Forrest Gump é um gigantesco afresco. Resume, em 142 minutos de belo cinema, os principais acontecimentos da história dos Estados Unidos ao longo de três décadas – de meados dos anos 50 a meados dos 80 –, usando como fio condutor o protagonista da narrativa, o personagem do título.
É uma epopéia que não se envergonha de ser também uma fábula, uma fantasia. Mistura-se a mais deslavada fantasia com os fatos históricos – várias vezes mostrados em engenhosas montagens de cenas de telejornais da época com a figura do protagonista Forrest Gump. A ficção é muito mais delirante do que poderiam sonhar Gabriel García Márquez, Juan Rulfo, José J. Veiga.
Assim como mistura realidade e delírio, consegue, com maestria, mesclar piadas hilariantes, deliciosas, com situações de profunda tristeza, amargura.
E não tem qualquer pejo em emocionar o espectador. Forrest Gump é um filme profundamente emocionante.
Como um benefício a mais, o filme ainda traz uma antologia de pérolas da música popular americana dos anos 50 aos 80. É uma absoluta maravilha.
Mas, sobretudo, Forrest Gump faz uma elegia à bondade, ao altruísmo, à solidariedade de que o ser humano sabe ser capaz, embora seja também capaz de tanta mesquinhez, miséria, maldade, crueldade. O maior valor – é que mostra o filme – não é a beleza, nem a inteligência, e muito, muitíssimo menos a capacidade de ganhar dinheiro. O maior valor é a bondade, o bom-caratismo, a propensão a ajudar os outros em vez de pensar apenas no próprio umbigo.
Uma pena de pássaro voando ao sabor da brisa
O filme abre e fecha com uma pena de pássaro voando ao sabor da brisa.
No final, Forrest Gump, o limítrofe, que passou a vida sendo chamado de idiota, imbecil, faz uma sábia mistura dos conceitos de destino e casualidade como tentativa de explicação para os caminhos da existência de cada um de nós. Sua mãe, mulher religiosa, o ensinara que cada um tem o seu destino – mas deve fazer o melhor que pode, em todas as circunstâncias, para tornar a vida melhor: “Você tem que fazer o melhor com aquilo que Deus deu para você’. Seu grande amigo, o tenente Dan (Gary Sinise), um ateu convicto, desesperançado, o ensinara que tudo é casual e sem propósito.
E então Forrest Gump – uma interpretação absolutamente fantástica de Tom Hanks – sintetiza:
– “Não sei se mamãe estava certa ou se era o tenente Dan. Não sei se cada um tem um destino, ou se estamos todos flutuando acidentalmente como se levados pela brisa, mas acho que talvez sejam as duas coisas. Talvez sejam as duas coisas ao mesmo tempo.”
Na minha opinião, esse texto é tão genial quanto aquele de Graciliano Ramos: “Liberdade completa ninguém desfruta: começamos oprimidos pela sintaxe e acabamos às voltas com a Delegacia de Ordem Política e Social, mas, nos estreitos limites a que nos coagem a gramática e a lei, ainda nos podemos mexer.”
Na verdade, o texto brilhante como pérola do Velho Graça quer dizer exatamente a mesma coisa que a conclusão de Forrest Gump.
Está quase tudo escrito. No espaço do “quase”, no entanto, podemos nos virar.
Na trama deliciosa, Elvis Presley aprende a rebolar com Forrest Gump
Forrest Gump, o personagem, é da minha geração – um pouquinho mais velho do que eu. Deve ter nascido na segunda metade dos anos 40, porque, ali por 1953, 1954, estava com uns sete anos. O filme não traz aqueles letreiros que mostram o quando e o onde, mas às vezes há, na própria ação, referência a alguma data. Dá para calcular mais ou menos a data de nascimento dele porque um rapaz que tocava violão uma vez se hospedou na casa grande em que moravam ele e sua mãe (uma bela interpretação de Sally Field); enquanto o garotão tocava ao violão um ritmo quente, vibrante, Forrest agitava as pernas de um jeito esquisito – ele usava um aparelho nas pernas, dos pés à bacia, para melhorar o estado de sua coluna vertebral. Mais tarde, Forrest vê, num aparelho de TV numa vitrine de loja, aquele jovem – Elvis Presley – dançando exatamente como ele próprio havia dançado. E Elvis surgiu para o mundo em 1955.
Elvis ter aprendido a requebrar com Forrest Gump é uma das várias ótimas piadas do filme.
A mãe de Forrest herdara o belo casarão em que vive da mãe, que por sua vez o herdara da mãe dela, e assim para trás, por várias gerações. E é uma mãe solteira – o garoto nunca havia conhecido o pai. O casarão fica na zona rural, no interiorzão de Alabama, Sul Profundo, racista a não mais poder.
A sra. Gump recebia hóspedes nos diversos quartos vagos da casa – e era assim que sustentava a si própria e ao filho.
Fazia questão de ignorar as limitações do garoto (interpretado então por Michael Conner Humphreys). O diretor da escola pública do lugar recusa-se a admitir Forrest, dizendo que o Q.I. dele é de 75, e portanto ele deveria ir para uma escola especial. A sra. Gump faz o sacrifício: para que o filho possa ir à escola junto com os garotos ditos “normais”, dá para o diretor.
No ônibus para a escola, Forrest fica conhecendo uma garotinha que morava não muito longe dele, Jenny (Hanna Hall quando garotinha). Jenny se torna amiga dele – sua única amiga.
Veremos depois que Jenny, sensível, inteligente, sofria de abuso, assim como suas irmãs, do pai bêbado.
Os dois estão juntos um belo dia quando três garotos fazem Forrest vítima de um bullying violento: jogam pedras nele, o chamam de idiota, aproximam-se na óbvia intenção de dar-lhe uma surra.
Aí acontece a primeira incursão da história no mais absoluto fantástico.
Jenny grita: “Corra, Forrest, corra”. Forrest começa a correr, com extrema dificuldade por causa do aparelho nas pernas. Jenny repete o grito, e Forrest tenta acelerar, seguido de perto pelos molestadores.
De repente, o aparelho começa a se soltar das pernas do garoto. E ele sai correndo em disparada, completamente curado, sarado.
E correr a uma velocidade espantosa será uma das marcas registradas de Forrest ao longo da vida toda.
Adolescente (já interpretado por Tom Hanks), fugindo a toda velocidade daqueles mesmos molestadores cretinos agora montados em uma caminhonete, Forrest atravessa um campo em que é disputada uma partida de futebol americano entre dois times universitários. É contratado – e ganha uma bolsa de estudos para a universidade.
Continua amigo de Jenny – que agora vem na pele e na beleza de Robin Wright. Jenny tem lá seus namoros, e são muitos. Forrest, não. Para ele, ou é Jenny ou então não é ninguém.
Forrest Gump esteve presente no momento dos grandes fatos históricos
Aí vão alguns dos fatos, dos acontecimentos históricos de que Forrest Gump vai participar:
* O movimento pelos direitos civis, pelo fim das leis estaduais que oficializavam o racismo, a segregação racial, o apartheid no país do sonho e da liberdade. Forrest participa do momento em que policiais federais garantem a entrada de dois estudantes negros na Universidade do Alabama, contrariando as ordens do governador racista George Wallace. Mais tarde, Forrest participa da gigantesca, gloriosa marcha sobre Washington (na foto), que reuniu centenas de milhares de pessoas para ouvir o reverendo Martin Luther King e alguns jovens artistas como Bob Dylan, Joan Baez, Peter, Paul & Mary, além de veteranos como Pete Seeger.
* A chegada do homem à Lua. Forrest está em casa, e a televisão está transmitindo as imagens, mas ele não dá muita bola para a informação. Forrest é um homem de pés no chão. Deve ser Capricórnio.
* A guerra do Vietnã. Forrest se alista, vai para o front. Este tema merece uma atenção especial.
* A sequência de presidentes americanos naqueles anos. Forrest visita a Casa Branca em três oportunidades, e aí o diretor Robert Zemeckis – que domina como poucos os milagres dos efeitos especiais, da tecnologia, e já havia feito a mais perfeita junção de atores e personagens de desenhos animados em Uma Cilada para Roger Rabbit/Who Framed Roger Rabbit – faz maravilhas mostrando Forrest Gump-Tom Hanks ao lado de John F. Kennedy (na foto abaixo), depois Lyndon B. Johnson, depois Richard M. Nixon
* Watergate. Aí o escritor e roteirista Eric Roth, baseado ou não no romance de Winston Groom a partir do qual o filme foi feito, excede no talento, na sacada inteligente. Botam Forrest hospedado no Watergate Hotel. Aí, no meio da noite, Forrest liga para a portaria se queixando de que tem umas pessoas com lanternas no edifício em frente – Watergate, é bom lembrar, é um complexo de prédios que inclui um hotel e um prédio de escritórios, no qual funcionava a sede da campanha do Partido Democrata à presidência. “É bom vocês mandarem alguém lá para ligar a luz”, diz Forrest, “porque essas lanternas não estão me deixando dormir”. Na ficção-fantasia fantástica, então, temos que Forrest Gump não apenas ensinou a Elvis Presley como dançar como também foi a pessoa que primeiro chamou a atenção para a invasão da sede da campanha do Partido Democrata por um bando de aloprados que primeiro o governo Nixon tentou chamar de assaltantes, e no fim se revelou que estavam mesmo a serviço da reeleição do presidente.
* O flower-power, o hippismo, a contracultura. Cabe a Jenny, a eterna amiga de Forrest, mostrar a importância que teve aquele movimento doido, insano, maravilhoso, fabuloso, de contestação ao sistema. Jenny entra de cabeça no anticonformismo, primeiro admirando as canções folk de Joan Baez e as canções pós folk de Bob Dylan, depois se engajando no SDS, a Students for a Democratic Society, que iria resultar em movimentos radicais, como os Pantera Negras e os Weather Underground.
* As drogas. É também através de Jenny que o filme mostra como o sonho hippie acabou desembocando, muitas vezes, na mais pura e abjeta sujeição às drogas pesadas.
* A aids. A narrativa de Forrest Gump termina em 1983 – a aids começava a se tornar uma epidemia, ainda de causas difusas, não perfeitamente conhecidas. Mas, em seu filme lançado em 1994, Robert Zemeckis fez questão de incluir a aids como um dos temas básicos. E aí é interessante lembrar que, em Philadelphia, de um ano antes, 1993, Tom Hanks havia feito o papel de um advogado demitido de sua firma por ter aids.
A falta de inteligência faz Forrest Gump ser um soldado perfeito!
Na versão para o cinema da peça Hair, o genial Milos Forman fez uma das sequências mais violentamente antimilitaristas da História do cinema – e olha que o cinema tem dezenas de geniais obras anti-militaristas. Para representar o general que tenta discursar para a tropa que está para embarcar rumo ao Vietnã, Forman teve a sorte de poder contar com a participação especial de Nicholas Ray, um dos mais fascinantes realizadores do cinema, o autor de alguns filmes que definiram o que era a rebeldia nas sociedades pós Segunda Guerra Mundial.
No Hair de Milos Forman, o general interpretado por Nicholas Ray vai fazendo seu discurso de general – mas os alto-falantes começam a tocar um rock anti-guerras. A seqüência é esplendorosa.
Em Forrest Gump, o roteirista Eric Roth também foi fundo na condenação do militarismo. Durante os treinamentos dos soldados do batalhão de Forrest, há, como em todos os filmes sobre militares americanos, um sargentão duro, que berra ordens e fala cinco palavrões em cada seis palavras. Dá-se este diálogo entre os dois:
Sargento: – “Gump! Qual é o seu único objetivo neste exército?”
Forrest: – “Fazer qualquer coisa que o senhor disser para eu fazer, sargento!”
Sargento: – “Que merda, Gump! Você é um danado de um gênio! Esta é a resposta mais brilhante que já ouvi. Você deve ter uma porra de um Q.I. de 160. Você é uma bosta de um sujeito bem dotado, Gump!”
E aí Forrest diz, contando sua história para quem estiver sentado a seu lado no banco do ponto de ônibus em que ele fica ao longo de toda a narrativa: “Por algum motivo eu me encaixei muito bem no exército. Na verdade, não é muito difícil. É só você arrumar sua cama direitinho e se lembrar de ficar de pé direito e sempre responder a qualquer pergunta com ‘Sim, senhor’.”
Duas piadas especialmente deliciosas
Aí vão duas – só duas – das muitas piadas fantásticas do filme.
O tenente Dan fica sócio de Forrest num barco de pesca de camarões. Acaba que, por acaso, o pequeno empreendimento dá certo, os dois viram donos de uma grande frota de pesqueiros de camarões, ficam ricos. Lá pelas tantas, Forrest volta para casa, para ficar com a mãe que está doente. Dan vai tocando o negócio, investindo os lucros fabulosos em ações de empresas emergentes. Um dia Forrest recebe uma carta em que Dan informa que está investindo numa empresa chamada Apple (e vemos o logotipo da empresa de Steve Jobs). Forrest diz, na sua interminável narrativa para quem estiver sentado ao lado:
– “O tenente Dan está investindo nosso dinheiro em uma empresa do ramo de frutas.”
***
Lá pelas tantas, Forrest é entrevistado na TV por Dick Cavett, como veterano de guerra e herói do pingue-pong (acabara de voltar da China, onde disputara pingue-pongue com grandes astros chineses). Ao lado de Forrest Gump está John Lennon. Rola o seguinte diálogo:
Forrest: – “Na China, as pessoas praticamente não têm nada.”
John Lennon: – “No possessions?”
Forrest: – “E na China eles nunca vão à igreja.”
John Lennon: – “No religion too?”
Dick Cavett: – “Ah. Difícil de imaginar.”
John Lennon: – “Well it’s easy if you try, Dick.”
Como diria o André Abujamra: magina de pipo!
O roteiro de Eric Roth torna Forrest Gump o inventor da dança de Elvis e co-criador do hino pacifista de John Lennon!
O filme foi o grande vencedor do Oscar de 1995; ao todo, ganhou 44 prêmios
Forrest Gump foi o grande vencedor do Oscar de 1995. Foram dez indicações, e nada menos que seis prêmios, nas categorias de melhor filme, direção para Robert Zemeckis, ator para Tom Hanks, roteiro adaptado para Erich Roth, montagem para Arthur Schmidt e efeitos visuais para Ken Ralston, George Murphy, Stephen Rosenbaum e Allen Hall.
No total, o filme ganhou 44 prêmios, fora outras 47 indicações. Para citar apenas alguns prêmios, ganhou os Globos de Ouro de melhor filme na categoria drama, melhor direção, melhor ator para Tom Hanks e melhor atriz coadjuvante para Robin Wright, e os Baftas – o Oscar inglês – para roteiro adaptado, ator para Tom Hanks, atriz coadjuvante para Sally Field e efeitos especiais.
Foi também um extraordinário sucesso de público. Rendeu US$ 330 milhões no mercado doméstico e US$ 347 milhões pelo mundo, num total de US$ 677 milhões.
Interessante: Leonard Maltin, o autor do guia de filmes mais vendido do mundo, deu ao filme apenas 2.5 estrelas em 4: “Um garoto de raciocínio lento chega à idade madura flutuando pela vida – como uma pena – com apenas uma compreensão vaga dos tempos tumultuados em que está vivendo. (Ele consegue estar presente em virtualmente todos os fenômenos socio-pop-políticos das décadas de formação dos Baby Boomers, da ascensão de Elvis à queda de Nixon.) Ou bem você aceita Hanks nesse papel e vai com o senso de extravagância sério-cômica do filme, ou você não aceita (nós não aceitamos) – mas de qualquer forma é uma longa jornada, cheia de imagens digitalizadas que colocam Forrest Gump em uma ampla veriedade de panos de fundo e eventos reais. Baseado na novela (mais satírica) de Winston Groom.”
É: Maltin não entrou em sintonia com o filme. Isso acontece mesmo, com todo mundo. Volta e meia acontece comigo: mesmo percebendo que é um filme de qualidade, ocorre de eu não entrar no espírito, e não gostar.
“Uma história rica em grandes risadas e silenciosas verdades”
Já Roger Ebert derreteu-se com Forrest Gump, que ganhou dele a cotação máxima de 4 estrelas. Como sempre, a crítica de Ebert é imensa, quase tão grande quanto minhas anotações. Alguns trechos:
“Nunca encontrei alguém como Forrest Gump em um filme antes, e por isso nunca tinha visto um filme parecido com Forrest Gump. Qualquer tentativa de descrevê-lo correrá o risco de fazer com que o filme seja mais convencional do que ele é, mas vou tentar. É uma comédia, acho. Ou talvez seja um drama. Ou um sonho. O roteiro de Eric Roth tem a complexidade da ficção moderna, não as fórmulas dos filmes recentes. Seu herói, interpretado por Tom Hanks, é um homem absolutamente decente, com um Q.I. de 75, que consegue entre os anos 1950 e os 1980 se envolver em cada um dos maiores eventos na história americana. E ele sobrevive a todos eles com apenas com a honestidade e a bondade como seus escudos. E no entanto esta NÃO é uma história sobre um homem mentalmente retardade para aquecer os corações dos espectadores. Esse rótulo é pequeno e limitador demais para Forrest Gump. O filme é mais uma meditação sobre os nossos tempos, conforme vistos através dos olhos de um homem destituído de cinismo, que encara as coisas exatamente como elas são.”
“Tom Hanks é provavelmente o único ator que poderia ter feito o papel. Não consigo pensar em nenhum outro no papel de Gump, depois de ver como Hanks faz dele uma pessoa tão digna, tão reta. Sua atuação é um extraordinário equilíbrio entre comédia e tristeza, em uma história rica em grandes risadas e silenciosas verdades.”
“A story rich in big laughs and quiet truths.” Ah: quando eu crescer quero escrever como o Roger Ebert.
Ele termina sua crítica assim: “Que filme mágico”.
É isso aí. Forrest Gump é um filme mágico.
Anotação em julho de 2014
Forrest Gump, o Contador de Histórias/Forrest Gump
De Robert Zemeckis, EUA, 1994.
Com Tom Hanks (Forrest Gump)
e Gary Sinise (tenente Dan Taylor), Robin Wright (Jenny Curran), Sally Field (Mrs. Gump), Mykelti Williamson (Benjamin Buford Blue, o Bubba), Rebecca Williams (enfermeira no banco da praça), Michael Humphrey (Forrest garoto), Harold Herthum (o médico), Sam Anderson (o diretor do colégio), Siobhan Fallon (a motorista do ônibus escolar), Hanna Hall (Jenny garota)
Roteiro Eric Roth
Baseado na novela de Winston Groom
Fotografia Don Burgess
Música Alan Silvestri
Montagem Arthur Schmidt
Produção Paramount. DVD Paramount.
Cor, 142 min
R, ***1/2
Pouquíssimas vezes discordo das suas opiniões, mas vi Forrest Gump no cinema, e não gostei. Mesmo lendo seu texto não senti vontade de revê-lo, o que significa que ele realmente não me pegou. Como você disse, às vezes não entramos em sintonia com um filme. Mesmo tendo passado anos, a sensação que ele me deixou não foi boa.
Além de não gostar de ficção/fantasia, também não gosto do Tom Hanks, enjoei da cara dele ao longo dos anos. É um bom ator, talvez ótimo, mas não me emociona.
Eu adoro este filme, já o vi vezes sem conta. Não sei se é um drama ou uma comédia ou as duas coisas, sei que sempre que o vejo me emociono. O Tom Hanks tem uma interpretação excepcional, inesquecível. E a música… Eu dou-lhe a pontuação máxima, sem favor.
É um filme mágico, não tem definição melhor. Tom Hanks me lembra James Stewart (já falei isso antes, né?)… a capacidade que ele tem de dar um eixo moral aos personagens me impressiona sempre.
Forrest Gump é, sem dúvida, um dos melhores filmes de todos os tempos. Assisti dezenas de vezes e provavelmente assistirei novamente, pois a reflexão acerca forma como Forrest supera as adversidades é uma terapia de forte impacto emocional.
Forrest é um filme mágico e atemporal,jamais me cansarei dele.Quem não aprecia,não tem amor no coração.
Forrest Gump é presença obrigatória em qualquer lista dos 15 melhores filmes de todos os tempos que se preze. Já assisti um sem número de vezes e em 100% delas choro como um bebê na cena em que ele fala com o túmulo de Jenny. Minha esposa nem gosta que eu assista a essa cena, pois fica preocupada com minha reação. Foi nosso primeiro filme juntos. Só de lembrar já me enche os olhos d’água. O filme é pura emoção e Tom Hanks está em seu auge como ator. Simplesmente fabuloso. Jamais conseguiu repetir aquele brilhantismo ofuscante. Incrivelmente, há quem não goste e talvez fosse o caso de rever os próprios conceitos sobre a bondade que é um dos eixos principais do filme. E fica a pergunta: Jenny morreu mesmo de Aids? E como Forrest não contraiu a doença? Ou ele também morreu em um hipotético futuro? Não me refiro ao livro, mas apenas ao filme. Minha opinião é que ela morreu de Aids sim, contraída depois da gravidez, mas não fez sexo com Forrest após o casamento, portanto ele não contraiu a doença. Longa vida a Forrest Gump!
OLÁ.
Muito bom seu site e seu texto sobre o filme Forrest Gump.
Apenas uma ressalva: Jenny não morreu de AIDS, mas de hepatite C, doença só descoberta na década de 80
abraço
p.s. : não vi um posto sobre Cidadão Kane