Jantar às Oito / Dinner at 8

Nota: ★★★☆

Anotação em 2011: Jantar às Oito é uma bela surpresa. Com um elenco estelar, dirigido por George Cukor em 1933, época em que Hollywood produzia às dezenas comedinhas escapistas para um país afundado na Grande Depressão, o filme ousa misturar o tom de comedinha escapista com temas dramáticos, pesados – inclusive a própria Depressão.

É preciso realçar este ponto: 1933 era a época de comedinhas ligeiras, muitas delas abordando a vida dos muito ricos. Enchiam-se as telas de elegantes mulheres em vestidos de noite e homens em black-tie, entrando e saindo de boates, de restaurantes – enquanto centenas de milhares de americanos perdiam seus empregos e mergulhavam na miséria, a partir da crise econômica mais grave do século XX, iniciada com a quebra da Bolsa de Nova York em 1929.

A ordem era o escapismo, puro e simples.

E eis que Jantar às Oito – baseado em peça teatral de George S. Kaufman e Edna Ferber, esta última a autora do romance que daria origem a Assim Caminha a Humanidade/Giant, de George Stevens, nos anos 50 – mostra, sim, um grupo de muito ricos, com seus vestidos de noite e black-tie, mas fala de dificuldades financeiras, falência, empresários sem dinheiro.

E não só: em plena vigência do Código Hays, o rígido, duríssimo código de autocensura imposto pelos próprios estúdios, Jantar às Oito fala de infidelidade conjugal, algo expressamente banido, proibido, interditado. Mostra até mesmo um pedaço da coxa da estrela Jean Harlow!

E aborda também alcoolismo, fracasso, corrupção, suicídio.

Um menu bem diverso do exigido pelas comedinhas escapistas – embora haja também comédia no meio de tanto drama.

Antigas pérolas que, felizmente, voltam à tona

É, por tudo isso, um filme absolutamente fascinante.

Nunca tinha ouvido falar nele – ou, se é que tinha, já havia esquecido completamente, o que dá no mesmo. É mais uma prova de que, por mais que a gente veja filmes, por mais que a gente acha que conhece um pouco, ou até bastante, sobre filmes, sempre há um imenso universo a ser descoberto. Ainda bem que existem o DVD e os canais a cabo, que têm trazido de volta centenas de clássicos, filmes antigos, pouco conhecidos. Esta preciosidade, descobri graças ao TCM; por sorte, no meio de uma zapeada, parei no TCM para ver o que viria a seguir, e era esta pérola de 1933.

Detalhinho divertido: a Monet, a revista oficial da Net, que traz a programação dos canais exibidos pela empresa, diz que Jantar às Oito é dirigido por Ron Lagomarsino e tem no elenco Lauren Bacall, Charles Durning e Harry Hamlim. A revista confundiu o filme de Cukor com a refilmagem, feita em 1989 para a TV americana.

A versão original tem os grandes astros Marie Dressler, John Barrymore, Lionel Barrymore, Jean Harlow, Wallace Beery.

Um eventual leitor poderá talvez achar estranho o nome hoje mais desconhecido de Marie Dressler à frente de dois Barrymore e de Jean Harlow. Falarei de Marie Dressler mais adiante.

Uma imensa galeria de personagens, um produtor poderoso

A peça de George S. Kaufman e Edna Ferber tem uma enorme galeria de personagens. Parece até uma antecipação dos filmes mosaicos, ou, para ser mais chique, de estrutura multiplot, que passariam a ser extremamente comuns décadas e décadas mais tarde, como Short Cuts, de Robert Altman. Ao ver o filme, me lembrei de Grand Hotel, que a mesma Metro-Goldwyn-Mayer havia feito um ano antes, também com elenco estelar – Greta Garbo, Joan Crawford, os dois Barrymore, John e Lionel, Wallace Beery – estes três também presentes em Jantar às Oito. (Detalhinho: John e Lionel Barrymore eram irmãos; Drew Barrymore é neta de John.)

Tem muito a ver: o livro The MGM Story diz que a intenção do produtor do filme era essa mesma: reunir um elenco que conseguisse superar o de Grand Hotel.

O produtor era ninguém menos que David O. Selznick. The MGM Story conta que Louis Mayer havia convocado Selznick, seu genro, para supervisionar a produção de filmes, durante o tempo em que o gênio do estúdio, Irving Thalberg, estava de licença médica. Selznick levou da RKO, onde estivera trabalhando até então, o diretor George Cukor, responsável por diversos êxitos do estúdio concorrente. Selznick seria um dos produtores mais poderosos de Hollywood; foi ele o responsável por … E o Vento Levou, de 1939, que durante décadas seria o filme de maior bilheteria da história; foi ele também o homem que levou Alfred Hitchcock da Inglaterra para os Estados, e produziu os primeiros filmes americanos do mestre, a partirt de Rebecca, de 1940.

A esposa prepara um jantar elegante, o marido cuida de empresa com problemas

Uma enorme galeria de personagens, um elenco estelar. Nos créditos iniciais, uma bossinha – e não eram comuns as bossinhas nos créditos, normalmente rápidos e sóbrios, letras brancas sobre fundo preto. Aqui, os nomes dos atores vão sendo apresentados enquanto uma foto de seu rosto aparece dentro de um prato – afinal, o filme se chama Jantar às Oito.

Os primeiros personagens que conhecemos são da família Jordan. Millicent Jordan (Billie Burke) é uma daquelas senhoras ricas que tem em futilidade o equivalente ao tamanho da fortuna. Está se preparando para receber em sua grande casa em Nova York, na sexta-feira da semana seguinte, um excelso grupo de convidados para um jantar às oito da noite. O crème de la crème será um casal de fidalgos ingleses riquíssimos, atualmente em visita à América.

O marido de Millicent, Oliver Jordan (o papel de Lionel Barrymore, na foto acima), sujeito de boa natureza, bom coração, não liga muito para os compromissos sociais inventados pela mulher. É dono de uma companhia de navegação, que herdou do pai, e a companhia não vai muito bem, naqueles tempos da Grande Depressão.

Naquela manhã, Oliver receberá, na sua firma, a visita de uma velha amiga, por quem, na juventude, ele tinha sido apaixonado, Carlotta Vance (o papel de Marie Dressler, o primeiro nome a aparecer nos créditos iniciais, antes mesmo dos Barrymore e de Jean Harlow). Carlotta havia sido uma grande atriz de teatro; atualmente está radicada em Londres, o dinheiro anda curto, ela viajou para Nova York para resolver alguns negócios – pensa, por exemplo, em vender as ações que tem da companhia de Oliver. (O que aumentará os problemas, já grandes, da empresa.) Antes admiradíssima, Carlotta hoje é uma senhora idosa – e bastante feia, e grande.

Carlotta ainda está no escritório de Oliver quando chega uma nova visita, Dan Packard (Wallace Beery). Packard é um sujeito rude, do Oeste, que fez fortuna a partir da mineração, e Oliver tem esperança de trazê-lo para ser seu sócio na empresa de navegação – capital, que é o que falta a Oliver, o sujeito tem.

Packard tem dinheiro, sim, mas é um tanto malandro, um tanto corrupto, gosta de se meter em negociatas, em negócios pouco escrupulosos. Pensa em dar um golpe em Oliver.

Uma loura platinada gostosona, ignorante, de fala grosseira

O sujeito rude do Oeste é casado com uma loura platinada gostosona, ignorante, de fala grosseira, um tipo bastante vulgar – o papel perfeito para Jean Harlow. (E não dá para não lembrar que, em Kansas City, de Robert Altman, cuja ação se passa nos anos 30, a personagem de Jennifer Jason Leigh, uma loura oxigenada pobre e vulgar, tem Jean Harlow como seu modelo, sua ídola, enquanto a personagem de Miranda Richardson, rica, educada, diz que a atriz parece cheap – barata, vulgar.)

O casal Kitty e Dan Packard, a loura ignorante feita por Jean Harlow e o novo-rico rude e um tanto desonesto feito por Wallace Beery são – me ocorreu agora – dignos antecessores do casal da loura burra e do novo-rico rude e um tanto desonesto de Nascida Ontem/Born Yesterday, que o mesmo George Cukor faria em 1950, com Judy Holliday e Broderick Crawford nos papéis, e mais William Holden como o Pigmalião encarregado de dar um verniz de cultura na moça.

Os Packard são convidados por Millicent Jordan para o tal jantar às oito da noite, na sexta-feira seguinte. Millicent não gosta da idéia, mas Oliver pede a ela que os convide – é importante para os negócios.

Dan Packard a princípio não quer saber daquele jantar com gente chata, mas se anima ao ficar sabendo que estará lá o tal milionário inglês. Quanto a Kitty, esta adora a idéia de ver gente elegante, que é rica faz tempo, tem nome na sociedade.

Kitty – apesar dos princípios do Código Hays – tem um amante. É o médico que trata dela, o dr. Wayne Talbot (Edmund Lowe). O médico vai visitá-la um dia em que ela se queixa de resfriado e dores no corpo, e, assim que a empregada fecha a porta, a relação entre os dois deixa de ser a de médico e enfermeira, e os dois vão brincar de médico, como a gente dizia quando era criança. Incrível: a mulher casada infiel e o médico se beijam, e corta a cena!

Ousadias, naquele tempo em que sexo, no cinema, só era permitido para casais casados

E Kitty não é a única a trepar fora do casamento. Paula (Madge Evans), a filha de 19 anos do casal Jordan, noiva de um rapaz rico que naquele momento está viajando na Europa, conheceu um mês antes Larry Renault (o papel de John Barrymore, na foto com Madge Evans), e apaixonou-se perdidamente por ele. Ela está com ele no seu quarto de hotel quando a mãe dela, Millicent, liga para convidá-lo para o jantar às oito. Paula fica excitadíssima com a possibilidade de jantar em sua própria casa com o amante, e planeja contar tudo para pai e mãe.

Larry Renault bem que tenta dissuadi-la. Insiste com Paula: ele é o tipo de homem que ela deveria evitar. Tão jovem, rica – deveria era casar com o noivo. Ele é muito velho, está no terceiro casamento, já teve mil casos com garotas embevecidas – Larry é um tipo bonitão, e já foi um ator de sucesso. Agora, no entanto, sua carreira vai mal, ninguém mais quer saber dele – e está afundado no alcoolismo.

Quando Paula sai do quarto de Larry, é vista por Carlotta, a velha atriz amiga de Oliver – ela está hospedada naquele mesmo hotel.

Mais tarde, o médico, o dr. Talbot, será questionado por sua mulher, Lucy (Karen Morley), a respeito dos muitos casos que ele teve, e dos quais ela tem conhecimento. É uma conversa franca, aberta.

Tudo isso é muito, muito impressionante em um filme de 1933.

Para ilustrar, alguns trechos do código de autocensura de Hollywood

Como é possível que este filme tenha sido feito, com o Código Hays em pleno vigor?

Eis um trecho do Código Hays, no seu item Princípios Gerais:

“Nenhum filme será produzido que possa fazer abaixar os princípios morais daqueles que irão vê-lo. Desta forma, a simpatia da audiência jamais deve ser jogada para o lado do crime, do fazer errado, mal ou pecado. Princípios corretos de vida, sujeitos apenas às exigências do drama e do entretenimento, devem ser apresentados. A lei, natural ou humana, não será ridicularizada, nem simpatia pela sua violação será criada.”

Diabo. Um dia ainda me animo a transcrever todo o texto do Código Hays para botar no site. Eis dois outros trechos, que têm diretamente a ver com este filme fascinante:

“O uso de bebidas alcoólicas na vida americana, quando não exigido pela trama ou pela caracterização apropriada, não será mostrado.”

“A santidade da instituição do casamento e do lar será preservada. (…) O adultério, às vezes material necessária para a trama, não deve ser tratado explicitamente, ou justificado, ou apresentado de forma atraente.”

Tempos duros, duríssimos

As coisas não iam nada bem nos Estados Unidos, em 1933, o ano em que Jantar às Oito foi feito. Entre 1927, o ano do primeiro filme sonoro, e 1930, o primeiro ano após a quebra da Bolsa, a média de público nos cinemas americanos era de 110 milhões por semana. Essa média desabou para 60 milhões entre 1931 e 1933. O lucro da MGM havia caído; a Paramount devia US$ 282 milhões a diversos credores. Os estúdios na época possuíam suas próprias cadeias de salas de espetáculo, e, para enfrentar os tempos duríssimos e tentar impedir a contínua queda nas bilheterias, os preços dos ingressos caíram. Depois de uma época em que chegaram a receber US$ 3 milhões por dia, os cinemas americanos viram esse número cair abaixo de US$ 1 milhão. Estúdios cortaram salários dos empregados.

Essas informações estão em The MGM Story e também no livro That Was Hollywood – The 1930s, de Allen Eyles. Especificamente sobre o filme, ele diz: “O filme all-star da MGM depois de Grand Hotel foi mais barato de fazer e até mais rentável. Os astros foram usados durante o mínimo tempo possível, trabalhando de dois até 12 dias no filme, e o custo ficou abaixo de US$ 400 mil.” Outra fonte, o Cinebooks’, diz que, destes US$ 400 mil, US$ 110 mil foram para os autores da peça.

Só encontro menção ao Código Hays no Cinebooks’ – mas nem ali se fala da questão da infidelidade conjugal. O que o Cinebooks’ diz é que o representante da censura na Costa Oeste, um auxiliar de Will Hays, teria advertido Selznick sobre a cena do suicídio, algo bastante inadequado.

Superlativos, muitos elogios

O Cinebooks’ tem um texto imenso sobre o filme, para o qual dá a cotação máxima, 5 estrelas, e muitos superlativos. “Poucos filmes com grande elenco de estrelas funcionam, por serem tão sobrecarregados com talentos, o que obriga todos os papéis a serem pequenos, e o espectador fica ocupado demais olhando uma cara famosa atrás da outra para poder seguir a trama. Mas Dinner at 8 obtém sucesso, com um elenco all-star e em um nível alto, contando histórias separadas que levam à conclusão final.”

Lá pelas tantas, o longo texto faz uma deliciosa observação: em nenhuma das cenas em que Jean Harlow aparece ela usa sutiã.

E depois: “Dinner at 8 é uma obra-prima em que o muito cuidadoso diretor Cukor, conhecido por suas tomadas longas, cuidadosamente costura as vinhetas de seus personagens. Todos os atores principais desempenham seus papéis com perfeição. (…) Dressler (na foto) está magnífica como a idosa senhora do teatro graciosamenge lutando para preserver seu estilo de vida que escorrega pelo ralo e sua imagem, assim como aquela de sua era.”

Leonard Maltin também dá a cotação máxima para o filme – 4 estrelas. “Constelação de astros da época da MGM retratam vários estratos da sociedade em Nova York, convidados para jantar e brilhar; Harlow está em ótima forma cômica, mas Dressler como uma senhora idosa rouba o foco na versão cinematográfica da peça de George Kaufman-Edna Ferber. Não perca.”

Mesmo a exigentíssima Pauline Kael, a grande dama da crítica americana, gostou do filme. Diz que Jean Harlow está na sua melhor forma cômica, e que o filme é uma versão inteligente e muito melhorada da peça.

Diálogos inteligentes, cortantes feito peixeira de baiano

Em um filme cheio de excelentes, inteligentes diálogos, alguns dos melhores são ditos por Carlotta Vance, a personagem interpretada por Marie Dressler. Bem no final do filme, Paula, a filha dos Jordan, diz:

– “Ele está morto, Carlotta!”

Ao que a veterana atriz responde: – “E nada pode ser feito. É a coisa mais triste sobre a morte. É terrivelmente fatal. Nem mesmo os jovens podem fazer nada diante dela.”

A gostosona e ignorante Kitty tenta dar uma de inteligente e diz para Carlotta:

– “Eu estava lendo um livro outro dia…”

E Carlotta, surpresíssima: – “Lendo um livro?”

E Kitty: – “É, sobre civilização, ou algo assim… Você sabe que o cara disse que as máquinas vão tomar o lugar de todas as profissões?”

E Carlotta, cortante feito peixeira de baiano, depois de olhar a gostosona de cima abaixo: – “Isso é uma coisa que não deve deixar você preocupada.”

Uma estrela improvável

Muito bem. E Marie Dressler, hein?

Pois é. Já vi, sei lá, uns 5 mil filmes, pegando bem por baixo; acho que conheço alguma coisa – e não conheço é coisa alguma.

Em 1933, Marie Dressler foi a maior bilheteria dos Estados Unidos pelo segundo ano consecutivo. Não era Mae West, Jean Harlow, Clark Gable, Greta Garbo – a estrela que mais levava gente ao cinema era a feia, gorda, velhota Marie Dressler, nascida em 1868 – morreria no ano seguinte, 1934. A biografia dela no IMDb começa assim: “Depois de vê-la, você não se esqueceria dela. Apesar de sua idade e peso, ela veio a ser um dos maiores chamarizes das bilheterias na era do som. Tinha 14 anos quando se uniu a um grupo de atores e começou a trabalhar no teatro e em operetas. Em 1892 estava na Broadway, e mais tarde tornou-se uma estrela como comediante do circuito de vaudeville. Em 1914 trabalhou ao lado de Chaplin em Carlitos – O Inesquecível.”

Os Barrymore, John e Lionel, assim como Jean Harlow, estão no livro 501 Movie Stars. Marie Dressler, não.

Conhecer Marie Dressler é mais um motivo para se admirar este Jantar às Oito.

Jantar às Oito/Dinner at 8

De George Cukor, EUA, 1933

Com Marie Dressler (Carlotta Vance), John Barrymore (Larry Renault), Wallace Beery (Dan Packard), Jean Harlow (Kitty Packard), Lionel Barrymore (Oliver Jordan), Lee Tracy (Max Kane), Edmund Lowe (Dr. Wayne Talbot), Billie Burke (Millicent Jordan), Madge Evans (Paula Jordan), Jean Hersholt (Jo Stengel), Karen Morley (Mrs. Lucy Talbot), Louise Closser Hale (Hattie Loomis)

Roteiro Frances Marion e Herman J. Mankiewicz

Baseado na peça teatral de George S. Kaufman e Edna Ferber

Diálogos adicionais Donald Ogden Stewart (additional dialogue)

Fotografia William Daniels

Música William Axt

Produção MGM.

P&B, 111 min

***

11 Comentários para “Jantar às Oito / Dinner at 8”

  1. Conheci esse filme zapeando pelo TCM e acabei assistindo por mera curiosidade, por ser um filme muito antigo, de 1933.Fiquei surpreso com os temas abordados,bastante adultos, numa produção praticamente nos primórdios do cinema. Algumas interpretações, inclusive, eram cheias de caras e bocas, típicos do cinema mudo. Fiquei conhecendo também Marie Dressler, que nunca tinha ouvido falar, ao contrário dos irmãos Barrymore e Jean Harlow. Tinha bastante carisma essa atriz. Enfim, foi uma surpresa esse filme, eu que não sou tão ligado a coisas antigas. Mas bons filmes não tem idade.

  2. Este filme é mt bom. Uma inteligente crítica social. Há personagens a mais com o mesmo destaque e isso canso o espectador. Há muitos diálogos. Torna-se um pouco cansativo. Mas tirando isso, o filme é mt bom, divertido e inteligente. Uma comédia sofisticada. Jean Harlow está maravilhosa e mostra o seu talento para a comédia. Vestida de branco e com os cabelos platinados ela brilha em qq cena. Os créditos iniciais estão mt criativos para a época! O último diálogo do filme, qd Harlow diz que está a ler um livro, é engraçado e faz com que o espectador se sinta satisfeito depois de ter visto o filme. George Cukor foi um bom realizador e é reconhecido, tendo deixado obras primas como esta ou A star is born. Além de parecer um homem simpático e inteligente.

  3. Sérgio, brilhante seu texto. Pesquisando um pouco mais sobre a censura, encontramos na Wikipedia: “Embora o Código tenha sido adotado em 1930, a supervisão foi deficiente e não se tornou rigorosamente aplicado até 1º de julho de 1934, com o estabelecimento da Administração do Código de Produção (PCA). Antes dessa data, o conteúdo do filme era restrito mais pelas leis locais, negociações entre o Studio Relations Committee (SRC) e os grandes estúdios, e pela opinião popular, do que pela estrita adesão ao Código Hays, muitas vezes ignorado pelos cineastas de Hollywood.”
    Existe também um site muito interessante chamado “Pre-Code.Com”, só com filmes dessa época e com uma boa e detalhada explicação sobre o que era a chamada fase “Pre-Code. Começa assim, em inglês: “What is pre-Code Hollywood? The quickest definition is this: “pre-Code” refers to an era in motion pictures from the arrival of sound (aka ‘talkies’) in 1927 to the mandatory enforcement of the Motion Picture Production Code in July 1934. This era is notable for while being censored, it is not as severely censored as the films that follow that July 1934 date.” A íntegra está em “http://pre-code.com/what-is-pre-code-hollywood/”

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