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Anotação em 1997: Ao rever o filme agora (em 1997), beirando os 50 anos de idade, exatos 32 anos depois de ter visto pela primeira vez, eu ia me lembrando de cada cena, de cada diálogo. Que beleza de filme. Uma beleza tão espantosa que permanece inabalável, tão forte hoje, nestes tempos pós-fim do comunismo, quanto era antes.
Foi a primeira vez que Marynha viu. E foi a primeira vez que vi em décadas – no Cine Estação Paço, no prédio do Paço Imperial, no Centro histórico do Rio de Janeiro, com Marynha e mais umas 30 pessoas, apenas. Não me lembro de o filme ter passado na TV, ou ter sido relançado nos cinemas, e nunca foi lançado em vídeo (acabei de checar no Videobook 96).
Vi pela primeira vez (chequei agora no meu caderninho de criança e adolescente) no dia 8/8/65, no Cine Art-Palácio de Belo Horizonte. Depois vi de novo no dia 13, passada apenas uma semana. E de novo no dia 19/9, ainda no Art-Palácio, o que já é um indicativo interessantíssimo: eram raríssimos os filmes que ficavam tanto tempo em cartaz em Belo Horizonte naquela época. (Cacilda, tenho mesmo que executar meu plano de colocar no computador as anotações dos meus velhos cadernos de cinema. É uma preciosidade.)
Me lembro bem como o filme mexeu com os espectadores em Belo Horizonte, um ano e pouco depois do golpe de 64. (Deve ter sido assim em todas as capitais, seguramente.) As pessoas aplaudiam o discurso que o personagem de Mastroianni faz quase no final. Era uma reação pela emoção do filme, mas, claro, era também uma reação passional contra os milicos – como, mais tarde, em 1973, no Chile, pouco antes do golpe do Pinochet, o Guiminha e eu vimos as pessoas vaiando os personagens de direita e aplaudindo os de esquerda que apareciam nos telejornais antes dos filmes, especialmente de Sacco e Vanzetti, outra pérola do cinema político italiano.
Me lembro muito bem (e tenho ele guardado até hoje, em algum lugar deste apartamento) do texto que o Flávio Márcio escreveu sobre o filme, em corpo tipo 18, negrito, ocupando toda a primeira página do DM2 – acho que é assim que chamava o caderno de variedades do Diário de Minas, onde trabalhava boa parte do pessoal que fundaria depois o Jornal da Tarde, em São Paulo. Incrível isso: era absolutamente inimaginável, em 1965, que apenas cinco anos mais tarde eu estaria trabalhando com aquelas pessoas no Jornal da Tarde.
Os Companheiros/I Compagni
De Mário Monicelli, Itália-França, 1963.
Com Marcello Mastroianni, Renato Salvatori, Annie Girardot, Bernard Blier
Argumento e roteiro Mario Monicelli, Agenore Incrocci e Furio Scarpelli
Fotografia Giuseppe Rotunno
P&B, 125 min.
Você encontrou o texto do Flávio Márcio. Estou querendo saber um pouco mais sobre o filme (que não vi), pois estou escrevendo sobre um episódio relacionado ao filme. Em 68, antes de um protesto de Estudante na UEG, que culminou com o assassinato de um aluno pela polícia, os manifestantes assistiram a “Os companheiros” do Monicelli.
Até o momento o filme não foi lançado em DVD. Você sabe se é possível “baixá-lo” na rede.
Caro Sérgio,
Não encontrei ainda, no meio da minha papelada, o texto do Flávio Márcio. Que eu saiba, de fato o filme não foi lançado em DVD no Brasil. O Amazon registra a existência dele, com o título de The Organizer, mas diz que não está disponível. A Fnac francesa tem para vender, com o título de Les Camarades.
Emocionante. Histórico. Antológico.
Vi este filme em 1966, em sessão secreta no Sindicato dos Bancários de São Paulo, na antiga sede no Prédio Martinelli (Rua São Bento).
Marcou minha memória pela beleza e pelo conteúdo.
Parece pouco, mas basta lembrar que estávamos no momento mais crítico do governo militar e podíamos ser presos, pois o filme tinha um apelo “comunista”.
Não consigui econtrá-lo e dvd ou na web.
É uma pena, pois é para ver e rever, várias vezes.
Historico! genial. É uma obra prima.
Assisti este filme em +-1966/67 no Teatro Municipal de Ouro Preto/MG. Gostaria de assistir novamente. Os milicos não mudaram nada. Vide Honduras.
Foi, é e será sempre um grande filme e um alento para os corações que ainda sonham construir um mundo melhor, diferente deste HORROROSO em que vivemos! Avanti Popoli!
Sérgio, companheiro:
lendo as notas, vejo que, por pouco não nos cruzamos no “Jornal da Tarde”. Fui da equipe de fundação, na virada 65/66, com o Flávio Márcio, o Antonio Lima, o Rogério Sganzerla e o Maurice Capovilla, citados porque eram ” a turma do cinema”.
Vamos aos “Companheiros”. O filme pode ser baixado pela Internet com a trilha original. Não existe legendas em português, apenas em espanhol, que deve ser baixada à parte e depois acoplada ao filme. Este, por sua vez, está em AVI e precisa ser convertido para o formato DVD. Estou traduzindo a trilha, mas dá um trabalho danado, pois nem sempre o termo espanhol corresponde ao original italiano, quando vertido para o português.
Baixei o filme usando o E-mule.
Abração,
Wander
Li o que diz o companheiro Wanderley Diniz.
Vi ” Os Companheiros” em 65 e depois revi no
início dos 80. Procuro por ele há muito tempo.
Estou disposta a pagar por ele, mas nem assim encontro. Hoje fiquei sabendo que ele existe e que as legendas estão sendo colocadas em português, desde dez/09. Quando posso ter esperanças de adquiri-lo? Eu poderia ser avisada por e-mail? Tenho outro. É aura8877@gmail.com. Grata
Aurora
Aurora,
Que eu saiba, o filme não foi lançado em DVD no Brasil. Infelizmente.
Um abraço.
Sérgio
Pelo menos assisti, por duas vezes. Maravilhoso. Lamento apenas que um dos melhores atores – Folco Lulli – não é relembrado .Lulli que brilhou também em Salário do Medo e a Grande Guerra.
Assisti ao filme, Os Companheiros, nos anos 70. Trata-se de unanimidade quanto a ser um grande filme. Gostaria de vê-lo, novamente, por três motivos: primeiro porque é um tremendo filme, segundo porque queria pensar o filme comparando-o com a Classe Operária vai ao Paraíso, do Elio Petri, ambos retratando a organização operária em momentos históricos distintos e, terceiro para pensar se a personagem do Marcelo Matroiani tem alguma coisa do intelectual orgânico de Gramsci. Quando sair em DVD, por favor, avisem.
Não sei quantas vezes eu´vi este filme. O Padre Mazotte tinha uma cópia e como eu era do DCE da PUC ele me emprestava para exibi-lo em cineclubes, tanto em BHte como em Divinópolis. Uma vez a polícia resolveu que queria ver tb e tivemos que esconder a cópia no seminário franciscano em Divinópolis.
Na mostra de cinema levantei a questão da inexistencia de cópia numa das palestras de Filmes da minha Vida e o Leon Cacoff falou que tem uma cópia em VHS mas que está muito bem guardada. Me lembrou uma crônica de Clarice Lispector onde a menina “amiga” de clarice fica escondendo Reinações de Narizinho e Clarice nunca tem acesso.
Vou atrás e quando conseguir passo a todos…
Faz pouco tempo que assiti pela primeira vez o filme “Os Companheiros”.Assisti Em sala de aula,para ser mais preciso,no sexto periodo do curso de C.Sociais da PUC Minas.Qualquer alma com um pouquinho de senssibilidade se angustia mediante tantos sofrimentos e injustiças praticados comtra os operários.O filme serve perfeitamente para uma boa reflexão para se valorizar as comquistas alcançadas até hoje e reconhecimento daqueles que estiveram na frente das batalhas.
Carissimos leitores, fãs do filme Os Companheiros com direção de Mario Monicelli. A Lume Filmes estará lançando em DVD apartir de 18 de dezembro em todas as lojas, livraria e site. Ou então façam contato com jorge xavier.
atravez email spell_rep@yahoo.com.br
Caro Dario,
Muito obrigado por enviar seu ótimo comentário.
Um e-mail que recebi outro dia diz que o filme será lançado em breve em DVD pela Lume Filmes.
O DVD de “Os Companheiros” já foi lançado pela Lume Filmes (R$49,90). Pode ser adquirido pela internet.
Prezados amigos
Que grande filme! Que humanidade! E como é atual! Tenho o filme em DVD com legendas em português. Um amigo o copiou para mim.
abraços
O site da Lume está ferrado… achei para baixar aqui:> http://filmespoliticos.blogspot.com/2010/02/os-companheiros-i-compagni-mario.html
Para quem não viu, quer rever, já pode comprar o filme Os companheiros na Livraria Cultura. Pode ser via internet.Valeu
Link para download do filme
http://rarosdaweb.blogspot.com/2011/03/os-companheiros-mario-monicelli.html
O filme está disponível no YouTube.
Assisti ao filme nesse final de semana do Natal, e, mesmo tantos anos depois, é impressionante o quanto é inspirador e o quanto é possível traçar paralelos entre aquela época e os dias atuais. Filme muito bom. Virou um dos meus preferidos do Monicelli. !!
Caso alguém queira assistir, o filme está disponível gratuitamente no YouTube.