David O. Russell vem se comprovando um dos realizadores mais talentosos, consistentes, inteligentes, hábeis – e também mais badalados, incensados do cinemão americano. Trapaça/American Hustle, de 2013, confirma isso definitivamente.
Já chegou aos cinemas brasileiros aclamado, elogiado, aplaudido em páginas e páginas de jornais e revistas. Também pudera: vinha com dez indicações ao Oscar, um time de atores jovens mas já consagrados nas bilheterias, e toda uma enorme onda em torno da recriação do clima, dos penteados, das roupas, dos trejeitos, dos maneirismos do final dos anos 70.
Custou US$ 40 milhões, e rendeu US$ 150 milhões no mercado americano, US$ 101 milhões no resto do mundo, US$ 251 milhões no total.
E veio depois de outro grande sucesso de público e crítica, O Lado Bom da Vida/Silver Linings Playbooks (2012). A história do encontro de um trintão em depressão após ter sido abandonado pela mulher com uma garota linda de 20 e poucos (interpretados por Bradley Cooper e Jennifer Lawrence) teve 8 indicações ao Oscar, levou 1 – o de melhor atriz para o fenômeno Jennnifer Lawrence. Tendo custado US$ 21 milhões, rendeu US$ 132 milhões nos Estados Unidos-Canadá, US$ 104 milhões no resto do mundo, US$ 236 milhões no total.
E o filme anterior de David O. Russell, O Vencedor/The Fighter (2010), por sua vez, também tinha sido um espetacular sucesso. Teve 6 indicações ao Oscar, 2 prêmios – melhor ator para Christian Bale, melhor atriz coadjuvante para Melissa Leo. Com orçamento de US$ 25 milhões, rendeu US$ 93 milhões nos EUA-Canadá, UA$ 35 milhões fora, US$ 129 milhões no total.
Os números são impressionantes demais. Uma tabela expõe com ainda mais clareza a ascensão de David O. Russell:
Filme/Ano | Custo (em milhões) | Renda (em milhões) | Oscars |
O Vencedor (2010) | US$ 25 | US$ 129 | 6 indicações, 2 prêmios |
O Lado Bom da Vida (20120 | US$ 21 | US$ 236 | 8 indicações, 1 prêmio |
Trapaça | US$ 40 | US$ 251 | 10 indicações |
Alguém poderia argumentar que uma bilheteria de um quarto de milhão de dólares não chega lá a ser fenomenal diante dos números de Avatar, ou Transformers, ou Homem de Ferro, um Harry Potter, ou algum dos Batman e dos Piratas do Caribe, todos acima de um milhão.
Verdade. A diferença é que, ao contrário desses aí, os filmes de David O. Russell não são sobre super-heróis, vampiros ou zumbis, mas sobre seres humanos. Pessoas de carne e osso, desejos e frustrações.
Não há um assassinato em qualquer desses três filmes. Não há sangue esguichando da carótida.
Essa é a raridade de David O. Russell, o motivo por que ele de fato se destaca hoje no cinemão comercial americano. Tem o dom de fazer filmes sobre pessoas – parecidos comigo e com o eventual leitor – e que fazem extraordinário sucesso de público e de crítica.
É tudo realizado com tanto talento que a preguiça e a má vontade não resistem
Vou repetir aqui uma confissão que volta e meia faço: tenho imensa preguiça de escrever sobre filmes recentes que fazem extraordinário sucesso, sobre os quais os jornais e revistas todos já escreveram páginas e mais páginas. Fico sempre com a sensação de que tudo já foi falado, que é inútil eu tentar acrescentar alguma coisa – e que, afinal, não é necessário que eu diga coisa alguma. Prefiro mil vezes escrever sobre filmes antigos e importantes que revejo, ou novos que não mereceram tanta badalação, pequenas pérolas que me surpreendem, tipo Refém da Paixão/Labor Day (2013), A Gaiola Dourada/La Cage Dorée (2013), O Negociador/Whole Lotta Sole (2011),
Reconheci o valor de O Lutador quando vi o filme em 2011, embora tivesse implicado com a câmara nervosa que David O. Russell usou: “é sem dúvida um ótimo filme, feito com extrema competência. Mas é também, na minha opinião, um filme cansativo”, escrevi. Também reconheci as muitas qualidades de O Lado Bom da Vida – mas a preguiça venceu e não escrevi nada sobre o filme.
Admito que tinha preguiça de ver Trapaça, exatamente pelo fato de ele ter sido badalado demais. Admito até que comecei a ver com um certo pé atrás, um tiquinho de má vontade.
Bobagem: o filme é tão bom, é tudo tão bem realizado, com tanto talento, que a preguiça, a má vontade não resistem.
Tiro o chapéu para David O. Russell.
Personagens bem construídos, interpretados maravilhosamente
Ele assina o roteiro deste American Hustle ao lado de Eric Warren Singer – que, por sua vez não chega a ser um autor experiente, calejado. Antes deste filme aqui, Singer havia assinado o roteiro de apenas dois títulos, a série de TV Aeon Flux (1991 a 1995), e Trama Internacional/The International (2009), dirigido pelo alemão Tom Tykwer, de Corra, Lola, Corra.
Já David O. Russell é autor ou co-autor dos roteiros de cinco outros dos filmes que dirigiu – A Mão do Desejo/Spanking the Money (1994), Procurando Encrenca/Flirting with Disaster (1996), Três Reis/Three Kings (1999), Huckabees: A Vida é uma Comédia/I Heart Hucckabees (2004) e o sucesso O Lado Bom da Vida.
Trapaça parte de uma história real, usa alguns elementos de uma história real – mas não pretende, de forma alguma, ser fiel à verdade daqueles fatos. Apenas se inspirou levemente num caso policial acontecido de fato nos anos 70, mas, a partir daí, fez ficção.
São três personagens centrais: um vigarista, uma vigarista e um agente do FBI, a polícia federal americana.
Os personagens são muitíssimo bem criados, estruturados – e magnificamente interpretados por grandes atores em momento de especial inspiração.
O vigarista, Irving Rosenfeld, é interpretado por Christian Bale (que já havia trabalhado com o diretor em O Lutador). É um sujeito que passa um longo tempo, a cada dia, fazendo um complicadíssimo trabalho com cola e tufos de cabelo para tentar disfarçar a indisfarçável careca. Ostenta também um barrigão de homem de cerca de 40 anos de vida sedentária. Mas tem uma autoconfiança incrível, uma lábia fantástica, e assim consegue, além de ganhar dinheiro legalmente com uma pequena cadeia de lavanderias em Nova York, também enganar crédulos e necessitados de dinheiro prometendo alto retorno de investimentos. De quebra, ele ainda vende falsificações de obras de arte.
É fantástico o tipo criado pelos roteiros e incorporado por Christian Bale: um grande vigarista, uma sujeito esperto pra diabo, capaz de bolar grandes esquemas, passar o conto do vigário em dezenas e dezenas de vítimas – e que, no entanto, acredita que aquela zorra que faz na cabeça engana alguém, disfarça sua careca.
A amante do vigarista chama-se na realidade Sydney Prosser, e é de um Estado do interiorzão bravo, da América profunda, mas se vende como Lady Edith Greensly, uma inglesa aristocracia. É inteligentíssima, espertíssima, e se apaixona fulminantemente por aquele sujeito barrigudo e careca não assumido por admirar as qualidades que ele tem em comum com ela, em especial a arte de saber enganar os outros.
Sydney é interpretada por Amy Adams, essa atriz de rosto barbiemente perfeito e lindo e de grande talento – basta lembrar de sua interpretação como a jovem freira em Dúvida. Já havia trabalhado com o diretor – e ao lado de Christian Bale – em O Vencedor. O povo dos figurinos exagerou bastante nos decotes das roupas de Amy Adams – não se usava aquilo nos anos 70, de forma alguma –, mas o espectador não tem do que se queixar. A visão dos peitinhos e das coxinhas de Amy Adams é agradabilíssima.
Bradley Cooper – que estrelou O Lado Bom da Vida junto com Jennifer Lawrence – faz Richie DiMaso, o agente do FBI que completa o trio central (e o quase triângulo amoroso) da história. Richie, bem ao contrário do casal Irving e Sydney, está do lado certo da Lei, é bem verdade. Seu objetivo é descobrir provas contra bandidos e prendê-los, para o bem geral do país, do Bureau e, claro, dele próprio, de sua carreira.
O problema, um dos problemas, é que ele é ambicioso demais. Quer ser o Inimigo Público nº 1 dos bandidos, dos corruptos, dos sujos, quer ser o Eliot Ness de sua geração. Ambição demais não é boa conselheira. Querer atingir os fins não importando os meios não é um bom caminho. Muito ao contrário: acaba sendo um atalho que leva o sujeito que teoricamente está do lado certo da Lei para o outro lado, o que ele acha que está combatendo.
O agente Richie diMaso vai flagrar Sidney Prosser, aliás Lady Edith Greensly, em ato de falsidade ideológica. E, a partir daí, vai praticamente chantagear o casal de vigaristas para trabalhar para ele na descoberta de provas contra bandidos graúdos.
Em três filme do diretor, 11 indicações aos Oscars por interpretação
Hum… Acabei me estendendo bastante na apresentação da base da trama, quando a princípio pretendia ser bem sintético, já que todo mundo, mas todo mundo, está cansado de saber de que se trata a trama de American Hustle. Mas não vai aí spoiler algum. Tudo isso é mostrado bem no início da narrativa – que, aliás, é longa, bem mais longa do que o padrão do cinemão comercial, com 138 minutos.
Não gosto dessa coisa de filmes que tornam a bandidagem glamourosa. Acho isso imoral, deseducativo, contraproducente. É como enaltecer a falta de estudos, é como alguém se orgulhar de dizer que não é preciso educação para subir na vida, virar presidente da República.
American Hustle roça nessa visão de que o bandido é legal e o policial safado. Roça, apenas, acho – mas não vai fundo nisso. Até porque, felizmente, é tudo bem engendrado, bem escrito, bem executado, e os personagens são pessoas tridimensionais, e não figuras esquemáticas, estereotipadas, protótipos. Assim, o vigarista Irving Rosenfeld que Christian Bale compõe é um vigarista, sim, mas um sujeito que tem princípios básicos, fundamentais. Engana os outros, tira proveito de sua esperteza e da credulidade das pessoas – mas gosta de saber que suas vítimas são gente safada, não lá muito honesta.
É um vigarista, um ladrão – mas não se sabe de um ato de violência sequer que tenha cometido. E tem um coração grande: apaixonou-se pelo garoto sem pai, filho da mãe solteira que cruzou com seu destino. Rosalyn é uma mulher de beleza estupenda, tão estupenda quanto sua incapacidade para a vida prática, sempre afundada em estado depressivo ou com medo de ver pessoas, mas, por amor ao garotinho, Irving casou-se com ela, e não consegue imaginar a possibilidade de deixá-la, apesar de sua paixão por Sydney.
Rosalyn é a quarta personagem mais importante da trama, e vem na pele desse fenômeno que é Jennifer Lawrence. Ela – que volta a trabalhar com o diretor David O. Russell, depois do papel oscarizado em O Lado Bom da Vida – aparece bem menos na tela que Christian Bale, Amy Adams e Bradley Cooper, mas, cruz em credo, cada vez que aparece dá um show.
Na verdade, todos os atores estão absolutamente maravilhosos – mas esses quatro principais, eles estão espetaculares. Literalmente. É uma coisa grandiosa. Cada um deles está uma oitava (ou duas, ou três) acima do que seria uma interpretação normal. Estão exagerados, estão over – mas cada um de seus personagens é exagerado, é over, uma oitava (ou duas, ou três) acima do normal das demais pessoas, e então tudo fica certo. Tudo fica exagerado na medida certa – e é um espetáculo de interpretação, coisa para ficar na história.
Não é à toa que todos os quatro – Christian Bale, Amy Adams, Bradley Cooper, Jennifer Lawrence – tiveram indicações ao Oscar.
No filme anterior, O Lado Bom da Vida, tinham sido também 4 indicações ao Oscar para atores. No outro, O Lutador, tinham sido 3.
Em três filmes consecutivos, atores dirigidos por David O. Russell foram indicados ao Oscar 11 vezes. É um feito, uma conquista. É algo à la Elia Kazan!
A trilha de Danny Elfman é um brilho. E quanta canção maravilhosa!
Tudo indica que é um brilhante, um absolutamente brilhante diretor de atores, esse David O. Russell, um nova-iorquino que não chega a ser hoje assim propriamente um jovenzinho. Quando dirigiu seu primeiro filme, o já citado A Mão do Desejo, tinha só 36 anos. Mas, quando lançou este American Hustle, em 2013, tinha 55. Um sujeito maduro.
Acho absolutamente fascinante essa coisa de Russell sempre voltar a usar atores com quem já havia trabalhado. Essa coisa de os quatro atores centrais já terem trabalhado com ele antes pode seguramente explicar como suas atuações são tão admiráveis.
E é delicioso ver que um dos maiores atores do cinema mundial de todos os tempos, Robert De Niro – que interpretou o pai do personagem de Bradley Cooper em O Lado Bom da Vida – tenha aceitado fazer o chefe mafioso Victor Tellegio, que só aparece em uma sequência. De Niro tem uma daquelas interpretações absolutamente unbilled, não creditadas: nem mesmo nas letrinhas pequenas dos créditos finais seu nome é mencionado.
Eis as categorias em que Trapaça teve indicações ao Oscar: melhor filme, melhor diretor, melhor ator (Christian Bale), melhor atriz (Amy Adams), melhor ator coadjuvante (Bradley Cooper), melhor atriz coadjuvante (Jennifer Lawrence), melhor roteiro original, melhor montagem, melhor figurino, melhor direção de arte.
Um registro necessário: a trilha sonora, de Danny Elfman, é ótima. E a quantidade de grandes canções que a gente ouve ao longo do filme é um absurdo: tem Paul McCartney, Elton John, David Bowie, Santana, Donna Summer, e também Ella Fitzgerald, Thelonius Monk, Frank Sinatra, Oscar Peterson, Duke Ellington.
Um espanto.
As mulheres são mais fortes, mais inteligentes que os homens
Bem, mas eu falava sobre aquela coisa de endeusar bandido e ridicularizar policial.
O filme roça nesse precipício, acho eu, mas consegue evitá-lo, exatamente porque os personagens são complexos, são seres multidimensionais, como as pessoas da vida real.
Assim, o vigarista Irving é uma pessoa de bons sentimentos. Adora o filho adotivo, motivo pelo qual não consegue se livrar da doida (mas belíssima, gostosíssima) da mãe dele. Respeita o prefeito Carmine Polito (Jeremy Renner), o quinto personagem mais importante da história, um sujeito que afinal de contas é bom, é honesto, quer fazer o bem.
Já o agente do FBI Richie DiMaso é bem-intencionado – mas o inferno é cheio de bem-intencionados, e Richie DiMaso é um bem-intencionado ambicioso demais, como já foi dito, e ambição demais é estrada segura para a perdição. A única coisa correta, positiva, que o agente da lei consegue sentir é atração e admiração pela vigarista linda, maravilhosa, gostosíssima, e que ainda por cima tem um sotaque inglês agradabilíssimo aos ouvidos dele.
As pessoas acreditam naquilo que gostariam de acreditar – e é sobre esse axioma que trabalham os perfeitos vigaristas da história, Irving e Sydney, aliás Lady Edith.
Essa frase, repetida várias vezes no filme, é de fato apavorante: as pessoas acreditam naquilo que gostariam de acreditar.
Como explicação de por que alguns vigaristas se dão bem, é perfeita.
Como explicação de como e por que algumas nações se perdem inteiramente, diante de partidos mal intencionados e munidos de marketing poderoso, é apavorante.
Mas não vou mexer com esse tema.
Uma das características mais fascinantes deste filme fascinante, para mim, é a riqueza das duas principais personagens femininas, Sydney, a amante de Irving, e Rosalyn, a esposa.
As duas de fati são como cebolas – são cheias de camadas. Sydney consegue ser mais inteligente, mais safa, mais esperta do que seu amante. E Rosalyn, que todo mundo achava que era uma doida, uma deprê, consegue ser mais vigarista que o vigarista profissional que é seu marido.
Na imensa maioria dos filmes, as mulheres são apenas personagens secundárias.
Nos filmes noir, as mulheres eram fatais.
Na vida real, as mulheres são em geral mais fortes, mais espertas, mais inteligentes, mais resistentes que os homens. Neste Trapaça, também. Como não babar por um filme assim?
Anotação em novembro de 2014
Trapaça/American Hustle
De David O. Russell, EUA, 2013
Com Christian Bale (Irving Rosenfeld), Bradley Cooper (Richie DiMaso), Amy Adams (Sydney Prosser), Jeremy Renner (prefeito Carmine Polito), Jennifer Lawrence (Rosalyn Rosenfeld), Louis C.K. (Stoddard Thorsen), Jack Huston (Pete Musane), Michael Peña (Paco Hernandez / Sheik Abdullah), Shea Whigham (Carl Elway), Alessandro Nivola (Anthony Amado), Elisabeth Röhm (Dolly Polito), Paul Herman (Alfonse Simone), Robert De Niro (Victor Tellegio),
Argumento e roteiro Eric Warren Singer e David O. Russell
Fotografia Linus Sandgren
Música Danny Elfman
Montagem Alan Baumgarten, Jay Cassidy, Crispin Struthers
Produção Columbia Pictures, Annapurna Pictures, Atlas Entertainment. DVD Sony Pictures.
Cor, 138 min
***1/2
Eu confesso que não gostei mt deste filme. Achei um pouco aborrecido mas está, sem dúvida, bem realizado e com boas interpretações
O AUTOR DESTE ARTIGO ESQUECEU DE MENCIONAR O CANTOR DA MESMA TERRA DE CHRISTIAN BALE – PAIS DE GALES – “O TIGRE DE GALES”, SIR TOM JONES, CUJA MÚSICA DALILA FOI OUVIDA NO FILME E ATÉ CHRISTIAN BALE CANTOU JUNTO, NO CASSINO. TOM JONES SÓ NO BRASIL NÃO É FAMOSO, MAS ELE É AMADO EM DIVERSOS PAISES , INCLUSIVE ATÉ PELA FAMLIA REAL BRITANICA , QUE RECONHECE SEU TALENTO E VOZ MAGISTRAL !
Por que você escreve tudo em maiúsculas, Anna?
Os livros que você lê, as revistas, os jornais, as legendas dos filmes que você lê, tudo é assim, em caixa alta?
Ou você não sabe digitar em caixa baixa?
Um abraço.
Sérgio
É o 2o. filme que eu vejo em que nosso amigo Christian Bale faz um sujeito inteligentíssimo.
O outro é o A Grande Aposta.
Ou vai dizer que não é preciso ser inteligente pra caceta pra bolar aquele tanto de golpe, inclusive o maior, no FBI?
Agora, mesmo em plenos anos 70, acho um tiquinho difícil uma gostosa feito a Sydney dar bola pra alguém com uma barriga daquela. Enfim…
Desde “O Inverno da Alma” Jennifer Lawrence tem mostrado sua versatilidade. Muito jovem, porém tão competente como atriz. E não é diferente em ” Trapaça “. Ela é uma grande atriz, outra no papel de Rosalyn não ficaria tão interessante…
É curioso como muitos têm preguiça desse filme espetacular, ou mesmo o desprezam. O primeiro filme de Russell que vi foi “3 kings”, que me fascinou pelo formato e diálogos, mas cujo desfecho é roliudiano em demasia- aquela coisa do ianque redentor.
Em “Trapaça” vejo a melhor performance de Bale. Como você disse, o desempenho dos 4 principais é soberbo. A Lawrence doida fazendo faxina ao som de “Live and let die”!