão/The Painted Veil, de John Curran, com Edward Norton e Naomi Watts; na bela trilha que criou para aquele filme, Desplat fez algumas aproximações com a sonoridade oriental. Aqui, na trilha do filme de Ang Lee, o compositor sequer tentou se aproximar do tipo de música tradicional do Oriente; suas composições estão bem mais perto do erudito ocidental. O que, aliás, não chega a ser novidade ou causar espanto: na trilha de O Último Imperador, os temas criados pelo japonês Ryuichi Sakamoto também eram bem mais ocidentais do que orientais.
(Depois que escrevi esta anotação, acabei vendo a seguinte observação sobre o disco da trilha do filme, no belo site AllMusic: “Desplat não tem interesse em evocar a música chinesa tradicional; na verdade, sua abordagem é totalmente européia. Ele usa quase todos os instrumentos de corda, e um monte deles, acrescentando apenas um ocasional piano, sua própria flauta, e “programmin”. Esta é uma música lenta, contemplativa, com fortes melodias, tudo contribuindo para um tom escuro, romântico.” Nada mal: minha observação foi inteiramente avalizada pelo AllMusic. E os caras do AllMusic entendem pacas de música.)
Além dos vários temas compostos por Desplat para o filme, a trilha do filme de Ang Lee usa, como músicas incidentais, diversas canções ocidentais dos anos 30, inclusive latino-americanas. Há alguns tangos que tocam ao fundo em cenas de restaurantes e bares, e é interessante isso, porque diversos outros filmes mostram como os países asiáticos eram fascinados por ritmos latino-americanos naquela época – Amor à Flor da Pele, por exemplo, inclui Nat King Cole cantando velhas pérolas, como Aquellos Ojos Verdes.
Para os fanáticos por cinema, há ainda a curiosidade de vermos velhos clássicos de Hollywood sendo exibidos na China pré-revolução comunista. A protagonista Wong Chia Chi adora cinema, e chora ao ver – juntamente com o espectador – cenas de Intermezzo, o filme de 1939 que marcou a estréia de Ingrid Bergman no cinema americano, na refilmagem de uma história que ela já havia interpretado na sua Suécia natal. Vemos também uma seqüência de Serenata Prateada/Penny Serenade, de 1941, com Cary Grant e Irene Dunne, e cartazes de outros filmes da época de ouro de Hollywood.
“Se minha geração não se conectar ao passado, quem vai fazer isso?”
O filme de Ang Lee se baseia numa história da escritora Eileen Chang, nascida em Xangai, em 1920, descendente de um político importante que foi próximo da última dinastia de imperadores chineses; ela que morreu em Los Angeles, em 1995. Nos especiais do DVD, Ang Lee diz que se sente no dever de passar para as novas gerações de chineses algo da História de seu país, da sociedade de seus ancestrais – antes que ela se perca nas brumas do esquecimento, da censura e da História ensinada apenas com o viés ideológico do atual governo.
“A história (criada por Eileen Chang) parece um turbilhão”, diz Ang Lee. “Você é sugado por ela. Aconteceu comigo, com minha equipe, com todos os que trabalharam no filme. (…) Eles (os chineses mais jovens) estão aprendendo sobre o passado, sobre a geração de seus avós, o que é bem tocante para mim. Me sinto responsável, porque a China foi dividida. Passamos por muita coisa. As coisas se perderam. Se minha geração não se conectar ao passado com eles, quem vai fazer isso?”
Diversos depoimentos procuram nos explicar a importância das obras da escritora Eileen Chang, e em especial da história que originou o filme. Diz a atriz Joan Chen: “Ela escreve sobre o sentimento das pessoas, sobre seu destino. E, basicamente, sobre a guerra entre homens e mulheres”. Diz o produtor Bill Kong: “Todos os seus livros são muito, muito importantes. Ela viveu em um tempo de mudança na Ásia, de mudança na China.”. Diz o roteirista e produtor executivo James Schamus, colaborador de Ang Lee desde o início de sua carreira: “Ela passou por todos aqueles eventos incríveis e turbulentos. Estava literalmente envolvida em tudo o que aconteceu na China no século XX”. E diz Ang Lee: “Não conheço nenhuma outra escritora da China moderna que seja tão reverenciada, amada. Esta peça em particular, de um modo estranho, acho que é sua obra mais importante. Acho que é quase a própria história dela”.
Um turbilhão de emoções pessoais, dentro do turbilhão da História
É uma fantástica história, a que une Yee, o alto funcionário traidor de sua pátria, torturador e assassino de seus compatriotas, e Wong Chia Chi, a garotinha que entrega toda a sua vida, de bandeja, à causa da luta contra os invasores estrangeiros e os chineses que os apóiam. O relacionamento entre os dois é riquíssimo, cheio de diferentes matizes – inclui dor, perda, paixão, dignidade e a renúncia total dela. Resvala por uma loucura sadomasoquista, e, afinal, toda ela se baseia em traição, fraude, trapaça.
É, de fato, um turbilhão de emoções pessoais, num momento histórico de gigantesco turbilhão.
E Ang Lee tem talento suficiente para misturar tudo isso num caldeirão só, e nos apresentar tudo isso – o macro da Grande História e o micro das histórias pessoais – de uma forma impressionamente bela, comovente, emocionante.
Ao final, perceberemos que toda a história que Ang Lee nos conta neste filme se assemelha um tanto às matriochkas, aquelas bonecas típicas russas que são colocadas umas dentro das outras, da maior até a menor. Os jovens rebeldes do grupo, cheios de determinação, energia, vigor e boa vontade, são como a bonequinha menor – eles não têm a menor idéia da complexidade daquilo tudo em que estão metidos. Pensam que compreendem o que está se passando, mas a realidade é muito mais matizada, complicada do que eles podem supor. São, como dizia o jovem Dylan em uma canção de seus primeiros tempos, apenas peões no tabuleiro. E mesmo o poderoso Yee, peça importante no jogo, descobrirá que há matriochkas muito maiores do que ele.
Um rápido retrospecto de uma carreira brilhante
Só para lembrar, bem rapidinho, um pouco da trajetória desse artista fantástico: nascido em Taiwan, em 1954 – apenas cinco anos, portanto, depois da vitória de Mao e da expulsão dos derrotados para a ilha de Formosa –, Ang Lee formou-se em artes em sua terra natal e prosseguiu os estudos já nos Estados Unidos. Ainda no começo da carreira, retratou a comunidade dos chineses exilados na América e na sua própria ilha de Formosa em dois filmes excelentes, O Banquete de Casamento (em que falou também do preconceito contra gays), de 1992, e Comer Beber Viver, de 1994. Visitou a Inglaterra de Jane Austen numa soberba adaptação do romance Razão e Sensibilidade, com roteiro, premiado com um Oscar, da atriz Emma Thompson, em 1995. Mostrou o impacto da revolução dos costumes dos anos 60 na alta sociedade de Connecticut em Tempestade de Gelo, de 1997. Focalizou o pouco falado tema da participação de negros na Guerra da Secessão em Cavalgada com o Diabo/Ride With the Devil, de 1999. Travestiu-se de diretor de aventuras heróicas e lutas marciais na China do passado profundo em O Tigre e o Dragão, de 2000, e brincou com o mundo dos quadrinhos em Hulk, de 2003, para depois falar de homossexualidade no machistíssimo mundo dos cowboys em O Segredo de Brokeback Mountain, de 2005.
Não é pouca coisa, de forma alguma. É de tirar o chapéu.
Desejo e Perigo/Lust, Caution/Se, Jie
De Ang Lee, EUA-China-Taiwan-Hong Kong, 2007
Com Wei Tang, Tony Leung Chi Wai, Joan Chen, Lee-Hom Wang
Roteiro James Schamus e Hui-Ling Wang
Baseado em história de Eileen Chang
Fotografia Rodrigo Prieto
Música Alexandre Desplat
Produção Hai Sheng, Focus Features, Haishang Films
Cor, 157 min (há uma versão cortada de 148 min)
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Também sou completamente deslumbrada pela competência e originalidade do trabalho de Ang Lee. Da sua desenvoltura em transitar (tão bem) entre temas tão diferentes. Seja falando da sua cultura de origem, a chinesa, medieval ou atual, passando pelo clássico romance de época inglês até chegar à cultura americana, retratada, de forma brilhante, em Brockeback Mountain que, ao lado de Brilho eterno de uma mente sem lembranças, considero o filme mais maduro e sensível sobre uma história de amor que o cinema americano produziu a partir dos anos 2000. E depois ainda veio aquele estupor que é A Life of Pi. O que dizer mais: o homem é sensacional !
A sua paixão pelo cinema é tão genuína, tão imensa. Eu procurava informação sobre bons filmes de espionagem. E de repente dou com todo este mar de coisas…Nem vou tentar definir o meu prazer
e a surpresa, lendo, lendo o que vc escreve. E querendo ainda mais.
O Cinema…Eu viveria séculos, apenas pra ver e rever filmes como este, Desejo e Perigo; como Estrada da Perdição; como 1917…como O Segredo de Brokeback Mountain…Aliados…O Clã das Adagas Voadoras…Ponte de Espiões………………
Fico muito grata.
Viva!