(Disponível no Dwan & Walsh Filmes do YouTube.)
Há vários elementos fascinantes em Schlußakkord, no Brasil 9ª Sinfonia – Últimos Acordes, produção de 1936 – no próprio filme, e em torno dele. A começar da própria data em que ele foi lançado – três anos depois de o Partido Nacional-Socialista de Adolf Hitler assumir o poder, três anos antes do início da Segunda Guerra Mundial.
Um pequena trecho da ação se passa em Nova York, mas na imensa maior parte dos 100 minutos do filme estamos em Berlim – e não se faz uma única referência ao nazismo, aos nazistas, à crescente e cada vez mais apavorante perseguição aos judeus, ciganos, esquerdistas de todos os matizes, homossexuais, portadores de deficiência. Propositadamente, os realizadores simplesmente ignoraram o horror que tomava conta do país.
Há muitas, muitas sequências de fantástica beleza plástica, com uso magistral da posição da câmara, da iluminação, dos espelhos, das sombras – a indicação clara, nítida, do grande talento do realizador.
A trama é complexa, rica, e abrange uma ampla gama de temas – o abandono de filhos, a adoção de crianças, a infidelidade conjugal, fraude e corrupção. Um dos protagonistas da história é um renomado maestro, e então há longos momentos de apresentação de trechos de óperas, de orquestra sinfônica e coral executando o quarto movimento da Nona de Beethoven, a “Ode à Alegria”. Há histórias de amor, romance.
Romance, melodia, drama. Melodrama.
O filme não se baseia em história escrita para outro meio – literatura, teatro. É um roteiro original, uma trama escrita diretamente para o cinema.
O diretor e co-autor do roteiro original estava com apenas 36 anos quando o filme foi lançado. Seu nome é Detlef Sierck. No ano seguinte, 1937, ele fugiria da Alemanha nazista com sua segunda mulher, Hilde Jary, uma judia, e se radicaria em Hollywood. Nos anos 40 e especialmente nos 50, dirigiria uma série de filmes de imenso sucesso, com astros como Rock Hudson, Lana Turner, Lauren Bacall, Barbara Stanwyck, Jane Wyman, Robert Stack, até retornar para a Europa em 1959.
Ao longo dos anos 60, Douglas Sirk – o nome que adotou nos Estados Unidos – foi tido pelos críticos como um “diretor não criativo” de “filmes para mulheres”, “com todas as conotações pejorativas que o termo sugere”, como nota o International Dictionary of Films and Filmmakers – The Directors.
A partir dos anos 70, no entanto, houve uma ampla, geral e irrestrita revisão da obra de Detlef Sierck/Douglas Sirk, e “se tornou mais e mais apropriado falar dele com termos como ‘gênio’ e ‘grandeza’”, ainda segundo o livro The Directors.
São sem dúvida muitos elementos fascinantes neste Schlußakkord, que, segundo o Dicionário de Cineastas de Rubens Ewald Filho, foi lançado no Brasil com o título de Nona Sinfonia. (Na França, foi La Neuvième Symphonie; nos Estados Unidos, The Final Chord. A palavra alemã do título original significa “acorde final”.) Mas seguramente um dos mais interessantes elementos de todos é o fato de o filme estar disponível hoje. Como dizem os livros todos, e também os sites na internet, durante décadas foi praticamente impossível ter acesso aos filmes que Detlef Sierck dirigiu na Alemanha. E agora este aqui está acessível ao público brasileiro, com imagem e som de qualidade e legendas em bom português – e de graça – no Dwan & Walsh Filmes, dentro do YouTube. Lá ele aparece com o título 9ª Sinfonia – Últimos Acordes – o mesmo que está no IMDb.
Um privilégio, um imenso prazer para os cinéfilos.
Uma alemã em Nova York perde o ânimo para viver
Tive um certo espanto diante das primeiras tomadas do filme. São tomadas rápidas, que se fundem umas às outras, de um nightclub, dançarinas se apresentando com as coxas à mostra, um ambiente de festa, homens e mulheres fazendo brindes, bebendo, um homem negro tocando o saxofone, um casal dançando tendo ao fundo, na parede, um cartaz com as palavras “Happy New Year”, tudo ao som de um jazz antigo, animado, um tanto dixieland. O relógio no lugar fechado mostra que é quase meia-noite, corta, vemos um grande relógio no alto de um prédio. Uma tomada geral, prédios muito altos. Os sinos das igrejas batem.
Diabo, pensei, isso não é Berlim, ou qualquer outra cidade alemã – não pode ser.
Claro que não. É Nova York.
Em um pedaço do Central Park, um grupo de pessoas encapotadas corre de mãos dadas, um trenzinho da alegria.
Um bêbado solitário, bem bêbado e bem alegre, caminha pelo parque nevado e tenta acender um cigarro, mas o isqueiro não funciona. Ele se aproxima de um homem sentado em um banco, imóvel, e pergunta se ele quer um cigarro, se ele teria fogo. O bêbado ri sem parar e, com a lentidão de raciocínio dos bêbados, demora para perceber que há algo errado ali – o homem não mexe um músculo sequer.
– “No ano novo, tudo o que você precisa é de humor”, diz o bêbado. “Isso é que é importante, o humor.”
Finalmente o bêbado se aproxima do rosto do homem. Deixa cair o cigarro apagado que mantinha entre os lábios, e sai gritando por socorro.
Quando, pouco depois, policiais chegam ao banco do parque, pronuncia-se a palavra “suicídio”.
O espectador ficará sabendo bem rapidamente que o homem que se matou com um tiro de seu revólver no Central Park se chamava Christian Müller; havia cometido uma fraude em seu país natal, a Alemanha, e fugido às pressas para os Estados Unidos com a mulher, Hanna (o papel de Mária Tasnádi Fekete, na foto abaixo), deixando para trás o filhinho do casal, Peter.
Ao saber da morte do marido, Hanna adoece, fica prostrada, sem qualquer ânimo para tocar a vida.
O filme está com sete minutos, e vemos uma tomada do meio do mar, ondas no meio do mar. É a senha para auxiliar o espectador de 1936 a compreender que haverá um corte e a sequência seguinte será do outro lado do oceano, na Alemanha.
Schlußakkord é um filme de muitas, muitas qualidades – aos 36 anos, no quinto dos filmes que dirigiu na Alemanha, Sierck/Sirk já mostra fagulhas de seu talento. Mas é ainda, obviamente, a obra de um jovem realizador, ainda em formação. É preciso levar em consideração isso, e também a data em que o filme foi feito: as duas coisas explicam, me parece, alguns problemas da obra. Especificamente, o fato de todos aqueles diálogos iniciais em Nova York serem em alemão, e também a insistência em pontuar com tomadas das ondas do mar a cada vez que a ação passa dos Estados Unidos para a Alemanha.
Os americanos falam em alemão neste filme alemão, diacho! Era assim que se fazia. Nos filmes de Hollywood, todo mundo falava inglês – os japoneses, os alemães, os italianos, os romanos nos tempos de Jesus Cristo, os E.Ts. Só ali a partir dos anos 1970, 1980, caiu a ficha de que seria melhor mexer nesse jeito de os personagens falarem nos filmes.
E haver tomadas mostrando as ondas do mar também não era coisa assustadora. Ao contrário – fazia parte do jeito de se mostrar as coisas em uma arte que ainda era bem nova. Em tantos, tantos, tantos filmes era comum, por exemplo, haver um close-up do rosto pensativo do personagem para anunciar que viria a seguir algo que passava pela memória dele, algo acontecido no passado – um flashback.
Diacho, mas por que estou dizendo essas obviedades, chovendo no molhado? Um jovem, daqueles que acham que o cinema começou com Quentin Tarantino, jamais iria se interessar em ver este filme ou ler este comentário – e quem conhece um pouquinho de cinema está cansado de saber disso.
Ora bolas…
O maestro é casado como uma dondoca adúltera
Nas sequências seguintes, do outro lado do Oceano, na Alemanha, ficamos conhecendo os dois outros protagonistas da trama, além da pobre Hanna – o casal Garvenberg. Ele é um músico, o maestro da orquestra sinfônica – famoso, rico, respeitado, um homem bom, caráter imaculado, coração grande. Ela, Charlotte, é uma dondoca boboca que se casou com ele pelo fato de ele ser rico e famoso.
É amante de um vigarista, um escroque, um astrólogo que faz discursos defendendo que a astrologia é uma ciência, um tal Gregor Carl-Otto (Albert Lippert). Em um dia importante para o marido, em que ele vai reger uma apresentação de gala e a orquestra sinfônica executará a Nona de Beethoven, Charlotte está com o amante – e, quando corre para o teatro, é impedida de entrar na sala porque o concerto já havia começado.
O maestro é o papel de Willy Birgel. Charlote, o de Lil Dagover (os dois estão na foto abaixo). Willy Birgel (1891-1973) tem 84 títulos em sua filmografia, lançados entre 1934 e 1971. Lil Dagover (1887-1979) tem 139 títulos, feitos entre 1916 e 1979 – entre eles o grande clássico O Gabinete do Dr. Caligari (1920), de Rogert Wiene, que se tornou a marca registrada do cinema alemão dos anos 1920, a década do expressionismo.
Aproveito para registrar também os dados básicos sobre Mária Tasnádi Fekete, que faz Hanna, a personagem que completa o trio central da trama. A bela atriz nasceu em 1911 na terra do Drácula, a Transilvânia, então Império Áustro-Húngaro, agora Romênia. Sua filmografia é bem menor do que as dos dois outros protagonistas são apenas 25 títulos, entre 1932 e 1957. Não identifiquei nada que eu conheça nas filmografias de Mária e de Willy Birgel.
O maestro acaba adotando o filho que Hanna abandonara
Aquele concerto de gala em que o mastro Garvenberg rege a Nona é o primeiro ponto de contato entre ele e Hanna. O concerto é transmitido pelo rádio e, no hospital em Nova York em que Hanna está internada, sem qualquer alento, sem vontade de viver. Ao ouvir no rádio a “Ode à Alegria” – enquanto o espectador vê a apresentação da orquestra e coral regidos pelo maestro Garvenberg –, opera-se o milagre. Hanna readquire o ânimo para viver – e logo que fica boa retorna para a Alemanha, para tentar encontrar o filho que havia deixado e fora adotado por um casal.
Hanna não sabia, claro, mas esse casal havia abandonado o garotinho Peter, que fora então recolhido a um orfanato dirigido por um bom homem, o professor Obereit (Theodor Loos) – o qual era grande amigo do maestro Garvenberg.
O maestro, por sua vez, pôs na cabeça que adotar um filho poderia ser uma forma de salvar seu casamento com Charlotte. E adota Peter, o filho que Hanna abandonara. Depois de algum tempo, percebe que precisa de uma babá para o garoto.
De volta à Alemanha, Hanna se encontra com o professor Obereit, diz que tudo o que quer na vida é recuperar o garoto Peter. Obereit oferece a ela uma oportunidade de conviver com o filho – desde que não anuncie que é a mãe dele. Ela poderia ser a babá de que o casal Garvenberg precisava.
Avancei bastante no relato da trama, mas não há aí propriamente spoiler. A partir do ponto que relatei ainda haverá muita água a correr sob a ponte – inclusive uma longa sequência em um tribunal de júri.
Um diretor que elevou o melodrama à categoria de arte
Hum… Contada assim, sem a música de Ludwig von Beethoven e as belíssimas imagens da câmara de Detlef Sierck e seu diretor de fotografia Robert Baberske, a trama pode parecer… digamos… folhetinesca. Novelesca. Melodramática.
É uma bela trama, um belo novelo em que se enrolam as vidas dos personagens. Mas, sim, é um tanto folhetinesca. Melodramática. Quando, nos Estados Unidos, fez filmes como Desejo Atroz/All I Desire (1953), Sublime Obsessão;/Magnificent Obsession (1954), Tudo o que o Céu Permite/All That Heaven Allows (1955), Palavras ao Vento/Written on the Wind (1956), Chamas que Não se Apagam/There’s Always Tomorrow (1956), e Imitação da Vida/Imitation of Life (1959), seu canto do cisne, Douglas Sirk fez por merecer o epíteto de O Rei do Melodrama. Até porque soube como ninguém elevar o melodrama à condição de arte.
Este Schlußakkord aqui não chega, na minha opinião, a ser um belo filme, um grande filme. A trama que, aos 36 anos, Sierck/Sirk escreveu e roteirizou com Kurt Heuser tem alguns problemas. Há dois em especial. O primeiro: quase toda a figura do garoto Peter (interpretado por Peter Bosse, que estava com 5 anos na época do filme) é falsa que nem nota de três guaranis paraguaios. Coisa de quem nunca conviveu com criança. O garoto fala com uma desenvoltura de um universitário especialmente aplicado, estudioso, sério. A sequência em que o garotinho faz uma elaboradíssima encenação da história de Branca de Neve beira o ridículo. Hum… Beira, ou mergulha nele?
O segundo grande problema: os personagens vivem em um mundo próximo do ideal, em que há toda uma maravilhosa estrutura de bem-estar social. Tanto nos Estados Unidos quanto na Alemanha, tudo funciona: a imigrante pobre é muito bem assistida em um bom hospital, e o garoto abandonado pelos pais e depois pelos pais adotivos encontra um orfanato que até na Suécia ou na Dinamarca de hoje em dia seria coisa de sonhos.
Registro esses dois pontos porque eles me incomodaram um pouco, enquanto via o filme – que, se não é belo, grande, tem, sem dúvida alguma, diversas qualidades, e já revela o talento desse realizador importante, admirável.
Há informações conflitantes sobre Douglas Sirk
Achei interessante como as diversas fontes de informação disponíveis não são unânimes sobre dados objetivos a respeito das origens desse senhor Detlef Sierck/Douglas Sirk. Diacho! Até parece que se trata de alguém de um passado muito remoto, um autor de poemas do século IV Antes de Cristo.
A Wikipedia dá que ele nasceu em 1897, enquanto diversas outras fontes dizem 1900. Há fontes, inclusive o citado livro The Directors, que dizem que ele nasceu na Dinamarca – embora a maioria diga que foi em Hamburgo, filho de pais dinamarqueses. E que ele passou alguns anos na Dinamarca, antes que seus pais retornassem de vez à Alemanha.
Há fontes que afirmam que Sierck saiu da Alemanha assim que o nazismo chegou ao poder – o que absolutamente não é verdade. Ele fez vários filmes na Alemanha nazista, antes e depois deste Schlußakkord aqui, produzidos pela todo-poderosa UFA, o gigantesco estúdio fundado como Universum-Film Aktiengesellschaft em dezembro de 1917, ainda, portanto, durante a Primeira Guerra Mundial.
No sentido inverso, há quem diga que ele fez filmes nazistas – o que absolutamente não é verdade. Consta que Joseph Goebbels, o ministro da Propaganda de Hitler, admirava os filmes de Sierck – mas ele era um homem de esquerda, e fugiria de seu país com a mulher judia, como já foi dito, em 1937.
Nascido na Dinamarca, nascido na Alemanha. Em 1897, em 1900. Versões absolutamente falsas, mentirosas. Tido como um “diretor não criativo” de “filmes para mulheres” – e depois reconhecido como cineasta de grandeza, um gênio. Que figura esse Detlef Sierck/Douglas Sirk. Merecia um filme – ou, melhor ainda, uma série. Uma série com o cuidado e o talento com que foi feita Feud (2017), que reconstitui em detalhes tudo sobre como foi feito O Que Terá Acontecido a Baby Jane?/What Ever Happened to Baby Jane? (1962).
O Guide de Jean Tulard reconhece as qualidades do filme
Leonard Maltin não fala sobre The Final Chord em seus guias. O Cinemania, fantástico CD-ROM da Microsoft que transcreve os guias de Maltin, de Pauline Kael e de Roger Ebert, não traz verbete sobre The Final Chord – apenas cita, na filmografia de Sirk, o filme Schlußakkord. O Film Guide da revista Time Out também não incluiu o filme entre os 13 mil que comenta. O Petit Larousse des Films não tem verbete sobre La Neuvième Symphonie, o que, diabo, é compreensível – ele fala de “apenas” 3 mil filmes! Mas no Guide des Films do mestre Jean Tulard o filme está!
Os 15 mil verbetes do Guide têm uma estrutura fixa. Cada um deles começa com uma ficha técnica, seguida de dois parágrafos – um com uma sinopse, e o segundo com uma avaliação crítica. Vou transcrever os dois.
“Viúva de um escroque, Hanna Müller procura reencontrar seu filho que ela havia abandonado. Este foi adotado por um célebre maestro. Garvenberg, na casa de quem Hanna passa a trabalhar incógnita como empregada. (…)
Ahnnn…A partir daí, a sinopse contém um erro e revela toda a parte final da história – um spoiler danado. Salto essa parte, e vamos ao parágrafo com a avaliação da obra:
“Antes de emigrar em 1939 para os Estados Unidos para lá virar Douglas Sirk, ele foi um dos bons cineastas do III Reich, com oito longa-metragens de qualidade, dos quais os mais conhecidos são os dois interpretados por Zarah Leander, sobretudo Paramatta, Bagne des Femmes (1939). O tema de La Neuvième Symphonie é melodrama, mas não como muitos dos filmes hollywoodianos de Sirk. A encenação apresenta já as mesmas qualidades e a atmosfera musical do filme é particularmente forte (o filme ganhou o prêmio de melhor filme musical na bienal de Veneza), com a participação da Berliner Staatsopera. O conjunto é de uma emoção um pouco convencional mas eficaz, apesar de uma sobriedade relativa.”
Com a exceção de “sobriedade relativa”, que eu não sei o que significa (será que é algo igual a como eu fico depois de duas vodcas??), eis aí uma bela avaliação.
Vale registrar que de fato Detlef Sierck emigrou para os Estados Unidos em 1939 – mas o que se informa é que saiu da Alemanha em 1937, passando uma temporada na Dinamarca antes de atravessar o Atlântico que mostra tantas vezes neste filme fascinante.
Anotação em setembro de 2024
9ª Sinfonia – Últimos Acordes/Schlußakkord
De Detlef Sierck/Douglas Sirk, Alemanha, 1936
Com Willy Birgel (o maestro Garvenberg),
Lil Dagover (Charlotte Garvenberg),
Mária Tasnádi Fekete (Hanna Müller),
Maria Koppenhöfer (Frau Freese, a governanta de Charlotte), Theodor Loos (professor Obereit, o diretor do orfanato), Peter Bosse (Peter, o garotinho filho de Hanna), Albert Lippert (Gregor Carl-Otto, o astrólogo amante de Charlotte), Kurt Meisel (barão Salviany), Hella Graf (Frau Czerwonska), Erich Ponto (o presidente do Tribunal do Júri), Paul Otto (o promotor), Alexander Engel (Mr. Smith, o vizinho de Hanna em Nova York), Walter Werner (Dr. Smedley), Eva Tinschmann (a enfermeira chefe), Erna Berger (soprano), Luise Willer Luise Willer (alto), Rudolf Watzke (barítono), Helmut Melchert (baixo)
Argumento e roteiro Kurt Heuser & Detlef Sierck/Douglas Sirk …
Fotografia Robert Baberske
Música Kurt Schröder
Montagem Milo Harbich
Desenho de produção Erich Kettelhut
Figurinos Wilhelmine Spindler, Eduard Weinert
Produção Bruno Duday, Universum Film (UFA)
P&B, 100 min (1h40)
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Título nos EUA: “The Final Chord”. Na França: “La Neuvième Symphonie”.