Entre 2012 e 2014, os espanhóis produziram três temporadas de 13 episódios cada uma sobre a rainha Isabel I, que governou durante 30 anos, entre 1474 e 1504. A primeira temporada é uma beleza, um luxo, bem feitíssima em todos os quesitos.
A história de Isabel é absolutamente fascinante.
E – como bem notou o IMDb – a palavra “Espanha” não é pronunciada uma única vez.
Quando Isabel nasceu, em 1451, no território que hoje é a Espanha havia quatro monarquias independentes: Castela, Granada, Navarra e Aragão. Isabel era filha do rei Juan II de Castela com sua segunda mulher, Isabel de Portugal.
Perdão pelas obviedades, mas Castela é a palavra portuguesa. No original é Castilla, que se pronuncia castilha. Daí o nome da língua, o castelhano.
A primeira temporada (ainda não vimos as seguintes) se passa entre julho de 1461 e dezembro de 1474, exatamente o ano em que Isabel é enfim coroada rainha de Castela.
Só lá pelo meio da primeira temporada me ocorreu que foi Isabel de Castela, a Rainha Católica, a financiadora da viagem de Cristóvão Colombo rumo às Índias, em 1492. Foi Isabel que deu ao navegador genovês as tais três caravelas, a Pinta, a Niña e a Santa Maria, com que ele descobriu a América.
A grosso modo, de maneira esquemática, é possível portanto dizer que Isabel é a responsável pelo fato de que uma dúzia de países da América, do México ao Chile e Argentina, fale castelhano!
A douta Encyclopaedia Britannica resume que Isabel foi “uma das maiores monarcas espanholas; ela teve um papel chave na unificação da Espanha, e é também lembrada como a patrona de Cristóvão Colombo”. “Excelente governante, responsável pelo início de reformas políticas, sociais e religiosas.”
Isabel tem imensa importância histórica, e de fato merecia que sua vida fosse narrada em uma longa e caprichadíssima série de TV.
A série demonstra, exaustivamente, como Isabel era, desde muito jovem, uma mulher forte, decidida, e muito à frente de seu tempo. Vivendo numa sociedade extremamente machista, foi uma guerreira pela igualdade entre homens e mulheres. Recusou-se a aceitar o casamento com o então rei de Portugal, João II, que era bem mais velho que ela – algo absolutamente inimaginável naquele tempo e naquele meio.
Uma personalidade em tudo por tudo fascinante.
Não é perda de tempo ver Game of Thrones, se há tantas histórias reais pouco conhecidas?
A questão que ficou me martelando a cabeça, ao longo dos dias em que vimos os 13 episódios da primeira temporada, foi: quantas pessoas bem informadas, que tiveram o privilégio de estudar, sabem da importância de Isabel de Castilla, ainda que bem por alto?
Esses fatos históricos não deveriam ser muito mais conhecidos?
O que me levou a pensar se não seria um imenso desperdício a gente ficar acompanhando fantasias tipo Game of Thrones ou O Rei dos Anéis, quando há tantas histórias reais tão ou mais fascinante, cheias de vinganças, traições, guerras, adultérios, ciúmes, disputas fratricidas, intrigas, paixões que a gente desconhece.
A primeira temporada de Isabel tem tudo isso citado na frase acima.
É impressionante como os personagens da história falam em honra, lealdade, e na prática atraiçoam, apunhalam pelas costas.
A primeira temporada de Isabel usa o que eu chamo de narrativa laço – aquele esquema de começar mostrando o que aconteceu, digamos, aos 40 minutos do segundo tempo de um jogo de futebol, para em seguida voltar atrás no tempo e mostrar a partida desde o início.
Nas primeiras sequências que vemos, estamos em 1474: morre o então rei de Castela, Henrique IV (Pablo Derqui), irmão mais velho de Isabel, filho do primeiro casamento do pai deles. Ao saber da morte do irmão, Isabel (a bela Michelle Jenner) toma a decisão de se coroar rainha, mesmo advertida que um dos mais influentes nobres da corte, Pedro de Mendoza (Andrés Herrera), havia convocado um conselho de Estado para deliberar quem seria o sucessor do rei recém-falecido.
Vemos a cena da coroação de Isabel como rainha de Castela. Ela está ao lado de seu preceptor, seu homem de confiança, Gonzalo Chacón (Ramon Madaula, na foto abaixo).
E aí vem o flashback – voltamos atrás alguns anos. A partir daí, os acontecimentos serão mostrados em rigorosa ordem cronológica, sem idas e vindas no tempo. Quando o 13º e último episódio vai se aproximando do final (cada episódio dura em torno de 70 minutos), chegamos de volta ao momento da coroação. E fica bem claro que, na temporada seguinte, haverá muita luta entre os partidários de Isabel e seus inimigos, que tomarão partido da outra possível sucessora do rei Enrique IV, sua filha, a princesa Juana.
O rei Enrique IV, irmão mais velho de Isabel, era um homem fraco, débil
Enrique é mostrado na série como um fraco. Não é um homem mau, vil, canalha – mas é fraco. Tíbio. Débil. Deixa-se influenciar pelos nobres que o cercam – e alguns deles são, esses sim, pessoas de índole ruim, canalhas.
Coitado: passaria à História como Enrique, o Impotente.
Ele se casou com a portuguesa Joana de Avis (interpretada por Bárbara Lennie, mulher belíssima), irmã do rei João II de Portugal. Anos após o casamento, ainda não havia aparecido um herdeiro. No sétimo ano, nasceria a princesa Juana. Segundo mostra a série, Juana foi produto de inseminação artificial do sêmen de Enrique na esposa – um projeto idealizado e executado por um médico judeu. Segundo se comentava à larga, e a História registra, ela seria na verdade filha de Beltrán de la Cueva (William Miller), o maior amigo de Enrique.
A série deixa praticamente explícito que Beltrán era, na verdade, amante de Enrique. E mostra, às claras, que a rainha chegou a se oferecer a Beltrán – mas foi rejeitada, por lealdade dele ao rei.
Nos primeiros anos do reinado de Enrique, seus dois meio-irmãos mais novos, Isabel e Alfonso (Víctor Elías), viviam longe da corte, na cidade de Arévalo, junto com a mãe, Isabel de Portugal (Clara Sanchis). Isabel mãe já começava a dar sinais de sérios problemas psiquiátricos.
Depois do nascimento da pequena Juana, Enrique resolve chamar os dois meio-irmãos para viver no seu palácio, em Segóvia. Isabel será bastante mal-tratada pela rainha Joana, e sentirá tremenda falta da mãe.
A história de Isabel de Castela e Fernando de Aragão é coisa de novela
Não é mostrado visualmente, mas, através de diálogos dos personagens, ficamos sabendo que Enrique conspirou para tomar o trono do próprio pai, com a ajuda e a inspiração do marquês de Vilhena, Juan Pacheco (Ginés García Millán).
Pacheco é o grande vilão da história. Não é o único – mas é o maior de todos. Antes apoiador de Enrique, passa a conspirar contra ele, incomodado com as atenções do rei ao amigo Beltrán de la Cueva.
Pacheco terá como aliado de momento seu tio, o poderoso Alfonso Carrillo de Acuña (Pedro Casablanc), bispo de Toledo. Cada um deles tem seu próprio exército – e, unidos, entrarão em guerra aberta contra o exército do rei Enrique. Chegam a proclamar rei o irmão mais moço de Enrique e Isabel, Alfonso.
Alfonso morre, e abre-se um racha na aliança entre Pacheco e Carrillo: o primeiro, que muda de lado com a maior facilidade, volta a apoiar o rei Enrique, enquanto Carrillo passa a defender que Isabel seja nomeada sucessora do irmão, em vez da infanta Juana.
Carrillo e o preceptor de Isabel, Chacón, passam a articular o casamento dela com Fernando, o príncipe da vizinha Aragão, filho do rei Juan II de Aragón (Jordi Banacolocha).
A história da relação entre Isabel e Fernando (Rodolfo Sancho) é digna de um romance de cavalaria. Duas ou três vezes essa afirmação é feita por um ou outro personagem da série – e é bem verdadeira.
É coisa de novela.
Era um casamento por conveniência – mas Isabel e Fernando se apaixonam
Na vida real, Isabel não era uma beldade, como se pode ver pelas pinturas feitas na época. Na série, ela é interpretada por um atriz bastante bela – além de competente. Essa moça Michelle Jenner, nascida em Barcelona, em 1986, estava portanto com 26 anos quando a primeira temporada estreou na Espanha; tem magníficos olhos de um verde muito claro, e consegue expressar as mais diferentes emoções dessa personalidade tão fascinante que foi Isabel I de Castela.
O ator Rodolfo Sancho, escolhido para o papel de Fernando de Aragão, também é bastante bom de serviço, e tem bela presença. Os dois atores conseguiram a tal química entre eles: formam um casal belo, simpático, que vive uma história absolutamente fascinante.
Isabel já havia se recusado a casar com o então rei de Portugal, cunhado de Enrique. A recusa deixou Enrique muito mal diante do rei do país vizinho, e furiosíssimo com a irmã, é claro.
O reino de Aragão estava em guerra contra a poderosa vizinha França, e as finanças não iam nada bem. Assim, era de grande interesse do rei Juan II que seu filho Fernando se casasse com Isabel, possível herdeira de Castela.
Fernando era – segundo mostra a série – um danado de um mulherengo. Estava, na época em que surge a oportunidade de se casar com Isabel, tendo um caso com uma catalã lindíssima, Aldonza de Ivorra (Blanca Espino).
Mas ele entende a necessidade do casamento. Conhece a fama de Isabel, de moça de personalidade fortíssima, vontades férreas e uma absoluta devoção à religião católica. E vai ao encontro dela absolutamente preparado para se mostrar suave, doce, delicado.
Isabel, por sua vez, morria de medo – segundo mostra a série – do contato físico com homens.
Fernando chega belo e doce – e Isabel se derrete por ele.
E ele se derrete por ela.
Coisa de novela.
Detalhinho: o ator Rodolfo Santos é 11 anos mais velho que Michelle Jenner. Na vida real, Isabel de Castela era um ano mais velha que Fernando de Aragão.
A série mostra como o Vaticano manipulava os reis para obter dinheiro
A realeza européia era useira e vezeira em casamentos consanguíneos.
Isabel era prima em segundo grau de Fernando. O rei Juan II de Aragão era primo primeiro do pai do rei Enrique e de Isabel, o rei Juan II de Castila.
O rei Enrique era primo de Joana de Avis, a irmã do rei de Portugal com quem se casou.
Os casamentos consanguíneos eram proibidos pela Igreja Católica. Para que se celebrasse um casamento entre primos, era necessário que o papa, em pessoa, assinasse uma autorização, uma bula. Sin bula, sin boda, como se diz várias vezes na série.
Era uma boa forma de a Santa Madre Igreja fazer chantagem com os reis católicos, e, a rigor, eram católicos todos os reis dos reinos que haviam sido de alguma forma descendentes dos romanos – o que inclui tudo o que existia onde hoje estão Itália, França, Espanha e Portugal.
O Vaticano era mantido, ao menos em parte, pelas contribuições generosas dos reis desses lugares. E o Vaticano precisava de muito dinheiro, não só para se manter, como também para financiar as Cruzadas – as lutas contra os muçulmanos que haviam conquistado Jerusalém e toda a Terra Santa, impedindo as romarias dos cristãos aos lugares em que Jesus Cristo viveu.
A primeira temporada da série mostra, com muita ênfase, como o Vaticano manipulava os reis da Europa Ocidental para obter deles o financiamento das Cruzadas.
Mostra com ênfase, de maneira bastante explícita. Há diversas sequências passadas no Vaticano. O papa da época e seus conselheiros manipulavam os reis e os pretendentes a reis, punham na balança quem poderia ser mais rentável para sua própria causa – se, por exemplo, Enrique ou Isabel de Castela. Se seria bom para o Vaticano o casamento de talvez Isabel, talvez da pequena Juana, com o duque irmão do então rei da França. Ou se seria melhor para o Vaticano o casamento de Isabel com Fernando de Aragão.
Quando a primeira temporada já vai se aproximando do fim, um novo papa pede que o cardeal Borja – conhecido na Itália como Bórgia – viaje até Aragão e Castela para obter informações sobre quem seria a melhor opção para o Vaticano para ser nomeado cardeal: se Carrillo, arcebispo de Toledo, então aliado de Isabel, se um monsenhor da família Mendoza, então aliada do rei Enrique.
Esse cardeal Bórgia, um taradão que gosta de trepar com duas mulheres ao mesmo tempo, viria a ser papa. O que dá vontade de ver a série sobre os Bórgias.
Quem precisa de Terra do Meio, de invencionices como Game of Thrones, se temos tanta história real para ver, para descobrir, para tentar entender?
A qualidade da série não surpreende: o cinema espanhol é um dos melhores que há
Pelo que dá para ler na internet, parece que, quando a série Isabel começou a ser produzida (por uma produtora independente, a Diagonal TV), pretendia-se fazer uma coisa mais chegada a uma novela romântica do que muito fiel aos fatos reais. Consta que foi a chegada de Javier Olivares que deu maior seriedade, maior substância ao projeto. Olivares tem sólida formação de História, e tornou-se o responsável pela supervisão dos roteiros.
Pelo que li na Britannica, e também na internet mesmo, a primeira temporada é bastante fiel ao que a historiografia determinou a respeito de Isabel, sua época, seu entorno.
Não me surpreendeu, de forma alguma, o fato de a série espanhola ter toda essa qualidade. Nos últimos 10, 20 anos, o cinema espanhol tem se provado um dos melhores do mundo. Por coincidência, logo antes de ver a primeira temporada de Isabel tínhamos acabado de ver La Isla Mínima, no Brasil Pecados Antigos, Longas Sombras (2014), excelente thriller que me fez elencar, na anotação sobre ele, uma dúzia de bons filmes espanhóis feitos nas últimas décadas.
Pelo que dá para perceber (mas isso é só o que eu imagino, deduzo – não li isso em lugar algum), a Diagonal TV começou a produzir a série sozinha, com recursos próprios, e só depois do início da produção a TVE, a poderosa TV pública da Espanha, entrou no projeto, apoiou, passou a ser co-produtora.
O IMDb informa que a Diagonal TV começou a desfazer os cenários após as filmagens desta primeira temporada – mas aí a série fez um sucesso tremendo, e ficou decidido que haveria duas novas temporadas. A segunda cobre o período entre dezembro de 1474 – quando Isabel é coroada rainha de Castela – até abril de 1492, o ano em que, financiado por Isabel e Fernando, Cristóvão Colombo atravessou o Oceano Atlântico e descobriu a América.
(O que faz lembrar um detalhinho: no filme 1492 – A Conquista do Paraíso, que Ridley Scott dirigiu em 1992, exatos 500 anos após os fatos, Isabel de Castela foi interpretada pela deusa Sigourney Weaver.)
A série Isabel ganhou nada menos de 31 prêmios, fora 39 outras indicações.
Eu só teria uma crítica a essa belíssima série. É um pequeno detalhe.
A direção de arte é soberba. Muito mais importante: os atores são todos muito convincentes. O roteiro é maduro, sem frescuras juvenis, criativóis, fogos de artifício.
A trilha sonora é bela. No entanto, ela falha: faz acordes fortes demais para realçar os momentos especialmente dramáticos. Fica primário, bobo. Mas isso é um detalhinho besta.
País muito esquisito, aquele, reunião de regiões que querem ser independentes
Adorei que o IMDb realce o fato de que a palavra Espanha não é pronunciada uma única vez.
Me chocou um pouco ler na doutíssima Britannica a frase “uma das maiores monarcas espanholas”.
Não havia Espanha, espanhol, espanhola, nos anos em que Isabel I de Castela, junto com seu marido Fernando de Aragão, iniciaram o processo de unificação do que viria no futuro a ser a Espanha.
A língua que se fala, desde o Rio Grande, junto do Texas, até a Patagônia, é o castelhano.
O nome Espanha só surgiria na Constituição de 1876.
País esquisito, esse, reunião de tantos lugares que exigem ser conhecidos por sua especificidades. Até pouco tempo atrás o ETA, o exército Pátria Basca e Liberdade, queria tirar da Espanha um naco do Norte. E neste ano de 2016 continuam as tentativas da Catalunha de estabelecer um território independente ao Sudeste, não importa o quanto de autonomia o governo central já tenha lhe dado.
Lugar muito estranho.
Isabel, meio milênio atrás, já tinha percebido isso. Pelo que se informa, ela deu bastante autonomia às diferentes regiões desse lugar que só é hoje um único país porque…
Ah, sei lá por quê! E duvido que alguém saiba.
Anotação em abril de 2016
Isabel – A Primeira Temporada
De Jordi Frades, criador, diretor, Espanha, 2012
Diretores: Jordi Frades, Oriol Ferrer, José María Caro, Max Lemcke
Com Michelle Jenner (Isabel de Castilla),
e Ramon Madaula (Gonzalo Chacón), Rodolfo Sancho (Fernando de Aragón), Pablo Derqui (Enrique IV), Jordi Díaz (Andrés de Cabrera), Ainhoa Santamaría (Beatriz de Bobadilla), Sergio Peris-Mencheta (Gonzalo Fernández de Córdoba), Ginés García Millán (Juan Pacheco, marquês de Vilhena), Andrés Herrera (Pedro de Mendoza), Juan Meseguer (Diego de Mendoza), Pedro Casablanc (Alfonso Carrillo de Acuña), Clara Sanchis (Isabel de Portugal), Jordi Banacolocha (Juan II de Aragón), Ernesto Arias (Pedro de Peralta), Pere Ponce (Gutierre de Cárdenas), Víctor Elías (Alfonso de Castilla), Álvaro Monje (João II de Portugal), Bárbara Lennie (Joana de Avis), William Miller (Beltrán de la Cueva), Javier Rey (Diego Pacheco), Elisabet Gelabert (Catalina), Fernando Sansegundo (monsenhor Antonio Veneris), Blanca Espino (Aldonza de Ivorra, a amante de Fernando), César Vea (Pedro Girón)
Chefe de roteiros e diretor de argumento Javier Olivares
Roteiro Anaïs Schaaff, Jordi Calafí, Joan Barbero, Javier Olivares, Pablo Olivares, Salvador Perpiñá
Fotografia David Azcano, Teo Delgado
Montagem Carlos J. Sanavia, Belén Trenado
Casting Juan León
Produção Diagonal TV, TVE.
Cor, 1.210 min (20h10)
***1/2
Acho que merece 4 estrelas. Assisti as duas primeiras tmporadas na Globosat. Isabel e Fernando foram os maiores governantes da história da Espanha. Quando se casaram, Castela era um reino dividido, fraco, ameaçado pelos muçulmanos e Portugal (?!). Aragão era um reino pobre, com revoltas na Catalunha e sob ameaça constante da França. Ao finnal de suas vidas, haviam unificado a Espanha, expulsado os mouros, conquistado a América e transformado a Espanha (ou Castilla-Leon) no reino mais poderoso da Europa. Uma obra formidável, creio que sem paralelo na história. O pequeno reparo que
faço à série decorre das medíocres cenas de batalha. Seu neto, Carlos V, viria a ser o rei mais poderoso da Europa, em seu tempo, titular das coroas de Espanha e Áustria. Uma série fabulosa.
Estou no final da ultima temporada!! Amei!! Isso sim, série pra assistir!! Tomara encontrar outras de tamanha sabedoria e hist´ria para me passar!! Obrigada!! Sem querer dei de cara com essa série e foi dificl assistir um episódio por dia!!!!
Merece 10 estrelas!!!!!
Considero excelente a narrativa da trama histórica. Os castelos no seu exterior e interior, bem como a vida cotidiana e de momentos marcantes são muito bem apresentados. Surpreende apenas que os reis franceses são mostrados como doentes e antipáticos. Gostei também das questões da Inquisição e a relação com os judeus, convencem e convergem com as produções historiográficas.
Uma série brilhante. Mostra a história de tantos países europeus e gostaria de saber se há algum DVD a venda com a série toda.
A trama vai continuar ou acabou assim, pois a história vai longe .
Linda série,grande produção,senatios perfeitos,amei saber mais de história!
Eu assisti aos 3 primeiros episódios da primeira temporada e estou gostando muito.
Uma das séries mais lindas que vi , conhecia por alto a história de Isabel de Castela, mais por ter financiado a expedição de Colombo.Produção impecável, com diálogos ricos e de fácil compreensão. Chorei no último capitulo, tal a emoção que a morte de Isabel causou!Haverá uma nova temporada mostrando a sucessora Joana, ou o neto Carlos?
Por favor ,der continuação a mini série produção maravilhoso!!! Der a continuação quem reinou Castela depois de Isabel ,por favor !!!!
Conheçam a Página com muitas informações a respeito da série e dos personagens históricos.
Assisto à série com frequência até hoje, mesmo porque desde então nunca apareceu algo à altura. O artigo afirma: “A série deixa praticamente explícito que Beltrán era, na verdade, amante de Enrique.” Bom, isso não me ocorreu em momento algum e está nos olhos do autor do artigo. Na pintura a Isabel tampouco é tão feia assim, além disso a percepção do belo muda conforme época e cultura. No mais, charme sempre vence beleza. O que impressiona também, além da iluminação e fotografia, é como uma mesma atriz consegue interpretar de maneira tão convincente uma adolescente e depois uma mulher. Também é bom aprender algo a mais do idioma espanhol através da série. A primeira das três partes do seriado certamente é a melhor embora os vestimentos e a riqueza continuam nas segunda e terceira partes de maneira deslumbrante.
Parabéns !
Magnifico trabalho . Prezo por este tipo de arte tão pouco valorizada e divulgada . Em pleno século 21 tiro meu chapéu para os filmes épicos principalmente quando se pautam em histórias reais . Sinto muitíssimo ter descoberto esta serie recentemente. Comecei a devora-lá na globosat play estava no final da primeira temporada e infelizmente a tiraram do ar deixando somente a terceira temporada . Fica está imensa lacuna. Enquanto isto permanecem séries vazias , regadias a ficção etc etc . Que pena!
Belíssima série.
Estou terminando de ver a terceira temporada e já triste por ter que ver a morte de Isabel. Uma série rica em detalhes da história verídica. Atores muitos competentes.
Sabem informar outras séries que retratem as histórias de reinados pelo mundo? este assunto muito me interessa.
Desde já agradeço, quem puder responder.
Belíssima série; já estou assistindo novamente. Parabénss aos atores e atrizes Espanhóis e parabénss à Globosat por nos oferecer belíssimas histórias. Amoo este Canal: + Globosat – superam quaisquer canais. Parabénsss
Bravíssimo! Gostaria de saber se a terceira temporada será transmitida. Fiquei extasiado com as duas primeiras temporadas. Não tenho palavras para expressar a beleza, o tratamento o requinte desta série. Parabéns!
Série absolutamente maravilhosa. Estou apaixonada e aprendendo muito sobre a História do Mundo. Sensacional!
PERFEITA!! inclusive acjo que Game of thrones foi inspirada em Isabel. Principalmente no q tange à história de Daennaerys tirando a parte dos dragões. Impossível nao fazer associação da figura do rei. do Conselho. da mao do rei do Tyrion e da própria rainha má adúltera com o rei bobo.
porém Isabel e real eu só a conhecia como a mãe de Catarina mas vi q foi muito mais e realmente me pergunto por q assistir game ir thrones?
Sou apaixonada por séries históricas q assisto sempre acompanhada por um bom livro de história para separar a realidade da ficção. Fiquei sabendo da serie Isabel
5 dias antes de ser retirada do ar pela Prime. Imagina a maratona!!! Eu já conhecia a historia dos Reis Católicos, a importancia historica do seu reinado, assim como a maioria dos lugares citados na trama, seja na atual Espanha, Portugal, França ou Italia. Mas deu tempo e saboreei cada episódio. Uma produção monumental com tudo beirando a perfeição: figurinos, cenários, fotografia, ambientação histórica, musica, interpretação e fidelidade crono-histórica (hahaha chequei cada situação). As cenas das batalhas ficaram a desejar: pobres, sem planos abertos e épicos. Mas isso torna-se irrelevante diante do todo. Uma daquelas séries q vai ficar na minha memória. As produções espanholas estão cada vez melhores !!!!!
Assisti as três séries e como filha de espanhol é descendente de um povo tão rico de história e cultura tenho orgulho da minha segunda cidadania espanhola.
As séries foram feitas c mto cuidado histórico assim como detalhes dos costumes e cultura da época !
Os prêmios que recebeu foram super merecidos e deveria ser repassada c constância p que n filhos e netos possam tb saber da uma história real e verdadeira de uma das rainhas mais fortes da história! Sou grata !
Passando pra dizer que a Espanha continua produzindo excelentes séries históricas. Recomendo “Carlos Rey Emperador” (2015) e “El Cid” (2020).
Obrigado pelo comentário e pelas boas dicas, Ana. Não sabia da existência dessas duas séries que você indica. Mas estão já no meu site comentários sobre várias séries e vários filmes espanhóis. Já disse mais de uma vez, nesses comentários, que acho o cinema espanhol um dos melhores do mundo, hoje.
Um abraço.
Sérgio
Assisti e aplaudi de pé.
O compromisso do diretor com a exatidão histórica chegaram a ser emocionantes, porque minha vida inteira eu vi a história ser torcida por slogans, preconceitos e narrativas muitas vezes seculares, que transformavam os personagens em oprimidos e opressores, sem nenhuma matiz, sem nenhuma nuance, sem explicar nada de suas personalidades.
Foi praticamente um documentário, de tão bom. Se tivesse o poderio financeiro e profissional de um Game of Thrones, seria perfeita! Ao contrário do que muitos dizem, eu achei que os cenários eram muito repetitivos. A Espanha teria inúmeros locais que poderiam ter sido explorados, as guerras, as cenas com grande público foram muito mais enxutas… Mas a história foi bem contada, os atores fizeram bem o seu papel, houve coesão, foi bem escrita, e isso é o que importa.
Assisti depois uma produção britânico-americana chamada “the spanish princess” que contava a vida da filha de Isabel, Catarina de Aragão. A série me deu nojo. Revolta. ZERO responsabilidade histórica, cheia de coisas totalmente estapafúrdias e inacreditáveis, impossíveis de acontecer naquele tempo, de tal forma que eu cancelei o streaming que a apresentava (Starz Play).
Curiosamente há uma série de títulos atraentes lá, e com atores famosos (a própria Catarina foi interpretada por Charlotte Hope), mas o ranço que tomei com essa produção foi tamanho, que de tabela ignorei todo o resto. Foi um insulto o que fizeram com a memória de Catarina… Aliás os espanhóis também deploraram a série.
Olá Sérgio! Faz tempo que assisti esta série mas só agora estou lendo sua resenha . E concordo plenamente com voce! É fantástica ! Eu fiquei fascinada já nos primeiros capítulos e aquele Pacheco era o máximo! Quanta intriga! Apesar de achar os filmes ingleses os melhores do mundo (como escrevi na sua resenha de O Duque) , essa série espanhola é minha predileta . Adorei também a continuação , o filme La Corona Partida e a série Carlos , Rey Emperador , mas a Isabel foi marcante . E voce tem razão , para que ver Game of Thrones ?