2.5 out of 5.0 stars
Anotação em 2008: Bette Davis interpreta Mary, uma puta – apresentada, naqueles censurados anos 30, como dançarina de night club. O lugar, bem no início do filme, é comprado por um gângster, Johnny Vanning (Eduardo Ciannelli).
A irmã de Mary, Betty, garota inocente do interior (Jane Bryan), que não sabia da profissão da outra, vai visitá-la em Nova York, onde ela divide um apartamento com quatro outras colegas de trabalho. Uma delas leva Betty a uma festa no apartamento do gângster, que acaba assassinando a garota.
Humphrey Bogart faz o assistente da promotoria que tenta convencer a dançarina e suas amigas a denunciar o bandido. Elas, porém, temem fazer a denúncia com medo de serem mortas pela gangue do assassino.
O filme tem um bom clima noir, e boas interpretações. Segundo AllMovie, o roteiro se baseou na figura de Lucky Luciano, que controlou boa parte da prostituição em Nova York e, pouco antes de o filme ser feito – em 1937 -, havia sido preso. “As senhoras aqui são eufemisticamente caracterizadas como recepcionistas de night club, mas quando um tal Johnny Vanning (Eduardo Cianelli), um tipo parecido com Luciano, aparece para dar às moças suas ordens, a platéia sabe exatamente o que está acontecendo.”
O iMDB diz que o filme foi também dirigido por Michael Curtiz, a quem não é dado crédito. Pauline Kael não menciona isso em sua crítica. Mulher Marcada, diz ela, “tem o simplismo espalhafatoso dos filmes da década de 30 feitos a partir de manchetes de jornal, mas também tem mais impacto que a maioria dos melodramas passados em ambientes mais elevados, e quando Bette diz a Ciannelli-Luciano: “Eu vou à forra com você mesmo que para isso tenha que me arrastar para fora da cova”, nós acreditamos.”
Mulher Marcada/Marked Woman
De Lloyd Bacon, EUA, 1937.
Com Betty Davies, Humphrey Bogart, Lola Lane, Jane Bryan
Roteiro Abem Finkel e Robert Rossen
Produção First National e Warner Bros.
P&B, 96 min.
**1/2
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