Oscars de melhor filme, melhor atriz para Jessica Tandy, melhor roteiro adaptado e melhor maquiagem, fora cinco outras indicações, Conduzindo Miss Daisy, de 1989, fala de questões sérias, pesadas, de uma maneira absolutamente suave.
Foi o que mais me impressionou ao rever o filme agora, mais de 20 anos depois da primeira vez: a suavidade.
Conduzindo Miss Daisy é um filme feito de suavidade, delicadeza, sutileza.
Os temas são o preconceito racial, as distâncias entre as classes sociais, o envelhecimento. Em 2011, outro filme oscarizado, Histórias Cruzadas/The Help, abordaria de forma dura, nua a crua, a mesma questão da convivência entre patrões brancos e empregados negros nos Estados sulistas americanos, onde até meados dos anos 1960 existia um racismo institucionalizado, legalizado, tão abjeto, nojento, quanto o da África do Sul de apartheid. E em 2012 ainda outro filme oscarizado, Amour, abordaria o envelhecimento de maneira aberta, quase cruel.
Conduzindo Miss Daisy, dirigido pelo experiente e eclético australiano Bruce Beresford, trata desses temas duros de maneira suave, até com humor. Não é uma comédia escrachada, de forma alguma, mas é uma comédia dramática, uma dramédia.
Não vai aí, nessas primeiras considerações sobre o filme, nenhum juízo de valor. São apenas observações, constatações. Não entendo que uma forma de abordar essas questões seja melhor que a outra.
Os que se proclamam politicamente corretos, que entendem que para combater o racismo é preciso ter ódio das pessoas de uma determinada cor de pele, e estão sempre a exigir vingança contra os crimes e pecados do passado, esses talvez enxerguem em Conduzindo Miss Daisy um tom pacificador demais, quase como uma justificativa para o comportamento dos brancos.
Besteira pura. É um filme claramente, nitidamente, abertamente anti-racista, anti-supremacista. Mostra uma realidade horrorosa, um tempo em que, repito, o racismo era institucionalizado nos Estados sulistas; e mostra como essa realidade pavorosa foi aos poucos mudando – felizmente para melhor – ao longo das décadas.
A ação se passa em Atlanta, Georgia, um dos Estados confederados que lutaram na Guerra de Secessão contra a União para manter a escravatura. Começa em 1948, e avança até meados dos anos 1970.
Mostra que o que era horroroso deixou de ser tão horroroso assim.
As coisas melhoraram. Quem se recusar a admitir isso é cego e não quer ver.
As coisas melhoraram devagar. Aos poucos. Mas melhoraram. O filme mostra isso com suavidade, com grande ternura por seus personagens. Não é um hino marcial – é uma canção suave. Não é um grito violento, tipo grandes filmes anti-racistas como Mississipi em Chamas, Acorrentados, No Calor da Noite, O Ódio é Cego; é uma suave ode à compreensão entre as pessoas de boa vontade.
Velhinha, Miss Daisy demonstra que não deve continuar dirigindo seu carro
A heroína, Miss Daisy Werthan (o papel de Jessica Tandy, 80 anos de idade na época em que o filme foi feito), é uma velhinha judia da Georgia de temperamento forte, irascível, em geral mal-humorada, brava, cabeça dura, fiel a seus princípios, segura de si. Veremos que tinha sido pobre na juventude; o falecido marido e o filho, Boolie (o papel de Dan Aykroyd, na foto abaixo), souberam tocar a tecelagem que havia sido iniciada pelo sogro de Miss Daisy, e hoje – hoje, veremos, é 1948 – a família tem uma vida confortável. Miss Daisy vive sozinha numa casa muito ampla, auxiliada faz décadas pela empregada Idella (Esther Rolle).
Na primeira seqüência do filme, Miss Daisy se apronta para sair, avisa Idella que vai ao mercado e dá a partida em seu belo carro. Erra a marcha, bota ré e deixa o bólido balançando diante do quintal do vizinho, que fica alguns metros abaixo do terreno da casa dela (na foto acima).
O filho Boolie deixa o trabalho na tecelagem e vai cuidar do estrago.
Tenta convencer a mãe de que é melhor ela não voltar a dirigir.
Miss Daisy tem plena certeza de que o filho está exagerando, que ela é perfeitamente capaz de continuar dirigindo.
Por uma dessas coincidências que há na vida, assim como nas histórias de ficção, surge inesperadamente na tecelagem dos Werthan um amigo de um dos funcionários, um senhor que havia trabalhado como motorista particular durante muitos anos e agora estava desempregado. Chama-se Hoke Colburn, e vem na pessoa de Morgan Freeman, esse monumento.
Boolie contrata Hoke como chofer de Miss Daisy. O patrão será sempre ele, o filho – uma boa maneira de impedir que a velhinha geniosa demita o empregado.
Nos primeiros dias, Miss Daisy simplesmente se recusa a entrar no carro novo comprado pelo filho e agora pronto para ser dirigido pelo motorista. Recusa também todos os esforços que Hoke faz para se tornar útil na casa – ele tenta limpar os candelabros, ela não deixa; ele sugere plantar uma horta no terreiro, ela não deixa.
Hoke precisa do emprego, e por isso é paciente, calmo, prestativo, quase obsequioso demais. (Os spike lees da vida seguramente diriam que ele é o estereótipo do negro servil demais aos patrões brancos – mas que se danem os spike lees da vida.) Miss Daisy é geniosa, cabeça quente, durona, mal-humorada. Não será uma coexistência fácil.
A trama se baseia na história real da avó do autor e o motorista dela
Conduzindo Miss Daisy se baseia numa peça teatral de autoria de Alfred Fox Uhry, natural da mesma Atlanta retratada na peça e no filme. O autor nasceu na capital do Great State of Georgia em 1936. A história da relação entre Miss Daisy e Hoke se baseia numa história real – a de sua bisavó Lena Fox e o chofer Will Coleman.
O próprio dramaturgo escreveu o roteiro do filme.
A peça, lançada em 1987, foi encenada off-Broadway – uma produção independente, portanto, não nos grandes teatrões daqueles de filas imensas de turistas de todo o mundo para ver elenco numeroso, famoso, em peças de sucesso garantido. No ano seguinte, ganhou o Pulitzer de drama.
O IMDb registra um pequeno detalhe bem interessante: nenhum outra fita baseada em peça off-Broadway venceu o Oscar de melhor filme. Hollywood se dá muito melhor com a Broadway do que com o off-Broadway.
O Oscar costuma em geral gostar de coisas grandes, monumentais. Conduzindo Miss Daisy é o contrário do grande, do monumental, por ser suave, em tom menor, muito mais intimista do que épico, muito mais peça de câmara do que sinfonia. Que bom que o Oscar, naquele ano, fugiu do costumeiro, do usual.
Embora baseado em peça teatral, o filme tem um quê de road movie
Há filmes baseados em peças teatrais que não procuram fugir de sua origem. Passam-se basicamente no mesmo espaço, muitas vezes entre quatro paredes – e não tenho absolutamente nada contra eles. Mas Conduzindo Miss Daisy não parece teatro filmado de jeito algum. Depois que se vê o filme, fica até difícil imaginar como a história deve ter sido contada no teatro. Tudo bem: pode-se imaginar que tenha havido, no teatro, diversas cenas dentro do carro, o motorista negro no banco da frente, a senhora judia no banco de trás.
Mas de fato o filme passa longe de teatro filmado. Em alguns momentos, Conduzindo Miss Daisy é um perfeito road movie.
Acontece na estrada o primeiro embate duro dos dois protagonistas com o racismo.
Miss Daisy diz pelo menos duas vezes ao filho Boolie que não tem preconceito contra negros. Mas, como tantas pessoas, ela é preconceituosa, sim, não exatamente contra os negros, mas contra as pessoas pobres, mais pobres que ela. Acha – e diz, textualmente – que “eles” (os mais pobres que ela, os empregados) roubam.
A sequência em que ela acusa o motorista Hoke de ter roubado da dispensa de sua casa uma lata de salmão – que havia custado cerca de 30 cents de dólar – é um absoluto brilho.
Miss Daisy, que se achava nada preconceituosa mas era preconceituosa, sim, senhor, leva um tapa forte na cara nessa bela sequência.
A narrativa já está bastante adiantada quando Miss Daisy enceta uma viagem de Atlanta até uma cidade do Alabama em que mora seu irmão que está completando 90 anos.
É a primeira vez que Hoke está saindo da Georgia, indo para um outro Estado.
Alabama era assim o horror dos horrores no preconceito racial.
Param junto de um lago, para descansar.
Chegam dois policiais, jovens, brancos e do Alabama. Para eles, um negro dirigindo aquele carrão só poderia ser um ladrão. Miss Daisy afirma que o carro é dela. Os policiais pedem os documentos. Está tudo absolutamente certo, e então os policiais calhordas, imbecis, babacas, racistas, deixam a dupla ir embora – e um comenta para o outro algo do tipo: “Só nos faltava essa – uma velha judia e um motorista crioulo”.
Todo preconceito contra uma “raça”, uma cor de pele, uma nacionalidade, uma religião, é nojento, calhorda, imbecil.
Alguns quilômetros mais adiante, Hoke diz a Miss Daisy que vai ter que parar. Miss Daisy pergunta se o carro está com algum problema, e Hoke diz que não, não é o carro: é ele. Ele tem necessidade de urinar. Miss Daisy questiona: mas então por que não urinou na última parada, no posto de gasolina?
E Hoke tem que dizer para ela que não poderia, porque no posto de gasolina dos brancos os negros não podem ir ao banheiro.
As sequências que falam sobre Martin Luther King Jr. são extraordinárias. Sutis – mas verdadeiras, sinceras. Nem chegam a ser suaves. São faca enfiada no peito.
Um filme suave não quer dizer um filme imbecil, nem emasculado, nem racista. Conduzindo Miss Daisy é um filme inteligente, macho pra cacete, e anti-racista até a raiz dos cabelos de Jessica Tandy e Morgan Freeman.
“Que lição ver um filme que olha para o coração”
Quando cheguei a este ponto da anotação, dei uma olhadinha no Cinemania, o extraordinário CD-ROM que trazia uma quantidade absurda de informações sobre os filmes, e era tão bom que a indústria deixou de produzir. Dei uma rápida olhada no que diz sobre o filme Leonard Maltin, o sujeito do guia de filmes mais vendido no mundo, e me deu uma imensa preguiça. (Ele dá 3 estrelas em 4 para o filme.)
Com preguiça maior ainda, dei uma olhadinha bem rápida no que diz sobre o filme Pauline Kael, a prima-donna da crítica americana, e não quis saber. Me concentrei, então, no que diz Roger Ebert, o crítico que amava os filmes que via. Ebert deu a cotação máxima, 4 estrelas.
Cada vez mais tenho menos paciência, agora que estou velhinho e posso chutar todos os paus de barraca que houver, com críticos metidos a besta e com críticos que não gostam dos filmes que vêem, ou simplesmente não gostam de ver filmes.
Diz Roger Ebert, um sujeito que gosta de filmes: “Driving Miss Daisy é um filme de grande amor e paciência, contando uma história que leva 25 anos para ser revelada, explorando seus personagens como poucos filmes levam tempo para fazer. Lá pelo final do filme, já viajamos muito com as duas pessoas mais importantes nele – Miss Daisy Werthan, uma senhora sulista orgulhosa, e Hoke Colburn, seu chofer – e já desenvolvemos uma relação com os sentimentos deles.
“O filme mostra um quarto de século da vida de seus dois personagens. (…) É um filme imensamente sutil, em que quase nada das informações mais importantes é mostrado no diálogo, e em que a linguagem corporal, o tom da voz ou o olhar podem ser a coisa mais importante numa cena. Depois de tantos filmes em que personagens rasos e violentos negam a humanidade deles e a nossa, que lição ver um filme que olha para o coração.”
E então eu digo: que maravilha ter existido Roger Ebert. Roger Ebert dignifica a existência dos críticos de cinema. Nos faz lembrar que crítico de cinema não são apenas aqueles 432 garotinhos que escrevem asneiras na Folha de S. Paulo e em outro monte de publicações. “Bons filmes farão de nós seres melhores”, ele escreveu.
Ainda bem que os produtores se decidiram por Jessica Tandy e Morgan Freeman
Consta que Katharine Hepburn, Bette Davis, Lucille Ball e Angela Lansbury demonstraram interesse em interpretar Miss Daisy. Os produtores chegaram a pensar também em colocar nos dois principais papéis Bette Midler e Eddie Murphy.
É o tal negócio que eu ando repetindo sempre: às vezes Hollywood, como Deus, escreve certo por linhas tortas. Todas as atrizes citadas aí no parágrafo anterior são excelentes, e seguramente teriam feito ótimas Miss Daisy. Mas Jessica Tandy parece ter sido talhada para o papel. E Eddie Murphy? Ah, não. O filme não seria tão bom se fosse Eddie Murphy, um comediante, bom ator, mas comediante, o ator que interpretasse Hoke. O papel foi feito para o grande, o gigantesco, o fenomenal Morgan Freeman.
Nascido em 1937, em Memphis, Tennessee (a cidade onde Elvis cresceu, viveu e morreu), Morgan Freeman era um jovem de 52 anos em 1989, o ano de lançamento do filme. Um garotinho, comparado aos 80 anos de Jessica Tandy. Os maquiadores tiveram um trabalho danado para mostrar seu envelhecimento ao longo de um quarto de século – assim como para mostrar o envelhecimento da personagem de Jessica Tandy.
Foi a segunda indicação de Morgan Freeman ao Oscar. Antes, em 1987, já havia sido indicado ao prêmio de coadjuvante por Armação Perigosa/Street Smart. Seria indicado ao prêmio principal em 1994 por Um Sonho de Liberdade/The Shawshank Redemption; ganharia o prêmio de coadjuvante por Menina de Ouro, e seria de novo indicado por outro filme dirigido por Clint Eastwood, Invictus, de 2009.
Morgan Freeman é maior do que qualquer prêmio. Se um dia o Oscar ganhasse um Prêmio Morgan Freeman, aí então aquela estatueta de gesso pintada de dourado passaria a ter grande valor.
Jessica Tandy é até hoje a atriz mais velha ao receber o Oscar
Outras informações sobre Conduzindo Miss Daisy, muitas delas tiradas do IMDb:
* A peça Driving Miss Daisy foi a primeira da Trilogia de Atlanta escrita por Alfre Uhry sobre a comunidade judaica em Atlanta. As duas outras peças são The Last Night of Ballyhoo, de 1996, e Parade, de 1998.
* A personagem Florine, a nora que Miss Daisy despreza, detesta, não existia na peça de teatro. O papel foi escrito para o filme especificamente para a atriz Patti LuPone.
* Jessica Tandy tinha 81 anos quando ganhou o Oscar de melhor atriz pelo papel de Miss Daisy. É, até hoje, a atriz mais velha a ganhar o Oscar.
* Consta que Jessica Tandy apostou US$ 100 com seu agente que não ganharia o prêmio da Academia.
* As atrizes que concorriam ao prêmio naquele ano (e perderam) eram Isabelle Adjani por Camille Claudel, Pauline Collins por Shirley Valentine, Jessica Lange por Muito Mais que um Crime e Michelle Pfeiffer por Susan e os Baker Boys.
* Os filmes que concorriam ao prêmio principal naquele ano (e perderam) eram Nascido em 4 de Julho, Sociedade dos Poetas Mortos, O Campo dos Sonhos e Meu Pé Esquerdo.
* Ainda a contabilidade sobre o Oscar. Conduzindo Miss Daisy é, até hoje, um dos quatro únicos filmes a vencer o prêmio principal, de melhor filme, sem ter tido indicação para o de melhor diretor. Os outros são Asas (1927), Grand Hotel (1932) e Argo (2012). Bruce Beresford alinha-se, então, a essa pequena confraria de realizadores que fizeram um grande filme sem que seu trabalho fosse reconhecido sequer com uma indicação. Junta-se, respectivamente, a William A. Wellman, Edmund Goulding e Ben Affleck.
* A trilha sonora, composta por Hans Zimmer, foi inteiramente gravada em sintetizadores, tocados por ele próprio. Não há um instrumento original na trilha.
* Há uma cena em que três homens atravessam uma linha férrea em Atlanta. Os três – meros figurantes, extras – são todos descendentes de Will Coleman, o motorista da bisavó do autor da peça em que o personagem Hoke foi baseado.
Os racialistas, os que têm ódio, esses acham que não, mas as coisas melhoram
Uma beleza de filme, feito de suavidade, delicadeza, sutileza.
Uma das muitas sutilezas vem bem no finalzinho da narrativa. Boolie, o filho de Miss Daisy, e Hoke, o antigo motorista dela, se encontram. Boolie pergunta se ele veio dirigindo, e Hoke diz que não, não dirige mais, está muito velho. Veio de carona com a neta. A neta, acrescenta ele, é professora universitária.
A Lusitana roda, o mundo gira e as coisas melhoram. Os spike lees da vida, os racialistas, os que têm ódio, esses acham que não, mas as coisas melhoram.
Anotação em maio de 2013
Conduzindo Miss Daisy/Driving Miss Daisy
De Bruce Beresford, EUA, 1989
Com Jessica Tandy (Miss Daisy Werthan), Morgan Freeman (Hoke Colburn),
e Dan Aykroyd (Boolie Werthan), Patti LuPone (Florine Werthan), Esther Rolle (Idella), Joann Havrilla (Miss McClatchey), William Hall Jr. (Oscar), Alvin M. Sugarman (Dr. Well), Clarice F. Geigerman (Nonie), Muriel Moore (Miriam), Sylvia Kaler (Beulah)
Roteiro Alfred Uhry, baseado em sua peça teatral
Fotografia Peter James
Música Hans Zimmer
Montagem Mark Warner
Produção The Zanuck Company. DVD Europa Filmes.
Cor, 99 min
R, ***1/2
Adoro “Conduzindo Miss Daisy”. Já assisti ao filme inúmeras vezes. Fenomenal. Entretanto, há uma verdadeira “gafe” na maravilhosa cena do pretenso roubo das latas de salmão por Hoke. Ele afirma que abriu a lata de salmão por que tinha como almoço, preparadpo a mando da dona da casa, “costeletas de porco”, frias… Ora, se Miss Daisy era judia… Abraços, com admiração.
Só há poucos dias vi este filme pela primeira vez. E fiquei muito encantado. Como o Sérgio escreve, este é um filme suave e subtil. Mas não deixa de mostrar o horror do racismo. O Sérgio cita, e muito bem, Roger Ebert. É lamentável que tenha morrido, já sinto a sua falta.
Caro Sergio – Um parabéns gigante por este teu belo trabalho!
Ao contrário de você não vejo mensagens nos filmes, deixo-os me atingirem e a minha cotação vem pelo prazer de assisti-los. No “Conduzindo Miss Daisy” se Morgan Freeman fosse de qualquer cor o efeito seria o mesmo, igualmente com a religião da Jéssica Tandy com exceção da cena da viagem. É um filme maravilhoso que como você diz nos levita do chão.
Vi no cinema ainda no lançãmento e desde então sempre me vem à cabeça a sua bela poesia. A mesma sensação de leveza poética me causou o filma À Espera de um Milagre. Ótimos!