Os Amores de Maria / Maria’s Lovers

3.0 out of 5.0 stars

Maria’s Lovers, de 1984, foi o primeiro filme de Andrei Konchalovsky nos Estados Unidos. Bem mais do que isso, foi – creio – o primeiro filme americano de um cineasta soviético, algo que dá a ele uma grande importância histórica.

É um belo filme. Sensível, tocante, emocionante, às vezes surpreendente, com interpretações magistrais, fotografia esplendorosa. Mas ele deixa também um gosto amargo de uma certa estranheza no espectador. Não é, de forma alguma, um filme simples. Bem ao contrário.

Confesso que, ao vê-lo só agora (não sei por que motivo perdi na época do lançamento), fiquei ao final um tanto perplexo, sem ter certeza sobre por que Konchalovsky criou exatamente essa história, o que ele quis dizer, onde quis chegar.

O grande historiador e crítico francês Georges Sadoul escreveu uma frase fascinante sobre o filme: “Por seu lirismo, seu sentido de harmonia dos seres com uma natureza ampliada, Os Amantes de Maria – primeiro longa-metragem de Konchalovski nos Estados Unidos, depois que deixou Moscou – é de certo modo um filme soviético”.

Janet Maslin, a excelente crítica do New York Times, cunhou outra beleza de definição: “O ano é 1946, e a ação se passa em Brownsville, Pensilvânia, embora pudesse perfeitamente ser na lua; o estilo soviético de Mr. Konchalovsky viajou de forma tão estranha que o filme é fascinante pelo seu estrangeirismo. Numa colina coberta por ervas altas, que dançam com o vento – uma imagem de sensualidade madura em grande contraste com ambientes secos –, Maria é cortejada por Ivan Bibic (John Savage), um soldado que está chegando de volta e a ama bem demais.”

A Maria do título é interpretada por Nastassja Kinski, uma das mulheres mais belas que já passaram diante de uma câmara de cinema, e que, no ano em que o filme foi lançado, 1984, estava com apenas 23 aninhos de vida. No primeiro parágrafo de sua crítica, logo acima do segundo já transcrito, Janet Maslin diz que que Nastassja Kinski está radiante. “Miss Kinski traz uma imensa vibração ao papel da garota de cidade pequena com muitos pretendentes, inclusive um que vai virar seu sogro, numa história superpovoada e cheia de caminhos tortuosos que é eventualmente menor que a soma de suas partes. No entanto, fotografada por Juan Ruiz Anchía, Miss Kinsi é capaz de causar furor numa sequência em que está vestida com andrajos diáfanos enquanto lava o chão.”

Os próprios créditos demonstram que não foi fácil chegar à forma final da história

Sempre obrigado a ser bem mais sucinto, Leonard Maltin foi também mais seco ao falar sobre o filme ao qual deu apenas 2 estrelas em 4: “Jovem soltado volta para casa da Segunda Guerra Mundial, depois de sofrer um colapso nervoso, e se descobre incapaz de consumar seu amor pela noiva. Um filme rico em atmosfera, passado num cidade da Pensilvânia, com ótimas atuações e outros atributos, mas que é inevitavelmente pesado.”

Cheio de clima. Lírico. Ótimas atuações, outros atributos – mas um filme americano que é soviético. Uma história que é eventualmente menor que a soma de suas partes. Inevitavelmente pesado.

Quis transcrever logo de cara as avaliações de Georges Sadoul, Janet Maslin e Leonard Maltin porque creio que elas expressam maravilhosamente bem o que é Maria’s Lovers – e justificam e explicam a sensação que tive de satisfação com a beleza do filme mas ao mesmo tempo o travo de estranheza, perplexidade que ele deixa no espectador.

Há um detalhe que, creio, pode talvez explicar ainda mais essa dualidade que o filme deixa – de que é uma obra bela, mas com algo de estranho, não absolutamente definido.

O filme foi produzido pelo Cannon Group, Golan-Globus Productions, dos israelenses Yoram Globus e Menahem Golan; este último contou de uma maneira muito simples a gênese do filme, em uma entrevista para a Films in Review, em 2008:

“Konchalovski me foi apresentado em Cannes. Ele me falou de uma história sobre um soldado na Iugoslávia que volta para casa depois da Primeira Guerra Mundial com trauma, incapaz de fazer sexo com sua mulher. Eu disse a ele: ‘Vá lá embaixo, tome um café e comece a pensar assim: ele não é um soldado iugoslavo, é um soldado americano; a guerra não é a Primeira Guerra Mundial, mas a do Vietnã, para tornar a história mais contemporânea’. Dez minutos depois, ele voltou com a idéia revisada, que se transformou em Maria’s Lovers.”

Muito simples, né? Simples demais da conta. Como num passe de mágica.

Pois bem: o detalhe que citei mais acima não só desmonta essa versão simplista apresentada pelo produtor Menahem Golan como mostra claramente que não foi nada fácil chegar até a versão final do roteiro. O detalhe é a forma com que é assinada nos créditos iniciais a autoria da história e do roteiro:

“Screenplay by Gérard Brach & Andrey Konchalovskiy and Paul Zindel and Marjorie David”.

Segundo as regras do Screen Writers Guild, isso quer dizer o seguinte:

* Gérard Brach & Andrei Konchalovsky escreveram a história e uma versão do roteiro;

* em seguida, Paul Zindel pegou aquela versão e mexeu nela;

* finalmente, Marjorie David pegou a versão de Paul Zindel, mexeu nela, deu a forma final.

O “&” os “and” contam uma versão bem diferente daquela apresentada pelo produtor. Mostram que não foi fácil chegar até a forma final da história.

Na abertura, mesclam-se imagens de documentário da época com o filme

O filme começa em preto-e-branco: soldados, militares de várias patentes estão sendo entrevistados, cada dupla de militar e entrevistador em uma pequenina sala. Um grande letreiro informa que é a primavera de 1946, e então sabemos, pela data e pelos diálogos de que vamos escutando alguns trechos, que os militares estão voltando para casa, e psicólogos das Forças Armadas estão fazendo uma avaliação do estado de cada um.

O último entrevistado que vemos, depois que a câmara passa por vários outros, é o ator John Savage. Perguntando sobre em que está pensando, ele responde com firmeza: – “Voltar para casa”.

É uma extraordinária, talentosa montagem de material de documentário, de filme-verdade, com o filme que está começando.

Confesso que não identifiquei de cara aquelas imagens iniciais como sendo de documentário. Os créditos finais explicitam: aquelas tomadas foram retiradas de Let There Be Light, um dos documentários feitos por John Huston durante a Segunda Guerra; vários grandes diretores – além de Huston, também John Ford, George Stevens, Frank Capra – trabalharam para o Exército americano durante a guerra; esses documentários estão hoje em dia, inclusive, disponíveis em um dos serviços de streaming, creio que a Netflix.

Em sua sinopse, Leonard Maltin anota isso: “Sequência de abertura inteligentemente integra sequências do famoso documentário de John Huston Let There Be Light com material filmado agora com (John) Savage”.

Logo depois que vemos John Savage dizendo para o homem que o entrevista que ele só pensa em voltar para casa, o vemos chegar de ônibus a uma pequena cidade. John Savage-Ivan Bibic sobe até uma colina de onde se tem uma vista esplêndida do lugar, um trecho da cidadezinha, banhado por um belíssimo rio e cercado por magnífica vegetação.

O preto-e-branco vai desaparecendo e as imagens ficam coloridas. Detalhezinho de cineasta de talento.

A primeira vez que Ivan revê Maria ao voltar da guerra é um absoluto horror

Toda a comunidade em que vive Ivan Bibib é formada por imigrantes da Iugoslávia. Maria chegou ali criança ainda, e Ivan, então já adolescente, foi seu primeiro amigo.

Pouco a pouco, através de uma informação num diálogo aqui, outro ali, o espectador fica sabendo que o pai de Ivan tinha tido uma grande paixão pela mãe de Maria – que, em 1946, quando o rapaz volta para casa depois da guerra, já está morta. Maria vive com a avó, bem velhinha, surda.

O pai de Ivan não tem nome. Propositadamente, não deram a ele sequer um nome. É interpretado por um Robert Mitchum grisalho, com ar de imenso cansaço. O grande ator não estava tão velho assim – tinha 67 anos quando o filme foi lançado –, mas, durante as filmagens, convivia com uma pneumonia.

É um homem seco, duro, na sua relação com o filho. Quando Ivan chega de volta, o pai pergunta quantas medalhas ele ganhou, quantos japoneses matou – como se fosse obrigação dele ter ganho diversas medalhas, ter matado um batalhão de japas. Mais tarde, dirá que Maria é mulher boa demais para ele, que ele não merece Maria.

O reencontro entre Ivan e Maria, depois de anos com o rapaz no front do Pacífico, não poderia ser mais triste, mais pavoroso.

Ivan vai até a casa dela numa tarde. Bate na porta, ninguém atende, ele se senta na varanda. Já de noite, ela chega no carro de um rapaz, que, assim como Ivan, está de farda. A varanda fica num patamar bem mais alto que a rua. Ivan não tem como sair sem ser visto, e então ele se esconde num trechinho da varanda na lateral da casa. Maria e o namorado sobem as escadas, sentam-se no estrado onde Ivan estivera sentado. O rapaz – veremos que é um capitão do Exército, apesar de bem jovem, chama-se Al Griselli, o papel de Vincent Spano – quer bolinar a namorada, mas ela não deixa.

Maria está com 23 anos, é uma imigrante da Iugoslávia, educada, como todos ali, na Igreja Ortodoxa Cristã, e na América daqueles anos 40, assim como no Brasil e muito provavelmente na imensa maior parte do Ocidente, as moças não davam para os namorados. Maria não dava – e nem permitia que Al avançasse sobre suas coxas e seus seios.

Mas Ivan está ali ao lado, a no máximo dois metros do casal – a moça de seus sonhos e um desconhecido que a beija e quer pegar nela.

Situação grotesca, absurda.

Sem querer, é claro, Ivan toca no interruptor na parede, as luzes da varanda se acendem, ele é obrigado a se apresentar.

Maria demonstra grande felicidade por ver o amigo querido – mas a situação é absolutamente desconfortável para todos.

“Eu amo tanto você que meu corpo todo desmorona”, ele diz para Maria

Para a sra. Wynick (Anita Morris), uma amiga de seu pai, mulher feita, adulta, e já sem os pruridos da juventude, na verdade uma mulher bastante dadivosa, Ivan contará, na cama, que, enquanto esteve preso num campo de prisioneiros de guerra dos japoneses, só pensava em Maria.

Enquanto, durante meses e meses, vivia e via todo tipo de miséria humana, japoneses matando presos que tinham feito alguma coisa contra as regras, cortando os pescoços de outros americanos perto dele, enquanto via ratos sangrando passeando pelo chão em que dormia, pensava em Maria.

Quando o filme está com 35 minutos, Ivan e Maria se casam – e Andrei Konchalovsky mais uma vez dá uma das suas demonstrações de talento. Há uma tomada da torre da igreja, depois uma tomada do interior – vemos os noivos por trás, o padre que oficia a cerimônia de frente para a câmara. Quando corta, e a câmara vai para fora da igreja, do outro lado da rua, para focalizar a saída dos noivos e parentes e amigos, praticamente não vemos nada – a câmara é colocada do outro lado da estrada de ferro que passa ali, e tudo o que vemos é um grande trem passando; entre um vagão e outro, às vezes, por décimos de segundo, vemos que as pessoas estão na escadaria da igreja.

Quando o filme está com 40 minutos, Ivan não conseguiu comer Maria – e, especialmente naquele momento, o rosto de Nastassja Kinski é uma das coisas mais belas que já houve. Ele diz: – “Eu amo tanto você que meu corpo todo desmorona”.

Com uma expressão de profunda tristeza, ela responde, devagarinho: – “Você deveria me amar menos”.

Konchalovsky não se coadunava muito com o realismo socialista

Andrei Sergeevich Mikhalkov-Konchalovskiy nasceu em Moscou, em 1937, dois anos, portanto, antes do início da Segunda Guerra Mundial, em uma família de fortes ligações com a arte. O pai era um poeta famoso; a mãe, tradutora e poetisa; o avô materno foi um pintor impressionista; o bisavô materno, Vasili Surikov, é tido como um dos maiores pintores russos de todos os tempos.

O jovem Andrei chegou a se dedicar à música, mas abandonou-a logo, certo de que não tinha talento para a coisa. Estudou cinema na VGIK de Moscou, a melhor escola da área na União Soviética de então, onde conheceu Andrei Tarkóvsky, com quem colaborou em A Infância de Ivan (1962). Assim como o criador de Solaris (1972), Konchalovsky enfrentou muitos problemas com as autoridades da cultura estatal, já que muitos de seus filmes fugiam dos cânones rígidos do realismo socialista.

Em 1979, fez uma obra gigantesca, de 4h35 minutos, Sibiriada, uma história da Sibéria, através dos destinos de alguns moradores de um pequenino vilarejo, passado em duas épocas diferentes, a primeira no início do século XX, a outra nos dias que então eram os atuais. Foi um imenso sucesso – que, com seu tom de epopéia, agradou às autoridades. Mas foi também sua despedida do regime comunista. Conseguiu autorização para viver por uma temporada com a família em Paris, e de lá foi para os Estados Unidos.

Seu primeiro filme em língua inglesa, o primeiro fora de seu país, foi este Maria’s Lover. Em seguida faria vários outros filmes americanos – Expresso Para o Inferno (1985), Sede de Amar (1986), Gente Diferente (1987), Homer e Eddie (1989), e até mesmo um filme de ação, típico do cinemão comercial americano, Tango e Cash – Os Vingadores (1989).

Vieram os anos em que o Império Soviético caía como um castelo de cartas – e então Konchalovsky voltou à Mãe Rússia, e fez lá um filme fascinante sobre o círculo íntimo em torno de Stálin, O Círculo do Poder/The Inner Circle (1991), uma co-produção EUA-URSS-Itália, pouco antes de a URSS acabar, sair de cena.

Continuou fazendo filmes na sua Rússia natal – mas passou a manter também uma carreira de diretor de teatro, montando clássicos de Anton Chekhov e August Strindberg. De vez em quando dava uma passada por Hollywood, para dirigir produções para a TV.

John Savage, Konchalovsky, Milos Forman, comunismo – tudo junto e misturado

Me ocorre que há aí diversas coincidências, dentro daquela teoria dos seis graus de separação – a teoria que, como diz a Wikipédia, originou-se a partir de um estudo científico segundo o qual, no mundo inteiro, são necessários no máximo seis laços de amizade e/ou outro qualquer para que duas pessoas estejam ligadas. A teoria também deu origem a um filme interessante, Seis Graus de Separação (1993), com o então jovenzinho de tudo Will Smith e os veteranos Donalt Sutherland e Stockard Channing, dirigidos pelo australiano Fred Schepisi.

John Savage, que faz o papel de Ivan neste filme de 1984 do soviético Andrei Konchalovsky, havia feito um dos papéis centrais de Hair, de 1979, dirigido pelo checo Milos Forman. Quando Milos Forman fez Amadeus, em 1984, o mesmo ano de Maria’s Lovers, o ator Tom Hulce fez o papel central, o de Wolfgang Amadeus Mozart; quando Konchalovsky voltou à Rússia e filmou O Círculo do Poder, em 1991, escolheu o mesmo Tom Hulce para fazer o papel central, o do sujeito que acabou virando o projecionista particular de Stálin.

É tudo muito junto e misturado.

John Savage e Nastassja Kinski voltariam a trabalhar juntos, nos papéis de marido e mulher, 13 anos mais tarde, em O Segredo do Silêncio (1997).

Não há registro de que Nastassja Kinski tenha tido um caso com Konchalovsky, mas o caso é que Nastassja Kinski costuma ter caso com todo mundo que passava pela sua frente, como se verá em seguida. Com Milos Forman ela teve, sim, um romance.

Comparada com a lindérrima atriz que a interpreta, Maria era monogâmica

Naquele ano de 1984, foram lançados nada menos que quatro filmes estrelados pela filha do grande ator Klaus Kinski. Além deste Maria’s Lover, Nastassja mostrou sua beleza faiscante e seu talento também em Infielmente Tua, Um Hotel Muito Louco e a obra-prima Paris, Texas, de Wim Wenders.

Isso logo após Tess (1979), de Roman Polanski, baseado no romance de Thomas Hardy, O Fundo do Coração/One From the Heart (1981), de Francis Ford Coppola, e A Marca da Pantera (1982), de Paul Schrader, refilmagem do Cat People original, de 1942.

Nastassja, muito mais que sua Maria, é uma mulher de muitos amores. Segundo o IMDb, teve casos com Gérard Depardieu, Dudley Moore, Milos Forman, Wim Wenders, Roman Polanski, Vincent Spano (o ator que interpreta o capitão Al neste Maria’s Lovers), Quincy Jones e Ibrahim Moussa.

Com estes três últimos teve filhos.

Comparada a Nastassja, Maria é uma monogâmica fidelíssima.

Aliás, há uma indefinição sobre o título de Maria’s Lovers no Brasil. O Dicionário de Cineastas de Rubens Ewald Filho, que é bastante cuidadoso com os nomes, e o DVD lançado pela Flashstar trazem o título Os Amores de Maria, o que me parece muito mais correto. O Dicionário de Cinema – Os Diretores de Jean Tulard e o Dicionário de Filmes de Georges Sadoul usam Os Amantes de Maria.

Maria’s Lovers, definitivamente, não é um filme que permite uma única leitura, monolítica. Bem ao contrário – deixa dúvidas, questões, até perplexidades.

Por exemplo: de forma muito estudada, cuidadosa, Konchalovsky monta a sequência em que Ivan e a sra. Wynic estão na cama, e ele conta sobre as traumáticas lembranças do campo de prisioneiros que o atormentam sempre, de tal forma que não fica muito claro se houve de fato a transa, ou não.

Da segunda vez, quando ele já está casado com Maria, mas é incapaz de fazer sexo com ela, e o cantor-errante-vagabundo Clarence Butts (o papel de Keith Carradine) sugere a ele que vá dar uma trepada, aí fica, sim, claro, que a impotência dele é só com Maria, a mulher maravilhosa em que ele pensava sem parar durante o tempo no campo de prisioneiros para conseguir sobreviver.

“Konchalovsky reencontrou e igualou o lirismo de suas obras-primas russas”

Deixei para o fim as avaliações de dois guias franceses. São belas avaliações, que confirmam aquela minha velha certeza, de que os franceses não apenas amam demais o cinema e sabem fazer filmes maravilhosos, como também são mestres em escrever sobre os filmes.

Diz o Guide des Films de Jean Tulard: “Filme sobre a complexidade das relações amorosas, Maria’s Lovers põe em cena atores de talento. Um filme muito bom”.

Diz Le Petit Larousse des Films sobre Maria’s Lovers (o filme foi exibido lá com o título original em inglês): “Maria’s Lovers é o primeiro filme americano de Konchalovsky. Atrás das aparências melodramáticas, ele ali descreve, com ternura, poesia e delicadeza, o desenvolvimento de um amor louco de um ser marcado pelo horror da guerra. Jogando com todos os registros (porque o filme é também uma evocação muito bem feita da vida em uma pequena cidade americana), auxiliado por atores de quem soube tirar o melhor (Nastassja Kinski é aqui de uma admirável de simplicidade e de emoção), Konchalovsky reencontrou e igualou o lirismo de suas obras-primas russas.”

Anotação em outubro de 2017

Os Amores de Maria/Maria’s Lovers

De Andrei Konchalovsky, EUA, 1984

Com John Savage (Ivan Bibic), Nastassja Kinski (Maria Bosic)

e Robert Mitchum (o pai de Ivan), Keith Carradine (Clarence Butts), Anita Morris (Mrs. Wynic), Bud Cort (Harvey), Karen Young (Rosie), Tracy Nelson (Joanie), John Goodman (Frank), Danton Stone (Joe), Vincent Spano (Al Griselli), Lela Ivev (Anna), Elena Koreneva (Vera), Anton Sipos (Peter), Larry John Meyers (capataz)

Argumento e roteiro Gérard Brach & Andrey Konchalovskiy e Paul Zindel e Marjorie David

Fotografia Jun Ruiz Anchía

Música Gary Malkin

Montagem Humphrey Dixon

Casting Joy Tod

Produção Cannon Group, Golan-Globus Productions. DVD FlashStar.

Cor, 109 min (1h49)

***

Título em Portugal: Os Amantes de Maria. Na França: Maria’s Lovers.

 

8 Comentários para “Os Amores de Maria / Maria’s Lovers”

  1. Que modo vulgar de falar sobre Konchalowsky! Perdeu uma grande oportunidade de ficar calado! Você não merece os filmes de Konchalowski e está comendo mosca quanto ao cinema do Leste Europeu! Veja mais,cresça e amadureça!Não é só Milos Forman o que é ótimo … tem também muita gente boa e sem fronteiras como Kusturica e até alemão como Wenders .com quem Kinski fez muita coisa boa! Uns são herdeiros de Fassbinder…..

  2. Uau, tem comunista te mandando crescer e amadurecer… Os Amores de Maria 11/2/2109. Um ano atrás só. Ainda tinha comunista no Brasil. E continua tendo. E vai ter pra sempre. Não é à toa que o país é a maravilha que é. Rico, próspero, democrata.
    Ãrrã.

  3. Discussão política em cinema é idiotice. Esquerda, direita, comunismo, capitalismo, o que conta no cinema são as imagens. E este tem de sobra.

  4. O autor do comentário acima o enviou em maiúsculas, como um berro. Em defesa dos bons modos, passei para a forma educada de se escrever.
    Sérgio

  5. O filme acima de tudo fala da incomunicabilidade.
    Da dificuldade…mesmo sendo íntimo…de se entregar totalmente.

Comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *