Crime por Encomenda / La Donna di una Sera / A Woman’s Secret

Nota: ½☆☆☆

Anotação em 1997, com acréscimo em 2008: Meia estrela, a menor cotação permitida aqui, é muito, é um elogio para esse filme. Marynha perguntou se era Sessão Trash. E antes que ela dissesse isso eu já havia pensado no velho e bom Ed Wood. É aquele típico filme que com menos de dois minutos você já sabe que é merda total. Joe D’Amato. Este é um nome para não se esquecer. Comparado a ele, Ed Wood seria certamente um Orson Welles.

Estou curiosíssimo para ver o que se diz dele no Cinemania.

Resolvi ver por causa de Margaux Hemingway. Tadinha. Ela tinha ainda um tanto da beleza estonteante que teve mais jovem e menos doida, quando fez o filme. Mas estava mal tratada, possivelmente entre um tratamento e outro de desintoxicação. O corpo estava esquisito, meio fora de proporção, tipo ficou a Kelly McGilles em Acusados, de 1988. E, sem um diretor, tadinha, ela é pavorosa, ela é péssima. De novo: com dois minutos dava pra desligar; não desliguei por puro masoquismo.

Tudo, absolutamente tudo é ruim, amador, incompetente, sem talento algum; os diálogos são absolutamente ginasianos, a trama é grotescamente mal desenvolvido. Até a fotografia consegue ser ruim, enevoada. Um horror.

Mulher riquíssima chega mais cedo em casa, pra fazer surpresa para o marido, que tinha uma reunião de trabalho, e presencia algo que o espectador não vê. Resolve sair de casa, em seu Mercedes sensação, rumo a Nova Orleans, para o Mardigras. No caminho, conhece um bonitão sedutor, que se hospeda no mesmo hotel e a come com brilhantismo. Uma zapeada e tal depois, ficamos sabendo que o cara foi contratado pelo marido dela para matá-la, porque ela tinha visto, ao chegar em casa, o marido e outros de sua gangue assassinando um homem. Credo. Tudo é fake, tudo é ruim, tudo é um total horror. Chega. Vamos ver o que os alfarrábios têm a dizer.

Consulta feita. Cinemania não tem verbete para Joe D’Amato. Nem para o filme. E, no verbete da pobre Margaux, não consta.

 Que coisa fantástica. Vejo agora – 2008 – no IMDB que Joe D’Amato foi um dos mais de 20 pseudônimos usados por um italiano chamado Aristide Massaccesi (1936-1999), um sujeito que dirigiu a absurda quantidade de 197 filmes, e que “during the 1980s and 1990s  directed over 100 hardcore porn sex films for the Italian video market, although under his many pseudonyms he continued to direct and produce other films”. Está lá no IMDB também – vejo agora, 11 anos depois de ter feito a anotação acima – que o apelido da figura era The Evil Ed Wood!

Crime por Encomenda/A Woman’s Secret/La Donna di una Sera

De Joe D’Amato, Itália-EUA, 1992.

Com Margaux Hemingway, Daniel McVivar

Roteiro Daniele Stroppa

Cor,

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