Um Ato de Esperança / The Children Act

3.5 out of 5.0 stars

(Disponível no Now em agosto de 2021)

Quando The Children Act, no Brasil Um Ato de Esperança, chega aos cinco dos seus 95 minutos de duração, Fiona Maye (o papel da maravilhosa Emma Thompson) já tomou uma das decisões mais difíceis de sua longa e respeitável carreira como juíza do Tribunal Superior da Inglaterra, a High Court de Londres.

O caso já foi apresentado ao espectador – que também teve tempo de perceber que, para se dedicar à questão, para preparar sua sentença, a juíza Fiona havia deixado em segundo plano o próprio marido, Jack (o papel de Stanley Tucci).

É uma questão de vida ou morte. Literalmente. Mas é ainda mais importante que isso. Com a decisão da juíza, a Inglaterra – que acompanha com interesse o caso, presente nas primeiras páginas dos jornais, no noticiário da TV – saberá se prevaleceu a vontade de Deus, ou se o Estado, a Justiça, as instituições criadas pelo homem ganharam o direito de interferir na vontade do Senhor.

Bem, pelo menos essa é a visão de boa parte da opinião pública – a parte da população que crê fielmente na religião e entende que os desígnios de Deus, por mais impenetráveis que sejam, devem ser respeitados, e não cabe ao homem mexer com eles.

Quando Jack chegou perto da mulher perguntando se ela não iria para a cama, Fiona havia respondido que estava no caso dos gêmeos siameses. – “O arcebispo de Canterbury está em cima de mim”, ela diz. O arcebispo de Canterbury é o líder espiritual da Igreja Anglicana, o papa dos ingleses.

A juíza Fiona Maye, criada por Ian McEwan, no romance The Children Act, no Brasil A Balada de Adam Henry, de 2014, tem o peso do mundo em suas costas, no exato momento em que seu casamento, que ela considerava sólido como Gilbratar, parece desmoronar feito castelo de cartas.

Interpretada por essa atriz estupenda, esplêndida, magnífica que é Emma Thompson, em produção que tem a grife da BBC Films e é dirigida pelo experiente, seguro Richard Eyre, sobre roteiro do próprio Ian McEwan, Fiona Maye é uma das personagens mais fascinantes, mais fantasticamente bem construídas que já vimos numa tela.

Quando o filme chega aos cinco minutos, ela já anunciou sua decisão sobre o caso dos irmãos siameses que era manchete dos jornais e atraía as atenções da Inglaterra, a começar pelo arcebispo de Canterbury.

Mas logo vai surgir um outro caso tão espinhoso quanto esse – ou até mais.

O caso do rapaz Adam Henry também será manchete dos jornais, também dividirá as opiniões, também mexerá com os papéis que cabem a Deus e à Justiça dos homens no ordenamento de uma sociedade civilizada. Mas nele a juíza vai se envolver diretamente. Vai se envolver emocionalmente – esse tipo de envolvimento no qual os ingleses, em especial, não se sentem à vontade – e os juízes devem evitar como o Diabo evita a cruz.

O Direito trata de leis, não de religião

Diante do tribunal, um grupo de fanáticos grita que “Deus deve decidir”. Lá dentro, a juíza Fiona Maye se dirige às pessoas reunidas no tribunal. Explica os fatos básicos: o coração do bebê Michael está normal, e por ora sustenta a ele e a seu irmão siamês Luke.

– “Se os gêmeos permanecerem juntos, os dois vão morrer”, vai dizendo a juíza, de forma pausada, quase didática. “Se o hospital tiver autorização para separá-los, Luke morrerá instantaneamente, e Michael poderá se desenvolver como uma criança normal e saudável.”

A juíza faz pequenas pausas, e observa as pessoas no seu tribunal. A câmara mostra os pais dos gêmeos, os advogados dos dois lados – do hospital e dos pais.

– “A lógica do mal menor é clara: uma criança florescendo é melhor do que duas crianças mortas. Mas, se os médicos invadirem o corpo de Luke e cortarem sua aorta, levando à sua morte, por que isso não seria assassinato? Os pais dos garotos se recusam a permitir tal ato de premeditada morte. Deus lhes deu a vida – eles argumentaram nesta Corte –, e somente Deus deve tirá-la. Tem sido muito difícil, sob a pressão do tempo exíguo e do interesse público, chegar a um princípio legal estabelecido.”

E então a juíza Fiona Maye dá o seu veredito:

– “Mas é necessário lembrar o óbvio: esta é uma Corte de leis, não de moral”.

Menos de cinco minutos. Em menos de cinco minutos, o filme do diretor Richard Eyre baseado no romance de Ian McEwan, com roteiro do próprio, coloca diante do espectador algumas das questões fundamentais da vida, além de apresentar uma personagem fascinante, extraordinária, que vai envolvê-lo ao longo da hora e meia seguintes.

Em All That Jazz, quando os atores terminam a primeira leitura em conjunto e em voz alta da nova peça musical do coreógrafo, diretor e autor Joe Gideon, a ex-mulher dele e uma das atrizes da trupe, Audrey Paris, não consegue conter a interjeição: – “Son-of-a-bitch!”, ela diz, entre dentes, olhando pasma para a cara do ex-marido. Não é um xingamento, de forma alguma. Mas uma interjeição de espanto, admiração (como é possível alguém fazer uma coisa dessas?), um pouco de inveja (por que não fui eu que fiz?).

Filho-da-puta esse Ian McEwan!

Uma decisão nada ortodoxa de uma juíza séria

Ao se dedicar inteiramente ao trabalho, Fiona Maye vinha sendo negligente com a relação com o marido. Um fenômeno bastante comum depois de anos de casamento, quando um deles acha que está tudo bem, está tudo sólido, tranquilo – e, confiando nisso, relaxa, deixa de prestar atenção, deixa de cuidar da relação. E leva um tremendo susto quando o outro anuncia o seu descontentamento.

Jack anuncia o seu descontentamento na exata hora em que Fiona está absorvida pelo caso dos gêmeos siameses. E anuncia que vai partir para um caso com a aluna jovem e linda que o vem tentando exatamente no momento em que cai sobre a mesa de Fiona o tal outro caso complicado, sensível, que igualmente chama a atenção da opinião pública.

É o caso de um jovem de 17 anos que tem leucemia, precisa de uma transfusão de sangue urgente, ou então vai morrer – mas os pais, testemunhas de Jeová, se recusam a permitir que os médicos façam a transfusão.

O próprio rapaz – argumenta a advogada dos pais – garante que não admite a possibilidade da transfusão. Porque Deus não permite.

De novo a questão de que, segundo alguns crentes, Deus não permite tal e tal coisa.

Deus não permite transfusão de sangue, entendem os testemunhas de Jeová – e então o rapaz vai morrer.

Chama-se Adam Henry – daí o título das edições brasileira e portuguesa do livro de Ian McEwan, A Balada de Adam Henry. Faltam apenas umas poucas semanas para que ele complete 18 anos, e portanto seja juridicamente maior de idade, e capaz de decidir o que for, inclusive não permitir uma transfusão de sangue.

Mas com 17 anos e vários meses ele ainda é menor de idade. E está, portanto, sujeito a um conjunto de leis aprovado em 1989 pelo Parlamento do Reino Unido, conhecido como The Children Act – daí o título original do livro e do filme. The Children Act é algo basicamente similar ao nosso Estatuto da Criança e do Adolescente – normas que protegem o bem-estar de menores de idade, e determinam quais são os deveres das autoridades, das cortes de Justiça e dos pais para garantir o bem estar de crianças e adolescentes.

As normas do Children Act garantem que, em algumas circunstâncias, se os pais dos menores não garantirem o bem-estar das crianças, a Justiça pode intervir.

Séria, competente, rigorosa, com uma visão lúcida da vida, do mundo, a juíza Fiona Maye, ela mesma uma mulher que preferiu não ter filhos, talvez à la Machado de Assis (“Não transmiti a nenhuma criatura o legado da nossa miséria”), toma uma decisão absolutamente não ortodoxa, surpreendente, inesperada.

Quer conhecer pessoalmente o rapaz em questão. Quer ouvi-lo.

A questão não é a sentença – mas o que virá depois

Adam Henry fica absolutamente feliz, excitadíssimo com a visita da juíza. E a juíza demonstra ter ficado encantada com o rapaz, que é inteligente, vivo, alegre, cheio de energia e. como se não bastasse, tem uma bela figura. (É o papel de Fionn Whitehead, que interpretou o soldado Tommy no extraordinário Dunkirk, de 2017, de Christopher Nolan.)

Ao lado da cama dele há um violão – e, antes de sair do quarto do hospital e voltar para o seu tribunal e anunciar seu veredito, a juíza pede que ele toque algo.

Adam Henry começa a tocar uma melodia linda, suave, harmoniosa – algo do folk das Ilhas Britânicas.

Para absoluta surpresa das pessoas presentes ali naquele quarto de hospital, do próprio rapaz e também, é claro, dos espectadores, a juíza começa a cantar a canção.

Adam diz que sequer sabia que a música tinha letra. Fiona explica que é um poema de Yeats – o irlandês William Butler Yeats, um dos mais celebrados poetas de língua inglesa.

(O poema se chama “Down by the Salley Gardens; a melodia foi composta depois, por Benjamin Britten. O que é muito impressionante é que a voz é mesmo de Emma Thompson – ela não foi dublada por uma cantora profissional. E quem toca o violão é mesmo o jovem ator Fionn Whitehead.)

Usei, no início deste texto, um conceito importante, e então repito aqui, depois de relatar o encontro da juíza com o rapaz cheio de vida e arte que se recusa a receber uma transfusão de sangue e portanto está se condenando à morte imediata.

Os ingleses, em especial, não se sentem à vontade quando se envolvem emocionalmente com alguma coisa. E envolvimento emocional com uma parte de um processo legal é algo que os juízes devem evitar como o Diabo evita a cruz.

Não que a juíza Fiona Maye erre na sua sentença sobre Adam Henry, por ter ido conhecê-lo e por ter se mostrado encantada com ele. Não é isso. A sentença que ela profere – quando o filme está ali pela metade dos seus 95 minutos – é absolutamente correta, e defensável pela lógica e pelas leis.

A questão é o que virá depois.

Dez obras do autor viraram filmes

Ian Russsell McEwan, nascido em Aldershot, Hampshire, em 1948 (da minha geração, portanto), tem o absoluto respeito da crítica e já recebeu diversos, diversos dos mais importantes prêmios literários da Grã-Bretanha. Entre 1975, o ano de sua estréia, com a coletânea de contos Primeiro Amor, Últimos Ritos/First Love, Last Rites, até 2019, o ano de Máquinas Como Eu e Gente como Você/Machines Like Me and People Like You, foram 23 livros. A cada livro, uma surpresa, um deslumbramento, um encanto.

Seus livros já deram origem a dez filmes.

Tenho lido muito pouco, muitíssimo menos do que deveria; mas Ian McEwan me encanta sempre. Li (assim como Mary, tão apaixonada pelo autor quanto eu) todos os lançados entre 1998 e 2016 – Amsterdam / Amsterdam, Reparação / Atonement, Sábado / Saturday, Na Praia / On Chesil Beach, Solar / Solar, Serena / Sweet Tooth, A Balada de Adam Henry / The Children Act, Enclausurado / Nutshell. Gostaria de ler os outros. Para mim, ele é um dos maiores escritores de todos os tempos.

Bem. Depois desse parágrafo aí que é pessoal e a rigor absolutamente dispensável, aqui vai algo objetivo e importante: um quadro com as obras de McEwan e os filmes baseados nelas:

Ano copyright /

Ano Brasil

Os livros Filmes
1975 Primeiro Amor, Últimos Ritos / First Love, Last Rites First Love, Last Rites. 1997, de Jesse Peretz, com Natasha Gregson Wagner
1978 Entre os Lençóis / In Betweeen The Sheets
1978 O Jardim de Cimento / The Cement Garden) The Cement Garden, 1993, de Andrew Birkin, com Charlotte Gainsbourg
1981 Ao Deus-Dará / The Comfort of Strangers
1981 The Imitation Game
1983 Or Shall We Die?
1985 Rose Blanche
1985 The Ploughsman’s Lunch The Ploughsman’s Lunch, 1983, de Richard Eyre, com Jonathan Pryce
1987 / 2018 A Criança no Tempo / The Child in Time The Child in Time, 2017, de Julian Farino, com Benedict Cumberbatch, Kelly Macdonald
1988 Soursweet Soursweet, 1988, de Mike Newell, com Sylvia Chang
1989 / 1992 e 2009 O Inocente / The Innocent O Inocente / The Innocent, 1993, de John Schlesinger, com Anthony Hopkins, Isabella Rossellini
1992 Cães Negros / Black Dogs
1994 O Sonhador / The Daydreamer
1997 Amor Sem Fim / Enduring Love Amor Obsessivo / Enduring Love, 2004, de Roger Mitchell, com Daniel Craig, Samantha Morton
1998 / 1998 e 2012 Amsterdam / Amsterdam
2001 / 2006 Reparação / Atonement Desejo e Reparação /Atonement, 2007, de Joe Wright, com James McAvoy, Keira Knightley, Saoirse Ronan
2005 / 2006 Sábado / Saturday
2007 / 2007 Na Praia / On Chesil Beach On Chesil Beach, 2017, de Dominic Cooke, com Saoirse Ronan, Billy Howle
2010 / 2010 Solar / Solar
2012 / 2012 Serena / Sweet Tooth
2014 / 2014 A Balada de Adam Henry / The Children Act Um Ato de Esperança / The Children Act, 2017, de Richard Eyre
2016 / 2016 Enclausurado / Nutshell
2019 / 2019 Máquinas Como Eu e Gente como Você/Machines Like Me and People Like You

O trecho do livro em que a juíza canta com o rapaz

O roteirista Ian McEwan mexeu em um detalhe do livro, naquele momento do encontro entre a juíza Fiona Maye e o rapaz Adam Henry no hospital. No livro, o instrumento que Adam está aprendendo a tocar, e que está ali no quarto, à vista de todos, e chama a atenção de Fiona, é um violino – e não um violão.

Fiona é uma mulher que teve bela educação; toca piano muito bem, e costuma fazer um dueto com um amigo, Mark Berner, um advogado – ela cantando e ela ao piano.

É assim que o escritor Ian McEwan descreve aquele momento em seu livro, na tradução de Jorio Dauster para a edição brasileira da Companhia das Letras:

“Estou estudando há um mês e sei tocar dez músicas. (…) Mas esta é a mais difícil até agora. Dois sustenidos. Ré menor.”

Fiona estava vendo a partitura de cabeça para baixo. Ela disse: “Talvez na verdade seja si menor”.

Ele não a ouviu. Já se sentava, com o violino alojado sob o queixo e, sem parar para afinar as cordas, começou a tocar. Ela conhecia bem aquela bela e triste melodia, uma canção tradicional da Irlanda. Junto com Mark Berner, tinha executado o acompanhamento musical composto por Benjamin Britten para o poema de Yeats “Down by the Salley Gardens”. Era uma das peças que tocavam como bis. Adam naturalmente a executou com rangidos e sem vibratos, mas as notas estavam corretas com uma ou duas exceções. A melodia melancólica e o modo como foi interpretada, tão esperançoso e tão puro, expressavam tudo o que ela começava a entender sobre o rapaz. Fiona sabia de cor as palavras de desgosto do poeta. Mas eu era jovem e tolo… Ouvir Adam a emocionou, além de surpreendê-la. Querer tocar violino ou qualquer instrumento era uma demonstração de esperança, implicava um futuro.

Quando terminou, ela e Marina aplaudiram e, da cama, Adam fez uma reverência desajeitada. (Marina era a assistente social que vinha acompanhando o caso.)

“Estupendo!”

“Fantástico!”

“E só em um mês!”

Fiona, para conter sua emoção, acrescentou um comentário técnico. “Lembre sempre que, nesse tom, o dó é sustenido.”

“Ah, sim. São tantas coisas para pensar ao mesmo tempo.”

Ela então fez uma proposta muito distante de qualquer coisa que esperava de si própria, correndo o risco de solapar sua autoridade. A situação e o próprio quarto, isolado do mundo em seu perpétuo lusco-fusco, podem ter estimulado uma tendência à imoderação, mas antes de tudo foi o desempenho de Adam, sua expressão de afinco ardoroso, os sons rangentes nascidos da falta de maestria, tão expressivos de seu entusiasmo sem malícia, que mexeram profundamente com ela e provocaram a sugestão impulsiva.

“Então toque de novo que eu vou acompanhar cantando.”

Marina se levantou, franzindo a testa, talvez se perguntando se deveria intervir.

Adam disse: “Não sabia que tinha uma letra”.

“Ah, sim, dois versos lindos.”

(Jorio Dauster cometeu um pequeno equívoco: a palavra “verse” do original aqui significa estrofe. O que Fiona diz é que são duas estrofes lindas.)

Com comovente solenidade, ele levou o violino ao queixo e olhou para Fiona. Quando começou a tocar, ela ficou satisfeita de atingir as notas altas com facilidade. Sempre tivera um orgulho secreto de sua voz, sem muitas oportunidades de usá-la fora do coral da Gray’s Inn, quando ainda participava dele. Desta vez o violonista se lembrou do dó sustenido. No primeiro verso estavam testando os limites, quase se desculpando, mas no segundo seus olhares se encontraram e, esquecendo de todo Marina, que agora estava perto da porta e parecia pasma, Fiona cantou mais alto, enquanto o uso canhestro do arco por Adam se revelou mais ousado, ambos crescendo no espírito plangente daquela visão do passado.

Num campo junto ao rio, meu amor pousou de leve

A mão branca como a neve

No meu ombro inclinado, me dizendo

Que levasse a vida com leveza,

Como o capim cresce na margem da represa;

Mas eu era jovem e tolo, e hoje só me resta chorar.

Anotação em agosto de 2021

Um Ato de Esperança/The Children Act

De Richard Eyre, Inglaterra-EUA, 2017

Com Emma Thompson (juíza Fiona Maye)

e Stanley Tucci (Jack Maye, o marido), Fionn Whitehead (Adam Henry), Ben Chaplin   (Kevin Henry, o pai de Adam), Jason Watkins (Nigel Pauling, o assistente de Fiona), Anthony Calf (Mark Berner, o advogado amigo de Fiona), Nikki Amuka-Bird (Amadia Kalu QC, a advogado dos Henry), Anjana Vasan (Kate), Rupert Vansittart (Sherwood Runcie), Rosie Cavaliero (Marina Green), Nicholas Jones (professor Rodney Carter), Andrew Havill (George), Chris Wilson (advogado), Paul Jesson (Humphrey), Eileen Walsh (Naomi Henry, a mãe de Adam)

Roteiro Ian McEwan, baseado em seu romance “The Children Act”, no Brasil “A Balada de Adam Henry”

Fotografia Andrew Dunn

Música Stephen Warbeck

Montagem Dan Farrell

Casting Nina GOld

Direção de arte Peter Francis

Figurinos Fotini Dimou

Produção Duncan Kenworthy, Toledo Productions, BBC Films, FilmNation Entertainment.

Cor, 95 min (1h45)

***1/2

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