Tão Longe, Tão Perto / In Weiter Ferne, So Nah!


3.0 out of 5.0 stars

Anotação em 1996: Esta continuação de Asas do Desejo, seis anos depois, é belíssimo, extraordinariamente belo, no visual e no suco. Mas é pesado, lento, as relações dos personagens não são fáceis, são enroladas, as referências são muito circulares, e na verdade é preciso rever o filme, acho, para entender e gostar mais da trama – que é a mais confusa e tortuosa dos poucos do Wim Wenders que eu vi até agora. Continue lendo “Tão Longe, Tão Perto / In Weiter Ferne, So Nah!”

Somente Elas / Boys on the Side


2.5 out of 5.0 stars

Anotação em 1996: Um road movie feminino, ao estilo de Thelma & Louise, que é de 1991, e de Mary & Darly/Leaving Normal, que é de 1992. São três mulheres de personalidades, passados e tipos de problemas pessoais extremamente díspares que viajam da Costa Leste para a Costa Oeste e então criam fortes laços. Continue lendo “Somente Elas / Boys on the Side”

A Sombra da Dúvida / L’Ombre du Doute


3.0 out of 5.0 stars

Anotação em 1996: Uma surpresa. Primeiro filme que vejo dessa cineasta francesa nascida em 1948, que estreou na direção em 1982. O tema pesadíssimo – uma filha de 11 anos que acusa o pai de molestá-la sexualmente, na região de Bordeaux, nos dias de hoje, em plena classe média – é enfrentado como se ela estivesse fazendo um documentário. Continue lendo “A Sombra da Dúvida / L’Ombre du Doute”

Razão e Sensibilidade / Sense and Sensibility


3.5 out of 5.0 stars

Anotação em 1996: O filme ganhou o Urso de Ouro em Berlim e os Globo de Ouro de Filme e Roteiro. Teve sete indicações para o Oscar, e levou o de melhor roteiro adaptado, de autoria de Emma Thompson, essa atriz absolutamente brilhante. É um grande prazer para os olhos, visualmente uma pérola, cenografia e fotografia esplêndidas, elenco excelente – com superlativos para Emma e para Kate Winslet. Continue lendo “Razão e Sensibilidade / Sense and Sensibility”

O Outro Lado da Nobreza / Restoration


3.0 out of 5.0 stars

Anotação em 1996, com complemento em 2008: Belo filme, bela surpresa. Não é nada naturalista, é todo exagerado, exageradíssimo. Na verdade é uma fábula, com uma belíssima moral da história, embora óbvia, mas dita de uma forma brilhante: cada pessoa tem um lado escuro e um lado claro, e dentro das limitacões todas pode escolher o que querem. Continue lendo “O Outro Lado da Nobreza / Restoration”

Não Amarás / Krotki Film o Milosci


3.0 out of 5.0 stars

Anotação em 1996: Um filme muito, muito triste, amargo, desesperançado. A moral seria mais ou menos assim: não amarás – ou então, caso ames, serás tragado pelo inferno da infelicidade, da solidão, da falta, da ausência, da privação. Ou ainda: o amor não é encontro, é necessariamente desencontro, frustração, vontade que não pode ser saciada. Ou ainda: o amor é sempre unilateral e nunca tem duas vias ao mesmo tempo. Continue lendo “Não Amarás / Krotki Film o Milosci”

Um Mundo Perfeito / A Perfect World


3.0 out of 5.0 stars

Anotação em 1996, com acréscimos em 2008: Acabamos meia hora atrás de ver, pela primeira vez, Um Mundo Perfeito, o primeiro filme de Clint Eastwood depois de Os Imperdoáveis. Que brilhantíssimo artista é esse cara. Que trajetória mais extremamente pessoal que ele carrega nas obras dele na maturidade. Que figura mais estranhamente multifacetada, que coisa mais difícil de se rotular, que enigma dentro do esquemão das grandes corporações. Continue lendo “Um Mundo Perfeito / A Perfect World”

A Mulher Infiel / La Femme Infidèle


3.0 out of 5.0 stars

Anotação em 1996: Claude Chabrol insiste, como vários de seus contemporâneos, em mostrar as vilanias da burguesia. Pega aqui uma família de posses (cuja origem do dinheiro nunca é mostrada), que mora numa bela propriedade num subúrbio de Paris, garoto de uns dez anos pouco delineado, mulher jovem, bonita e sensual (Stéphane Audran), marido (Michel Bouquet) mais velho, educado, polido, frio e nunca interessado em carinho ou sexo. Continue lendo “A Mulher Infiel / La Femme Infidèle”

Os Miseráveis / Les Misérables


4.0 out of 5.0 stars

Anotação em 1996: Lindo, emocionante, brilhante, inteligente, bem feito, com tudo da parte técnica absolutamente perfeito. Uma obra-prima, um tour-de-force, uma imensa beleza. Tudo bem, Lelouch é um dos meus cineastas preferidos, é um cineasta do meu coração, e sento numa poltrona de cinema diante de um filme dele não para julgar, mas para me entregar à beleza e à emoção. Continue lendo “Os Miseráveis / Les Misérables”

Minha Secretária / Nélly et Monsieur Arnaud


3.0 out of 5.0 stars

Anotação em 1996: Acerta na mosca o Jean Tulard no Dicionário de Cinema dele quando diz que os filmes de Sautet, sempre interpretados pela mesma equipe de atores (Michel Piccoli, Yves Montand, Romy Schneider), sempre com música de Philippe Sarde, se fixam nos meios abastados da capital francesa e pegam os mesmos personagens, “suas dores do coração e suas dificuldades financeiras”. Continue lendo “Minha Secretária / Nélly et Monsieur Arnaud”

Os Ladrões / Les Voleurs


3.0 out of 5.0 stars

Anotação em 1996: Ótimo, ótimo filme. Depois de Minha Estação Preferida/Ma Saison Preferé, Téchiné reúne novamente Catherine Deneuve e Daniel Auteil, de novo falando de família. No filme anterior os dois grandes atores eram irmãos; aqui, são rivais, disputando o amor de uma jovem ladra (Laurence Cote, impressionante). Ele é policial, ela é professora de filosofia. Continue lendo “Os Ladrões / Les Voleurs”

Julgamento Final / Class Action


3.0 out of 5.0 stars

Resenha para a revista Bárbara, em 1996:Julgamento Final vai bem fundo nos conflitos entre homens e mulheres na vida profissional – assim como na dimensão da coragem da mulher. Aqui, os profissionais que se enfrentam em campos opostos são filha e pai, carregando um passado cheio de profundas mágoas. Continue lendo “Julgamento Final / Class Action”