Fuga do Passado/Out of the Past, produção de 1947 dirigida por Jacques Tourneur, é noir até o menos visível fio de cabelo de Robert Mitchum e Kirk Douglas. É noir a não poder mais – apesar de ter muitas cenas em cidade pequena e até no meio da natureza, enquanto o noir é sempre profundamente urbanóide, da selva de asfalto.
A trama, como é característica do filme noir, é complexa, intrincada, enrolada. E – na minha humildérrima opinião – bastante cheia de furos. Mas e daí? A vida, cette chienne, não é, ela mesma, complexa, intrincada, enrolada e cheia de furos?
Out of the Past tem diálogos extraordinariamente inteligentes. E tem uma femme fatale (atenção, atenção, coisa raríssima: uma femme fatale não loura!) que é bad to the bone. Absolutamente vil, má, o retrato do mal em si. A morena Kathie Moffett é vil, é má que nem, ou talvez até pior, que a Phyllis Dietrichson-Barbara Stanwyck de Pacto de Sangue/Double Indemnity (1944), do que a Cora Smith-Lana Turner de O Destino Bate à Porta/The Postman Always Rings Twice (1946).
Kathie consegue ser tão vil, tão má quanto a Matty Walker-Kathleen Turner do neo-noir Corpos Ardentes/Body Heat (1981), possivelmente a personagem mais vil, mais má, mais inteligentemente manipuladora, mais enxadristamente planejadora de golpes que já foi criada pela mente de escritores e roteiristas mundo afora.
O protagonista não perde a cabeça pela femme fatale
E aqui surge para mim uma questão. Acabo de citar três femmes fatales interpretadas por grandes, marcantes, majestosas estrelas – Barbara Stanwyck, Lana Turner, Kathleen Turner (respectivamente 1907-1990, 1921-1995, 1954-vivíssima, e que viva to be a hundred, se não tiver doença terrível).
Kathie Moffett é interpretada por Jane Greer.
Quem mesmo?
Não me lembrava de Jane Greer. É uma mulher linda – não é um monumento, assim, essa coisa especial, de rosto absolutamente, extraordinariamente belo, tipo Ingrid ou Liz, mas é linda, e tem presença. Não tem um desempenho extraordinário, não é assim uma espécie de Bette Davis, Katharine Hepburn, Meryl Streep, mas trabalha bastante bem.
Em suma: é uma atriz que convence perfeitamente como femme fatale. Dá para entender por que os homens perdem a cabeça por ela.
Hum… Se alguma feminista feroz tiver chegado até aqui neste texto, dirá que eu sou um machista filho da puta, o protótipo do cão chauvinista. Legal. Aproveito para deixar a eventual feminista ainda mais irada lembrando aquela velha piada: por causa de uma bela bunda, muitos homens já perderam a cabeça.
A piada velha, da época anterior ao politicamente correto, reflete uma verdade universal – e o filme noir expõe essa verdade nas mais diferentes histórias.
Mas este Out of Past foge um pouquinho dessa verdade. O protagonista, o personagem central, Jeff Bailey, interpretado pelo grande (em todos os sentidos) Robert Mitchum, apaixona-se perdidamente pela femme fatale Kathie Moffett-Jane Greer – mas, ao contrário de tantos protagonistas de outros filmes noir, ao contrário dos personagens masculinos dos três filmes citados acima, Pacto de Sangue, O Destino Bate à Porta e Corpos Ardentes, Jeff Bailey não perde a cabeça pela mulher-areia-movediça, pela fatal sereia, pela mulher que puxa para o fundo do poço.
Embora Out of the Past seja um filme noir em todas as acepções do termo, ele foge do figurino em algumas características. Na coisa de ter cenas em ambiente natural, rural, por exemplo. E na coisa de o protagonista não ser um pato, um sucker, um pobre que se ferra na vida por amor insano à mulher fatal.
Jeff Bailey-Robert Mitchum, muito diferentemente dos homens que foram vítimas das personagens citadas acima – respectivamente Walter Neff-Fred MacMurray, Frank Chambers-John Garfield, Ned Racine-William Hurt –, consegue se livrar da paixão-pântano pela femme fatale, e tem até a sorte grande de amar uma mulher normal, uma pessoa não mau caráter, não vil, não má. Jeff tem a sorte de encontrar Ann (Virginia Huston, nas duas fotos acima), uma boa pessoa, um bom caráter, um ser do bem.
Penso sempre que as boas pessoas, as pessoas de bom caráter, os seres do bem, são a imensa maioria. Nós somos algo em torno de 95% da população mundial, dos absurdos 7 bilhões de pessoas que vivem hoje neste planeta – muito mais gente do que cabe nele.
Nos filmes, no entanto, há bandido demais.
É uma relação que não tem nada a ver com a realidade.
De cada dez filmes, seis são sobre bandidos, foras-da-lei, gente que de alguma forma é diferente da maioria.
A imensa maioria dos filmes fala da minoria de pessoas. Os bandidos são minoria. Nós, as pessoas do bem, de bem, somos 95% da população.
O protagonista conta para a namorada seu passado sujo
Jeff Bailey não é propriamente um bandido. É um homem que tenta desesperadamente não passar para o outro lado da lei. Mas convive com bandidos – e então, quando finalmente tem uma oportunidade, ele conta para Ann, a mulher do bem que ele agora está amando, o seu passado sujo, a sua história de manchas.
Ele a adverte: – “Parte da história vai deixar você triste.”
Ela pede que ele conte tudo.
Jeff conta para a loura Ann que já foi apaixonado pela morena Kathie Moffett.
Contar para sua atual namorada que já teve, sim, um grande amor em sua vida, como fez o genial Cartola, é uma coisa. Cartola conta que aquilo tudo ali já acabou, e ele agora está apaixonado pela atual mulher.
Jeff conta para Ann uma história complexa, difícil, danada de complicada – e naquele passado lá ele estava absolutamente apaixonado por uma outra mulher.
Nenhum ser humano se sente absolutamente à vontade ao ouvir o/a namorado/a contar que teve, sim, uma paixão absolutamente louca, doidona, insana, infinita.
Eu não saberia resumir história tão enrolada
Estamos precisando de uma sinopse. Vou me apropriar de duas. A primeira está no IMDb, assinada por um leitor, Rod Crawford:
“Jeff Bailey, um dono de um posto de gasolina, é obrigado a enfrentar seu passado misterioso no dia em que recebe a ordem de encontrar o jogador Whit Sterling.”
Jeff Bailey, já foi dito, é interpretado por Robert Mitchum. Whit Sterling é o papel de Kirk Douglas – e ele é muito mais que um jogador. É um gângster muito poderoso, muito rico, que, entre outras coisas, possui casinos.
“Na estrada para o encontro (entre a pequena cidade em que se escondia, Bridegport, na Califórnia, perto da fronteira com Nevada, e o Lago Tahoe, lugar de milionários não muito distante de Las Vegas), ele conta para a namorada Ann sua história. Flashback: no passado, Jeff era um detetive particular encarregado por Sterling de encontrar sua amante Kathie, que havia atirado Whit e fugido com US$ 40 mil.”
Perdão para nova interrupção. Atualmente os jornais falam a cada dia de ladroagem envolvendo até mesmo milhões de dólares. Só um gerente da Petrobrás prometeu devolver US$ 100 mil do que ele roubou. Assim, fica difícil a gente perceber que, em 1947, antes da inflação e do PT, US$ 40 mil era uma gigantesca fortuna, mesmo para um gângster riquíssimo. Fecha parênteses.
“Jeff a segue até Acapulco… onde a deliciosa Kathie o faz se esquecer de Sterling… De volta ao presente, a nova tarefa que Whit quer que Jeff execute é claramente uma armadilha, mas as precauções de Jeff apenas o deixam mais fortemente enredado…”
É uma boa resenha, essa escrita por Rod Crawford, pessoa que gosta de usar palavras menos usuais – to abscond, delectable, enmeshed… Muito chique.
Bem, temos aí uma sinopse. Confesso que não saberia fazer uma, não saberia como resumir uma história tão absolutamente intrincada, complexa, em poucas linhas.
Por isso transcrevo também a sinopse, a apresentação geral do filme feito no extraordinário site All Movie, que é assinada por Hal Erickson:
“Out of the Past é um film noir tão perfeito que é considerado praticamente um manual do gênero. Em seu primeiro papel como protagonista (ele havia sido oferecido antes a John Garfield e Dick Powell), Robert Mitchum interpeta Jeff Bailey, o simpático mas reservado dono de um posto de gasolina de uma pequena cidade.”
Coincidências: John Garfield, é bom lembrar, havia sido o astro de O Destino Bate à Porta, grande sucesso no ano anterior ao do lançamento deste Out of the Past. E a maior parte da ação daquele grande clássico se passa em um posto de gasolina-lanchonete à beira de uma estrada pouco movimentada. As histórias dos filmes noir sempre têm alguns elementos em comum.
“Enquanto o ajudante surdo-mudo (Dick Moore) de Jeff, extremamente fiel ao patrão, observa com fascinação curiosa, um sujeito desagradável chamado Joe (Paul Valentine) aparece no posto, obviamente procurando pelo dono. Jeff sabe muito bem quem é Joe; ele tinha temido a chegada desse momento durante muito tempo, sabendo perfeitamente que ele significaria o fim de sua existência semi-idílica atual, sem mencionar sua ligação com uma moça do lugar, Ann (Virginia Huston). Em um longo flashback, a audiência fica conhecendo as razões do desconforto de Jeff – e assim começa uma história de deslealdade, traição e intriga, que se estende até os dias atuais e viram a vida de Jeff de cabeça para baixo.”
Que maravilha de sinopse! Eis aí uma das muitas razões pelas quais o All Movie é um dos melhores sites sobre cinema do mundo.
O filme é cheio de diálogos fascinantes
Interessante é que a sinopse do All Movie não menciona o gângster Whit Sterling, nem o ator que o interpreta, Kirk Douglas.
Achei fantástico, ao ver o filme agora, pela primeira vez na vida, o fato de o nome de Kirk Douglas aparecer depois do título, abaixo dos nomes de Robert Mitchum e dessa linda (mas não uma grande estrela, que eu saiba) Jane Greer.
Nasci três anos depois do lançamento deste Out of the Past, e, quando, 12 anos depois, comecei a anotar os filmes que via, a partir de 1º de janeiro de 1962, Kirk Douglas era um dos maiores astros de Hollywood, e portanto do cinema mundial. Basta lembrar que, em 1960, havia estrelado o maravilhoso, espetacular Spartacus, um dos mais brilhantes épicos da História – e parece que ele e Stanley Kubrick, que já haviam trabalhado juntos em outra obra-prima, Glória Feita de Sangue (1957), desentenderam-se furiosamente durante as filmagens. Estrela, ego imenso, um dos produtores, Kirk – dizem – bateu muita boca com o diretor genial.
Out of the Past foi apenas o segundo filme da carreira de Kirk Douglas. Ele está aqui absolutamente jovem, e belo – tinha então apenas 31 anos. Interpreta o gângster sanguinário, violento, como se fosse um executivo bem intencionado, bem humorado.
Como já foi dito antes, os diálogos do filme são fascinantes. O personagem de Kirk Dougas, o gângster Whit Sterling, diz para Jeff, o detetive particular que trabalha para ele, referindo-se a Kathie, a amante que deu um tiro em sua barriga e fugiu com US$ 40 mil dele: “Ache-a, Jeff, traga-a de volta”. E Jeff questiona: – “Por que eu?” O bandido explica: “Bem, conheço muitos caras espertos, e uns poucos que são honestos. E você é as duas coisas.”
Estamos com uns 40 minutos de filme quando acontece o reencontro de Jeff com o bandidão Whit, após os muitos anos em que Jeff tentou se esconder, fugir do antigo empregador a quem tinha atraiçoado, após o longo flashback em que o antigo detetive particular conta para a namorada o seu passado sujo, em que amou de perdição uma mulher-areia movediça.
Tento jamais revelar muito do que acontece após os primeiros 20 minutos dos filmes, mas vou transcrever parte do diálogo do reencontro de Jeff com Whit, porque ele é absolutamente extraordinário, e não chega a ser spoiler.
É, muito provavelmente, um dos mais brilhantes diálogos de todo o cinema noir. É também, e muito além disso, uma maneira fantástica de definir o que é o trabalho e como é a forma de se viver numa sociedade capitalista.
Whit demonstra que acha estranhíssimo uma pessoa com o talento de Jeff ter virado dono de posto de gasolina em uma cidade pequena.
Jeff: – “É muito simples. Vendo gasolina e tenho um pequeno lucro. Com isso, vou ao mercado e faço compras, e o dono do mercado tem seu lucro. Isso se chama ganhar a vida. Talvez você já tenha ouvido falar.”
Parece a frase de um brasileiro honesto dirigida a um petista que mama em uma das milhares de tetas do governo e jamais ganhou a vida com o suor de seu própria testa.
E Whit, o gângster, responde: – “Posso ter ouvido falar, sim, mas não imaginei que seria de você.”
Jeff: – “Eu não queria ferir seus sentimentos.”
Whit: – “Meus sentimentos? Há uns dez anos eu os escondi, e agora não sei onde eles estão.
Jeff: – “Onde você procurou?”
Whit: – “Na minha carteira. (E, depois de uma pausa:) Preciso de sua ajuda.”
Jeff: – “Como nos velhos tempos.”
Whit: – “Eu sempre gostei de você.”
Jeff: – “Você gostava porque me usava, e achava que eu era esperto. Não sou mais esperto: tenho um posto de gasolina.”
Parte da trama me parece cheia de furos. Mas e daí?
Diante de diálogos como esses, de movimentos de câmara absolutamente fantásticos, de jogos de sombra, preto versus branco (o noir tem influência forte do expressionismo alemão dos anos 1920), por que raios eu iria reclamar dos furos da trama?
Toda, absolutamente toda a história de Jeff indo atrás de Kathie no México, o encontro deles em Acapulco, a chegada de Whit lá no momento em que Jeff e Kathie planejavam fugir juntos para o fim do mundo, Guatemala e Chile, me parece ter mais furos do que todos os queijos suíços reunidos.
O roteiro é atribuído, nos créditos iniciais, a Geoffrey Homes, baseado na novela de sua própria autoria chamada Build My Gallow High – façam minha forca alta. O IMDb diz que Geofrrey Homes é um pseudônimo de Daniel Mainwaring – e que, embora não conste dos créditos, participaram da redação do roteiro James M. Cain e Frank Fenton. Não sei quem é Frank Fenton, mas James M. Cain é figura absolutamente fundamental nessa história toda de filme noir: ele é o autor dos livros que deram origem a Pacto de Sangue e O Destino Bate à Porta.
Leonard Maltin deu 3.5 estrelas em 4 para o filme: “Mitchum descobre que não consegue escapar de sua antiga vida quando seu ex-empregador (o gângster Douglas) e amante (Greer) o envolvem numa teia de assassinato e trapaça. Exemplo clássico do filme noir dos anos 1940, com diálogos magníficos.”
Pauline Kael diz que é um melodrama de suspense fino mas bem filmado, que não entra em colapso por causa da intensidade e das sugestões que o diretor Jacques Tourneur coloca nele. “É lixo vazio, mas você de fato continua vendo.”
Ah, a Dame Kael… Às vezes ela me irrita com essa pose de dona única da verdade.
Jane Greer faria o papel da mãe da protagonista na refilmagem
Jane Greer, Jane Greer.
Nasceu em Washington, D.C., em 1924 – estava, portanto, com apenas 23 anos quando Out of the Past foi lançado. Nossa, como fazia filmes! Entre 1945, quando estreou no cinema, com 21 anos de idade, e 1947, ano em que fez o principal papel feminino deste Out of the Past, trabalhou em nada menos que dez filmes!
Esse começo de carreira foi na RKO, estúdio menor que os grandões; mais tarde, ela foi contratada por um dos principais, a MGM.
Voltaria a contracenar com Robert Mitchum em outro noir, Cais da Maldição/The Big Steal (1949), um filme que detestei quando vi. Outro filme de sucesso de sua carreira foi O Homem das Mil Caras/Man of Thousand Faces (1957).
Em 1984 – interessantíssimo! –, teve um papel pequeno em Paixões Violentas/Against All Odds. Para o filme, Phil Collins escreveu a bela canção que tem o mesmo título, Against All Odds. O casal central é interpretado por Jeff Bridges e Rachel Ward. É a refilmagem de Out of the Past!
Jeff Bridges faz o papel que aqui é o de Robert Mitchum. A bela (e bem sensual) Rachel Ward faz o papel que aqui é o de Jane Greer. E esta interpreta a mãe da protagonista! Eu não sabia de nada disso. Muito legal: foi uma bela homenagem do diretor Taylor Hackford a essa atriz linda que não tem hoje o reconhecimento que mereceria.
É uma maravilha que esse Out of the Past esteja disponível hoje no Brasil. Isso acontece graças à ótima Versátil, que lançou uma caixa com seis clássicos do filme noir. Grande Versátil.
Anotação em março de 2015
Fuga do Passado/Out of the Past
De Jacques Tourneur, EUA, 1947
Com Robert Mitchum (Jeff Bailey), Jane Greer (Kathie Moffett), Kirk Douglas (Whit Sterling), Rhonda Fleming (Meta Carson), Richard Webb (Jim), Steve Brodie (Fisher), Virginia Huston (Ann), Paul Valentine (Joe), Dickie Moore (o garoto surdo-mudo), Ken Niles (Eels, o advogado)
Roteiro Geofrey Homes (pseudônimo de Daniel Mainwaring), James M. Cain e Frank Fenton (os dois últimos não tiveram seus nomes nos créditos)
Baseado na novela Build My Gallows High, de Geoffrey Homes
Fotografia Nicholas Musuraca
Música Roy Webb
Montagem Samuel E. Beetley
Produção Warren Duff, RKO. DVD Versátil.
P&B, 97 min
***
Isso não é um elenco, é uma constelação.
E, ah, o Kirk Douglas TEM que fazer 100 anos!!!
Eu gostei bastante deste filme. Ao contrário de outros noirs, não é tão pesado, tão denso. Achei mais leve. Jane Greer está bem no papel de femme fatal. Não a conheço de mais nenhum filme. A maioria das femme fatais é loira mas existem bastantes que não são: Gilda, Laura, Kitty, Vivien e Slim. Visto bem, acho que até as loiras não são assim tantas. Michum e Douglas perfeitos (Douglas dá medo). Não é fabuloso como Double Indemnity mas é bom. A cena em que Greer aparece no café… que beleza! De vestido branquinha a fingir que não sabe que está a ser olhada
Olha, eu sou grande fã deste filme. Um dos meus noir prediletos, ainda que eu conheça poucos filmes do gênero.
O “50 Anos” é uma preciosidade. Sérgio Vaz prende a atenção da gente em todos os parágrafos e faz do comentário/crítica a confiável referencia para quem pesquisa filmes . Minha crítica : o “50” tem pouca divulgação, poucas pessoas o conhecem
Um noir impecável. O trio principal é muito bom e os diálogos incríveis. A história realmente tem inúmeros furos, mas quem quer saber de realismo em um noir?