Extraordinário, brilhante, belíssimo – um filmaço, este Os Descendentes.
Vejo filmes demais da conta, no mínimo um a cada dois dias, em geral mais que isso. Pois Os Descendentes foi um dos filmes que mais me impressionaram nos últimos tempos.
É um drama familiar denso, pesado – ao mesmo tempo em que mostra, como pano de fundo, bastante do Havaí, esse lugar que 11 em cada 10 pessoas imaginam como o paraíso na face da Terra.
Me ocorre de repente que Os Descendentes está para o Havaí assim como Giant, Assim Caminha a Humanidade, está para o Texas: um drama sobre vida em família tendo como pano de fundo a história de um Estado. Claro: Giant é mais épico, mais painel, afresco; Os Descendentes é um retrato, é mais íntimo. Mas têm lá suas semelhanças, os dois grandes filmes.
Antes de começar esta anotação, dei uma olhadinha no IMDb e no site oficial do filme, e os dois falam em humor. No IMDb o filme está classificado como drama e comédia, e o site oficial fala em “jornada às vezes humorística, às vezes trágica”. Não vi muito humor. A graça é bem pouca, e vem em geral da ironia das situações dramáticas – e a ironia é uma graça amarga.
É uma jornada dura, pesada, às vezes horripilante, a do personagem central, Matt King – o papel de George Clooney.
Matt King passou a vida achando que estava fazendo as coisas certas – e, quando a ação se inicia, está começando a perceber que esteve completamente enganado. Ao longo dos extraordinários 115 minutos do filme, que passam muito depressa, e vão dando um gosto forte de quero mais à medida em que se aproximam do fim, ele vai perdendo todas as certezas que havia acumulado.
“Paradise can go fuck itself”
O filme abre com o uso extraordinário do fade in e do fade out, aqueles ‘silêncios’, aquelas ausências de imagem entre uma tomada e outra que os grandes montadores sabem explorar bem – e a montagem de Os Descendentes, como tudo, no filme, é um brilho. A tela começa negra, enquanto já ouvimos os ruídos da cena que ainda não apareceu. Fade in, e vemos então a primeira tomada – uma mulher bela, sorridente, faz esqui aquático. A tomada é curta, mas dá para notar, atrás do rosto da mulher em primeiro plano, lá no fundo do quadro, arranha-céus. Dá para identificar: é Waikiki, a praia mais próxima de Honolulu, na ilha de Oahu, a primeira parada de quem chega ao Estado-arquipélago paradisíaco.
A mulher sorri um sorriso aberto de alegria plena.
Fade out: a imagem some, a tela fica negra de novo.
Entra uma música suave, a música típica havaiana – que faz lembrar o grande Israel Kamakawiwo’ole –, uma voz suave acompanhada do ukulele, a espécie de viola do Havai, e temos rapidíssimos créditos iniciais, apenas com o nome das produtoras e do filme.
A alegria plena durou menos, bem menos que um minuto.
E então seguem-se tomadas de uma cidade grande, agitada, com trânsito pesado, ruas cheias, arranha-céus. Honolulu, nos mostram as imagens, não é muito diferente de um trechinho central de Chicago, Los Angeles, Rio, São Paulo, Belo Horizonte. E a bela voz de George Clooney-Matt King começa a narrar a história, num texto excepcional:
– “Meus amigos no continente acham que, porque eu vivo no Havaí, desfruto do paraíso. Como férias permanentes. Nós todos estamos aqui tomando coquetéis, balançando os quadris e pegando ondas. Estão loucos? Acham que somos imunes à vida? Como podem achar que nossas famílias são menos perturbadas, nosso câncer menos fatal, nossos ataques cardíacos menos dolorosos? Não subo numa prancha de surfe há 15 anos.”
A câmara mostra uma vista geral de Honolulu, os prédios como os de qualquer cidade grande, e então entra num quarto de hospital, onde Matt King trabalha numa mesa atulhada de papéis.
– “Nos últimos 23 dias, vivo num paraíso de injeções, bolsas coletoras de urina e tubos traqueais. Paraíso? O paraíso pode ir se foder.”
A câmara continua se movimentando, suavemente, pelo quarto, e agora mostra uma mulher deitada na cama do hospital, tubo na traquéia, toda ligada a tubos e fios.
“Esta é Elizabeth Thorson King, minha mulher; 23 dias atrás, ela foi lançada de uma lancha e bateu a cabeça. Quase se afogou. Quando soube do acidente e do coma, nem estava na cidade. Estava em Maui (outra das principais ilhas do arquipélago), a negócios, e não nos falávamos havia três dias. De uma certa forma, não nos falávamos há meses.”
Fim do lento, suave travelling em direção ao rosto de Elizabeth na cama. Corta, e vemos o rosto de Matt King em close-up. A voz e as palavras dele ficam ainda mais amargas:
– “Se estava querendo chamar minha atenção, Liz, funcionou. Estou pronto agora. Estou pronto para conversar, estou pronto para mudar. Estou pronto para ser um marido e um pai de verdade. Só acorde logo. Por favor, Liz, acorde logo.”
Uma trama fascinante, rica, bem construída, um roteiro que é uma aula de cinema
A trama de Os Descendentes é fascinante. É uma história rica, riquíssima, muitíssimo bem construída, em que se entrelaçam os muitos problemas específicos de Matt King, sua mulher agora em coma e suas duas filhas, com as questões da família maior, os muitos primos King, questões que se misturam à história do Havaí.
A cada momento surgem elementos novos, mais intrincados, mais complicadores, nas duas histórias – a específica e a do pano de fundo.
O roteiro é assinado por Alexander Payne, Nat Faxon e Jim Rash, de uma forma (Alexander Payne e Nat Faxon & Jim Rash) que, na linguagem cifrada da Writers Guild of America, o sindicato dos roteiristas, indica que Payne elaborou uma primeira versão do roteiro, que depois foi revista pela dupla Faxon & Rash.
A autoria exata, a forma como se chegou à versão final do roteiro, não importa tanto. O fato é que é um roteiro absolutamente brilhante. O Oscar de melhor roteiro adaptado é mais do que justo, nem importa saber quem eram os concorrentes.
É uma aula de como fazer um roteiro perfeito.
(Vá lá o registro. Os concorrentes ao prêmio de roteiro adaptado eram A Invenção de Hugo Cabret, O Espião que Sabia Demais, O Homem Que Mudou o Jogo e Tudo pelo Poder. E é interessante notar que George Clooney dirigiu e foi co-roteirista de Tudo pelo Poder; ele concorria com ele mesmo, com o filme do qual é o grande astro.)
O roteiro baseia-se no livro homônimo de Kaui Hart Hemmings – e, pelo nome da autora, e pela fisionomia dela, que se pode ver nos especiais ou na internet, dá para ver que é uma jovem resultante da mestiçagem, que, no Havaí, ao contrário do que acontece nos demais Estados americanos, é motivo de orgulho. (Volto a essa questão mais adiante.)
É bastante jovem, a moça Kaui Hart Hemmings; numa busca bem rápida na internet, não achei sua idade, mas ela deve estar aí na faixa dos 40 anos. Havia escrito antes um livro de contos; Os Descendentes, lançado em 2007, é seu primeiro romance – e é o próximo livro que vou ler, com toda certeza.
25 mil acres de terra virgem, intocada, no arquipélago paradisíaco
Os King de hoje em dia – uma grande família de mais de uma dúzia de primos – são descendentes do casamento da princesa Margaret Ke’alohilani, por sua vez uma das últimas descendentes diretas do Rei Kamehameha, com seu banqueiro branco, Edward King, cujos pais missionários se mudaram para o Havaí em meados do século XIX. Do cruzamento da legítima realeza havaiana com o rico banqueiro wasp, os Kings herdaram uma fortuna em dinheiro, hoje gerida por um fundo – do qual Matt é o trustee, o depositário, o responsável -, e mais uma área de 25 mil acres na ilha de Kauai. Uma área de 25 mil acres, a última grande parcela de terra virgem, intocada, do arquipélago paradisíaco.
Outro dia vi no Globo que o dono da última casa do bairro do Leblon, no Rio, tem recusado ofertas de R$ 60 milhões. Imagine-se uma área virgem de 25 mil acres, a última grande área de terra havaiana ainda intocada. Em uma das muitas falas em off ao longo do filme, Matt King dirá que os primos têm uma oferta de meio bilhão de dólares pela área, e outra maior ainda – mas a oferta de meio bilhão, capaz de deixar todos os primos ricos por mais gerações, vem de um havaiano, e por isso ele tem a simpatia de boa parte da família.
Uma lei recente, a Lei Contra as Perpetuidades, entrará em vigor daí a seis anos. A imensa área poderá então deixar, à força, de ser propriedade da família. Os diversos ramos de King marcaram um encontro para resolver o que fazer com o latifúndio – a reunião será seis dias após aquele em que vemos Matt King trabalhando numa mesa no quarto de hospital próximo da mulher em coma. Parte da família é contra a venda, mas a maioria quer vender – a questão será decidir para quais dos grupos interessados a terra será afinal vendida.
Em nome de princípios corretos, Matt trabalhou muito a vida inteira. Mas errou na dose
E aqui há uma das muitas intersecções entre a história específica de Matt King e a história da última área virgem do Havaí. Ele, ao contrário de muitos de seus primos, não mexeu com sua parte do fundo familiar. Enquanto muitos primos queimaram suas partes, e agora estão desesperados pelo dinheiro da venda do latifúndio, Matt, assim como seu pai, trabalhou a vida inteira, como advogado, e tirou o sustento do seu trabalho.
– “Não quero que minhas filhas cresçam mimadas e sem limites”, diz a voz em off de Matt King-George Clooney quando estamos aí com uns dez minutos de filme. “Liz me acusa de avareza, mas concordo com meu pai: você deve dar aos seus filhos dinheiro suficiente para eles que eles façam alguma coisa, mas não o suficiente para que eles não façam coisa nenhuma”.
O princípio é corretíssimo. A vida inteira Matt se dedicou a esse princípio corretíssimo – só que, como tantas vezes acontece, acabou perdendo a vida no ato de ganhá-la. Perdeu as proporções, desbalanceou, erro na dose. Como deixa claro em suas primeiras frases, aferrou-se tanto ao trabalho que se desleixou da mulher e das filhas.
Em uma outra bela frase de sua narrativa, Matt diz:
– “O que faz as mulheres na minha vida se destruírem? Liz com seus esportes radicais, a adrelina, a bebida, Alex com as drogas.”
Alex (Shailene Woodley) é a primogênita, está agora com uns 17, 18 anos. Depois de problemas com drogas, os pais a mandaram para um internato longe da agitação da cidade grande, na ilha do Havaí, a Grande Ilha, a maior do arquipélago.
Scottie (Amara Miller) é a mais jovem, está com 9, 10 anos, e também é problemática. Envia mensagens agressivas a colegas. Apresentou como trabalho de escola um álbum de fotos da mãe no hospital, aquelas imagens apavorantes dos tubos – e professoras e alunas ficaram chocadas.
O pai – que até então era um ausente no dia a dia da família –simplesmente não sabe o que fazer com Scottie.
E, bem no início da narrativa, resolve ir com ela até a Grande Ilha, para pegar Alex, a fim de que os três fiquem juntos, naquele período conturbado em que a mãe está em coma e a decisão imensa sobre o que fazer com as terras da família está para ser tomada.
Na noite em que Matt e Scottie chegam ao caro colégio interno para pegar Alex, encontram-na bêbada.
Num filme em que tudo é brilhante, interpretações maravilhosas
Me alonguei demais para relatar o começo da história – a história é tão absurdamente rica que não consegui me conter. Mas só relatei fatos que são mostrados nos primeiros 15, no máximo 20 minutos de filme.
O que virá em seguida é uma história apaixonante, cativante, fascinante – e dura, bastante dura.
Diante de um roteiro excepcional, o diretor Alexander Payne conseguiu juntar tudo do melhor possível em todos os quesitos técnicos e artísticos. A fotografia, como não poderia deixar de ser, é majestosa. Há imensa quantidade de músicas incidentais, músicas de compositores havaianos, sempre à base de ukulele e vozes suaves – sweet songs and soft ukuleles, diria o mezzo irlandês mezzo australiano Eric Bogle. Estranhei não haver uma canção sequer interpretada por Israel Kamakawiwo’ole, o maior nome da música havaiana, mas Mary, sempre mais safa e rápida, argumentou que os realizadores não quiseram chover no molhado, e optaram por apresentar cantores menos conhecidos.
As interpretações dos atores são não menos que magníficas. George Clooney, esse sujeito que, além de boa pinta, bom ativista pró causas justas, é um ótimo ator, neste filme suplanta tudo o que já havia feito. Seu desempenho é extraordinário, estupendo. Suas expressões fazem o espectador sofrer a dor que ele sofre.
Seus concorrentes ao Oscar de melhor ator eram Brad Pitt por O Homem Que Mudou o Jogo, Demián Bichir por A Better Life, Gary Oldman por O Espião que Sabia Demais e Jean Dujardin por O Artista. O ano era de O Artista, e Jean Dujardin levou a estatueta. Não importa. A atuação de George Clooney em Os Descendentes é fabulosa. Dessas que não dá para esquecer.
As meninas Shailene Woodley e Amara Miller, como as filhas de Matt e Liz King, estão perfeitas. Todos os atores estão homogeneamente bem – mas o que mais impressiona, no elenco, depois de George Clooney, são essas duas meninas.
A garotinha Amara Miller tinha nove anos de idade, e sua única experiência havia sido numa peça escolar. Shailene Woodley, nascida em 1991, já tinha carreira, iniciada em 1999, quando estava com oito anos. Sua filmografia já soma 19 títulos, entre filmes e séries de TV, e a menina tem inacreditáveis 12 prêmios e outras 26 indicações – inclusive o Globo de Ouro de melhor atriz coadjuvante por seu papel como Alex em Os Descendentes. Coisa de louco.
O filme amealhou 47 prêmios e 72 outras indicações – outra coisa de louco. Só levou o Oscar de roteiro, mas teve também as indicações de filme, direção, ator para George Clooney e montagem. Ganhou os Globos de Ouro de filme e ator para Clooney.
Um lugar especialmente paradisíaco em que não há maioria étnica e todos os tons de cor de pele convivem
Falei lá em cima que o Havaí se orgulha por ser miscigenado. Não é uma afirmação gratuita. Eu mesmo ouvi de uma funcionária do governo havaiano – uma jovem loura de olhos claros – a informação de que, ali naquele estado, não há maioria nem minoria étnica. Aqui é tudo um terço de cada um, dizia ela, para o grupo de jornalistas brasileiros que visitava, a trabalho, o Estado-arquipélago.
Vejo agora que, segundo Censo americano de 2010, o Havaí tem 24,7% de brancos, 38,6% de asiáticos, 10% de havaianos e 23,6% de mestiços descendentes de duas ou mais etnias.
Que lugar especialmente paradisíaco aquele, em que não há maioria nem minoria étnica – e em que, ao longo de décadas, de pelo menos um século e meio, gente de diferentes tons de pele conviveram e se comeram e fizeram filhos de todos os tons de pele possíveis e imagináveis.
Quiseram os deuses que aquele conjunto de ilhas fosse abençoado com uma natureza deslumbrante – algumas das mais belas praias de todo o planeta, sobre as quais se debruça uma mata exuberante e exuberantemente verde. E, como se isso não bastasse, os deuses ainda abençoaram o lugar com a temperatura divina: no Havaí, faz sempre 23 graus. Não há inverno rigoroso, não há verão rigoroso – quando faz frio, não passa abaixo de 18, e quando faz calor, não passa acima de 25.
Alguns poucos outros lugares do mundo foram privilegiados com tanta beleza – embora não com a temperatura havaiana. Alguns pouquíssimos foram também privilegiados com uma miscigenação maravilhosa, uma infinidade de cores de pele, à la arco-íris. Um deles, o país onde aconteceu de eu nascer, teve tudo isso – e está fazendo um brutal esforço para que, de Havaí, se transforme em Alabama, em Mississipi dos anos 60.
Mas peço perdão por misturar os assuntos. O tema é Os Descendentes, uma beleza de filme, e meus dedos fogem ao meu controle e insistem em falar de retratos do mal em si.
Perdão, perdão.
O tema é Os Descendentes. Um filmaço. Filmaço.
Anotação em maio de 2012
Os Descendentes/The Descendants
De Alexander Payne, EUA, 2011
George Clooney (Matt King), Shailene Woodley (Alexandra King), Amara Miller (Scottie King), Nick Krause (Sid), Patricia Hastie (Elizabeth King), Beau Bridges (Primo Hugh), Matthew Lillard (Brian Speer), Judy Greer (Julie Speer)
Roteiro Alexander Payne, Nat Faxon e Jim Rash
Baseado no romance de Kaui Hart Hemmings
Fotografia Phedon Papamichael
Produção Fox Searchlight Pictures, Ad Hominem Enterprises. DVD Fox.
Cor, 115 min
****
Também gostei do filme, Sérgio (pode conferir no blog do Rato). Mas…nota máxima?
Abraço
Assisti este filme em 19 de abril, passado. Costumo anotar as datas.Eu diría, Sergio, que a ironia é uma ofensa dita com educação. É aquela coisa, as vezes, é preciso acontecer algo ruím na vida de algumas pessoas , para que elas parem,pensem e repensem … Gostei muito do filme, um drama familiar dos mais pesados. Gostei ainda muito mais, da interpretação do Cloney. Que bom vê-lo sem caras e bocas e expressões tais… este filme não pedia isso e ele foi melhor do que já é. GRANDE ATOR.
Como voce disse, FILMAÇO!!!!!!!!
Caríssimo Rato,
Sua resenha do filme (e deixo aqui o endereço: http://ratocine.blogspot.com.br/2012/02/descendants-2011.html) é excelente – o que, para quem conhece o blog Rato Cinéfilo – não é novidade. Concordamos em uma série de coisas. Ambos gostamos da interpretação de Clooney, das garotas Shailene Woodley e Amara Miller, da fotografia, da montagem…
Discordamos em alguns poucos pontos. Não acho que a narrativa em off denote preguiça – acho que ela funciona bem.
Mas, basicamente, nós dois gostamos do filme – nossa grande discordância é que você deu 3 em 5, e eu dei a nota máxima, 4.
Pura questão de gosto, eu acho.
Uma amiga comentou no Facebook que achou o filme fraquinho. Você gostou e deu nota mediana, eu gostei e dei nota máxima.
Pura questão de gosto pessoal. Como eu disse para a minha amiga: às vezes o santo da gente não bate com o santo do filme, às vezes a gente não entra no espírito do filme, ou o espírito do filme não entra na gente. Pode ser uma questão de momento, de a gente estar ou não mais receptivo no momento em que se senta para ver o filme.
Tive imenso prazer em ver “Os Descendentes”. Para mim, foi um daqueles filmes que, mal terminamos de ver, e já queremos ver de novo.
Achei o filme perfeito, em todos os quesitos – e necessário.
Mas, repito, sua resenha é excelente! Deve ser lida.
Grande abraço!
Sérgio
Olá de novo, Sérgio
Na verdade, e após ter visto o filme uma segunda vez, fiquei um pouco hesitante entre o 3 e o 4 (uma vez que a nota máxima está apenas reservada para aqueles que são mesmo do coração). Mas acabei ficando pelo 3 por uma simples razão: é que o filme, como é recente, ainda só passou na “prova dos nove”. Falta a outra, a “prova real”, que só o tempo pode vir a provar como adequada e justa. É que ao fim de alguns anos existem muitas “maravilhas” que perdem o brilho. E o inverso também é verdadeiro, claro.
Mas para já, e como te disse, gostei também muito do filme, mesmo após a segunda visão.
Abração
Vi ontem este filme e penso que está muito bem feito, gostei sobretudo de ver o Clooney a representar como ele é capaz e não a fazer umas palermices.
Concordo mais com a valorização do Rato do que com a sua, mas são gostos.
O que importa é que o filme é realmente bom.
Ainda sobre o Clooney: há um filme “Boa Noite e Boa Sorte” realizado e interpretado por ele e que acho excelente.
Sendo um filme sobre jornalismo e sobre um programa de televisão famoso penso que o Sérgio o terá visto, mas não encontro nenhum comentário aqui.
Para quem gostou tanto de “All the President’s Men”…