O autor e diretor dublinense John Carney acertou a mão de novo. Este Mesmo Se Nada Der Certo, no original Begin Again, é encantador, delicioso, agradável, feliz, de bem com a vida. Exatamente como Apenas Uma Vez/Once, seu filme de 2006.
Tem tudo a ver com o filme anterior: como em Once, aqui os personagens são jovens músicos. Como Once, Begin Again conta a história de um encontro. No entanto, o filme de 2013 é mais pretensioso, mais audacioso, pega uma escala maior que o de sete anos antes.
O anterior se passa na cidade natal do realizador, Dublin, uma cidade pequena se comparada a Nova York, a capital do mundo, cenário do filme de agora.
Os personagens de Once são jovens músicos ainda longe de ter um lugar ao sol. O Rapaz canta e toca violão nas ruas da capital irlandesa à procura de alguns trocados, e a Moça (os nomes deles não aparecem em momento algum) é uma imigrante vinda da Europa do Leste que sabe tocar piano e incentiva o Rapaz a gravar com ela um disco com suas composições.
Os atores que interpretam esse casal absolutamente simpático não são estrelas: ele é Glen Hansard, ela é Marketa Irglova.
No filme de agora, a mocinha, Gretta, é interpretada por Keira Knightley. O principal papel masculino, o de Dan, é feito por Mark Ruffalo. São dois nomes extremamente conhecidos, garantia de boa bilheteria. E o elenco ainda tem a sempre charmosa Catherine Keener e Adam Levine, ator de poucos filmes mas músico conhecidíssimo das novas gerações, líder da banda Maroon 5, vencedora do Grammy. E um dos personagens, justamente o interpretado por Adam Levine, Dave, é um cantor-compositor que já obteve imenso sucesso na Inglaterra e está agora conquistando de vez a América.
É fascinante, creio, essa comparação entre Once e Begin Again. Os mesmos temas, o mesmo carinho com que os personagens centrais são tratados na narrativa, o mesmo clima delicioso, feliz – e, no entanto, a escala aqui é sempre maior.
Once custou apenas US$ 150 mil, e rendeu US$ 20 milhões. O orçamento de Begin Again não está disponível, segundo o site Box Office Mojo, mas é óbvio que foi de bem mais do dez vezes o do primeiro. Até dezembro de 2014, quando o vi, o filme já rendera US$ 63 milhões nas bilheterias.
A moça canta uma canção no bar. Por mero acaso, no bar está um produtor musical
O roteiro (de autoria do próprio diretor John Carney) é espertíssimo. Simples, sem querer reinventar roda alguma, mas inteligente, sagaz. Começa num pequeno bar; um inglês grandão, Steve (James Corden), está no palco, e diz para a platéia que ali está uma amiga dele, cantora e compositora de talento – vocês se importariam se ela cantasse uma música para nós? A amiga dele, Gretta (Keira Knighley linda, gracinha como sempre), não estava preparada para aquilo, de forma alguma. Tenta recusar, mas acaba subindo ao pequeno palco e cantando uma canção composta por ela – uma balada urbaníssima, falando de amor doído, passagem pelo metrô. Algo com cheiro e gosto de metrópole, que me faria lembrar, se eu estivesse na platéia, uma canção dos Cowboy Junkies, tipo “Sun comes up, it’s Tuesday morning” ou “Where are you tonight?”
É a própria Keira Knightley que canta. Ela não foi dublada por cantora profissional em nenhuma das várias canções que Gretta canta no filme.
É uma balada gostosinha, muito simples, com um gosto folk, já que o único acompanhamento é o do violão acústico da própria Gretta.
Quando ela termina de cantar, praticamente não há reação do público. O público estava ali para beber, não para prestar atenção nas canções, em especial as tristonhas falando de dores do amor na cidade grande. Mas, no meio das pessoas que não estavam nem aí, o espectador vê a cara de Mark Ruffalo, e a cara dele indica que ele gostou, e muito, do que ouviu.
E aí vem a sacadinha esperta do roteiro de John Carney. Um letreiro informa, com imenso respeito pelo espectador: “Mais cedo, naquele mesmo dia” – e então acompanharemos o dia de Dan, o personagem de Mark Ruffalo.
A vida do produtor musical está na pior – e naquele dia, então, tudo deu errado
Dan não está nada bem. Nada, nada, nada bem.
Está morando num apartamentozinho barato, numa vizinhança pobre. Morre de preguiça de ter que acordar e enfrentar mais um dia. Bebe uísque e fuma maconha e cigarro de tabaco e nicotina o dia inteiro.
Passa na escola da filha adolescente para pegá-la – é o único dia da semana em que ele a vê, e a relação entre o sujeito que está vivendo um inferno astral e a filha de 14, 15 anos não é nada boa.
Violet é interpretada por Hailee Steinfeld (na foto abaixo), 17 anos em 2013, 20 títulos na filmografia, uma indicação ao Oscar por seu papel na refilmagem de Bravura Indômita/True Grit, 2010. Ressente-se profundamente da falta do pai, e, como em geral acontece com os adolescentes, parece bastante perdida. Vai à aula usando um shortinho mínimo, colado nas coxas bonitas, não estuda, parece não levar nada a sério.
Naquele dia, Dan ouve de Violet que a mãe, Miriam (o papel de Catherine Keener), o chama de “perdedor patético”. Ao chegar na casa da ex-mulher, tem uma discussão pesada, desagradável, sobre a falta de responsabilidade dele em relação à filha.
E, no mesmo dia, é demitido da empresa que ele próprio criou, uma gravadora fundada junto com o sócio Saul.
A capa de um exemplar da revista Rolling Stone, transformada em quadro e pendurada numa parede da sede da gravadora, conta rapidamente a história para o espectador. Dan e Saul – capa da revista mais importante dos Estados Unidos sobre rock e cultura e politica e tudo o mais! – tinham tido um sucesso extraordinário ao lançarem a gravadora. Tinham ganhado Grammies, tinham lançado artistas de imenso sucesso. Porém, há muito os bons tempos haviam acabado. Há anos Dan não conseguia trazer um único novo artista para a gravadora; sua vida tinha virado um inferno depois da separação, e ele não contribuía em nada para a empresa.
(Saul é interpretado por Yasiin Bey, nome que aparece nos créditos. Esse é o nome civil de Mos Def, um nome importantíssimo, respeitadíssimo, do hip-hop.)
Um sócio fundador de uma empresa, de que ramo for, ser demitido daquela forma me parece algo um tanto implausível.
Isso, e mais o exagero com que Mark Ruffalo interpreta esse sujeito que já teve grande sucesso e hoje é um mulambo, me deixaram um tanto inquieto naquele início de filme: xi, será que o cara perdeu a mão?
Não, John Carney não perdeu a mão, de forma alguma.
Uma sequência antológica: músicos inexistentes acompanham a voz da moça
Ao final daquele dia de cão, Dan, o produtor musical que já esteve no topo, ex-diretor artístico da Island Record, fundador de uma gravadora, dois Grammies, capa da Rolling Stone, agora duro, quebrado, sem um puto no bolso, a vida absolutamente escangalhada, entra num bar para tomar mais uma cerveja. E aí uma garotinha inglesa começa a cantar uma canção triste, uma balada urbaníssima.
A sequência é um brilho absoluto. É daquelas que dão vontade de a gente aplaudir de pé, como na ópera, e rever, e rever de novo, e rever mais uma vez.
Enquanto Gretta-Keira Knightley vai cantando a canção que o espectador agora já conhece, Dan-Mark Ruffalo começa a prestar atenção, vai ficando encantado com o que ouve, e de repente entra um piano, e logo em seguida uma bateria suave, e em seguida violinos, e uma guitarra. Músicos inexistentes ali naquele pequeno palco de pequeno barzinho simples de Nova York, mas que estão vivos e muito bem na cabeça do produtor experiente, acompanham Gretta, e a canção dela fica pronta para vender feito água e escalar as paradas de sucesso.
Estamos aí com uns 15 minutos de filme. O que virá em seguida é uma maravilha. Para quem ama cinema e música, como eu, então, é a absoluta perfeição.
Este Begin Again vai para a galeria dos filmes deliciosos sobre música pop, ao lado do próprio Once, do mesmo diretor, de The Commitments (1991), Os Piratas do Rock (2009), Inside Llewyn Davis: Balada de um Homem Comum (2013) e de outras pérolas um pouquinho menores, como The Wonders – O Sonho Não Acabou (1996), A Voz do Meu Coração (1996).
“Estava pronto para me matar, e aí ouvi sua música. Quer tomar uma cerveja?”
Assim que Gretta termina de cantar, e volta a se sentar, Dan vai até ela, entrega um cartão e diz: – “Estou nessa.”
Gretta (absolutamente surpresa): – “O quê?”
Dan: – “Quero fazer discos com você. Quero produzir você. Estamos destinados a trabalhar juntos.”
Gretta argumenta que o público não prestou atenção à canção que ela apresentou. Dan diz: – “Você só precisa melhorar sua performance.”
Gretta: – “Não sou uma performer. Só escrevo canções de vez em quando?”
Dan: – “E são tão boas quanto essa?”
Gretta: – “Você é mesmo um homem de A&R? (A&R, de Artists and Repertoire: a divisão responsável pela pesquisa de talentos e desenvolvimento artístico dos músicos.) Parece mais um sem-teto.”
Dan: – “Você tem aí uma canção. Prometo a você que pode ser um grande sucesso. E você é bela.”
Gretta: – “Desculpe, mas o que a beleza tem a ver com qualquer outra coisa?”
Dan: – “Credo, você é complicada, hein?”
Gretta: – “Não. Na verdade, acho que música é uma questão de ouvidos, e não de olhos. E não sou Judy Garland descendo de um ônibus em busca do estrelato. Sério, obrigada.” (E devolve a ele o cartão.)
Todo o diálogo inicial entre os dois é gostosíssimo. Na verdade, todos os diálogos do filme são inteligentes, safos, espertos, bem humorados, cortantes, bem construídos. Acho que não é o caso de relatar mais sobre a trama do que já fiz até aqui – é desnecessário. Mas não resisto à tentação de transcrever partes do diálogo seguinte entre os dois.
Ao pegar de volta o cartão, Dan diz OK e sai. Quando Gretta sai do bar, no entanto, Dan está lá fora, esperando por ela. E aí ele abre o verbo: – “OK, a verdade é que eu não poderia contratar você. Não contrato ninguém há sete anos. Minha gravadora perdeu completamente a fé em mim.”
Gretta: – “Por que então você me deu seu cartão?”
Dan: – “Força do hábito. Se pareço um sem-teto é porque quase sou. Deixei minha casa mais ou menos um ano atrás. Durmo num colchão de merda num apartamento de merda. Não estava celebrando nada esta noite. Estava enchendo a cara, e fiquei numa plataforma de metrô pronto para me matar, e aí ouvi sua música. Quer tomar uma cerveja?”
“Quem você acha que é? A nova Carole fucking King?”
Aí vão para outro bar, a jovem inglesinha compositora e o ex-prodígio da produção musical, nos últimos tempos um perdedor patético. No seu celular, ela dá um Google no nome dele, e o perfil do cara é de tirar o chapéu.
Ele diz que ela poderia ser um grande sucesso, se ele a produzisse – cita Norah Jones, The Cardigans. Ela protesta.
Dan: – “Quem você acha que é? Você sobe num palco com um violão vagabundo e acha que é a nova Carole King?”
(Ela diz Carole fucking King; não há tradução perfeita para isso; a gente não diria “a merda da Carole King”, ou “Carole fodida King”, ou Carole foda-se King”. Mas, aliás, um dos filmes que citei acima, A Voz do Meu Coração, conta a história de uma cantora-compositora bastante parecida com Carole Tapestry King. Carole You’ve Got a Friend King.)
Gretta: – “Não. Mas acho que um cara de A&R dizer a um artista como se vestir ou como se apresentar é a maior besteira. As pessoas querem autenticidade.”
Dan: – “OK, baby. Autenticidade. Dê o nome de um artista que passe no seu teste de autenticidade.”
Keira Knightley cerra os dentes, e é um charme só Keira Knightley cerrar os dentes, porque ela é levemente prognata – o maxilar inferior é suavemente mais avançado do que o superior.
E então Gretta-Keira Knightley diz a palavra: – “Dylan!”
Dan: – “Dylan! Você não poderia pensar num artista mais produzido. Veja seu cabelo. Os óculos escuros. Ele muda de visual a cada década!”
Gretta: – “Randy Newman!”
Dan: – “Aí você me pegou. Eu porra amo Randy Newman!”
Eu também. Tenho admiração profunda por Randy Newman desde os anos 70, quando Regina apareceu com um disco de Nina Simone em que ela canta “Baltimore”. Fui atrás de Randy Newman a partir daí, e é sempre um prazer imenso ouvi-lo. E, de fato, a cara compõe para animações da Pixar e do Disney (Toy Story, Vida de Inseto), para epopéia de Milos Forman (Na Época do Ragtime, 1981) e para seus próprios e personalíssimos discos com a mesma e pura autenticidade.
Uma vez fiz uma fita (ainda era o tempo das fitas cassete) só com Bob Dylan, Paul Simon, Leonard Cohen e Randy Newman, que chamei, brincando, de Os Quatro Judeus, para citar a canção de Elton Medeiros que Paulinho da Viola cantava, Quatro Crioulos.
Dos quatro extraordinários judeus da música pop do último meio século, só Paul Simon não é citado nos diálogos deliciosos de Begin Again. Leonard Cohen aparece também nessas primeiras conversas entre Dan e Gretta.
Gretta: – “Eu te disse, eu escrevo canções de vez em quando.”
Dan: – “Para quem você as escreve?”
Gretta: – Como assim? Para meu prazer. E para minha gata.”
Dan: – “É mesmo? E ele gosta?”
Gretta: – “Ela. Sim, parece que gosta.”
Dan: – “Como você sabe?”
Gretta: – “Porque ela ronrona.”
Dan: – “Talvez ela esteja vaiando.”
Gretta: – “Não. Ela ronrona com Leonard Cohen, também, e ela tem muito bom gosto.”
As canções foram compostas especialmente para o filme
As canções que na trama, na história fictícia, são compostas por Gretta, e também por Dave, o namorado inglês dela, que já tem grande fama, e viaja para conquistar definitivamente a América, foram todas compostas especialmente para o filme por Gregg Alexander; as letras são assinadas por várias pessoas diferentes, inclusive o próprio autor, roteirista e diretor John Carney.
Nascido em 1970, Gregg Alexander está na estrada desde os anos 90, quando liderou uma banda chamada New Radicals. Compositor prolífico, é também produtor de música, e já trabalhou com gente tão diferente uma da outra como Enrique Iglesias, Carlos Santana e várias ex-componentes das Spice Girls. Como o personagem do filme, produtor como ele, já ganhou um Grammy.
Vou atrás do disco da trilha sonora. Sem falta.
Begin Again. O filme de 2013 de John Carney tem o mesmo título da canção setentista – como gostam de dizer os críticos de música – de Ivan Lins e Vitor Martins. “Começar de novo e contar comigo,
Vai valer a pena ter amanhecido”. Na mesma época, final dos 70, Gonzaguinha também cantou a segunda chance: “Começaria tudo outra vez se preciso fosse, meu amor”. “A fé no que virá e a alegria de poder
olhar prá trás e ver que voltaria com você de novo, viver nesse imenso salão…”
Começar de novo. A segunda chance. Essa é uma beleza de tema, e Begin Again o trata muitíssimo bem.
Um spoiler. Quem não viu o filme não deve ler a partir daqui
E aqui vai um quase spoiler – ou um absoluto spoiler. Se você não viu o filme, não leia mais.
As duas histórias que John Carney criou, a de Once e a deste Begin Again, são assim uma espécie de água fria nos sentimentos mais românticos dos espectadores mais românticos.
Em Dublin, na primeira década deste século, O Rapaz encontra A Moça. Em Nova York, na segunda década do século, Dan encontra Gretta. Em cerca 99% dos filmes em que há um encontro assim, a trama vai numa direção. Nas histórias de John Carney, não. Ele dá uma de Garrincha – finge que vai driblar pela esquerda, mas dribla pela direita. E escapa, e mete a bola no gol.
Obrigado pelos belos filmes, cara.
Anotação em dezembro de 2014
Mesmo Se Nada Der Certo/Begin Again
De John Carney, EUA, 2013.
Com Keira Knightley (Gretta), Mark Ruffalo (Dan),
e Adam Levine (Dave), Hailee Steinfeld (Violet), Catherine Keener (Miriam), James Corden (Steve), Cee Lo Green (Troublegum), Aya Cash (Jenny), Yasiin Bey, ou Mos Def (Saul)
Argumento e roteiro John Carney
Fotografia Yaron Orbach
Música Gregg Alexander
Canções Gregg Alexander e vários letristas
Montagem Andrew Marcus
Produção Exclusive Media Group, Sycamore Pictures, Apatow Productions, Likely Story. DVD Imagem Filmes.
Cor, 104 min
***1/2
Eu tinha ouvido falar bem desse filme, mas raramente me animo a ver filmes com a irritante Keira Knightley, seu bico de pato e queixo proeminente (já que você falou, deixa eu reforçar). Já Mark Ruffalo está sempre com cara de quem acabou de acordar, e fala como se tivesse um ovo na boca, o que pra um ator é péssimo. E ainda teria que aguentar Adam Levine dando uma de ator? Ai, acho que eu passo, só de ver o trailer já fiquei irritada, dá até pra saber como alguma coisa vai terminar. Vou me contentar em ler seu texto, por mais que eu esteja no grupo que ama música e cinema.
Está fazendo besteira, Jussara.
Está se deixando levar por seus pré-conceitos, seus pré-julgamenentos.
Está quase se portando como uma petista.
Deixe disso.
Veja o filme. É lindo. É pra cima, é alegre, é de bem com a vida, tem todos os valores corretos,
Keira Knightley é uma gracinha com aquele maxilar dela protuberante. Canta bem, a menina linda. O Mark Ruffalo está ótimo.
Vai lá, Jussara. Não se feche ao que é bom na vida…
Abração.
Sérgio
“se portando como uma petista”hahahahah Muito bom!
Eu adoro os atores, adorei as músicas, adorei o clima do filme.
Eu amo essa combinação de Musica + Cinema, pode ser Amadeus, pode ser Professora de Piano, the commitments ou Whiplash. (Quase) Sempre funciona, e dessa vez não é diferente…
Grande abraço!
Me chamar de quase petista é golpe baixo, hein?! hehehe
Como eu já te disse, acabei pegando o filme da metade pro final na TV, e vi sem muito interesse. Levantei algumas vezes pra resolver algumas coisas, então não é como se eu tivesse prestado a atenção que deveria…
Keira Knightley continua me irritando sobremaneira, e parece que faz força para atuar. Ela não é uma atriz natural, o espectador é lembrado a todo momento que ela está interpretando.
Confesso que comecei a ver “Once” uma vez, e não consegui ir adiante, então talvez seja um problema meu com esse diretor.
Já “Whiplash”, que a Claudia Maria citou, eu adorei, vi várias vezes.
“A Professora de Piano” eu também vi, mas não indico de jeito nenhum; é um drama super pesado, pra baixo (uma amiga começou a ler o livro e não conseguiu terminar). Mas vai do gosto de cada um.
Não me fecho ao que é bom na vida, não, mas há filmes (e músicas) melhores, vá!
Abraços.
Oi, Sérgio! Surpreendentemente gostei muito desse filme! Não sou muito ligada a filmes leves e que cantam, se é que me entende… rsrsr… Mas comecei a ver por total falta do que fazer e gostei!!! Acho a Keira mais bonita que boa atriz, mas gosto muito do Mark Ruffalo. Gostei bastante das canções e do final, bem despretencioso, diferente do parece que vai acontecer (achei!).
Abraço
Gostei do filme! Gostoso de se ver! Não perco filme com Mark Ruffalo! Além de bonito é um excelente ator!
Eu comecei a ver os filmes do John Carney ao contrário (o mais recente Sing Street e o mais antigo Apenas uma vez) e me encantei pela simetria que ele conduz os filmes, são pontos fora da curva, porque são comédias românticas que fogem do padrão e junto a isso músicas que são bem escritas e naturalmente interpretadas pelos atores/atrizes de uma maneira única. Recomendo o filme e a critica, pois o filme é exatamente tudo o que está descrito aqui: leve, pra cima, espertíssimo e na minha opinião ponto fora da curva!
Olá, Sérgio!
Esbarrei com este filme inúmeras vezes, inclusive, no “tempo das locadoras”, mas sempre acabei optando por outra película. Que erro!
Assisti a obra nesta semana e adorei! Especificamente sobre o seu último comentário, nada me soa mais fidedigno com a realidade do que esses “dribles” que a vida, às vezes, nos dá, e que rara e dificilmente são retratados pelos filmes, os quais preferem o fácil e conveniente “la vie en rose”.
Bela crítica, parabéns!