O Netinho do Papai / Father’s Little Dividend

(Disponível no YouTube em 12/2023.)

O Netinho do Papai, que o grande Vincente Minnelli lançou em 1951, tem um sério defeito – e não é o título escolhido pelos exibidores brasileiros, que sem dúvida parece bem bobinho, mas até tem o seu sentido. É o fato de que Minnelli, à época das filmagens já enfiado na pré-produção de um filme que exigia dele todas as atenções, simplesmente An American in Paris, no Brasil Sinfonia de Paris, um dos mais belos musicais da História, não teve o cuidado, a atenção de fazer sequer um close-up da atriz que faz a mãe do netinho, a filha do papai a que se refere o título.

Deveria haver uma penalidade pesada para um diretor que não mostra com a devida admiração o rosto de Elizabeth Taylor no esplendor de seus 19 aninhos de idade.

É verdade que, no preto-e-branco do diretor de fotografia John Alton, o violeta dos olhos mais belos que já passaram diante de uma câmara não seria tão fulgurante, mas, diacho… Que pecado absurdo, meu!

Liz Taylor aparece nos créditos iniciais e nos cartazes deste Father’s Little Dividend em terceiro lugar, após os nomes dos atores que interpretam os pais de sua personagem, a bela Joan Bennett, então com 41 anos de idade, e Spencer Tracy, com 51.

Falo da idade dos atores porque isso é importante. Aos 41 anos, apenas, a idade em que hoje as mulheres parecem ter 20, 25, Joan Bennett parecia uma senhora de uns 50 e muitos. E Tracy, esse ator gigantesco, hiperbólico, um dos mais respeitados e adorados pelas platéias americanas, parecia um senhor de uns 70 anos.

É um fenômeno sabido, reconhecido: ali pelos anos 30, 40, 50, tanto homens quanto mulheres pareciam muito mais velhos do que parecem hoje as pessoas de uma maneira geral. Depois dos 40 anos, as pessoas eram chamadas de idosas. O que até tinha uma pitada de sentido, já que a expectativa de vida era muitíssimo menor.

Spencer Tracy é o pai, Stanley Banks. Joan Bennett, a mãe, Ellie Banks. Elizabeth Taylor, a filha, antes Kay Banks, agora Kay Dunstan, ou senhora Dunstan, a esposa de Buckley Dunstan (o papel de Don Taylor).

Há também os pais do marido de Kay, Herbert e Doris Dunstan (os papéis de Moroni Olsen e Billie Burke).

Mas que não haja dúvida alguma: o protagonista da história é o papai de Kay. O grande astro era Spencer Tracy. O personagem central da história é o personagem que ele interpreta.

Stanley Banks havia sido o personagem-título do filme anterior, O Papai da Noiva/Father of the Bride (1950). E o sucesso fora tão gigantesco que a MGM quis manter a mina de ouro aberta, com uma continuação, uma sequência, naqueles tempos em que as sequels, tão absolutamente comuns nas últimas décadas, eram algo raro.

E nesta continuação foram mantidos todos os principais envolvidos no primeiro filme – como aconteceria décadas depois com as trilogias The Godfather, De Volta para o Futuro, Guerra nas Estrelas. O mesmo diretor, os mesmos atores, o mesmo produtor, Pandro S. Berman, os mesmos roteiristas, Frances Goodrich e Albert Hackett.

No primeiro filme, Stanley Banks-Spencer Tracy tinha tido a maior má vontade do mundo em entregar sua queridinha, a primogênita de seus três filhos, a um homem que a levaria embora de casa. Agora, também violentamente contra a sua vontade, ele vai ser avô.

Quando este segundo filme está começando, o protagonista diz uma frase maravilhosa, divertida, a rigor um tanto trágica, em relação ao genro, o tal de Buckley Dunstan:

– “Primeiro ele rouba a minha filha, e agora vai fazer de mim um avô!”

O Netinho do Papai/Father’s Little Dividend é uma gostosa comedinha, dirigida por um mestre da elegância e com um elenco excelente. E é também uma maravilhosa radiografia de como nos Estados Unidos da América daquele início dos anos 1950 as pessoas enxergavam o casamento, a gravidez – e o nascimento de um neto.

Todos ficam felizes com a gravidez – menos o pai da moça

O Netinho do Papai começa com o protagonista se dirigindo diretamente ao espectador, olhando diretamente para ele, quer dizer, para a câmara – o que é absolutamente comum para as audiências de hoje em dia, mas não era usual, de forma alguma, naquele início dos anos 1950. (Volto a falar deste detalhe mais adiante.)

Stanley Banks-Spencer Tracy está todo elegante, com um belo terno, certamente novo. Retira uma flor de um vaso, para colocá-la na lapela; fala alto, no sopé da escada que dá para o primeiro andar de sua casa, para apressar Ellie – como todas as mulheres, nas comedinhas, nos dramas e na vida real, ela está demorando um pouquinho para ficar pronta para sair.

Ele se senta naquela que é seguramente sua poltrona favorita, ao lado de uma mesinha com a foto de Kay-Liz Taylor, cheira a flor, a coloca na lapela e a usa como se fosse um microfone para se dirigir ao respeitável público.

– “Gostaria de falar umas poucas palavras sobre o que aconteceu comigo neste último ano. Vocês, mulheres, podem não simpatizar muito com o jeito dos homens, mas vocês se enganam. O homem é um ser muito sensível e delicado. Se você tratar bem dele, o bajular, cuidar dele, ele será ótimo! Mas se alguém o incomodar, bem… Vocês sabem como é o homem. Ele trabalha duro ao longo dos anos, tentando construir um lar, criar uma família, e então acontece um dia maravilhoso em que pela primeira vez na vida você sente que está com o domínio do jogo. As coisas estão bem no trabalho, os meninos estão criados, casados ou terminando a escola, ou as duas coisas, e você está na boa! Você pensa em todas as coisas boas que poderia ter feito se tivesse tido tempo. Pescar… Caçar… Você poderia até escalar o Everest. Você está no topo do mundo, uma espécie de Cristóvão Colombo. E esse é o momento exato em que eles escolhem para atingir você. Eu me lembro, foi apenas um ano atrás. Eu tinha pego meu trem de sempre. Era um dia tão bonito que não peguei o ônibus e fui andando até em casa. Era um daqueles primeiros dias de maio, quando tudo parecia renascer. Eu me sentia particularmente bem. Pensava como eu era um sujeito de sorte, tinha acabado de pagar minha casa, criado três filhos, e tinha uma bela mulher!”

Vemos Stanley-Spencer caminhando pela calçada, entrando em casa, dizendo oi para os dois filhos mais novos, Tommy e Ben, e berrando – “Ellie, cheguei!”

Ellie-Joan Bennett desce as escadas para encontrar o marido com uma cara ótima.

“Ellie estava radiante naquela tarde, parecia leve como o ar”, prossegue a voz de Stanley-Spencer, agora em off.

– “Stanley, você chegou tarde!”

– “O dia estava tão bonito que vim a pé” – e ele agarra a mulher e tasca-lhe um beijo.

Mas Ellie tinha um pouco de pressa: a filha e o genro haviam convidado os dois para jantar, e parecia que tinham alguma coisa de muito importante a dizer. Stanley brinca que provavelmente Buckley, o genro, tinha tido um aumento.

No caminho até a casa da filha, Stanley diz que a mulher está linda – e que, agora que eles estão bem, está tudo bem, podiam aproveitar e viajar. Como tinham feito logo que se casaram, antes de Kay nascer. – “Podíamos ir para a Europa. Havaí! Que tal? O luar na praia de Waikiki!”

Ellie diz que é preciso esperar para ver o que Kay tem para anunciar.

Estamos com 6 minutos dos 82 que dura o filme quando Kay-Liz Taylor abre a porta do apartamento para receber os pais.

– “Lá estava ela, minha Kay, a querida do meu coração”, diz a voz dele em off para o espectador. – “Eu mal podia acreditar que ela era uma mulher casada. Ela parecia uma garotinha, brincando comigo.”

Buckley aparece, todo sorrisos para os sogros, e Stanley prossegue seu relato para nós: – “Naquela noite, eu estava tão bem humorado que até olhei para meu genro com olhos amigáveis. Não digo que ele era meu ideal, mas estava me acostumando com ele.”

No apartamento já estavam os pais de Buckley, Herbert e Doris Dunstan – e veremos que aí há um problema a mais na cabeça de Stanley. Os Dunstan têm mais dinheiro do que ele. Tratam-se todos cordialmente, é claro – mas Stanley fica incomodado com o fato de o outro casal ser mais rico.

Anuncia-se a novidade: vem aí um bebê!

Herbert, Doris e Ellie cumprimentam Kay e Buckley com imensa alegria, entusiasmo – enquanto Stanley permanece sentado na poltrona em que estava, e sua voz relata para o espectador: – “Nunca vi tanta excitação. Kay ia dos braços de um para os de outro como se fosse um presente dos céus. Buckley ficou ali, tentando aparentar humildade, mas o que conseguia era parecer meio tonto. Tentei sorrir e participar daquilo, mas o que eu sentia era uma pegada.”

O pai do rapaz dá um tão nas costas do pai da moça, dizendo bem alto: – “A melhor notícia que ouço em vários anos. Que tal, vovô?”

A câmara faz um zoom em direção ao rosto de Stanley-Spencer, enquanto ele repete para nós a palavra: – “Grandpa!”

– “Vovô! Esse era o problema. Grandpa! Primeiro ele rouba a minha filha, e agora vai fazer de mim um avô!”

Diálogos afiados, espertos – e o grande Tracy…

Não chegamos ainda aos 9 minutos de filme. É que, como quase sempre, me entusiasmei e me alonguei no relato. É uma mania que tenho, relatar detalhadamente o início dos filmes. Mas é que acho isso importante: as primeiras sequências dão o tom, o clima, o jeitão da obra. E, diacho, esse início de Father’s Little Dividend é delicioso.

Um senhorzinho apaixonado pela filha única, que sofreu muito ao “perdê-la” para outro homem. E justamente no momento em que estava se acostumando à nova realidade, e imaginando aproveitar a maturidade e o fato de os filhos estarem crescidos e a casa paga para aproveitar mais a vida…

Com diálogos bem escritos, afiados, espertos… E o senhorzinho sendo interpretado por esse monstro que é Spencer Tracy…

Father’s Little Dividend. A explicação para o título original da continuação de Father of the Bride vem em um diálogo entre Stanley e Ellie, logo que chegam em casa depois de ter recebido a notícia de que vem aí um neto – para a mais profunda alegria da futura vovó e o maior aborrecimento do futuro vovô.

Ellie está exultante – acorda os dois filhos rapazes para dar a eles a notícia, diz ao marido que vai preparar uma festa, o que aqui chamamos de chá de bebê. Stanley está furioso, diz que o apartamento da filha é pequeno demais, não cabe uma criança, filho custa caro, eles não têm dinheiro, Buckley que não espere ajuda dele, porque já foi demais o que ele gastou com a festa de casamento – e por aí vai…

Ellie diz então que ter um neto é como receber dividendos.

– “Coisa que vem para você e você não precisa fazer nada. Você não tem responsabilidade, nenhuma preocupação. Tudo que você tem que fazer é amar.”

Como diria Marina, minha neta, Ellie pensa e fala como uma menina. Stanley, tadinho, é um menino. Ah, meninos…

Stanley e Ellie dormem em camas separadas!

Aqui vão algumas informações e curiosidades sobre Father’s Little Dividend, a maioria delas tirada da página de Trivia do IMDb.

* “Mais engraçado que Father of the Bride”, diziam os cartazes do filme. Era bem clara a intenção do marketing da MGM de associar o novo filme ao anterior, que tinha sido, como já foi dito, um imenso sucesso. Imenso: foi a quinta maior bilheteria de 1950, com US$ 4,054, segundo o livro Box Office Hits, de Susan Sackett. O campeão do ano foi Cinderella, a animação mais que clássica dos estúdios Disney.

Esta continuação também foi um sucesso. Rendeu US$ 2,025 milhões na época, o que equivaleria a US$ 19 milhões em 2017.

* Deixei para mencionar aqui que quem interpreta Tommy Banks, um dos três filhos do casal Stanley e Ellie, creio que o do meio, e aparece pouquíssimo na tela, é o jovem Russ Tamblyn, que, exatos dez anos depois, em 1961, faria o papel de Riff, o líder da gangue Jets de West Side Story.

O ator que faz Bem Banks, o outro irmão, é Tom Irish.

* Billie Burke, que interpreta Doris Dunstan, havia feito o papel de Glinda, a Fada Boa, no clássico O Mágico de Oz (1939). Por coincidência, ou não, o quarto do bebê que Kay espera é decorado com personagens daquele filme.

* Uma coincidência interessante: tanto Joan Bennett, que aqui interpreta a mãe, quanto Liz Taylor, que faz a filha, interpretaram o papel de Amy, a mais jovem das quatro irmãs personagens do clássico Little Women, de Louisa May Alcott. Joan Bennett trabalhou na versão de 1933, dirigida por George Cukor. Liz, na versão de 1949, dirigida por Mervyn LeRoy.

* Há várias sequências do filme passadas no quarto do casal Stanley & Ellie – e é impossível o espectador não reparar que eles dormem em camas separadas. Era uma das regras do Código Hays, o conjunto de regras de censura estabelecido no início dos anos 30 e que vigorou até o final dos anos 50, meados dos 60. Na cabeça calhorda dos “moralistas” defensores da família e dos bons costumes que criaram o código de censura seguido pelos estúdios de Hollywood, cama de casal – mesmo de casais casados direitinho, no padre e no juiz – poderia fazer com que as audiências pensassem em sexo, e os filmes não deveriam fazer isso.

Pelas mesmas razões caretas, toscas, idiotas, não se deveriam mostrar na tela mulheres grávidas, barrigudas. Não ficava bem. Lucille Ball rompeu com essa norma absurda do Código Hays em seu show I Love Lucy, e foi um grande escândalo – como mostra o belo filme Apresentando os Ricardos/Being the Ricardos (2021).

Embora Liz Taylor só apareça barriguda em uma única sequência (se é que prestei atenção direito), diz o IMDb: “Este é um raro exemplo de um filme de Hollywood feito enquanto o Código Hays ainda estava em vigor que abertamente mostra uma mulher grávida”.

Meu Deus… A gente reclama que o mundo vai mal, e ele vai mal mesmo, mas, diacho, já foi pior…

* O filme foi rodado em apenas 22 dias; Minnelli, como já mencionei, estava em plena pré-produção de Sinfonia em Paris, com os cenários sendo montados nos estúdios da MGM.

* O Netinho do Papai/ Father’s Little Dividend é uma das várias produções da MGM do início dos anos 1950 cujos direitos autorais originais nunca foram renovados. Por isso, o filme foi lançado em VHS e DVD por diversas empresas menores, em cópias de cópias sem qualidade – e também em versões colorizadas. No YouTube, há umas três cópias diferentes, inclusive uma dessas colorizadas, um horror. Se o eventual leitor quiser ver o filme, sugiro que procure a versão legendada e com a fotografia em preto-e-branco original.

* Em 1991, houve uma refilmagem da história, com Steve Martin e Diane Keaton nos papéis que haviam sido de Spencer Tracy e Joan Bennett, e Kimberley Williams-Paisley no de Liz Taylor. O título original foi idêntico ao do filme de 1950, Father of the Bride, mas no Brasil os exibidores substituíram a forma carinhosa demais pela mais formal. E, em 1995, a mesma equipe fez O Pai da Noiva 2/Father of the Bride Part II, em que a filha fica grávida – e a mulher do papai também!

Liz Taylor havia perdido um bebê na época das filmagens

Há, entre os itens da página de Trivia do IMDb sobre o filme, um que é bem barra pesada. Conta que, na época das filmagens, Liz Taylor sofria agressões do então marido, Conrad Hilton Jr. Em uma ocasião, o filho do milionário fundador da cadeia de hotéis – que então se provou um grande filho da puta – espancou a atriz e a derrubou no chão e chutou sua barriga. Liz estava grávida, e perdeu o bebê.

O casamento com Conrad Hilton Jr. – o primeiro dos seus oito de papel passado – durou apenas oito meses. Em dezembro de 1950 a atriz anunciou a separação e no mês seguinte conseguiu o divórcio, com base nas alegações de crueldade mental.

Não dá para imaginar como aquela moça que não tinha completado 20 anos de idade pôde aguentar o horror de interpretar uma grávida e uma mãe de um bebezinho.

Meu Deus do céu!

Um detalhe: esta comedinha leve foi filmada depois do drama pesadíssimo Um Lugar ao Sol, de George Stevens, baseado no romance Uma Tragédia Americana, de Theodore Dreiser, em que Liz Taylor contracena com Montgomery Clift – mas foi lançado antes. A Metro tinha pressa em lançar a continuação de O Papai da Noiva.

Minnelli rompeu um tabu antes do mestre Bergman

Tanto em O Pai da Noiva, de 1950, quanto neste O Netinho do Papai, de 1951, Spencer Tracy fala para a câmara. Olha para a câmara.

Isso era algo absolutamente proibido pela gramática do cinema.

Em 1953, em Monika e o Desejo/ Sommaren med Monika, Ingmar Bergman fez uma tomada do rosto de Harriet Andersson, a Monika do título, olhando para a câmara – e foi um Deus nos acuda.

Monika-Harriet Anderson está num bar, enquanto o marido trabalha fora da cidade. Está em um bar, maquiada, vestida para matar, com companhia de um homem que não é seu marido – e então a vemos em close-up. Está fumando. Ela vira os olhos para a câmara, e fixa os olhos na câmara – ou seja, olha nos olhos do espectador.

E demora a vir o corte.

Em um depoimento para o lançamento do filme em DVD, a Harriet Anderson octogenária fala dessa tomada emblemática: – “Era proibido olhar para a câmara. Quando filmamos essa cena, não havia som, por conta da música. “Então ele disse: ‘Vire o rosto e olhe para a câmara’.”

Ele, claro, é Ingmar Bergman.

– “Eu fiz o que ele pediu e olhei para a câmara, mas pensei: ‘Será que ele ficou maluco? Eu estou olhando para a câmara!’ Hoje em dia ninguém entenderia isso. Os atores jovens não achariam isso estranho, mas naquela época eu senti um calafrio.”

Incrível, sensacional: pouco antes de Ingmar Bergman subverter a gramática cinematográfica em vigor naquele início dos anos 1950, Vincente Minnelli e Spencer Tracy já haviam aberto o caminho!

Leonard Maltin deu ao filme 3 estrelas em 4: “Deliciosa sequência de Father of the Bride com o mesmo elenco. Agora Tracy vai ser avó e ele não gosta da perspectiva. Também disponível em versão colorizada-por-computador.”

Cuidado com a versão colorizada-por-computador!

No IMDb, o filme tem a nota de 7.1 em 10, média da opinião de 12 mil leitores.

No site agregador de opiniões Rotten Tomatoes, público e crítica se dividiram – e o público foi muito mais rígido do que a crítica. Enquanto a média da votação de mais de mil leitores do site foi de 61%, o Tomatometer, a média da avaliação dos críticos checados pelo site, foi de 100%.

Tem sentido. Seguramente há muitos jovens entre os leitores do Rotten Tomatoes, e é natural que os jovens não gostem muito de um filme em que os valores, o comportamento das pessoas, tudo seja muito estranho, difícil de compreender.

Entender a graça deste O Netinho do Papai exige que o espectador seja capaz de colocar o filme dentro do seu contexto – 1951, sete décadas atrás. Exigir que jovem saiba colocar filme dentro de seu contexto, infelizmente, é pedir demais.

Anotação em 12/2023

O Netinho do Papai/Father’s Little Dividend

De Vincente Minnelli, EUA, 1951

Com Spencer Tracy (Stanley Banks),

Joan Bennett (Ellie Banks),

Elizabeth Taylor (Kay Dunstan, a filha de Stanley e Ellie)

e Don Taylor (Buckley Dunstan, o marido de Kay), Billie Burke (Doris Dunstan, a mãe de Buckley), Moroni Olsen (Herbert Dunstan, o pai de Buckley), Richard Rober (o sargento da polícia), Marietta Canty (Delilah), Russ Tamblyn (Tommy Banks, filho de Stanley e Ellie), Tom Irish (Ben Banks, filho de Stanley e Ellie), Hayden Rorke (Dr. Andrew Nordell, o ginecologista moderno), Paul Harvey (reverendo Galsworthy), Frank Faylen (policial), Beverly Thompson (enfermeira), Dabbs Greer (motorista de táxi), James Menzies (Mike), Tommie Menzies (Red), Roteiro Frances Goodrich, Albert Hackett

Baseado nos personagens criados por Edward Streeter

Fotografia John Alton

Música Albert Sendrey

Montagem Ferris Webster

Direção de arte Cedric Gibbons, Leonid Vasian

Figurinos Helen Rose

Produção Pandro S. Berman, MGM.

P&B, 82 min (1h22)

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