(Disponível na Netflix em fevereiro de 2024.)
O único defeito, a única coisa ruim do precioso documentário que relata em detalhes como foram a criação e a gravação da música “We Are the World”, entre dezembro de 1984 e janeiro de 1985, é o título escolhido pelos exibidores brasileiros, A Noite Que Mudou o Pop.
Reunir 47 dos maiores astros da música popular dos Estados Unidos para, em uma única noite, gravar uma canção para ajudar o combate à fome na Etiópia foi uma façanha, uma fabulosa conquista, um gesto maravilhoso. Ajuda a gente a crer que afinal de contas talvez o ser humano não seja uma invenção que deu errado.
Mas não mudou o pop coisa alguma.
Diabo, por que não a tradução literal de The Greatest Night in Pop?
A Maior Noite do Pop. Olha só que belo título. Verdadeiro, autêntico – como as imagens que vemos daquele monte de grandes artistas reunidos em uma única sala do estúdio da A&M em Los Angeles.
Foi a maior mesmo, sem dúvida alguma, aquela noite de 25 de janeiro de 1985 – the greatest, a mais importante, e também the biggest, a mais comprida. Afinal, ela começou ali por volta de 20 horas, com a festa do American Music Award, uma das mais importantes premiações da música pop, ao lado do Grammy, e prosseguiu com dezenas e dezenas de astros que participaram da cerimônia no Shrine Auditorium transmitida ao vivo pela rede ABC indo para o estúdio da A&M – de onde os últimos só sairiam por volta das 7 horas da manhã do dia 26!
Grandes reuniões de astros por uma causa nobre já haviam acontecido antes. Basta lembrar do Concerto para Bangladesh organizado por George Harrison no Madison Square Garden de Nova York, em 1º de agosto de 1971, para levantar fundos para auxiliar os refugiados após a guerra para a independência do país asiático, em que se apresentaram o próprio George e mais Bob Dylan, Ravi Shankar, Eric Clapton, Billy Preston, Leon Russell, Badfinger.
E, em 1984, o cantor, compositor e ativista irlandês Bob Geldof havia formado um supergrupo, reunindo grandes astros do pop das Ilhas Britânicas, chamado Band Aid, que gravou a canção “Do they know it’s Christmas?” (será que eles sabem que é Natal?), exatamente para enviar o que fosse arrecadado para organizações de ajuda à população faminta da Etiópia. E arrecadou-se muito: o compacto com a canção, lançado no Reino Unido em 3 de dezembro, se tornou o disco mais vendido do ano até o Natal.
E, em 13 de julho de 1985, ou seja, apenas poucos meses depois do lançamento de “We Are the World”, Bob Geldof realizaria o mais espetacular evento da música pop até então, o Live Aid, dois concertos simultâneos, transmitidos ao vivo para praticamente o mundo todo, no Wembley Stadium de Londres e no JFK Stadium na Filadélfia.
O Live Aid passou para a História com o epíteto de “o dia em que a música mudou o mundo”. Pretensioso, metido a besta, exatamente como o título brasileiro deste belo documentário aqui, A Noite Que Mudou o Pop. Nem a música mudou o mundo com o Live Aid, nem a gravação de “We Are the World” mudou o pop. O pop está aí, o mundo está aí, os dois não tão diferentes assim do que eram antes de 1984 e 1985.
Só que nunca tinha havido um show com tantos astros e estrelas quando o Live Aid. Nem uma única canção gravada por tantos grandes, imensos nomes quanto “We Are the World”.
Um fenomenal, inimaginável encontro de talentos
Era sem dúvida alguma a mais fantástica seleção de bambas, de bambambãs, em um único estúdio, para cantar uma única música. Era a nata, o crème de la crème.
Fiquei pensando: não havia em 1985 nem há hoje uma pessoa nascida entre os anos 40 e 60 – entre os que não passam por necessidades das coisas mais básicas, como as hordas de famintos da Etiópia e de tantos outros países do Terceiro Mundo – que não fosse fã de pelo menos alguns daqueles cantores e compositores. Bem, talvez na China, mas a China é outro planeta.
Eram artistas de várias áreas – blues, rhythm’n’blues, rock’n’roll, country, folk, pop puro e simples –, de várias gerações, e muitos deles eram absolutamente fãs de alguns outros, mais velhos, seus antecessores.
Para dar um exemplo incrível, forte, gritante: Bruce Springsteen, naquela época, dezembro de 1984, janeiro de 1985, estava no auge da fama, lotando estádios no país inteiro na turnê de lançamento de seu álbum icônico, extraordinário, Born in the USA. Como ele mesmo diz, em depoimento feito para este documentário, Bruce era fã de Dylan desde sempre – e a influência de Dylan sobre sua obra é mais do que óbvia.
O sujeito que viria a ser o primeiro compositor de música a ganhar o Prêmio Nobel de Literatura, e que ali, no estúdio da A&M, já era para muitos uma figura quase lendária, um ícone da cultura americana e mundial, desde bem jovem admirava Harry Belafonte, assim como, só para dar um exemplo, Joan Baez. A primeira gravação profissional de Bob Dylan foi – conforme ele conta no seu livro Chronicles Volume One – tocando gaita em faixas do disco Midnight Special, de Harry Belafonte, no iniciozinho dos anos 1960.
Bruce, que era fã de Dylan, que tinha o maior respeito por Belafonte – e eles estavam juntos ali no estúdio da A&M.
Duvido que houvesse ali algum artista que não tivesse respeito, admiração, talvez até veneração por Ray Charles. O cara havia passado, sempre com absoluto brilhantismo, por diversos gêneros musicais, ainda nos tempos em que os gêneros musicais, naquele país em que leis segregacionistas valeram até meados dos anos 60, eram bastante segregados, e a convivência entre brancos e negros não era amplamente aceita. Ray Charles veio do blues e do jazz – territórios negros – mas passou com a maior desenvoltura pelo country & western – território até então praticamente exclusivo dos branquelos.
Da mesma maneira, não havia ali (e o documentário mostra bem isso, me parece) nenhum artista que não tivesse respeito por Stevie Wonder, aquela figura que havia sido menino-prodígio e, ao contrário de tantos meninos-prodígios, continuara prodigioso na maturidade. Com o primeiro disco lançado em 1962, quando estava com 12 anos, àquela altura era um veterano absolutamente incensado pela crítica, com dois dos mais belos discos do pop norte-americano, Songs to the Key of Life (1976) e o conceitual Journey Through the Secret Life of Plants (1979), em que tocava todos os instrumentos.
E havia Michael Jackson.
Bruce Springsteen, The Boss, havia acabado de lançar Born in the USA, um álbum fenomenal, extraordinário, um grande sucesso. Mas Michael Jackson lançara Thriller em 1982, e Thriller, diabo, era algo absolutamente fora do esquadro, fora de série, fora de qualquer padrão. Meu, mas que Elvis, que Beatles que nada: Thriller ficou 37 semanas no número 1 na lista dos discos mais vendidos da Billboard, e, no final de 1983, era o álbum mais vendido da História, com 32 milhões de cópias.
Talvez houvesse ali, naquela sala em que estavam reunidos 47 grandes astros da música mundial, quem, no fundo, no fundo, torcesse o nariz para o rapaz esquisito – ele também garoto prodígio, como Little Stevie Wonder –, que fazia questão de aparecer sempre com luvas e aqueles modelitos estranhos, como se a vida real fosse assim uma eterna sessão de fotos para a capa de Sgt Pepper’s. Mas não dava para não ter algum respeito pelo sujeito que tinha feito o disco mais vendido no mundo.
E o chefão propriamente dito da reunião, o arranjador, o condutor, o maestro era Quincy Jones, o Grande Músico Acima de Qualquer Suspeita, que todos admiravam, veneravam.
“Deixe o seu ego do lado de fora”
Haviam colocado numa parede daquela sala um pedaço de papel com uma frase assim: “Deixe o seu ego do lado de fora”.
Meu… Dá para imaginar o tamanho dos egos daqueles 47 artistas?
Ego inchado é um troço muito forte. Em qualquer ambiente. Tive a oportunidade, a sorte grande, de trabalhar em algumas redações importantes, do Jornal da Tarde até O Estado de S. Paulo, passando pelas das revistas Afinal e Marie Claire e Agência Estado – e, diacho, havia ali egos absolutamente gigantescos, bem maiores que os prédios que abrigavam aquelas redações. Mas é difícil ter uma idéia de como deve ter sido aquele estúdio da A&M, em que 47 dos maiores nomes da música popular do mundo se reuniram para cantar uma única canção.
O filme fala bastante dessa coisa da disputa de egos – mas, ao mesmo tempo, nos surpreende com atitudes, reações, comportamentos que nos fazem babar de admiração por aquelas pessoas.
Bem perto do fim do filme, por exemplo, é dito que Diana Ross foi uma das últimas artistas a sair do estúdio.
Diana Ross é uma diva. Foi a principal vocalista das Supremes, o grupo de maior sucesso da Motown, a gravadora de Detroit que lançou diversos grandes artistas negros, e um dos grupos musicais de maior sucesso da história do pop. Além da voz maravilhosa, era uma mulher belíssima, chocantemente bela. Em 1972, fez o papel de Billie Holiday em uma boa cinebiografia da musa, Lady Sings the Blues – e teve uma bela atuação.
Pois bem. Em uma das últimas sequências deste The Greatest Night of Pop, ficamos sabendo que Diana Ross não queria ir embora – porque estava achando maravilhoso aquele momento, aquela reunião de tanta gente importante por uma boa causa, uma causa justa.
Há quem tenha pouco mais importância na História do que uma pulga e seja dominado pelo seu ego. E há artistas gigantescos que ficam felizes porque seus colegas de ofícioo são capazes de se reunir por um bom propósito.
Quem foi mesmo que disse que há apenas duas raças – as pessoas boas e as pessoas ruins?
De repente, no meio da sessão, uma homenagem a Belafonte
Houve um momento especialmente emocionante, naquela noite que foi a maior noite do pop – e é um dos momentos mais belos do documentário.
Nunca soube daquilo, e imagino que boa parte das pessoas que amam aqueles artistas também não sabia.
Lá pelas tantas, durante aquela longa – e tensa, muito tensa – sessão de gravação, alguém se referiu à importância de Harry Belafonte para que aquilo tudo estivesse acontecendo. O filme já havia falado para o espectador que Belafonte foi um dos inspiradores de todo o projeto – mas lá pelas tantas vemos, nas imagens gravadas naquela noite, que a importância do músico, ator e ativista político foi destacada por alguém, creio que pelo maestro Quincy Jones.
E aí aconteceu que vários artistas começam a cantar a canção mais marcante da imensa, fantástica carreira de Belafonte, aquele calipso “Banana Boat (Day-O)”. Uma coisa natural, espontânea, repentina – de Cindy Lauper a Ray Charles, de Willie Nelson a Paul Simon, de Lindsey Buckinham a Dionne Warwick, um coral de mais de 30 vozes cantou uma das marcas registradas daquele deus Apolo de alma tão bela quanto o rosto escultural.
Tudo estava sendo filmado ali, é claro – havia, creio, três equipes de cameramen trabalhando para captar as imagens do que viria a ser o videoclip de “We Are The World”, e muitas delas são mostradas agora no documentário dirigido por Bao Nguyen. Esse momento da homenagem inesperada ao grande Harry Belafonte é um dos pontos altos do filme.
A data da gravação estava marcada – e não havia a canção!
Outra das muitas maravilhas deste The Greatest Night in Pop é apresentar ao público algumas pessoas que foram fundamentais para que “We Are The World” existisse, e a gente não tinha a menor idéia disso.
O documentário usa boa parte de seus 96 minutos que passam depressa demais para falar da origem do projeto. O que, claro, é uma maravilha.
Harry Belafonte é um dos responsáveis. Músico e ator de carreiras fenomenais, Belafonte havia sido, nos anos 60, um dos grandes nomes da luta pelos direitos civis nos Estados Unidos – o grande movimento liderado pelo pastor Martin Luther King Jr,, aquela espécie de Mahatma Ghandi, de Nelson Mandela, pela igualdade de direitos entre brancos e negros no país de tradição e legislação segregacionistas. Em meados dos anos 80, Belafonte era um dos ativistas pelos direitos das minorias mais respeitados dos Estados Unidos, e falava para os amigos da necessidade de se fazer alguma coisa para ajudar a minimizar a fome na África, em especial a Etiópia.
Havia o exemplo do que Bob Geldof vinha fazendo do outro lado do Atlântico. Os organizadores do movimento USA for Africa chamariam o cantor e compositor irlandês para estar presente na noite da gravação de “We Are the World” – e o documentário mostra o momento em que, antes dos trabalhos da gravação em si começassem, Quincy Jones pede para Bob Geldof falar do que havia visto nos campos de refugiados famintos na Etiópia.
Harry Belafonte e Bob Geldof, os grandes inspiradores. Sim, claro, Lionel Richie e Michael Jackson, os autores da canção. E, diacho, o depoimento der Lione Richie sobre como foi o processo de compor a canção é absolutamente fascinante, sensacional. Os dois queriam a participação de Stevie Wonder, mas o gênio não aparecia – e então a tarefa de criar a música ficou nas mãos dos dois amigos de muito tempo, companheiros de Motown quando muito jovens, um no grupo Commodores, o outro no Jackson 5.
E aí surgiu o deadline, a linha morta, como brincava o Geraldo Mayrink na redação da revista Afinal – a gravação teria que ser feita na noite de 25 de janeiro, porque naquele dia haveria a cerimônia da entrega do American Music Award, e então boa parte dos cantores e compositores estaria em Los Angeles…
Os convites foram sendo feitos, enviados – e Lionel e Michael ainda não tinham a música pronta!
O documentário vai fazendo uma contagem negativa – 10 dias para o dia da gravação, 9 dias para o dia da gravação –, e é algo bem gostoso.
Um filho de vietnamitas especializado em documentários pop
É tambémo fantástico, delicioso, ficarmos sabendo das pessoas que –
além de Harry Belafonte, Bob Geldof, Lionel Richie, Michael Jackson – foram fundamentais para que houvesse um “We Are the World”.
Esses cinco nomões aí acima, tudo bem, isso todo mundo está cansado de saber, de conhecer.
Mas não haveria the greatest night of pop sem Ken Kragen, Harriet Sternberg, Wendy Rees, Tom Bähler, Humberto Gatica. Bob Dickinson,
Ken Woo… E todos eles dão interessantes depoimentos diante da câmara do diretor de fotografia Caleb Heller.
Ken Woo foi um dos cameramen que filmou tudo o que acontecia no estúdio da A&M. Bob Dickinson era o engenheiro de iluminação. Humberto Gatica era o engenheiro de gravação.
Tom Bähler teve um papel fundamental: ele foi o arranjador vocal, o maestro que dirigiu os momentos em que vários dos artistas cantam junto, em coro, que selecionou quem formaria os duetos e trios.
E Ken Kragen, Harriet Sternberg e Wendy Rees tiveram também importância gigantesca: foram eles que cuidaram de toda a produção – os contatos todos com os agentes dos astros, desde o primeiro convite até o envio da fita cassete demo com a música, toda a logística, toda a parte burocrática do evento monumental.
Produtor, agente de artistas, Ken Kragen era o dono da agência Kragen & Co, que tinha entre seus contratados Lionel Richie, então um astro em gigantesca ascensão. Havia deixado o grupo Commodores, que liderara desde a fundação, em 1968, e lançado seus primeiros álbuns solo em 1982 e 1983; os organizadores do American Music Awards o convidaram para ser o apresentador da cerimônia de entrega dos prêmios naquela noite de 25 de janeiro de 1985.
Ao longo do segundo semestre de 1984, Ken Kragen, influenciado por Belafonte e Geldof, vinha conversando com Lionel Richie, sugerindo que ele tomasse a frente de um projeto coletivo beneficente para os famintos da África.
Harriet Sternberg e Wendy Rees eram executivas na seção de Serviços Criativos da Kragen & Co. A elas coube tocar todas as mil e uma tarefas da produção e da logística da coisa.
É fascinante ver que, entre os produtores e produtores executivos deste The Greatest Night in Pop, ao lado de Lionel Richie, está Harriet Sternberg.
No meio de tantos astros, tantos nomões, gente pouquíssimo conhecida fora de seu meio de trabalho específico.
Eu jamais tinha ouvido falar em Bao Nguyen, o diretor deste belo filme. Como o nome indica, é filho vietnamitas, que emigraram para os Estados Unidos na época da Guerra do Vietnã. Parece ser do tipo que esconde a idade: nem o IMDb nem a Wikipedia dizem a data em que ele nasceu, em Silver Spring, Maryland. Em 2015, lançou Live from New York!, documentário sobre o Saturday Night Live, um dos programas cômicos mais importantes da televisão dos Estados Unidos. Em 2020, dirigiu Be Water, um documentário sobre uma época da vida de Bruce Lee em que ele deixou Hollywood e foi para Hong Kong, a terra de seus pais, onde fez quatro filmes.
Dá para perceber, por esses dois exemplos, e também por este ótimo The Greatest Night in Pop, que o rapaz se especializou em documentários sobre temas da cultura popular. Que venham outros!
Anotação em fevereiro de 2024
A Noite Que Mudou o Pop/The Greatest Night in Pop
De Bao Nguyen, EUA, 2024
Documentário com imagens dos ensaios e da gravação de “We Are the World”, do American Music Award 1985 e de shows de alguns dos artistas, e depoimentos de
Lionel Richie, Cyndi Lauper, Bruce Springsteen, Kenny Loggins, Huey Lewis, Smokey Robinson, Dionne Warwick, Sheila E. ,Harriet Sternberg (chefe de Serviços Criativos da agência Kragen & Co), Wendy Rees (da seção de Serviços Criativos da agência Kragen & Co), Steven Ivory (jornalista), Larry Klein (produtor, responsável pelo American Music Awards), David Breskin (autor do livro “’We Are The World”), Humberto Gatica (engenheiro de gravação), Tom Bähler (arranjador vocal), Bob Dickinson (engenheiro de iluminação), Ken Woo (cameraman)
e depoimentos gravados com a voz de Harry Belafonte, Ken Kragen (produtor, agente e empresário), Quincy Jones, Kenny Rogers
Fotografia Caleb Heller
Música Music Darren Morze, Goh Nakamura
Montagem David Brodie, Nic Zimmermann , Will Znidaric
Direção de arte Hanrui Wang
Produção Bruce Eskowitz, George Hencken, Larry Klein, Julia Nottingham, Lionel Richie, Harriet Sternberg, Dorothy Street Pictures, MRC Film, MakeMake Entertainment, Paramount Pictures.
Cor, 96 min (1h36)
****
Que lindo e comovente texto, Sérgio! Foi tudo como vc descreveu. E, nesse caso e em outros, estamos com sorte que vc tenha dificuldades com a síntese. Bom p nós. Essa gravação é essa música atingem o ser humano no âmago, de tal maneira que eu me esforcei muito para grava-la num CD. Foi difícil. Periodicamente, botava para assistir. Para quem conhece esses gigantes da música e cresceu ouvindo-os, sem palavras para descrever tanta emoção. É impactante a emoção porque nós conhecemos as histórias de cada um, assistimos aos filmes biográficos, assistimos aos shows, sabemos detalhes de cada carreira. As palavras são pequenas. Já brigueivom muita gente esclarecida e culta em defesa de Michael J. Nem daqui a 1 século vau aparecer outro perfeito assim. Igual à Elis, igual à Ella F. Chorei horrores quando os 2 morreram. Denso e lindo e verdadeiro seu texto. Pena que acabe.