Barbara Stanwyck senta-se em uma poltrona, e, quando ela senta, as tiras de tecido brilhante que compõem a parte de seu vestido abaixo da cintura caem e deixam à mostra toda a extensão de suas coxas. Gary Cooper, de pé à frente dela, está absolutamente perplexo, atônito.
Ele interpreta o professor Potts, um solteirão convicto que jamais encostara o dedo em uma mulher em toda a sua vida.
Barbara Stanwyck tira a meia de nylon e ergue a perna esquerda.
É um plano de conjunto: o espectador vê Gary Cooper de pé na grande sala, e vê Barbara Stanwyck inteirinha – mas, na verdade, o espectador só vê mesmo as coxas, as pernas de Barbara Stanwyck.
Ela ergue a perna esquerda agora sem a meia de nylon até a altura da mão do quase apoplético Gary Cooper, e manda ele pegar no pé dela. Ele pega, rapidissimamente, como se estivesse encostando a mão numa brasa acesa. Ela pergunta o que ele achou – ele diz que o pé dela está frio.
Com as coxas à mostra diante dele, Barbara Stanwyck manda Gary Cooper chegar mais perto dela. Ele se aproxima devagar, cauteloso, morrendo de medo. Ela o puxa pela gravata, até que o rosto dele fica pertinho do dela.
A seqüência acontece quando Bola de Fogo está com exatos 30 minutos. Deve ter provocado perplexidade não apenas no professor Potts interpretado por Gary Cooper, mas em todos os Estados Unidos, no mundo inteiro, quando o filme foi lançado, em 1941. Deve ter suscitado a fúria e a indignação das ligas católicas de meio mundo.
É uma das sequências mais hilariantes, mais saborosas, mais deliciosas do cinema, na minha opinião. Os mesmos adjetivos valem para o filme como um todo. Bola de Fogo é uma maravilha. Ao rever o filme agora, para fazer esta anotação, me peguei querendo a toda hora dar rewind, voltar um pouco atrás para rever uma cena, para ouvir de novo uma frase, um diálogo. Percebei que estava brigando para que o filme não acabasse.
“Seus heróis não são super-homens; assustam-se com as mulheres”
O filme foi dirigido pelo mestre Howard Hawks (1896-1977). Hawks fez de tudo, em sua carreira como diretor, roteirista, produtor e montador: policiais, westerns, filmes de gângster, filmes de guerra, filmes de ação, filmes noir, musicais, até superprodução passada no Egito dos faraós. E, é claro, comédias. Comédias escrachadas, comédias malucas – Levada da Breca/Bringing Up Baby, de 1938, é considerada, com toda razão, uma das mais perfeitas, se não a mais perfeita de todas as screwball comedies que já foram feitas.
Hawks dirigiu todos os grandes atores do cinema americano, entre 1926 e 1970. Lembre qualquer nome de ator importante nessas cinco décadas: ele foi dirigido por Hawks.
“Foi primeiramente piloto de corridas e em seguida oficial aviador durante o primeiro conflito mundial”, diz Jean Tulard, em seu Dicionário de Cinema – Os Diretores. “Seus filmes sobre a aviação ou sobre o universo automobilístico têm selo de autenticidade. Conheceu a ação: os conflitos que imagina não são sonhos de intelectual. Seus heróis não são super-homens; assustam-se com as mulheres e fracassam por vezes diante do impossível.”
Seus heróis assustam-se com as mulheres. Beleza de definição do grande Jean Tulard. É bem isso o que se vê em Bola de Fogo.
(As duas fotos acima não são de uma tomada do filme. São fotos posadas, feitas para a publicidade, os stills publicitários. No filme, quando Barbara Stanwyck ergue a perna para que Gary Cooper pegue no seu pé, os outros professores não estão presentes; estão olhando, mas de longe.)
Em um filme anterior, Hawks havia feito sequência semelhante, com Marilyn Monroe
A sequência em que Barbara Stanwyck tira a meia e estende a perna para o atônito Gary Cooper faz lembrar, e muito, uma outra sequência, com Marilyn Monroe e um distraído Cary Grant, em O Inventor da Mocidade/Monkey Business, que Hawks lançou em 1952. O personagem de Cary Grant é um grande cientista, um expert em química – assim como o professor Potts de Gary Cooper é um expert em língua inglesa.
Nos dois filmes, a sabedoria dos doutos homens se derrete diante da beleza das mulheres.
Me permito transcrever minha descrição da primeira seqüência em que Marilyn Monroe aparece em O Inventor da Mocidade. Ela é Miss Laurel, a secretária do patrão, o dono do laboratório, que havia chamado o cientista.
Ela diz para ele se sentar e esperar; Mr. Oxley, o patrão, está ao telefone. Fulton, o cientista, se senta, e a senhorita Laurel se levanta de sua mesa e se aproxima dele. Vemos Marilyn de corpo inteiro pela primeira vez, aquele corpo de Marilyn, aquela coisa cheia, volumosa, curvilínea, mil anos-luz das modelos anoréxicas das últimas décadas.
Ela: – “Que bom que temos um minuto. Quero mostrar uma coisa para o senhor.”
E então põe o pé esquerdo sobre o sofá em que Fulton está sentado, e levanta a saia. O joelho esquerdo de Marilyn fica à vista, a poucos centímetros dos olhos de Fulton. Vemos a perna, o joelho, o comecinho da coxa – só o comecinho.
Ela: – “Não é maravilhoso?”
Ele: – “Como?”
Ela: – “As meias não rasgáveis que o senhor inventou.”
Ele: – “Oh! O projeto de acetato N-41!”
E então ele tira os óculos para examinar de perto – não os joelhos de Marilyn, o início da coxa de Marilyn, mas a meia.
(A foto logo abaixo é outro still publicitário. Não é uma reprodução de cena do filme.)
Frank Capra, Billy Wilder, Howard Hawks – todos filmaram as pernas de la Stanwyck
O cinema e as pernas das mulheres…
François Truffaut, um apaixonado pelo cinema americano, fã de Howard Hawks e dos outros grandes dos anos de ouro de Hollywood, adora filmar pernas de mulher. Domicílio Conjugal começa com a câmara seguindo as pernas de Claude Jade. Em Vivement Dimanche!, no Brasil De Repente num Domingo, a câmara persegue as pernas de Fanny Ardant. No meio do drama pesado que é A Mulher do Lado, Truffaut arranjou um jeito de fazer a saia de Fanny Ardant agarrar-se à cadeira, de modo a mostrar as coxas dela, ainda que numa tomada bem rápida. E O Homem Que Amava as Mulheres é inteirinho uma elegia às mulheres, e às pernas das mulheres.
O cinema americano era bem mais pudico que o europeu, especialmente entre os anos 1930 e 1960. Mas já em 1933, em O Último Chá do General Yen, de Frank Capra, uma jovem atriz de então 25 anos de idade aparecia – ousadissimamente, para os padrões da época e do lugar – em roupas íntimas, coxas à mostra, tendo um relacionamento fora do casamento, e ainda por cima um caso inter-racial, coisa que só passaria a ser mostrada com normalidade muitas décadas depois.
A jovem atriz que fazia esse papel ousadíssimo no filme de Capra era a mesma Barbara Stanwyck que, aos gloriosos 34 anos, seduz com suas coxas à mostra Gary Cooper e todos os seus sete colegas em Bola de Fogo. Barbara Stanwyck e os oito anões, perdão, professores.
As pernas de Barbara Stanwyck são a primeira parte do corpo dela que a câmara de Billy Wilder mostra em Pacto de Sangue/Double Indemnity, um dos melhores filmes noir da história. Pacto de Sangue é de 1944, três anos depois, portanto, de Bola de Fogo.
Uma mistura de Branca de Neve e os Sete Anões com uma história de gângsteres
Billy Wilder é um dos autores da história e do roteiro de Bola de Fogo. Os créditos mostram que o roteiro é de Wilder e Charles Brackett (os dois colaboraram na redação dos roteiros de vários dos filmes do mestre), com base em uma história criada por Wilder e Thomas Monroe.
E que história! E que roteiro!
Com uma trama dessas, com Gary Cooper e Barbara Stanwyck e um bando de ótimos coadjuvantes, tudo sob a batuta de Howard Hawks – não poderia resultar senão em uma obra-prima.
Ah, sim, seria bom falar da trama. Percebo que já fiz 30 parágrafos e não falei da história.
A trama que a cabeça safada, irônica, iconoclasta de Billy Wilder e mais Thomas Monroe bolaram é assim uma mistura de Branca de Neve e o Sete Anões com uma história de gângsteres.
É a história do encontro de oito sisudos professores e uma safadíssima dançarina de boate, amante de um gângster.
Um choque cultural, portanto.
Ao morrer, o venerável milionário Daniel S. Totten deixou a cargo da única filha, a srta. Totten (Mary Field, na foto acima), a criação de uma fundação em seu nome. E destinou US$ 250 mil – uma fortuna bastante considerável para a época – para que a filha contratasse os maiores especialistas em diversas áreas para escrever uma enciclopédia.
É bem verdade que as motivações do venerável senhor não eram das mais cândidas e desinteressadas. Como ele havia sido o inventor da torradeira elétrica – motivo da fortuna que amealharia ao longo da vida –, ficou furibundo com o fato de a vetusta Encyclopaedia Britannica não ter lhe dedicado um mísero verbete, embora tivesse homenageado Thomas Edison e Graham Bell, inventores de aparelhos que, na sua opinião, eram tão importantes quanto a torradeira.
E então, quando a narrativa começa, temos que, num casarão imenso em Manhattan, pertencente à Fundação Daniel S. Totten, oito excelsos intelectuais, cada um especializado em um ramo do conhecimento humano, estão reunidos há anos redigindo a Enciclopédia Totten. São todos velhinhos, e, como a maioria dos velhinhos, parecem crianças. Têm até uma espécie de babá, a srta. Braggs (Kathleen Howard), uma matrona severa, rígida.
O mais jovem, ou menos idoso, dos grandes cérebros que redigem a enciclopédia que fará frente à centenária Britannica é o professor Bertram Potts, gênio no assunto que domina, a língua inglesa. É o papel de Gary Cooper, que estava, então, com 40 anos, mas, sempre vestido de terno, parecia ter pelo menos uns 50. (Todas as pessoas, naquela época, pareciam mais velhas do que as pessoas hoje.)
Um belo dia, os oito circunspectos senhores recebem a inesperada visita de um lixeiro – o homem do caminhão que recolhe o lixo daquela região. Ele havia visto pela janela que ali havia muitos livros, e então imaginou que deveria ser uma biblioteca, e queria ver se obtinha umas respostas para questões de um programa de rádio.
De cada cinco palavras que o rapaz fala, seis são gírias que o professor Potts não conhece.
Os roteiristas e o diretor não são assim muito preocupados com finesse
As falas do professor Potts escritas por Billy Wilder e Charkes Brackett são deliciosas. Bem, todas as falas, todos os diálogos de Bola de Fogo são uma maravilha, mas as do professor de inglês são especialmente gostosas, porque ele fala, é claro, numa linguagem corretíssima, ligeiramente empolada. Mal traduzindo, dando atenção apenas ao significado, eis o que ele diz aos sete colegas, ao anunciar que vai sair para as ruas:
– “Senhores, acabo de concluir meu artigo sobre gírias; 23 páginas escritas a partir de 12 livros de referência. 800 exemplos que posso jogar no lixo. Três semanas de trabalho. Está obsoleto. Consultei livros de 20 anos atrás. Vivendo aqui isolado, perdi o contato com o mundo. Aquele homem fala na língua viva. Eu embalsamei expressões mortas.”
“Eu embalsamei expressões mortas”, vamos e venhamos, é uma frase brilhante.
E então o professor Potts sai às ruas onde se fala a língua viva. Distribui cartões para um monte de pessoas do povo, pedindo a elas que compareçam à casa da Fundação para compartilhar seus conhecimentos.
Um dos lugares que ele visita é um night club, uma boate, em que se apresentam Gene Krupa e sua orquestra – uma das únicas orquestras do jazz dirigida por um baterista. (Eu achava que era a única, mas o André Farias, em comentário que vai aí abaixo do texto, lembra que o baterista Chick Webb também dirigia sua própria orquestra.)
A cantora que se apresenta à frente de Gene Krupa e sua orquestra é conhecida pelo nome de guerra de Sugarpuss O’Shea – o papel de Barbara Stanwyck.
Sugarpuss é um nome e tanto. Tem açúcar, é claro, e puss faz lembrar pussycat – gatinha. Até aí, tudo bem. A questão é que pussy também é a gíria para boc… Ahn, para a genitália feminina.
Billy Wilder, Charles Brackett, Howard Hawks não são assim muito preocupados com finesse. E Barbara Stanwyck sempre foi mulher de enfrentar desafios.
Sugarpuss, em português boc… doce, procura abrigo na venerável casa dos professores
Naquela noite em que o professor Potts vai à boate, dois asseclas do gângster Joe Lilac (Dana Andrews) visitam Sugarpuss em seu camarim; o promotor e a polícia estão atrás dela, porque ela pode ser a testemunha que faltava para incriminar Joe Lilac, de quem Sugarpuss é teúda e manteúda. É preciso que ela se esconda em algum lugar seguro durante alguns dias, para não ser encontrada pelos oficiais de Justiça. A polícia está vasculhando todos os lugares possíveis e imagináveis.
Enquanto os dois asseclas e Sugarpuss conversam no camarim, bate à porta o professor Potts. Apresenta-se, exibe o cartão, pede a gentileza de a moça comparecer à sede da Fundação Totten na manhã seguinte às 9h30.
A moça precisa de um esconderijo seguro.
Embora a contragosto, Sugarpuss aceita a sugestão dos dois asseclas de seu mantenedor, e apresenta-se, por volta da meia-noite, à Fundação Totten.
É então que, aos 30 minutos de filme, acontece a seqüência que tentei relatar na abertura deste texto. Sugarpuss expõe o delicado pezinho gelado e puxa o professor Potts pela gravata para que ele examine como sua garganta está vermelha. Ela não tem para onde ir, e precisa passar aquela noite ali.
No momento em que Sugarpuss puxa Potts pela gravata, os outros sete anões, perdão, professores estão todos na sala, admirando aquela obra-prima do escultor divino. Potts quer que ela vá embora, seja para onde for. Os sete velhinhos babões querem que ela fique.
Hawks era homem de contar a mesma história em mais de um filme
A trama que se segue é ao mesmo tempo absolutamente deliciosa e boba, daquela bobagem que dá prazer na vida.
Bola de Fogo não está no 1001 Filmes para Ver Antes de Morrer, nem no 501 Must-See Movies, nem no Hollywood Picks the Classics. Problema dos livros, não do filme.
Dame Pauline Kael, a rainha da crítica americana, também não gostou. Diz que o choque romântico da dançarina de burlesco com o sisudo professor “é encenado como se fosse de grande brilhantismo, mas é antes estridente e chato”. Às vezes penso que Dame Kael é que é chata.
Leonard Maltin dá 3.5 estrelas em 5: “Dançarina de burlesco se muda para casa com oito professores (liderados por Cooper) para explicar ‘gíria’ para sua nova enciclopédia; deliciosa reviravolta de Branca de Neve e os Sete Anões de autoria dos roteiristas Billy Wilder e Charles Brackett. Refeito (pelo mesmo diretor) como A Song is Born.”
Sim: em 1948, sete anos depois do original, Hawks faria A Song is Born, que no Brasil se chamou A Canção Prometida; vi o filme em 2004, embora não tenha feito anotação sobre ele na época; tem Danny Kaye e Virginia Mayo nos papéis principais, e só por aí já dá para sentir que a refilmagem não chega perto do original.
Acho fantástico essa coisa de realizadores refazerem suas próprias obras. Frank Capra filmou duas vezes a história da vendedora de maçãs e sua relação com o gângster; Alfred Hitchcock fez um Homem Que Sabia Demais na Inglaterra e outro nos Estados Unidos.
Mas a proeza maior é do próprio Howard Hawks, que conseguiu filmar três vezes a mesma história básica de poucos homens contra uma grande quadrilha no Velho Oeste: Onde Começa o Inferno/Rio Bravo (1959), El Dorado (1967) e Rio Lobo (1970) – este último seu último filme.
O filme tem uma das cenas mais eróticas da história, diz mestre Tulard
O Guide des Films de Jean Tulard diz o seguinte:
“No início, há o mesmo tema de L’Impossible Monsieur Bebé (este é o título francês de Levada da Breca/Bringing Up Baby): um sábio, jovem, é conquistado por uma mulher que tem os pés na terra. Mas Potts é um jovem ‘velho’. Os adoráveis ‘velhinhos’, seus colegas, preferem dançar a conga em companhia de Sugarpuss. É uma das cenas mais eróticas da história do cinema, e não tanto pela saia gingada de miss Stanwyck que nos leva a esse efeito, mas o diferença feérica entre a jovem e sensual beleza de Barbara e a desoladora falta de jeito dos velhinhos se entregando a uma dança mágica e pagã.”
Fantástico: o guia de Tulard vê como uma das cenas mais eróticas a de Barbara Stanwyck ensinando os velhinhos a dançar a conga. Eu acho a das coxas e da perna levantada mais erótica – mas ela é talvez mais óbvia.
Bola de Fogo é uma maravilha, isso é que é.
Anotação em fevereiro de 2013
Bola de Fogo/Ball of Fire
De Howard Hawks, EUA, 1941
Com Gary Cooper (Prof. Bertram Potts), Barbara Stanwyck (Sugarpuss O’Shea), Oscar Homolka (Prof. Gurkakoff), Henry Travers (Prof. Jerome), S.Z. Sakall (Prof. Magenbruch), Tully Marshall (Prof. Robinson), Leonid Kinskey (Prof. Quintana), Richard Haydn (Prof. Oddly), Aubrey Mather (Prof. Peagram), Allen Jenkins (o lixeiro), Dana Andrews (Joe Lilac), Dan Duryea (Duke Pastrami), Ralph Peters (Asthma Anderson), Kathleen Howard (Miss Bragg), Mary Field (Miss Totten), Charles Lane (Larson), Gene Krupa e sua orquestra
Roteiro Charles Brackett e Billy Wilder
Baseada em história original de Billy Wilder e Thomas Monroe
Fotografia Gregg Toland
Música Alfred Newman
Montagem Daniel Mandell
Produção Samuel Goldwyn. DVC Colecione Clássicos.
P&B, 111 min
R, ***1/2
Título na França: Boule de Feu.
Conheci este filme depois da refilmagem, A Song is Born – no Brasil, A Canção Prometida. Como fã de Danny Kaye, tenho de discordar de você. Mas com o tempo aprendi a gostar de Gary Cooper também – até certo ponto… Já Barbara Stanwyck é apenas maravilhosa.
Cenas eróticas: fico com a cena do diálogo às escuras em que Potts pensa ter entrado em outro quarto e vai falando… com Sugarpuss ouvindo. Esta cena é, aliás, a minha favorita na refilmagem. Quando a censura era tão grande que acabava incentivando a criatividade.
Mas como assim, rapaz, se Danny Kaye e Virginia Mayo são tão espetaculares quanto Gary e Barbara e Hawks e o filme!!!
Sérgio,
Gostaria de tecer algumas pequenas considerações.
Primeira: quando redigi meus comentários sobre o “Desejo Atroz”, fiz uma relação entre atração, mulheres e coxas. Sendo assim, não poderia estar mais feliz com os seus primeiros parágrafos dessa nova postagem.
A segunda é que sinto que a a Barbara Stanwyck causa em mim o mesmo efeito que a Monica Vitti: não é tão bonita quanto a Audrey Hepburn ou a Claudia Cardinale, mas é impossível parar de olhá-la depois que ela aparece na tela.
Por último, sobre as opiniões dos críticos, devo dizer que é preciso ser muito mal amado para não gostar da galhofa inacreditável desse filme.
Abraço!
André
Sérgio,
Estou aqui assistindo “Jazz” (http://www.imdb.com/title/tt0221300/) e relembro que, além do Gene Krupa, que aliás possui sua própria cinebiografia (http://www.imdb.com/title/tt0052840/), o Chick Webb é outro baterista líder de banda.
Segue a parte do quinto episódio do referido documentário que fala sobre ele: http://www.youtube.com/watch?v=Q7yGiTxAyRQ.
Abraço!
André