Casamento Proibido / You and Me

Nota: ★★★☆

(Disponível no Dwan e Walsh Filmes no YouTube em 5/2023.)

Desconcertante. A palavra ficou pulando na minha cabeça assim que terminei de ver You and Me, no Brasil Casamento Proibido, o Fritz Lang de 1938.

Ainda desconcertado, zonzo, peguei o velho Cinemania ‘97 para tirar dele os nomes para a ficha técnica que vai abaixo dos meus comentários, e copiar o que dizem Leonard Maltin e Pauline Kael sobre o filme, para ler depois. Procuro sempre ler as outras opiniões depois de pelo menos começar o meu próprio texto – é uma mania bem antiga –, mas foi impossível não ler as primeiras palavras da avaliação de Maltin: “Genuinely odd”.

Genuinamente estranho, singular, peculiar, excêntrico, bizarro. Todos os sinônimos para “odd” que achei no Dicionário Exitus se aplicam perfeitamente a You and Me.

Foi o terceiro dos 17 filmes de Fritz Lang nos Estados Unidos, onde se exilou fugindo do nazismo, depois de ter sido um dos grandes nomes do expressionismo alemão, com obras-primas reconhecidos em todo o mundo – Dr. Mabuse, O Jogador (1922), Os Nibelungos (1923), Metropolis (1926), A Mulher na Lua (1928), M, o Vampiro de Dusseldorf (1931), O Testamento do dr. Mabuse (1932).

O terceiro filme do já incensado realizador em Hollywood, o terceiro com Sylvia Sidney, e o terceiro sobre tema denso, pesado. Fúria (1936) tratava de linchamento, justiça com as próprias mãos, a violência da turba, a multidão que vira gado. Vive-se Uma Só Vez/ You Only Live Once (1937) mostra um casal que foge da polícia – o homem está sendo acusado e caçado por um crime que não cometeu.

Ninguém em sã consciência é capaz de defender linchamento. E ninguém seria louco a ponto de defender a punição de inocentes.

Este Casamento Proibido/You and Me trata de outro tema denso, pesado – só que delicado, espinhoso, difícil, polêmico, que divide opiniões: a segunda chance para quem cometeu um crime, foi condenado e pagou por ele.

O caro espectador – o filme parece perguntar – teria plena confiança em um condenado, um ex-presidiário? Daria um emprego para ele?

Mas não é por tratar de um tema que divide a sociedade que Casamento Proibido é um filme odd, esquisito, desconcertante. Não, não, de jeito algum, não é por isso.

É porque ele aborda esse tema tão difícil de uma forma absolutamente inesperada. Às vezes parece uma comédia. Às vezes parece um musical – tem canções compostas especialmente para o filme por ninguém menos que Kurt Weill! Há diálogos ritmados, quase cantados, algo parecido com o que viria a ser, décadas depois, o rap. Uma hora lá surge o que pode perfeitamente ter sido o primeiro videoclipe da história. Há momentos em que que o filme é a mais pura avant-garde, uma coisa maluquérrima que não tem nada a ver com o cinema de Hollywood.

Desconcertante.

Na abertura, um clipe que parece anticapitalista

Não sou nada bom em fazer sinopse, essa coisa que exige o talento da síntese, dom que eu não tenho de jeito algum. Mas vou tentar.

O dono de uma grande loja de departamentos, um homem bom, altruísta, generoso, de grande coração, emprega, entre suas centenas de funcionários, algumas dezenas de ex-presos, vários em liberdade condicional. Dois funcionários da loja, Joe e Helen (os papéis de George Raft e Sylvia Sidney), estão apaixonados. Ela sabe que ele teve condenação – mas esconde que ela também teve, e está em condicional. Antigos companheiros de prisão de Joe insistem em que ele participe de um assalto à própria loja que emprega tantos ex-presidiários.

Hum… Razoável… Meio longo demais, talvez, mas razoável…

O roteiro foi escrito por uma mulher, algo nada comum na Hollywood de 1938. Virginia Van Upp (1902-1970) foi uma mulher poderosa; entre os 24 filmes que assinou como roteirista estão por exemplo Órfãos da Tempestade/Here Comes the Groom (1951), do grande Frank Capra, com Bing Crosby e Jane Wyman, e Modelos/Cover Girl (1944), de Charles Vidor, com Rita Hayworth e Gene Kelly. Foi também produtora do clássico Gilda (1946) e cinco outros filmes.

O roteiro foi escrito em cima de uma história criada por Norman Krasna (1909-1984), autor e roteirista que teve quatro indicações ao Oscar, uma delas pelo já citado Fúria (1937), a estréia de Fritz Lang em Hollywood. Krasna levou um Oscar pelo roteiro original de Sua Alteza Quer Casar (1944), comédia romântica com Olivia de Havilland que o próprio roteirista dirigiu.

You and Me abre com uma sequência que parece um musical – uma espécie de fábula para mostrar que, para ter um bem, um objeto, uma coisa, um trem (como diríamos nós, mineiros), é preciso pagar por ele.

Olha, se a gente isolar essa sequência de abertura e puser nas redes, seguramente haverá quem diga que é um hino anticapitalismo, antipropriedade privada.

Vemos o letreiro da fachada: “Morris – Department Store”. E uma voz em off fala ritmadamente, como se fossem versos, quase cantando: “Você não pode obter algo de graça. E só um tolo tentaria isso.”

Tomada geral de parte do interior da loja, coalhada de fregueses. “Tudo o que você vir, e que realmente queira, você pode ter – contando que você compre!” Close-up de uma caixa registradora. “Você gostaria de ter uma vida de luxo, vestindo pele de arminho, ou talvez uma pulseira, ou essa pedra de brilhantes.” Close-up de itens finos, jóias.

E agora a voz de fato canta, com timbre de tenor, numa melodia operística de Kurt Weill, orquestra ao fundo: “Lembre-se. Nada disso pode ser seu até que pague! Você não pode ter nada de graça!” Close de uma caixa registradora, a gaveta se abrindo, o vil metal, o money money money à vista, ocupando quase toda a tela.

Ah, meu, mas que abertura!

Chose de lóki. Odd. Desconcertante. Muuuuuuito doidão!

O condenado não sabe que a namorada é uma condenada

Uma senhora tenta roubar uma peça de roupa – essa coisa tão absolutamente comum. O IMDb identifica a atriz que faz essa rápida ponta – Margaret Randall – com o termo inglês para quem furta nas lojas, shoplifter.

Uma funcionária jovem, bela, atenta – Helen Roberts, a heroína da história, o papel de Sylvia Sidney – aproxima-se da shoplifter. Fala com ela em voz baixa, discretamente, para que ninguém por perto perceba, mas com firmeza. E manda que ela devolva a peça que estava tentando furtar.

A câmara depois mostra George Raft, o ator que mais interpretou gângsteres na história do cinema mundial. Aqui ele é Joe Dennis, vendedor da seção de artigos esportivos.

Numa sequência esplêndida, bem sacada, veremos os dois protagonistas da história em escadas rolantes próximas, paralelas, um descendo, o outro subindo. Ela coloca a mão na lateral, para que ele a acaricie por um brevíssimo instante.

Que beleza de detalhe, que bela sacada! Nos minutos iniciais de You and Me, enquanto apresenta para o espectador a loja de departamentos Morris, Fritz Lang, com uma tomada que mostra um pequenino detalhe, informa que Helen e Joe são namorados.

Não é mencionado, em momento algum do filme, que crime Helen cometeu. Joe – o espectador fica sabendo – foi preso e condenado por assalto a mão armada.

É importantíssimo na trama o fato de Joe não saber que Helen também é ex-presidiária. Ela faz um grande esforço para que ele não saiba. Em uma sequência em que ela esconde num armário seus papéis da liberdade condicional, é mostrado um documento que diz que os condenados em liberdade condicional são proibidos de casar.

Apesar da proibição, no entanto, os dois se casam, quando o filme ainda está na sua primeira meia hora. É a única forma de fazer a dona da pensão em que Helen mora, a sra. Levine (Vera Gordon), aceitar que ele leve um homem para viver com ela em seu quarto.

É uma maravilha de personagem essa sra. Levine, uma judia que parece muito rigorosa, mas é na verdade uma pessoa bem-humorada, de coração grande, que adora Helen. A atriz Vera Gordon está ótima, e torna a personagem engraçada, que produz boas piadas.

Um empresário de coração imenso

Ainda na sequência inicial de apresentação da loja e dos personagens, há dois toques cômicos. Um funcionário da seção de brinquedos, falando baixinho, ameaça uma garotinha de uns cinco anos para que ela diga para a avó que adorou um brinquedo que na verdade ela havia odiado.

E, numa outra seção, um funcionário que depois veremos que se chama Patsy (George E. Stone) tenta vender um aparelhinho para uma senhora toda empertigada. Explica que ele tem várias utilidades: – “É uma chave de fenda, abridor de garrafa, fatiador de queijo, quebrador de gelo, faca de cozinha…”

Diz a senhora empertigada – que, logo em seguida veremos, é Mrs. Morris (Cecil Cunningham, na foto abaixo), a mulher do dono da loja, se passando por uma cliente para examinar o trabalho dos funcionários: – “Mas isso não abre latas”.

Patsy: – “Abre, sim. Observe…” E faz uma série de rápidos movimentos com as mãos.

Mrs. Morris: – “Você mexe de um jeito que mais parece que você está abrindo um cofre, e não uma lata.”

Patsy dá um sorrisinho amarelo e deixa escapar: – “Não é gozado como a gente não perde o hábito?”

You and Me começa com uma voz de cantor de ópera cantando que tudo no capitalismo só funciona com dinheiro e depois com piadas sobre ex-presidiários que ganharam uma segunda chance.

Logo em seguida vemos um diálogo entre o senhor e a senhora Morris – e aí há alguma graça, mas a coisa é séria. Não custa repetir: Jerome Morris (o papel de Harry Carey, na foto abaixo), o rico emprésario, é um homem de bem, um altruísta, um caráter nobre: – “Muita gente acha que se dá uns poucos dólares para caixas comunitárias e agências de ajuda aos necessitados já fez seu dever e pronto. Mas é preciso fazer muito mais do que isso.”

Jerome Morris parece um personagem de coração imenso, caráter impecável e absoluta consciência de seus deveres para com a sociedade de um dos filmes de Frank Capra, o mais humanista dos diretores do cinema americano.

Há uma antecipação do rap e do videoclipe

O filme foi um grande fracasso nas bilheterias. “Foi meu primeiro fracasso”, diria depois o grande cineasta.

Eis o verbete sobre o filme nos guias de Leonard Maltin, com a cotação 2.5 estrelas 4: “Genuinamente estranho mas simpático filme sobre um ex-presidiário que se apaixona por Sidney e se casa com ela, sem saber que ela também esteve presa. Uma mistura não usual de gangsterismo, sentimento, comédia à la Damon Runyon e música (de Kurt Weill) – com até mesmo alguns diálogos ritmados! História de Norman Krasna, roteiro de Virginia Van Upp.”

Vivendo, aprendendo e depois esquecendo: Damon Runyon (1880-1946) foi jornalista e escritor de novelas e contos cujos personagens eram gente pobre e/ou marginal da grande cidade, malandros, amantes, contrabandistas. Os diálogos que criava usavam muita gíria dos malandros de Nova York, e aquele estilo de linguagem foi chamado pelos críticos de runyonês e runyonesco. Ele foi o autor dos contos que deram origem ao musical da Broadway Guys and Dolls, que virou o filme de Joseph L. Mankiewicz com Frank Sinatra, Marlon Brando e Jean Simmons, no Brasil Eles e Elas.

Então tá. Uma comédia runyonesca. Mas o fato é que Maltin foi ao ponto certo: é um filme “genuinamente estranho”.

E tem diálogos ritmados! Ninguém sabe disso, mas Fritz Lang e Kurt Weill foram os precursores do rap!

Aproveito para registrar: quando o filme vai ali pelos 16 minutos, Helen e Joe estão em um nightclub, e uma louraça entra no palco, faz um pequeno discurso introdutório e manda brasa em uma torch song, o equivalente ao que chamamos de canção dor de cotovelo! A louraça se chama Carol Paige (na foto abaixo), e, segundo o IMDb, esta aqui foi sua única aparição no cinema. A canção, de Kurt Weill com letra de Sam Coslow, se chama “The Right Guy for Me”, e enquanto Carol Paige canta, vemos cenas de um navio em alto-mar à noite, e um marinheiro entrando em um bar – um videoclipe!

A dupla Lang-Weill antecipou o rap e o videoclipe, meu! É mole?

“Drama d social ou comédia sobre um dilema romântico?”

Dame Pauline Kael não gostou nada do filme. Um trecho de sua crítica: “Começa com créditos atraentes em Art Deco, e os ambientes e a fotografia estilizada sugerem alta comédia, mas assim que a ação começa (em uma loja de departamentos em que são empregadas pessoas em liberdade condicional), você pode sentir o cheiro de desastre. Sylvia Sidney é a ex-presidiária excessivamente doce e recatada que se casa com outro ex-presidiário (George Raft), embora isso viole a condicional. Este filme assustadoramente recatado foi o resultado da interferência do estúdio com um grande diretor, Fritz Lang, que se enfiou em algo que era provavelmente um projeto sem esperança, mesmo que não tivesse havido interferência alguma. Bertold Brecht tinha grande influência sobre Lang na época, e, em vários episódios, Lang, com a ajuda do compositor Kurt Weill, tentou escapar do roteiro prosaico (de Virginia Van Upp, de uma história de Norman Krasna) com números musicais na veia pedagógica de Brecht. Mais tarde Lang explicou que não conseguiu elaborar suas idéias com Weill e que, com Boris Morros na direção musical, ele não conseguiu o que esperava. O filme acaba sendo um conto de fadas comédia com gângsteres, um fiasco em cada departamento. Parece que Lang está tentando ser Lubitsch, mas sem o necessário toque de leveza.”

Bem. Opinião é assim, cada um tem a sua.

O livro The Paramount Story comete o errinho de dizer que o realizador é alemão; embora tenha feito carreira no cinema alemão, Lang nasceu em Viena, então – 1890 – Império Áustro-Húngaro, Mas o verbete do livro sobre o filme é interessante:

“O terceiro filme de Fritz Lang na América foi extraordinário. O grande diretor alemão parecia estar incerto sobre se You and Me deveria ser um drama de significação social ou uma comédia sobre um dilema romântico, e os críticos ficaram da mesma forma confusos, fazendo sobre ele críticas completamente diferentes. O público, notando que ele era estrelado por Sylvia Sidney e George Raft, decidiu que era uma triste história sobre trapaceiros apaixonados, e a maioria resolveu ir ver alguma outra coisa. A história de Norman Krasna, com roteiro de Virginia Van Upp, se passava em uma loja de departamentos em que a maioria dos funcionários era formada, graças a seu proprietário benevolente, por ex-presidiários e em liberdade condicional. (Há um erro aí: não era a maioria; Morris diz para a mulher que é uma proporção pequena de ex-presidiários no meio de centenas e centenas de funcionários.) Dois deles se apaixonam, e é um problema, porque as regras não permitiam que eles se casassem. Os astros estavam contidos e emocionantes, mas sequências engraçadas com Robert Cummings, Roscoe Karns, Barton MacLane, Harry Carey, George E. Stone e Joyce Compton desviavam o clima para a comédia. Havia até algumas canções de Kurt Weill para ofuscar ainda mais as intenções de Lang.”

Huummm… Será que as intenções de Lang foram ofuscadas? Não creio. Imagino que a intenção do realizador tenha sido fazer uma forte, enérgica defesa da segunda chance, essa coisa que boa parte da sociedade se recusa a dar a quem cometeu um crime, foi preso e pagou por ele. E isso está lá, sim – no meio de um filme que de fato, como já disse e repeti, mistura um bando de atmosferas, de climas.

Um sério estudioso da obra do cineasta, Mike Grost, que tem o site The Films of Fritz Lang, começa assim sua longa avaliação do filme:

You and Me (1938) é um filme muito melhor do que sua reputação poderia indicar. Embora não seja uma das obras-primas de Fritz Lang, ele é absolutamente agradável do começo ao fim. As várias pessoas são bem caracterizadas, e o espectador fica emocionalmente envolvido com seus destinos.

You and Me é uma comédia, não um thriller com sobretons trágicos, diferentemente de tantos filmes de Lang. Apesar disso, é na verdade um trabalho pessoal que ecoa muitos dos temas de Lang. A loja de departamentos lembra uma das muitas operações de negócios dos filmes de Lang. O fato de que ele está secretamente cheio de trapaceiros (pela razão mais honrada possível) comicamente ecoa as empresas que são fachadas para organizações criminosas em outros filmes de Lang, como o banco/ninho de espiões de Spies (Os Espiões, 1928).”

Mike Grost chama a atenção para um detalhe muito interessante:

“Fritz Lang inclui personagens judeus simpáticos no filme, a dona do lugar em que a heroína mora e o marido dela. Isso é claramente uma tentativa de ir contra a propaganda nazista daquela época. Andrew Sarris notou recentemente como foram poucos os filmes americanos daqueles anos a ter a coragem de ser pró-judeus. Os preconceitos antisssemitas eram muito fortes, e infelizmente eles eram tolerados por boa parte de Hollywood. Há importantes exceções em filmes pró-judeus e antinazistas, como The Great Dictator de Charlie Chaplin (1940) e Mr. Skeffington (1944), de Vincent Sherman (no Brasil, Vaidosa).”

É isso aí. You and Me é estranho, esquisito, odd, desconcertante, mas é bom. É muito bom. Fritz Lang é grande demais.

Anotação em maio de 2023

Casamento Proibido/You and Me

De Fritz Lang, EUA, 1938

Com Sylvia Sidney (Helen Roberts),

George Raft (Joe Dennis),

e Harry Carey (Mr. Morris, o dono da loja de departamentos), Vera Gordon (Mrs. Levine, a dona da pensão), Egon Brecher (Mr. Levine, o dono da pensão), Barton MacLane (Mickey, ex-presidiário), Warren Hymer (Gimpy, ex-presidiário), Roscoe Karns (Cuffy, ex-presidiário), Robert Cummings (Jim, ex-presidiário), George E. Stone (Patsy, ex-presidiário), Adrian Morris (Knucks, ex-presidiário), Roger Gray (Bathhouse, ex-presidiário), Cecil Cunningham (Mrs. Morris), Willard Robertson (Dayton, o oficial da liberdade condicional), Joyce Compton (a loura de cabelo encaracolado), Carol Paige (a cantora dor-de-cotovelo), Harlan Briggs (McTavish), Sheila Darcy (a funcionária dos perfumes), Margaret Randall (a cliente que tenta roubar)

Roteiro Virginia Van Upp

Baseado em história de Norman Krasna

Fotografia Charles Lang

Música Kurt Weill

Montagem Paul Weatherwax

Direção de arte Hans Dreier, Ernst Fegte

Produção Fritz Lang, Columbia Pictures.

P&B, 90 min (1h30)

***

Títuilo na França: “Casier Judiciaire”. Portugal: “Sozinho na Vida”.

 

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