(Disponível na Netflix em 11/2022.)
A rainha Elizabeth II chamou 1992 de “Annus Horribilis”, ano horrível em Latim. Mas a verdade é que os anos 1990 foram todos horríveis para ela e a família real britânica, como bem mostra a Quinta Temporada de The Crown, essa série estupenda que, creio, todos os criadores de série gostariam de ter feito. A série que todas as séries gostariam de ser quando crescessem.
Não foi apenas um ano – foi um Decennium horribilium.
A Quinta Temporada engloba fatos ocorridos entre 1990, quando a rainha recebeu pela primeira vez para a audiência semanal o novo primeiro-ministro do Partido Conservador, John Major, que substituiu Margaret Thatcher, até 1997, o ano em que terminou a posse britânica de Hong Kong, e a região foi devolvida à China, em solenidade a que estiveram presentes o príncipe Charles e o primeiro-ministro que sucedeu John Major, o jovem trabalhista Tony Blair.
Entre 1990, o ano do primeiro episódio da Quinta Temporada, e 1997, mostrado no décimo e último, meu Deus do céu e também da terra, quanto drama ocorreu na vida da rainha e da família real!
The Crown mostra os principais entre esses eventos todos – e seus impactos sobre a família real – com a elegância, a qualidade impecável, as atuações brilhantes, os diálogos fascinantes com que os realizadores já haviam nos brindado nos 40 episódios (sempre em torno de 50 minutos cada) das quatro temporadas anteriores.
Nesta Quinta Temporada, acontece a segunda troca de atores que interpretam os personagens centrais – a rainha Elizabeth, seu marido, príncipe Philip, duque de Edinburgh, os filhos do casal, em especial os dois mais velhos, Charles e Anne, a irmã da rainha, princesa Margaret, a mulher de Charles, princesa Diana, e a amante, Camilla Parker Bowles.
Para acompanhar os personagens centrais no passar dos anos, já havia tido uma troca dos atores no início da Terceira Temporada. Agora há uma nova mudança do elenco central. E é fantástico, parece mágica: o espectador pode até estranhar um pouco, no início, no primeiro episódio. Mas logo se acostuma, já não sente mais estranheza, fica à vontade diante daqueles novos atores que fazem agora os personagens que ele já conhece tão bem das temporadas anteriores.
Eu quis rever o episódio 10 da Quarta Temporada, para entrar mais facilmente em sintonia com a série. O 10 da Quarta é aquele em que a rainha, então interpretada por Olivia Colman, se despede da primeira-ministra Margaret Thatcher (e como a camaleônica Gillian Anderson está maravilhosa como a Dama de Ferro). No episódio 1 desta Quinta, a rainha, agora interpretada por Imelda Staunton, recebe John Major (o papel de Jonny Lee Miller) – e no final desse episódio, doido para ver logo o segundo, eu já havia me acostumado com Imelda Staunton como a rainha Elizabeth.
Da mesma maneira com que havia me acostumado rapidamente com Olivia Colman no episódio 1 da Terceira.
A excelente Claire Foy das duas primeiras foi muito bem substituída pela excelente Olivia Colman, que foi agora substituída pela excelente Imelda Staunton. A repetição do mesmo adjetivo é proposital, e qualquer outro parecido serviria perfeitamente a todas as três. Todas elas são maravilhosas, brilhantes, admiráveis.
É uma característica dos atores e atrizes das Ilhas Britânicas. Aquilo ali é um celeiro de grandes atores. Impressionante.
Nem todos se parecem com as personalidades
O príncipe Philip passou a ser interpretado pelo extraordinário Jonathan Pryce (de, só para citar alguns, Minha Cama de Zinco/My Zinc Bed, 2008, A Esposa/The Wife, 2017, Dois Papas, 2019). O príncipe Charles, o herdeiro do trono, atualmente rei Charles III, é agora o papel de Dominic West (de Juventudes Roubadas/Testament of Youth, 2014, O Mestre dos Gênios/Genius, 2016, Colette, 2018). Lesley Manville faz a princesa Margaret, a irmã da rainha que na juventude havia sido bem rebelde.
Achei interessante o fato de que esses três atores – Jonathan Pryce (na foto abaixo), Dominic West, Lesley Manville – não têm assim uma grande semelhança física com as figuras reais (reais nos dois sentidos da palavra) que interpretam. Muito diferentemente, por exemplo, de Josh O’Connor, que interpretou Charles nas Temporadas Terceira e Quarta, e era parecidíssimo como o príncipe mais jovem.
Muito diferentemente também de Elizabeth Debicki e Olivia Williams, as duas atrizes que interpretam respectivamente Diana e Camilla nesta Quinta Temporada. As duas são parecidíssimas com as mulheres que interpretam. Em especial essa Elizabeth Debicki, que eu não conhecia. Gente, mas é impressionante como ela está fisicamente parecida com a princesa Diana! E não apenas as feições, mas todo o gestual. É incrível!
Os realizadores tiveram muita sorte, porque a atriz que fez a Diana mais jovem, na Quarta Temporada, Emma Corrin, também tinha impressionante semelhança física com a princesa que encantou quase o mundo inteiro.
Deu vontade de fazer uma tabela. Adoro tabelas.
Primeira e Segunda Temporadas
(2016 e 2017) |
Terceira e Quarta Temporadas
(2019 e 2020) |
Quinta Temporada
(2022) |
|
Rainha Elizabeth | Claire Foy | Olivia Colman | Imelda Staunton |
Príncipe Philip | Matt Smith | Tobias Menzies | Jonathan Pryce |
Príncipe Charles | Billy Jenkins, Julian Baring | Josh O’Connor | Dominic West |
Princesa Diana | Emma Corrin | Elizabeth Debicki | |
Princesa Margaret | Vanessa Kirby | Helena Bonham Carter | Lesley Manville |
Princesa Anne | Lyla Barret-Rye | Erin Doherty | Claudia Harrison |
Camilla Parker Bowles | Emerald Fennell | Olivia Williams |
Há um detalhe que tem que ser registrado. Elizabeth Debicki está excelente, extraordinária como Diana, sem dúvida alguma – mas a mulher é alta demais! É bem mais alta do que Dominic West, e as tomadas em que os dois estão de pé lado a lado mostram isso. É como diria minha mãe: perfeito, só Deus.
Os casamentos de três filhos se desmoronando
O discurso da rainha Elizabeth II em que ela fala do “Annus Horribilis” foi no palácio de Guidehall, em Londres, em 24 de novembro de 1992, em cerimônia feita para marcar o 40º aniversário da sua ascensão ao trono. Peter Morgan, o criador da série, principal roteirista e coordenador da equipe de escritores, fez questão, é claro, de mostrar a rainha, na pele de Imelda Staunton, discursando. Está no episódio 4, que tem, naturalmente, o título de “Annus Horribilis”.
A interpretação de Imelda Stauton é uma maravilha, enquanto ela lê as palavras escritas pela própria rainha: – “1992 is not a year on which I shall look back with undiluted pleasure…”
– “1992 não é um ano para o qual voltarei a olhar com claro prazer. Nas palavras de um dos meus mais simpáticos correspondentes, ele se tornou um ‘Annus Horribilis’. Suspeito que não estou sozinha ao pensar assim. De fato, suspeito que haja bem poucas pessoas ou instituições que não foram afetadas por estes últimos meses de tumulto e incerteza ao redor do mundo. Esta generosidade e a bondade sincera da Corporação da Cidade para com o Príncipe Philip e para mim seriam bem-vindas a qualquer momento, mas neste momento particular, logo após o trágico incêndio da sexta-feira em Windsor, elas o são especialmente.”
Houve, na época, muitas críticas a esse discurso; o próprio marido não achava que a rainha deveria falar de “Annus Horribilis”, admitir que estava abalada pelos problemas que surgiam um após outro em sua família. Mas Elizabeth II era uma mulher forte, corajosas, admirável, e manteve o quer havia escrito.
(E o fato de que a íntegra do discurso tão criticado esteja disponível para todos, no portal oficial da monarquia, é apenas mais uma pequena prova, entre tantas, de que a família britânica é algo absolutamente respeitável. O endereço é https://www.royal.uk/annus-horribilis-speech.)
O incêndio no Palácio de Windsor foi sério, deixou um rastro de destruição – mas, sem dúvida, não foi o maior dos problemas que a rainha enfrentou ao longo daquele ano de 1992, ao longo de toda a década de 1990, como mostra muito bem esta Quinta Temporada.
Em 1992, o casamento não de um, mas de três filhos da rainha acabou – e da forma mais estridente, escandalosa possível, com manchetes e fotos aterradoras nos tablóides, os jornais populares dedicados a fofocas e notícias sobre celebridades.
Separações escandalosas, para alegria dos tablóides
Casamentos acabam – isso é uma lei da vida, da mesma forma com que é da lei da vida que as vidas acabam. Mas há quem não admita essa realidade, da mesma maneira que há gente que não admite que vacina previne contra doenças ou que a Terra é redonda.
A rainha era absolutamente rígida nisso, assim como em relação a tantas exigências da monarquia. Como a chefe suprema da Igreja Anglicana, ela não podia admitir o fim do casamento, a separação, o divórcio – essas são noções que contrariam o que diz a Igreja. É fascinante como esse tema – a oposição da rainha à idéia do fim do casamento, do divórcio – está presente ao longo de toda esta série gloriosa.
E, no Annus Horribilis de 1992, foram desfeitos três casamentos dos filhos da rainha. O da princesa Anne com o tenente Mark Phillips, com quem era casada desde 1973, foi o único que não acabou de maneira explosiva, sensacional, espetacular. Anne – a série mostra bem isso – foi sempre uma pessoa discreta, bem diferentemente de sua tia Margaret. Ela e Mark Philips já viviam separados desde 1989; em meados de 1992, depois de conversar com a mãe – a sequência que mostra o diálogo é ótima –, ela finalmente pediu o divórcio.
O fim dos casamentos de Andrew e, em especial, de Charles, foram exatamente o contrário. Foram imensos shows de fogos de artifício, para a delícia dos editores dos tablóides – e a profunda tristeza da rainha.
Sarah Ferguson, a mulher do príncipe Andrew (o papel de James Murray), foi fotografada em agosto de 1992 em Saint Tropez enquanto um amante beijava os dedos do seus pés.
Um amante mamando nos dedos dos pés da duquesa de York é algo bombástico – mas parece coisa pouca com o longo espetáculo de lavação de roupa imunda em público que foi a separação de Charles e Diana.
Justamente eles – o príncipe herdeiro, o futuro rei, e a princesa amada, adorada por milhões e milhões de britânicos e de gente de todas as partes deste mundão véio de guerra.
A série se aprofunda nessa coisa horrorosa que foi a lavação de roupa imunda – e detalha os mínimos detalhes de dois episódios especialmente marcantes: o escândalo que passou para a história como Camillagate ou Tampongate, e o escândalo não menos escandaloso que foi a entrevista exclusiva de Diana à BBC.
Charles escandaliza o reino, Diana escandaliza o reino
O episódio 5 desta temporada, intitulado “The Way Ahead”, o caminho à frente, mostra todo o contexto em que aconteceu a conversa telefônica íntima, arrebatada, entre o príncipe Charles e sua eterna amante Camilla Parker Bowles (Olivia Williams, na foto acima) – aquela em que ele diz que gostaria de ser o Tampax dela. E conta como um rádio-amador conseguiu captar e gravar a conversa – e a comoção nacional quando o jornal para o qual a gravação foi vendida a publicou.
O telefonema aconteceu no dia 17 de dezembro de 1989, quando Charles e Diana ainda estavam casados – mal casados, distantes, mas casados. A fita foi vendida pelo rádio-amador ao Daily Mirror, mas o jornal não publicou a conversa imediatamente. No segundo semestre de 1992, o Palácio de Buckingham finalmente divulgou, de maneira oficial, que o herdeiro do trono e a princesa de Gales estavam separados. Em 17 de janeiro de 1993, tanto o Sunday People quanto Sunday Mirror publicaram a íntegra da conversa.
Foi um imenso escândalo – dos maiores de todos os enfrentados pela família real durante o reinado de Elizabeth II.
É bom lembrar as datas. Esta Quinta Temporada estreou mundialmente em 9 de novembro de 2022. Charles havia se tornado o rei Charles III da Grã-Bretanha em 9 de setembro – exatos dois meses antes da estréia da temporada que relembra em detalhes o Tampongate!
Todo o episódio “The Way Ahead” se concentra no então príncipe Charles – mas não fica o tempo todo em cima do escândalo do Tampax. Mostra também os esforços que Charles fazia naquela época – final dos anos 80, início dos 90 – em defesa de uma maior atualização da monarquia aos tempos atuais.
Esse tema – a luta de Charles por um aggiornamento da monarquia britânica – aparece em vários dos dez episódios da temporada,
Mas não é muito fácil defender a monarquia – seja nos moldes tradicionais defendidos por Elizabeth II, seja nos moldes mais modernos que Charles, segundo mostra a série, defendia nos anos 90 – quando uma das figuras mais queridas da família real atira contra tudo e todos em longa entrevista na rede pública de televisão do reino.
A série mostra luta nas entranhas da BBC
Peter Morgan e sua equipe de roteiristas merecem ser aplaudidos de pé como na ópera. Que beleza de roteiro eles criaram nesta série! É incrível.
Esta Quinta Temporada nos mostra diversos personagens interessantes, fascinantes, que, bem diferentemente das pessoas da família real, são pouco ou nada conhecidas do grande público. Peter Morgan e seus roteiristas montam com esses personagens tramas paralelas à trama central que são absolutamente cativantes.
Três desses personagens de subplots nos são apresentados nos episódios 7 e 8 (“No Woman’s Land” e “Gunpowder”, terra de mulher alguma e pólvora, literalmente), que dissecam todo o contexto em que se deu a explosiva entrevista de Diana à BBC e suas consequências. Os dois episódios acabam contando para o espectador bastante sobre esse império da comunicação social que é uma das maiores tradições do Império Britânico.
O primeiro desses personagens é Martin Bashir (o papel de Prasanna Puwanarajah), o jornalista que conseguiu fazer com que Diana aceitasse dar a entrevista – e conduziu a conversa deixou todo o Reino Unido paralisado com os olhos grudados na TV. A série nos mostra esse Martin Bashir, um descendente de paquistaneses, como um jornalista dedicadíssimo, um trabalhador abnegado, disposto a tudo para obter boas matérias – até mesmo recorrer a alguns ilícitos. Ele mente e mostra documentos falsos primeiro para o irmão de Diana, Charles Spencer (Philip Cumbus), e depois para a própria princesa, para demonstrar que a família real está pagando pessoas próximas a Diana para espioná-la.
Diana tem vontade de falar, desabafar – mas ao mesmo tempo não tem coragem. E a série mostra como Martin Bashir vai trabalhando muito bem para conseguir incutir coragem na princesa para que ela abra a alma angustiada pelo fato de o marido não amá-la.
Lá em cima, bem no topo da estrutura da poderosa, tentacular British Broadcast Corporation, há uma briga de foice não no escuro, mas à luz do dia, abertamente, entre Sir Marmaduke Hussey, presidente do Conselho de Governadores da BBC, e John Birt, o diretor-geral (interpretados, respectivamente, por Richard Cordery, na foto acima, e Nicholas Gleaves). O primeiro é um senhor idoso, conservador, monarquista até a medula (sua mulher é uma das grandes amigas da rainha), e ferrenho defensor de uma emissora de rádio e de TV sóbria, séria, voltada basicamente para a educação, a cultura e os tradicionais valores britânicos. O segundo é bem mais jovem, admirador de novidades, do estilo americano de fazer rádio e TV, guiado pelas pesquisas de opinião pública, favorável ao entretenimento.
A rigor, os dois chefões da BBC têm uma luta semelhante à que se dá entre as idéias conservadoras da rainha e a vontade de atualização, modernização, defendidas pelo príncipe Charles.
Depois de ouvir a esposa falar sobre a tristeza da rainha com os acontecimentos recentes, o velho Hussey pede ao rival John Birt que prepare uma programação para homenagear Elizabeth II por sua dedicação aos súditos. Birt não apenas não atende ao pedido como, sem informar ao chamirman da Board of Governors da BBC, aprova que seja feita e transmitida a entrevista com a princesa Diana.
A entrevista teve o efeito de uma bomba atômica.
A série traz subtramas absolutamente fascinantes
A Quinta Temporada fala bastante de dois personagens que são conhecidos de quem se informa – nem que seja um pouco – sobre a família real britânica: o médico paquistanês Hasnat Khan e o milionário playboy egípcio Dodi Fayed. O médico (interpretado por Humayun Saeed) foi o grande amor de Diana nos meses finais de sua vida; ele já havia sido mostrado, com destaque, no belo e triste filme Diana (2013), de Oliver Hirschbiegel, em que Naomi Watts interpreta a princesa. E o milionário (interpretado por Khalid Abdalla, (na foto acima) tornou-se amigo dela – Diana estava com ele no carro que, perseguido por paparazzi, teve o gravíssimo acidente num túnel em Paris, em 1997, causando a morte dos dois e do motorista.
Os últimos dias de Diana, seu namoro com Dodi Fayed e sua morte deverão ser mostrados na Sexta Temporada. O que a Quinta mostra, e com grande destaque, é a vida do pai de Dodi, Mohamed Al Fayed (Salim Daw), desde sua juventude como garoto pobre em Alexandria, em 1946. O terceiro episódio tem o título de “Mou Mou”, o apelido do rapaz que viria a ser um arquimilionário e compraria o hotel Ritz, um dos símbolos de Paris, e a loja de departamentos Harrods, um dos símbolos de Londres.
A história de Mohamed Al Fayed já é uma subtrama, mas o episódio “Mou Mou” ainda tem uma subtrama dentro da subtrama – a história do encontro de Al Fayed com o fantástico negro jamaicano Sidney Johnson, que havia sido, durante muitos anos, o valet, o criado pessoal do Duque de Windsor (1894-1972), o tio de Elizabeth II, que reinou por menos de um ano, em 1936, e abdicou ao trono para se casar com a socialite americana Wallis Simpson.
A subtrama que mais me impressionou, entre as tantas subtramas fascinantes desta Quinta Temporada de The Crown, foi a mostrada no episódio 6, “Ipatiev House”. É a relação entre o massacre da família do czar Nicolau II em 1918 pelos bolcheviques, logo após a Revolução Russa, e o rei Jorge VI da Grã-Bretanha, o avô da rainha Elizabeth II.
Eu não sabia de nada do que o que fantástico episódio mostra.
No início dos anos 1990, o primeiro-ministro John Major teve um encontro com Bóris Yeltsin, então presidente da Rússia que saía dos escombros da finada União das Repúblicas Socialistas Soviéticas; Yeltsin disse a Major que gostaria muito de receber na Rússia a rainha Elizabeth II. Combinou-se então uma visita de Yeltsin a Londres, que seria seguida por uma de Elizabeth e do príncipe Philip a Moscou.
E a rainha pediu ao presidente da Rússia para que fossem encontrados os restos dos Romanov – que o regime comunista nunca teve interesse de identificar – e fosse dado a eles um enterro decente.
Esses fatos em tudo por tudo impressionantes me fizeram escrever uma anotação à parte sobre o episódio “Ipatiev House”.
Meu, que série esplendorosa essa The Crown.
Anotação em dezembro de 2022
The Crown – A Quinta Temporada
De Peter Morgan, criador, roteirista, Reino Unido-EUA, 2022
Direção Christian Schwochow, May el-Toukhy, Alex Gabassi, Erik Richter Strand
Com Imelda Staunton (rainha Elizabeth II),
Dominic West (príncipe Charles),
Elizabeth Debicki (princesa Diana),
Jonathan Pryce (Philip, duque de Edinburgh),
e (na realeza e seu entorno) Olivia Williams (Camila Parker Bowles), Lesley Manville (princesa Margaret), Claudia Harrison (princesa Anne), Sam Woolf (príncipe Edward), Senan West (príncipe William), Timothée Sambor (príncipe William), Teddy Hawley (principe Harry), Will Powell (príncipe Harry), James Murray (príncipe Andrew), Emma Laird Craig (Sarah Ferguson), Natascha McElhone (Penny Romsey), Elliot Cowan (Norton Romsey), Philip Cumbus (Charles Spencer, o irmão de Diana), Timothy Dalton (Peter Towsend, o ex de Margaret),
e (na política e no entorno) Jonny Lee Miller (John Major), Flora Montgomery (Norma Major), Bertie Carvel (Tony Blair), Lydia Leonard (Cherie Blair), Anatoliy Kotenyov (Boris Yeltsin), Marina Shimanskaya (Naina Yeltsin),
e (outros) Humayun Saeed (dr. Hasnat Khan, o namorado de Diana), Salim Daw (Mohamed Al Fayed, o milionário egício), Khalid Abdalla (Dodi Fayed, o amigo de Diana, filho de Al Fayed), Prasanna Puwanarajah (Martin Bashir, o jornalista da BBC), Richard Cordery (Duke Hussey, o presidente da BBC), Nicholas Gleaves (John Birt, o diretor-geral da BBC), Jamie Glover (Patrick Jephson), Alastair Mackenzie (Richard Aylard), Richard Rycroft (o arcebispo de Canterbury), Erin Richards (Kelly Fisher), Philippine Leroy-Beaulieu (Madame Ritz), Connie M’Gadzah (Sydney Johnson, o valet do Duque de Windsor), Aleksey Dyakin (czar Nickolay II), Anja Antonowicz (czarina Alexandra), Anastasia Everall (Olga Romanov), Julia Haworth (Tatiana Romanov), Amy Fourman (Anastasia Romanov), Tamara Sulkhanishvili (Marie Romanov), William Biletsky (Alexei Romanov), Roteiro Peter Morgan, Jonathan Wilson, Meriel Baistow-Clare, Daniel Marc Janes
Fotografia Ben Wilson, Frank Lamm, Rasmus Videbæk
Música Martin Phipps
Montagem Celia Haining, Simon Brasse, Daniel Greenway, Mark Davis, Richard Graham, Amy Hounsell
Casting Robert Sterne
Desenho de produção Martin Childs
Direção de arte Clara Gomez del Moral
Figurinos Amy Roberts
Produção Peter Morgan, Left Bank Pictures, Sony Pictures Television Production UK, Sony Pictures Television.
Cor, cerca de 500 minutos (cerca de 8h20).
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