Nunca aos Domingos e Phaedra


1.0 out of 5.0 stars

Anotação em 2008, com base em outras de 2004: Nunca aos DomingosNever on Sunday, de 1960, e Profanação/Phaedra, de 1962. Os dois filmes de Jules Dassin são elogiadíssimos, faladíssimos, badaladíssimos, clássicos. Nunca aos Domingos teve cinco indicações ao Oscar, levou o de canção (a de Manos Hadjidakis), fora outras oito indicações importantes – Cannes, Bafta, Globo de Ouro. Phaedra teve indicações ao Oscar, ao Globo de Ouro, ao Bafta. E, no entanto, achei os dois filmes ruins, muito ruins. Continue lendo “Nunca aos Domingos e Phaedra”

Sua Última Façanha / Lonely Are the Brave


3.0 out of 5.0 stars

Anotação em 2004, com complemento em 2008: Um faroeste seis décadas depois do fim do Oeste como era no tempo do faroeste. Kirk Douglas faz o cowboy que insiste em ser cowboy na época das grandes estradas e dos caminhões, e enfrenta a polícia que chega montada em helicóptero. Continue lendo “Sua Última Façanha / Lonely Are the Brave”

Cidade Sem Compaixão / Town Without Pity

3.5 out of 5.0 stars

Anotação em 2003: Eis aí um filme claramente subestimado. E que é impressionante por diversos motivos. Primeiro: é extremamente corajoso e ousado ao falar, em 1961, de temas fortes, pesados. OK, Anatomia de um Crime é de dois anos antes, 1959, e foi de fato o primeiro a falar de estupro, calcinha, abertamente, com termos até então proibidos pelo Código Hays ou o que tinha restado dele. Mas este é muito mais forte. Continue lendo “Cidade Sem Compaixão / Town Without Pity”

O Diabo e os Dez Mandamentos / Le Diable et les Dix Commandements


[Rating:3]

Anotação em 2002: No início dos anos 60 estavam na moda as comédias em esquetes; os italianos fizeram 200 mil delas. Os franceses fizeram várias, também (Os Sete Pecados Capitais, As Mais Belas Escroquerias do Mundo, por exemplo), e fizeram também dramas em episódios (O Amor aos 20 Anos, Loin du Vietnam). Em geral, cada episódio era de um diretor. Continue lendo “O Diabo e os Dez Mandamentos / Le Diable et les Dix Commandements”

John e Mary / John and Mary


1.0 out of 5.0 stars

Anotação em 2001: Um desapontamento. Não vi o filme na época, e deveria, porque é um desses filmes datados, que ficam bem sem graça quando vistos depois. Na época poderia talvez ser uma tentativa de compreensão do que estava acontecendo com a cabeça dos jovens, no meio da revolução sexual e dos costumes dos anos 60. O filme foi até capa da Time. Agora, me pareceu caretice pura. Continue lendo “John e Mary / John and Mary”

Charada / Charade


4.0 out of 5.0 stars

Anotação em 2001, com complemento em 2008: Eis aí um daqueles belos e raros filmes que ficam melhores a cada nova revisão. Tudo se encaixa, tudo é perfeito, a começar pela química entre o veterano Cary Grant e a jovem Audrey Hepburn, passando pela música de Henry Mancini – o tema principal, com letra de Johnny Mercer, virou um standard, um clássico -, pela bela fotografia nas ruas de Paris. Continue lendo “Charada / Charade”

My Fair Lady, Pigmalião e Nascida Ontem


4.0 out of 5.0 stars

Resenha na coluna O Melhor do DVD, no site estadao.com.br, em 2001: Além de contar bem histórias, os bons filmes costumam ser, eles próprios, personagens de histórias saborosas. É bem o caso dos três que estão no quadro desta semana – todos eles contando histórias de mulheres que passam por profundas transformações em função do que aprendem, a duras penas, através da convivência com homens por quem acabam se apaixonando, cada uma a seu jeito.  Continue lendo “My Fair Lady, Pigmalião e Nascida Ontem”

Fräulein Doktor


2.5 out of 5.0 stars

Anotação em 2000: O veterano italiano Alberto Lattuada, atuante desde antes do fim da Segunda Guerra e um dos nomes do neo-realismo, fez um filme de espionagem competente, com boas atuações, e um final violentamente antibelicista, com cenas impressionantes sobre uso de gás mortal na Primeira Guerra. Continue lendo “Fräulein Doktor”

Evidência Inaceitável / Inadmissible Evidence

1.0 out of 5.0 stars

Anotação em 2000: Provavelmente, ou certamente, este filme, do então novo cinema inglês dos anos 60, deve ter sido saudado pelos críticos como um fascinante estudo sobre a alienação das pessoas na sociedade moderna, por ter contado, em estilo inovador, vanguardista, a história de um promotor inglês amargurado pela falta de sentido da vida em plena swinging London. Continue lendo “Evidência Inaceitável / Inadmissible Evidence”

Crown, o Magnífico e Thomas Crown – A Arte do Crime / The Thomas Crown Affair


[Rating:3]

Resenha na coluna O Melhor do DVD, no site estadao.com.br, em 2000: Bem no comecinho, nas primeiras tomadas, Thomas Crown – A Arte do Crime se define. Primeiro, há uma pequena, curtíssima, e bela pirotecnia: mostra-se Nova York vista de um satélite; em rápidas tomadas, em ritmo frenético, nos aproximamos de Manhattan, do Central Park, do relógio carésimo do personagem central. Isso dura menos que meio minuto, mas já está lá: estamos diante de um filme de muitos exageros, coisas rebuscadas, superlativas. Em segundo lugar, mas ainda nessas primeiras tomadas, ainda no início da apresentação, vemos Faye Dunaway; ela faz uma psicóloga, e está em uma sessão de terapia, atendendo Pierce Brosnan. A ação ainda nem começou, mas já está lá: estamos diante de um remake, uma refilmagem, uma nova versão. Continue lendo “Crown, o Magnífico e Thomas Crown – A Arte do Crime / The Thomas Crown Affair”