3.0 out of 5.0 stars
Anotação em 2008: Não chega a ser um grande filme. Há momentos que me pareceram quase pueris.
Mas acaba valendo a pena, e muito, pela paixão que a fascinante atriz Maria de Medeiros – aqui em segundo longa-metragem como diretora – mostra por seu tema, pelo fato extraordinário em si que é retratado, a Revolução dos Cravos, e, sobretudo, pelas belas cenas com multidões cercando os tanques dos capitães nas ruas de Lisboa.
O filme reconstitui os acontecimentos do 25 de abril de 1974 – a derrubada da ditadura salazarista após 40 anos – através das histórias de dois capitães (Stefano Accorsi e Joaquim de Almeida) e da mulher de um deles, uma professora (a própria Maria de Medeiros) bem mais politizada que o marido, que tenta convencer o irmão, um membro do governo, a interceder pela liberação de um aluno seu que havia sido preso pela polícia política.
O filme usa e abusa dos planos gerais, com belíssimas seqüências de multidões nas ruas. Foi exibido no Festival de Cannes de 2000 e participou de diversos outros festivais; ganhou quatro prêmios e teve duas outras indicações.
Se você não viu o filme, não leia a partir de agora
Uma nota especial é o finalzinho, em que a narradora – a filha de um dos capitães com a professora interpretada por Maria de Medeiros – fala do que foi a vida dos pais depois dos acontecimentos do 25 de abril de 1974. A mãe se casou com o amante que o espectador só descobre na sequência final, mas logo depois se separaram também. O pai, abandonado pela mulher, viveu perdido entre a depressão e o alcoolismo. É fantástica a escolha dessa nota tão pessoal para terminar um épico.
Capitães de Abril
De Maria de Medeiros, Portugal-França-Espanha-Itália, 2000.
Com Stefano Accorsi, Maria de Medeiros, Joaquim de Almeida
Roteiro Maria de Medeiros e Eve Deboise
Fotografia Michel Abramowicz
Música António Vitorino d’Almeida
Produção Alia Filmes
Cor, 123 min.
***
Assisti ontém e achei meio chato(não o filme)mas sim o fato de que muito dos diálogos eu não consegui entender o que diziam.
Meu pai e minhas duas tias,eram portugueses e eu entendia muito bem o que diziam.Talvez por já estarem aqui há muito tempo,não sei.
Interessante mesmo o fato de eles não quererem fazer pouco dos civis e, de não usar da violência.O filme tem de fato muitos momentos pueris,quase chegando à comédia.
Um deles,quando o motorista daquele “tanque” para no sinal vermelho.
O filme é bom,só isso.Achei até que não precisava ser tão longo. As cenas do exército
com a multidão,muito boas,concordo.
Achei que o Stefano Accorsi teve muito mais participação do que o ator portugues,Joaquim de Almeida que é bem mais conhecido.Bem,isso não deve ter nada a ver.