Um Caminho para Dois / Two for the Road

Nota: ★★★½

Um Caminho para Dois/Two for the Road é a forma mais absolutamente elegante, requintada, sofisticada – e divertida – de fazer aquelas afirmações em que muita gente acredita: que o casamento é o túmulo da paixão, o tempo acaba com a chama, o romantismo é soterrado com o passar dos anos, no começo tudo são flores mas depois tudo piora.

Ah, sim: e também de dizer aquela outra coisa em que muita gente não acredita: que o dinheiro não traz felicidade.

Mark e Joanna se conheceram jovens, lindos e pobres, dois estrangeiros passeando pelo interior da França – e foram imensa, gloriosamente felizes. Doze anos depois, estão de novo passeando pelo interior da França – são lindos, não tão jovens, muito ricos, e o encanto se perdeu em algum lugar do caminho.

Mark vem na pele de Albert Finney, o grande ator inglês que estava então no auge do estrelato, quatro anos depois do premiado e aclamado As Aventuras de Tom Jones. Tinha 31 anos.

Joanna vem na beleza única, exclusiva de Audrey Hepburn, também no auge da fama e do reconhecimento geral, três anos depois de My Fair Lady. Tinha 38 anos, e a mesma graça suave, encantadora, que exibiu aos 24 no seu primeiro papel importante, em A Princesa e o Plebeu/Roman Holiday.

O filme, lançado em 1967, tem a direção segura, experiente, talentosa de Stanley Donen, um absoluto mestre do musical, da aventura e do romance. Embora já fosse um veterano – seu Núpcias Reais/Royal Wedding é de 1951, e Cantando na Chuva, que co-dirigiu com Gene Kelly, é de 1952 –, gostava de experimentar, ousar. E Um Caminho para Dois é todo cheio de invencionices, brincadeiras formais, sacadinhas na narrativa – assim como Tom Jones, do então jovem Tony Richardson.

Uma narrativa cheia de brincadeirinhas formais, criativóis

Um Caminho para Dois é cheio de criativóis, um atrás do outro, sem parar. Parece assim um pouco, nesse sentido, com O Fabuloso Destino de Amélie Poulain.

Manda às favas, por exemplo, a ordem cronológica. Mark e Joanna, ingleses, mas apaixonados pelo Continente, fizeram várias viagens pela França, entre a primeira, aquela em que se conheceram, e a mais recente, doze anos depois – e o filme mistura as diversas viagens, as diversas épocas. Mas mistura muito, mistura bem misturado – quase como se, na sala de montagem, tivessem embaralhado as sequências aleatoriamente

Quase como se – porque nada, na verdade, é aleatório. Os acontecimentos do passado alegre, feliz, brincalhão, voltam à memória do casal que hoje está sério, sem graça, um distante do outro. Uma lembrança puxa a outra, um fato leva a outro parecido de um passado mais distante.

O roteiro – do inglês Frederic Raphael – costura com um brilhantismo raro as idas e vindas no tempo, que duram o filme inteiro, sem cessar.

Numa bela sacada visual, Stanley Donen promoveu uma farra com os carros das diferentes épocas da vida de Joanna e Mark. Assim, nos dias de hoje – se considerarmos como dias de hoje os da viagem mais recente mostrada no filme, a que abre a narrativa, quando os dois estão com doze anos de casados – o casal viaja num confortável Mercedes-Benz. Na primeira das suas viagens, andaram a pé e pedindo carona. Um pouco depois, já tinham dinheiro para comprar um pequeno e velho MG. Quando estavam com dois anos de casados, viajaram num utilitário, juntamente com um casal de amigos e sua filhinha insuportável.

Pois bem: então, quando Joanna e Mark estão no seu velho MG, cruzam com um Mercedes idêntico àquele que usarão quando já estiverem mais velhos, mais ricos e menos felizes. Quando estão viajando no Mercedes, cruzam com um utilitário como o que usaram na desafortunada aventura a cinco. Coisas assim acontecerão diversas, muitas, muitas vezes.

As diferentes épocas invadem as demais, sem parar. Nos carros, nos locais, nas paisagens, nos diálogos. Um diálogo de doze anos antes é repetido agora. O tempo barafunda-se todo, o tempo todo.

Diálogos afiados, inteligentes, brilhantes

Um dos primeiros diálogos entre Mark e Joanna acontece nos dias de hoje. Eles estão no Mercedes, e passam por uma cidadezinha do interior da França onde acaba de se realizar um casamento. Joanna olha para o jovem casal: – “Eles não parecem muito felizes.”

Mark: – “E por que estariam felizes? Acabaram de se casar.”

Da primeira vez que viajam juntos, vêem num restaurante um casal de meia idade que não se fala – ficam em silêncio. Joanna pergunta como é possível um casal estar junto e não se falar, e Mark responde depressa: – “É porque eles são casados”.

Numa outra sequência, os dois observam um casal discutindo, brigando:

Mark: – “Isso é o casamento para você.”

Joanna: – “Isso é o casamento para eles.”

Mark: – “Isso é o casamento, ponto final.”

Alguns close-ups do rosto de Audrey são mais belos que os rostos pintados por Boticelli

Como a ação se passa ao longo de doze anos, desde os tempos em que os dois são muito jovens e ainda sem dinheiro, até uma época em que estão muito bem de vida (Mark é um arquiteto que sobe rapidamente na profissão), Audrey Hepburn usa os mais diferentes tipos de roupa, ao longo dos 112 minutos do filme, que aliás passam depressa demais. Audrey, sinônimo perfeito de elegância, usou, em vários de seus filmes, figurinos especialmente desenhados para ela por Givenchy. Aqui são tantos figurinos, mas tantos, que foi necessário encomendar roupas para diversos figurinistas – Paco Rabanne, Hardy Amies, Ken Scott, Michele Posier, Foale and Tuffin, Mary Quant.

Claro, tinha que ter Mary Quant. Mary Quant era um must, em 1967, era a própria imagem da Inglaterra em mudança acelerada de costumes, a Swingin’ London em pessoa, a sra. Minissaia.

Aliás, em Um Caminho para Dois Audrey Hepburn aparece em diversas cenas de short, de maiô. Magrinha, magrinha – mas com um pouquinho mais de carne nas coxas do que Angelina Jolie. Eram tempos melhores. Até as magrelas não eram tão anorexicamente biafrentas.

Alguns close-ups do rosto de Audrey Hepburn, na câmara de Stanley Donen, são tão belos quanto os rostos das mulheres pintadas por Boticelli.

Audrey Hepburn, Stanley Donen, Henry Mancini – que trio

Stanley Donen teve a sorte grande de dirigir Audrey Hepburn em três filmes. Fizeram juntos Cinderela em Paris/Funny Face (1957), Charada (1963) e este Um Caminho para Dois.

Nós, espectadores, tivemos a sorte de receber de Stanley Donen três filmes com Audrey Hepburn.

Donen era daqueles diretores que gostavam de manter os colaboradores. Henry Mancini compôs a trilha sonora de Charada, Arabesque (1966) e Um Caminho para Dois. O tema principal de Um Caminho para Dois é belíssimo, como tantos compostos pelo mestre.

Mancini fez também a trilha de outros filmes estrelados por Audrey Hepburn. A mais famosa delas é a de Bonequinha de Luxo/Breakfast at Tiffany’s, de 1961. É dele também a trilha de Terror nas Trevas/Wait Until Dark, do mesmo ano deste filme aqui, 1967 – uma beleza de thriller dirigido por Terence Young, o inglês que realizou os primeiros filmes da série James Bond, em que Audrey interpreta, maravilhosamente, uma jovem cega cuja casa é invadida por um assassino.

Um americano que adorava fazer flmes passados na Europa

Americano da Carolina do Sul, Stanley Donen adorava filmar na Europa, contar histórias passadas na Europa. Charada e Cinderela em Paris se passam em Paris, Arabesque e Indiscreta (1958), na Inglaterra. Este aqui, seu road movie, se passa inteiramente na França.

Os americanos que aparecem no filme – Cathy e Howard, o tal casal que viaja junto com Mark e Joanna, com a filhinha pentelha – são absolutamente ridículos. O roteirista inglês Frederic Raphael foi especialmente cruel na criação desses personagens, atiçando aquela velha relação de amor e ódio que une e separa EUA e Europa.

Cathy (Eleanor Bron) havia sido namorada de Mark, no passado. Casou-se com Howard (William Daniels), um contador, um sujeito organizado, meticuloso, cuidadoso, um estudioso da psicologia mais barata possível – um dos tipos mais chatos que já povoaram os filmes. Tiveram Ruth (Gabrielle Middleton), uma garotinha criada numa educação em que a palavra “não” inexistia, o que é típico da segunda metade dos anos 60 – Ruth, ou Ruthie, como os pais a chamam, é, assim como o pai, um dos tipos mais pentelhos da história do cinema.

A viagem que os cinco fazem juntos, e que, como todas as demais viagens de Mark e Joanna, é mostrada em pílulas ao longo de todo o filme, é o absoluto inferno para o casal de protagonistas – e fornece ao espectador algumas piadas hilariantes. Howard cronometra quanto tempo cada um dirige; de tempos em tempos, caderninho à mão, manda que Mark assuma a direção, depois Joanna. No restaurante, caderninho à mão, apresenta a seguinte decisão: assumindo que o que Ruth consome equivale à metade de um adulto, ela será considerada uma parte, e cada adulto, duas partes, de tal maneira que a conta será dividida por 9, cabendo ao casal Mark e Joanna quatro nove avos do total, e a eles, cinco nove avos. (Será que é assim que se diz uma fração – 4/9, 5/9? Não posso criticar a ignorância dos estudantes que fazem Enem…)

Lá pelas tantas, Ruthie pega a chave do carro e a joga longe. Ficam os quatro adultos durante horas procurando a chave na beira da estrada.

Um parênteses absolutamente pessoal

(Vimos Um Caminho para Dois juntos, Regina e eu, quando estávamos casados e não sabíamos como conduzir nossa vida a quatro, ela com a filha dela, eu com a minha filha. Ela implicava comigo e com a forma como eu educava minha filha; dizia que eu não impunha limites a ela, que ela era igual à Ruthinha do filme.

Foi impossível não lembrar disso, ao rever o filme agora, tanto tempo depois. Hoje, passados tantos anos-luz, as dores todas esquecidas, a filha dela linda, maravilhosa, resolvida, a minha linda, maravilhosa, resolvida, sorrio com a lembrança da grossa besteira de Regina, aquela mulher extraordinária.)

Eleanor Bron, a moça de Help! E Jacqueline Bisset num papel mínimo

Ao rever Eleanor Bron no papel de Cathy, a mãe do monstrinho, tive a certeza de que a vi em outros filmes, mas não me lembrava quais. Uma olhada no IMDb resolveu o problema: Eleanor Bron, inglesa de Middlesex, nascida em 1938, fez um papel pequeno mais importante em Help!, o segundo filme dos Beatles, dirigido por Richard Lester em 1965. Trabalhou também em Como Conquistar as Mulheres/Alfie, de 1966. Continua na ativa; o IMDB registra 83 filmes com ela.

Mas não me lembrava, de jeito nenhum, de que Jacqueline Bisset faz um pequeno papel em Um Caminho para Dois.

Jacqueline Bisset estava com 23 aninhos quando o filme foi lançado. Já havia tido outros papéis bem pequenos em cinco outros filmes, inclusive Armadilha do Destino/Cul-de-sac, de Polanski, de 1966. Aqui, faz o papel de Jackie, uma das garotas da Kombi que Mark e Joanna encontram quando estão viajando pedindo caronas pelas estradas francesas.

Embora o namoro com Joanna estivesse no início, e o início do namoro tenha sido absolutamente idílico, Mark se engraça por Jackie-Jacqueline Bisset. Mark é um grande galinha, não pode ver uma saia. Vai se engraçar mais tarde com uma outra mulher.

Um Albert Finney um tanto empostado demais, Audrey sempre natural

Mark, na verdade, é um chato de galocha – foi o que achei nesta revisão do filme agora. Sempre foi, desde o início, quando era mais jovem e ainda não tinha enchido o rabo de dinheiro. Verdade que depois de rico fica ainda pior, ainda mais chato, mas chato, sempre foi. Não dá para entender como Joanna-Audrey Hepburn, aquela gracinha, se apaixonou por ele, e continuou apaixonada ao longo de tanto tempo.

Mas tudo bem: o amor é cego, dizem.

Na revisão, achei Albert Finney empostado demais. Tem uma voz falsa, empostada, como se estivesse o tempo todo representando um papel de alguém que não é ele. É esquisito – mas é um tanto chocante o contraste com Audrey Hepburn, que atua muito mais à vontade.

“O filme tentar fazer um comentário amargo sobre o tédio conjugal, tipo La Notte

Outras opiniões. Leonard Maltin dá 3 estrelas em 4: “Um filme maravilhosamente interpretado sobre casal Hepburn e Finney sempre em guerra parando para fazer reminiscências sobre seus 12 anos de casamento, tentando salvar sua felicidade. Um filme perceptivo, vencedor, bem dirigido por Donen. Agradável tema por Henry Mancini.”

Dame Pauline Kael, na tradução de Sérgio Augusto para a edição brasileira de 1001 Noites no Cinema:

“Outros filmes do diretor, Stanley Donen, não são tão aguçados. É o roteirista inglês Frederic Raphael, com um homor contido, quem pôs uma marca nesta história de marido e mulher – Albert Finney e Audrey Hepburn – vistos durante algumas viagens européias, em períodos diferentes e não consecutivos de suas vidas, oscilando entre o presente e o passado. A intenção é mostrar um casamento moderno, em que pessoas ideais, apaixonadas e bem-sucedidas, mesmo assim não são felizes. (…) O filme tenta fazer um comentário amargo sobre o tédio conjugal, tipo La Notte. Os trechos cômicos, fáceis, despertam expectativas nos espectadores que depois são traídas, e as coisas inteligentes e amargas parecem apenas rançosas. No entanto, às vezes Hepburn está extraordinariamente bela – sobretudo no final, em que se pretende que ela aparente mais ou menos a idade que na verdade tem, e seu minirrosto duro e laqueado é enfatizado por um vestido reluzente. Como o marido, Finney está musculoso, mal-humorado e meio infantil – o que faz Hepburn parecer mais valente e comovente, como a esposa que tenta remediar as situações. As caricaturas dos americanos, feitas por William Daniels e Eleanor Bron, seriam constrangedoramente exageradas vistas a 50 metros – aqui são filmadas em close.”

“Em todo lugar, a qualquer momento, o amor acaba”

Mas, afinal, le mariage est le tombeau de la passion? E, aliás, de quem é essa frase famosérria? Voltaire? Balzac? Flaubert? Nenhuma das alternativas anteriores, parece. Parece que a frase não tem autoria definida.

O casamento mata a paixão? Todo amor, toda paixão é necessariamente finita, conforme nos diz Stanley Donen neste filme?

Paulo Mendes Campos, num dos textos que mais admiro, que mais me fazem babar, diz que o amor acaba “numa esquina, por exemplo, num domingo de lua nova, depois de teatro e silêncio; acaba em cafés engordurados, diferentes dos parques de ouro onde começou a pulsar; de repente, ao meio do cigarro que ele atira de raiva contra um automóvel ou que ela esmaga no cinzeiro repleto, polvilhando de cinzas o escarlate das unhas”.

Num momento de genialidade, Nelson Motta escreveu que “dor de amor quando não passa é porque o amor valeu”.

Eu sei lá. Tive umas dez paixões sérias na vida, três casamentos; amo minhas duas ex-mulheres, e 21 anos depois do terceiro casamento não encontro jeito de perder o encanto. Muito menos procuro – ao contrário do que fazem, com perseverança, Mark e Joanna.

Anotação em setembro de 2011

Um Caminho para Dois/Two for the Road

De Stanley Donen, Inglaterra, 1967

Com Audrey Hepburn (Joanna Wallace), Albert Finney (Mark Wallace), Eleanor Bron (Cathy Manchester), William Daniels (Howard Manchester), Claude Dauphin (Maurice Dalbret), Jacqueline Bisset (Jackie)

Roteiro Frederic Raphael

Fotografia Christopher Challis

Música Henry Mancini

Montagem Richard Marden e Madeleine Gug

Figurinos Hardy Amies, Ken Scott, Michele Posier, Paco Rabanne, Mary Quant, Foale and Tuffin

Produção Stanley Donen Films, 20th Century Fox. DVD Versátil-Fox.

Cor, 112 min.

R, ***1/2

8 Comentários para “Um Caminho para Dois / Two for the Road”

  1. Um filme muito lindo, maravilhoso e, como se não bastasse, com Audrey Hepburn. Audrey é um colírio para nossos olhos. Ela transborda elegância, simpatia, beleza. Que atriz !!!!
    Linda a fotografia, ótimos diálogos.
    Filme que nos faz refletir sôbre as relações conjugais.
    Muito bacana esse quê do roteiro de mostrar as várias fases do casamento deles através das viagens que fizeram.O comêço encantador, o surgir das diferênças,brigas e o apodrecer da relação.
    Relacionamentos têm seus altos e baixos. Se conseguirmos fazer o “dever de casa” que é não deixar cair no marasmo, no tédio, na rotina, vamos que vamos . . .
    Foi possível vermos Audrey rindo, chorando, carateando, cheia de ironias e,(quem diría)até xingando. Uma verdadeira diva. Este é um de seus melhores filmes, gostei muito também de “Um clarão nas trevas” e “Charada” que me vem assim de lampejo na mente.
    Sim, gostei muito da química entre Finney e Audrey. E, de fato, aquela menina e seu pai, duas malas pesadíssimas e sem alça.
    Sempre achei que tôda a graça e beleza da Audrey vinha de sua magrêza. Se fôsse mais roliça creio que não sería assim.
    Li em um artigo não ter sido a toa durante as filmagens, os boatos que apareceram de haver um caso entre Finney e a Audrey, por conta dessa química.
    Abraço, Sergio !!

  2. Por casualidade/coincidência li hoje trecho de outro artigo sôbre a Audrey onde dizia que ela foi uma das poucas atrizes a ganhar todos os prêmios de Hollywood.
    Tony / Oscar / Grammy e Emmy.
    Também que um ano após Marilyn Monroe cantar o famoso Happy Birthday para Kennedy ela fez o mesmo. E, esse foi o último que ele ouviu.
    Falava fluentemente cinco idiomas sendo eles.
    Ingles,Frances,Italiano,Espanhol,Neerlandes.
    E,lembrei também um outro ótimo filme que vi com ela , ” Infâmia “.
    A não menos notavel, Shirley Maclaine atuou com ela, nesse.
    Nunca é demais falarmos de quem admiramos.
    Um abraço, amigo!!

  3. Vi e tenho quase todos os filmes desta DIVINA AUDREY HEPBURN e fico a imaginar si ela foi um ser humano como nos ou foi e é mesmo uma DEUSA destas em que os gregos cantavam em trova e verso ,e,assim fica dificil acreditar que não exista como materia ,esta materia que ainda nos causa tanto admiração.Fico com apena com aqueles que com ela contracenaram ,pois ela parece como se fosse o sol e eles o menor planeta .Fico a lamentar ,porque não conservaram seu extraordinario corpo,assim como os russos fizeram o LENIN e ora que o lider russo não serve pra nada, a não ser para alguns russos .AUDREY HEPBURN ,não foi apenas uma estrela de primeira grandeza no cinema mundial ,foi mais do que isto ,foi um ser iluminado e por isto talvez tenha sido não feliz no amor real pois não era para ser amada como uma mulher ,pois ela era mais do isto .Sou até hoje por ela apaixonado ,paixão esta que começou quando a vi em Guerra e paz e dai para os outros filmes vejo e revejo e cada dia que passa aumenta ainda mais minhão paixão a ponto de não acreditar que aquele simples tumulo na cidadezinha da SUISSA guarda os restos da mais deslumbrante artista e ativista pela causa principalmente das criança .Sua grandeza foi um sopro de DEUS ,ela é aquele espirito em que apareçe no filme ALEM DA ETERNIDADE foi uma premonição .

  4. Tenho 19 anos e sou completamente apaixonada pela Audrey. A descobri em 2010 e desde então não parei mais de procurar seus filmes para comprar e assistir. Há tempos queria assistir “Um Caminho para Dois”, mas nunca encontrava pra comprar ou mesmo para assistir online, até que, num golpe de sorte, encontrei-o hoje online e acabei de assisti-lo ainda agora. Adorei o filme, Audrey lindíssima e super talentosa como sempre, filme lindo e que já me inspirou em como tentarei manter a minha relação com o meu namorado (e futuro marido ;D) com o passar dos anos. Adorei sua resenha e o seu site, parabéns pelo seu trabalho!

  5. Gostei do filme, mas com ressalvas: o roteiro é muito bom, mas a direção do Donen achei lentaaa, mais uma vez, isso deixa a história cansativa. Faltou um pouco de dinamismo.

    Concordo com você, e também achei o Finney empostado. Ele não soube dar a graça que o personagem pedia, dificilmente conseguimos rir com ele. A Audrey eu nunca acho muito à vontade nos filmes, pra falar bem a verdade, ela atua sempre um pouco contida, com ‘classe’ demais (difícil imaginar que a personagem dela lavaria umas peças de roupa na pia do banheiro, ela não consegue nos passar essa imagem de mulher-trabalhadora-dona-de-casa).
    Finney estava super gatinho, mesmo não fazendo meu tipo, não dá para não notar isso, e com um corpo bonito e em forma, mas “normal”, sem barriga tanquinho (não sei onde Pauline Kael viu um corpo musculoso ali. Eu até pensei nisso enquanto via o filme: que antes os atores não eram “bombados” como são os de hoje). Ele aparece várias vezes de calção curtinho ou de sungão, pra alegria das mulheres! Já Audrey estava magra demais, exageradamente magra! Certamente pesava 50kg ou menos na época, o peso de uma adolescente de 13 anos! A gente pensa que a anorexia das atrizes começou recentemente, mas acho que existe desde sempre.
    Pela primeira vez não a achei tão bonita, talvez pela magreza excessiva, e pelo cabelo estranho durante todo o filme (deve ter usado peruca algumas vezes), ou talvez ainda porque eu tenha prestado mais atenção ao personagem masculino. E por mais que tenham contratado estilistas de renome, nem sempre as roupas da sua personagem eram elegantes (pelo contrário, algumas são breguíssimas, incluindo alguns modelos de óculos de sol – um deles aparece em uma das fotos que ilustram o texto) o que significa que dinheiro e roupas caras não são necessariamente sinônimos de bom gosto. Tanto que acho que ela está mais bonita nas sequências em que era pobre, e vestia roupas básicas, com direito à boa e velha calça jeans, que já tinha vindo pra ficar. Gostei também, e mais, das roupas do Finney. Foi uma das épocas em que os homens se vestiam melhor: camisas mais ajustadas e calças sequinhas, sem parecer que estavam usando 3 números a mais. [fim da parte #brioches do comentário]

    O roteiro é ótimo: deixa claro como a paixão vai desvanecendo com o tempo, e como pega fogo no começo da relação. A história ter sido contada fora da ordem cronológica é um ponto positivo, pois mostra fatos curiosos e engraçados, que de outra maneira não perceberíamos tão facilmente; como quando os dois estão pedindo carona, passam vários carros por eles, e não param. Então Mark diz que quando tivesse carro jamais deixaria de dar carona pra alguém. Imediatamente aparecem os dois já na fase rica, com ele dirigindo uma Mercedes, e passando voando sem dar a mínima pra um casal que pedia carona.

    Adoro quando os filmes abordam o ódio entre EUA – Europa, então gostei de ver o casal americano ridículo com a filha malcriada, embora eles nos façam ter vontade de dar fast forward.

    Engraçado como Mark não pensou duas vezes em trair Joanna, mas quando aconteceu com ele, ficou posando de vítima, falando que tinha sido humilhado. Concordo que ele era chato: além de chato, mal-humorado, imaturo/infantil e meio canalha. Nunca fazia nada para agradar a mulher (tanto que ela diz que ele nunca lhe dava nada que ela queria, dava somente o que ele queria dar – e isso pode ser usado no lado afetivo também), era sempre ela quem ficava tentando equilibrar a relação, fazer as pazes. Ele também era um homem que eu costumo chamar de banana, nada pró-ativo. Até empurrar o carro acabava sobrando pra ela. Isso acaba com qualquer amor! Por outro lado, o roteiro deixa claro que ele não queria se casar e nem ter filhos, então Joanna casou sabendo o que a esperava (talvez na ilusão de que ele mudasse com o tempo).

    Só duas pequenas correções: quem pergunta como é possível um casal estar junto e não se falar, é Mark. Os dois não encontram a Kombi juntos: Joanna viajava nela com as outras moças, Mark viajava sozinho, mas depois de um acidente na estrada ele passa a dirigir pra elas, e é aí que eles começam a amizade (mas já haviam se falado no navio).

    Pode-se dizer que esse filme é uma comédia romântica, com um pé no drama e na realidade, e talvez por isso dê o que falar (adoro filmes que rendem assunto) diferente dos romances rasos de hoje.

  6. Escrevi um jornal, mas esqueci de falar de duas cenas que achei ridículas e mal feitas: a primeira é quando os dois estão viajando de carro, o motor pifa, e cai o pára-choque. Mark desce pra pegá-lo, e providencialmente encontra uns trapos logo na entrada do mato à beira da estrada (o pára-choque estava obviamente quente).

    A outra é quando os dois estão jogando beisebol ou algo que o valha na praia: Mark com a bola, Joanna com o taco. Ela claramente coloca a perna na frente do taco quando ele arremessa a bola, bem devagar, e a bola bate na perna dela (dããã). Ela dá um gritinho de dor, eles começam a implicar um com o outro, e depois a brincar. Fiquei com vergonha alheia, um diretor amador teria feito melhor.

    Albert Finney tinha um corpo super bom, só esqueci de mencionar que não tinha nada de bunda. Também não dava pra esperar muito nesse quesito de um inglês. Mas o corpitcho faz bonito na tela.

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