É um grande prazer rever Alice Não Mora Mais Aqui agora, 44 anos depois que Martin Scorsese o lançou. Ele continua tão caloroso, tocante, inquietante, simpático, envolvente quanto em 1974, quando foi lançado, em meio a uma grande revolução no cinema americano – os anos em que uma nova geração de diretores e produtores chegava para mudar de vez o sistema dos estúdios em vigor desde o início do século. Continue lendo “Alice Não Mora Mais Aqui / Alice Doesn’t Live Here Anymore”
Lua de Papel / Paper Moon
Lua de Papel, de 1973, é uma gema, uma pérola, uma preciosidade. Uma daquelas jóias raras do cinema em que tudo funciona perfeitamente, tudo se encaixa, não falta nada, não sobra nada. E boa parte do encanto absoluto vem da interpretação de uma garotinha que ainda não tinha completado 10 anos de idade durante as filmagens – as primeiras de que participou na vida. Continue lendo “Lua de Papel / Paper Moon”
Jake Grandão / Big Jake
Jake Grandão/Big Jake, lançado em 1971, foi o último filme dirigido por George Sherman, um realizador veterano, que havia se tornado amigo de John Wayne ainda nos anos 30. Continue lendo “Jake Grandão / Big Jake”
Ciúme à Italiana / Dramma della Gelosia (tutti i particolari in cronaca)
Embora tenha a palavra “drama” no título original, Dramma della gelosia (tutti i particolari in cronaca), o primeiro dos dez filmes de Ettore Scola com Marcello Mastroianni – e o único do diretor com Monica Vitti, a musa de Michelangelo Antonioni e uma das deusas do cinema mundial na segunda metade do século XX – é uma comédia escrachada, aberta, escancarada. Continue lendo “Ciúme à Italiana / Dramma della Gelosia (tutti i particolari in cronaca)”
007 – Os Diamantes São Eternos / Diamonds Are Forever
007 – Os Diamantes São Eternos, de 1971, é o sétimo filme de James Bond, o sexto e penúltimo com Sean Connery no papel do agente secreto britânico com permissão para matar, o segundo dos quatro dirigidos por Guy Hamilton. Continue lendo “007 – Os Diamantes São Eternos / Diamonds Are Forever”
Tubarão / Jaws
Tubarão não seria o que é sem a música de John Williams. Aqueles acordes gravíssimos, soturnos, abafados, opressivos, que precedem cada ataque do monstro, definem todo o clima de medo, de pavor que permeia o filme. Continue lendo “Tubarão / Jaws”
A Última Sessão de Cinema / The Last Picture Show
Nós todos envelhecemos – nós, os das gerações nascidas aí entre 1945 e 1955, que vimos A Última Sessão de Cinema quando éramos jovens e tínhamos desejos fortes e sonhos ambiciosos e nos apaixonamos pelo filme. Peter Bogdanovich e aquela penca de atores envelheceram, é claro, e nós os vimos envelhecer nas telas. Continue lendo “A Última Sessão de Cinema / The Last Picture Show”
Frenesi / Frenzy
Para fazer seu filme de número 52 (e que acabaria sendo seu penúltimo), Frenesi, lançado em 1972, Alfred Hitchcock voltou à capital de seu país natal, que havia abandonado três décadas antes para se instalar em Hollywood, a Meca da gente de cinema. Continue lendo “Frenesi / Frenzy”
Duelo de Gigantes / The Missouri Breaks
Eram dois dos maiores atores de Hollywood em meados dos anos 1970, quando este The Missouri Breaks, um western de produção caprichadíssima, foi lançado, em 1976. Continue lendo “Duelo de Gigantes / The Missouri Breaks”
A Noite Americana / La Nuit Américaine
A Noite Americana (1973) é uma das mais belas declarações de amor ao cinema que já foram feitas. É alegre (e às vezes triste), envolvente, simpático, agradável, engraçado (e às vezes sério), gostoso, inteligente, terno, apaixonado, apaixonante. Continue lendo “A Noite Americana / La Nuit Américaine”
O Último Pistoleiro / The Shootist
Um bonde é elemento de grande importância em The Shootist, no Brasil O Último Pistoleiro, no mundo todo conhecido pelos fãs de western como O Último Filme de John Wayne – e também como O Último Faroeste de James Stewart.
O último isso, o último aquilo, o último aquilo outro. Continue lendo “O Último Pistoleiro / The Shootist”
O Dorminhoco / Sleeper
Duas palavras me vieram à cabeça de cara enquanto revíamos O Dorminhoco/Sleeper, que Woody Allen cometeu em 1973: bobo e engraçado. As duas coisas em grandes doses. O Dorminhoco é muito, é extremamente bobo – e muito, extremamente engraçado. Continue lendo “O Dorminhoco / Sleeper”
A História de Adèle H. / L’Histoire d’Adèle H.
Homem passional, apaixonado pelas mulheres e pelas paixões, François Truffaut tinha uma admiração sem fim por histórias de amor trágicas, tristíssimas, sem saída. Isso explica, acho, por que ele quis filmar a trágica, tristíssima, sem saída história de Adèle Hugo e seu amor louco, absolutamente insano, por um tenente inglês que não a amava. Continue lendo “A História de Adèle H. / L’Histoire d’Adèle H.”
O Garoto Selvagem / L’Enfant Sauvage
Em seus parcos, exíguos 52 anos de vida, François Truffaut só teve tempo de fazer 24 filmes – 3 curtas e 21 longa-metragens. Poucos, mas, claro, o suficiente para assegurar seu lugar entre os maiores realizadores do primeiro século do cinema. Quatro deles foram sobre crianças, e três sobre crianças de alguma forma mal tratadas – pela vida, pela sociedade, pelos pais. Continue lendo “O Garoto Selvagem / L’Enfant Sauvage”
A Confissão / L’Aveu
Nem mesmo Franz Kafka seria capaz de criar essa história de tamanho absurdo kafkiano que viria a acontecer de verdade ali mesmo, na sua cidade natal, a bela Praga, e que Costa-Gavras, Monsieur Cinéma Politique, transformou em um filme em tudo por tudo extraordinário, eletrizante, importantíssimo, em 1970. Continue lendo “A Confissão / L’Aveu”