2.5 out of 5.0 stars
Anotação em 2008: Um filme feito para a TV canadense acima da média – até porque é contra a pena de morte.
Nada de novo – muito ao contrário. A trama é uma variação de tantos outros filmes, como, por exemplo, Crime Verdadeiro/True Crime, de Clint Eastwood, de 1999, ou A Última Chance/Last Dance, de Bruce Beresford, de 1996.
É tão parecido com outros filmes com o mesmo enfoque que eu fiquei na dúvida se já não teria visto antes; cheguei até a checar nos docs de filmes para me certificar; não, eu não tinha visto – ou ao menos não tinha anotado nada.
A trama é assim: diretora de documentários vai a pequena cidade para fazer filme sobre o caso de um prisioneiro condenado à morte pelo assassinato de uma família, um casal e duas crianças, e vai descobrindo indícios de que o condenado é inocente. O tipo de narrativa também já foi usado várias vezes – quando a diretora ouve um depoimento, há um flashback para se contar a versão daquela pessoa para os fatos. Depois o mesmo fato é contado de forma diferente, da perspectiva de outra testemunha.
E aqui cabe um parênteses. Nos especiais do DVD de Pavor nos Bastidores/Stage Fright, de Alfred Hitchcock, de 1950, há toda uma grande discussão a respeito do flashback inicial do filme – em que o personagem de Richard Todd conta para a heroína (o papel de Jane Wyman) como sua amante (Marlene Dietrich) matou o marido. Discute-se que flashback não pode ser diferente do que na verdade aconteceu – e o flashback da abertura de Pavor nos Bastidores não é a verdade, e sim a versão mentirosa do personagem. Diz-se que o próprio Hitch considerou que aquilo era um erro, um dos maiores que ele já cometeu na vida.
Pura bobagem. Flashback é flashback. Não há regra alguma dizendo que ele tem que retratar a verdade dos fatos. Centenas de filmes – como este aqui – mostram em flashback a versão de um determinado personagem para o que aconteceu no passado.
Este filme aqui se desenvolve bem, a trama é bem armada – e há surpresa grande no final. A atriz que faz a diretora do documentário, Paget Brewster, tem 44 filmes listados no iMDB, a maioria para TV; ela é uma das atrizes da série Criminal Minds, e não tem nada de excepcional. Excepcional é a beleza da atriz que faz Amanda, a mulher assassinada; chama-se Ona Grauer, é mexicana.
Atrás das Grades/Lost Behind Bars
De Scott Williams, Canadá, 2006. Feito para a TV.
Com Paget Brewster, Antonio Cupo, Meg Roe, Ona Grauer
Roteiro Luanne Ensle
Baseado em história de Mac Hampton
Cor,
**1/2