2.5 out of 5.0 stars
Anotação em 2007, com complemento em 2008: O filme se baseia num relato autobiográfico de um soldado sobre sua experiência na primeira guerra dos Bush contra Saddam Hussein. O livro, vi em algum lugar, virou best-seller.
Filho e neto de marines, Anthony Swofford se alistou como fuzileiro naval e foi enviado para a Guerra do Golfo em 1991. Foi treinado para ser atirador de elite; com o colega e amigo Troy (Peter Sarsgaard) e sob o comando de um sargento (Jamie Foxx, que depois ficaria famosíssimo com Ray Charles em Ray) e um tenente-coronel (o veterano e competente Chris Cooper), vai ficar baseado no meio do deserto, lutando contra um inimigo que não consegue ver, numa guerra que não tem nada parecido com o que era mostrado na TV antes de sua partida para o Oriente Médio.
É tudo muito brutal e muito bem feito; nada que Stanley Kubrick já não tivesse mostrado em Nascido para Matar/Full Metal Jacket, mas a verdade é que é sempre necessário mostrar e mostrar de novo e mostrar de novo o absurdo da máquina de guerra americana – e o filme deixa claro o quanto de desperdício e de inutilidade essa máquina tem. E faz isso muito bem.
Foi o terceiro filme dirigido pelo inglês de origem portuguesa Sam Mendes, que vinha de uma longa carreira como diretor de teatro – antes ele tinha feito dois outros bons filmes, Beleza Americana/American Beauty, de 1999, e Estrada para Perdição/Road to Perdition, de 2002.
O garotão Jake Gyllenhaal, que faz o papel principal, tem tido sorte na carreira, com belos papéis em bons filmes, como O Segredo de Brokeback Mountain, de 2005, A Prova, do mesmo ano, e Zodíaco, de 2007.
Soldado Anônimo/Jarhead
De Sam Mendes, Alemanha-EUA, 2005.
Com Jake Gyllenhaal, Peter Sarsgaard, Jamie Foxx, Chris Cooper
Roteiro William Broyles
Baseado no livro de Anthony Swofford
Música Thomas Newman
Cor, 123 min
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