Anotação em 2011: Arabesque é uma total delícia. Tem tudo, absolutamente tudo o que se pode querer de um filme-diversão. Tudo – e um pouco mais: ótima trama, piadas inteligentes, reviravoltas, surpresas, trilha sonora soberba, ótimas interpretações, o charme de Gregory Peck e a beleza deslumbrante de Sophia Loren. E de quebra, uma fotografia fascinante caprichadíssima, um estupor.
A trama envolve espionagem internacional; o filme é de 1966, e nos anos 60 as histórias de espionagem estavam na moda, com as aventuras pirotécnicas de James Bond e as tramas densas como as de John Le Carré – 007 Contra o Satânico Dr. No, o primeiro filme da série, é de 1962, e O Espião Que Veio do Frio, sério, pesado, amargo, é de 1965.
O roteiro criado por uma trinca de autores, Julian Mitchell, Stanley Price e Peter Stone, com base em um romance de Gordon Cotler, The Cipher, tem, como as histórias de 007, bandidos absolutamente cruéis e algumas cenas de violência, mas não tem nada, absolutamente nada de sério, ao contrário das histórias de Le Carré. Quem quiser alguma seriedade, por mínima que seja, deve passar longe de Arabesque.
O personagem central, interpretado por Gregory Peck, é um erudito professor americano em Oxford, na Inglaterra, um especialista nas antigas civilizações do Egito e do Oriente Médio, chamado David Pollock. O professor Pollock é assim uma espécie de precursor do arqueólogo-aventureiro Indiana Jones, criado por George Lucas, Philip Kaufmann e Lawrence Kasdan, que estrearia em 1981 em Os Caçadores da Arca Perdida/Raiders of the Lost Ark, de Steven Spielberg, e que se tornaria um dos maiores heróis do cinema na segunda metade do século XX.
Da mesma maneira, Pollock antecipa em várias décadas a criatura do escritor Dan Brown, o acadêmico erudito Robert Langdon, profundo conhecedor de tudo o que diz respeito à Igreja Católica que é também um homem de ação, um super-herói, sem ter que, para se metamorfosear de um para outro, gritar Shazam ou trocar de roupa numa cabine telefônica.
Um acadêmico que vira homem de ação a contragosto
A grande diferença entre o professor Pollock dos anos 60, de um lado, e o Indiana Jones dos anos 80 e o Robert Langdon da passagem do século passado para o atual, de outro, é que o primeiro só vira um homem de ação a contragosto, forçado, premido pelas circunstâncias. Se pudesse, Pollock continuaria quietinho com sua rotina de professor em Oxford.
O que o tira da rotina acadêmica e o leva à ação é um papelzinho com uns hieróglifos, uma inscrição em caracteres que, para nós, não letrados na linguagem milenar daquele pedaço confuso do mundo, lembra a antiga escrita egípcia.
Quando a ação começa, o papelzinho está de posse de um colega de Pollock em Oxford, o professor Ragheeb (George Coulouris). Na primeira sequência do filme, o professor Ragheeb é cruelmente assassinado por um bandidão chamado Sloane (John Merivale). Sloane trabalha para Beshraavi (Alan Badel), um bilionário, o homem mais rico de um país árabe – um país árabe qualquer, que não será identificado hora alguma. Um país árabe fictício – vamos chamá-lo, para simplificar as coisas, de República das Arábias.
A República das Arábias – o espectador ficará sabendo ao longo da ação – é, evidentemente, um país riquíssimo em petróleo, e paupérrimo em água. O governo tem boas relações com as potências ocidentais, Estados Unidos e Inglaterra, especificamente; seu primeiro-ministro, Hassan Jena (Carl Duering), é considerado por Pollock, um apaixonado pela cultura árabe, como um homem de bem, que quer a paz e boas relações com o Ocidente. Está, no momento da ação, para chegar a Londres em visita de cortesia e bons negócios.
O primeiro-ministro Hassan Jena é inimigo mortal do seu conterrâneo mais rico, Beshraavi. Correndo por fora, há um movimento guerrilheiro contra o governo da República das Arábias, comandado por um general Ali, que tem como um de seus braços direitos um certo Yussef Kassim (Kieron Moore).
Parece confuso? Se parecer, a culpa é da minha pobre descrição, não da trama.
O milionário mau e o primeiro-ministro bom atrás da tradução do hierógflito
Pois muito bem. De posse do papelzinho, tomado do agora morto professor Ragheeb, o milionário Beshraavi envia seu capanga Sloane a Oxford, para contratar os serviços do professor Pollock: precisa que o erudito mestre traduza o que está na inscrição. O professor Pollock se recusa a atender ao pedido, porque naquele dia terá uma série de compromissos, inclusive uma corrida para se manter em forma entre os verdes gramados campos de Oxford.
Está lá fazendo o seu cooper, o seu jogging (a expressão teste de Cooper já existia em 1966? não consigo me lembrar) quando eis que é seqüestrado para dentro de um Rolls Royce – onde ele reconhece o primeiro-ministro Jena, por quem tem, repito, o maior respeito e admiração! Jena diz que está ali incógnito – oficialmente, só chegará à Inglaterra dentro de alguns dias –, porque precisa muito da ajuda dele, Pollock. Precisa saber quais são as intenções de seu inimigo, o milionário Beshraavi.
Em nome do governo honrado e amigo do primeiro-ministro Jena, o professor Pollock abandonará então sua rotina para apresentar-se na mansão londrina em que está o milionário Beshraavi, perguntando a ele em que pode servi-lo.
A tarefa que Beshraavi tem para Pollock é simples para um expert, difícil para o comum dos mortais: quer saber o que significa a inscrição contida naquele papelzinho. Pollock bate o olho no papel e define de cara: “É a cópia de uma inscrição hitita, do segundo milênio antes de Cristo”.
Já traduzir aquilo levará mais algum tempo, é claro. Pollock é colocado então na biblioteca da mansão, para trabalhar na tradução. Só poderá sair da casa quando o enigma tiver sido desvendado, informa o milionário Beshraavi – mas, quando sair, sairá com um cheque de US$ 30 mil.
Sophia Loren de Dior. Sophia Loren sem Dior, sem nada, nuazinha
Está lá o nosso erudito trabalhando na tentativa de entender o que quer dizer a inscrição hitita do segundo milênio antes de Cristo quando adentra a biblioteca Sophia Loren, de vestido de noite preto – ou seria um négligé? Bem, não importa tanto o nome da roupa, aliás desenhada por Christian Dior, assim como todas as demais diversas roupas que Sophia Loren usará ao longo do filme.
Se a trama já poderia parecer um tanto confusa, ou no mínimo complexa, ficará bem mais, a partir da entrada em cena de Sophia Loren na pele – e que pele, meu Deus do céu e também da terra! – de Yasmin Azir.
Estamos ai com uns 15, no máximo 20 minutos de filme, e o professor Pollock terá a oportunidade de observar toda a pele, nua, nuazinha, sem nenhum Dior para cobri-la, de Yasmin Azir-Sophia Loren, enquanto ela toma banho no banheiro onde ele, professor Pollock, havia se escondido. O espectador não terá a mesma sorte do professor Pollock: para ele, espectador, mostra-se, de costas, o corpo de Sophia Loren-Yasmin Azir até muitos centímetros acima da cintura. Ou seja: o espectador vê apenas a parte superior das costas dela. E já é uma visão paradisíaca.
Yasmin Azir se apresenta a Pollock como a dona da casa em que está hospedado o milionário Beshraavi. Em seguida se saberá que, além de emprestar a casa ao milionário, Yasmin também se empresta a si própria ao camarada. Mais tarde Yasmin será vista beijando apaixonadamente Yussef Kassim, o guerrilheiro que luta contra o governo do primeiro-ministro Jena. Mais tarde ainda assumirá outros papéis, deixando um tanto tontos tanto o professor Pollock quanto o espectador.
Mas a verdade dos fatos é que, por mais bem engendrada que seja a trama – confusa, é verdade, mas muito bem engendrada –, ela não é o que mais importa.
Sophia, majestosa, extraordinária. E Peck saidinho, solto, bem na comédia
O que a rigor mais importa é todo o resto. Como, por exemplo, a beleza de Sophia, extraordinária, majestosa. Sophia pode ter estado tão bonita quanto neste filme aqui, e Sophia apareceu majestosamente bela em muitos outros filmes, desde o duríssimo drama Duas Mulheres/La Ciociara, de Vittorio De Sica, de 1960, que lhe deu o Oscar de melhor atriz, até o pesado, denso Um Dia Muito Especial/Una Giornata Particolare, de Ettore Scola, de 1977, passando por dezenas de outros, dramas, comédias, produções italianas, americanas. Nos dois grandes filmes citados, sua beleza resplandecia apesar da maquiagem criada para torná-la menos esplendorosa – são papéis de mulheres simples, humildes, do povo.
Possivelmente Sophia está tão linda quanto aqui em El Cid, o épico de Anthony Mann de 1961, em que interpreta Jimena, a noiva do cavaleiro nobre feito por Charlton Heston – e Anthony Mann a colocou bem cuidada, elegante, em tomadas cuja iluminação serviam para realçar mais ainda a beleza única daqueles olhos e lábios gigantescos. Mas nem em El Cid ela foi tão linda quanto em Arabesque. Não é possível ser mais bela do que neste filme. Aliás, o diretor Stanley Donen e o fotógrafo Christopher Challis também criaram uma iluminação específica para realçar a beleza de Sophia. Numa das primeiras tomadas em que ela aparece, invadindo o escritório em que trabalha o pobre professor Pollock, um facho de luz repousa exatamente sobre os olhos da atriz, gigantes, com aquele tom de mel que ninguém mais tem na face da Terra. É de babar.
Mas o brilho não é só de Sophia. Gregory Peck parece muito à vontade interpretando o professor universitário que, contra sua vontade, vira herói de uma aventura de espionagem, cheia de perseguições e surpresas. Está saidinho, à vontade, mostrando uma insuspeitada veia cômica que faria Cary Grant ter inveja. A sequência em que ele escapa dos guerrilheiros, depois de levar uma injeção de soro da verdade, e fica zureta como se tivesse mamado um potente ácido, no meio de uma estrada inglesa, é maravilhosa. Assim como a sequência passada numa corrida de cavalos em Ascott, o lugar em que os ingleses mais conseguem se suplantar no esnobismo, também é excelente. Nela, e também em outras sequências, Gregory Peck goza a pronúncia inglesa, os modos ingleses, de forma impagável, divertidíssima.
Sophia nua diante de Peck – uma sequência deliciosa, maravilhosa, hilariante
As situações e os diálogos bolados pela trinca de roteirista são também divertidíssimos, inteligentes, cheios de malícia, de um humor fino, gostoso. A sequência em que a misteriosa Yasmin está nuazinha da silva, no chuveiro, é estupenda. Depois dela já foram feitas dezenas de cenas parecidas – mas esta é a mais maravilhosa. Pollock está lá, de terno, diante dela. Do outro lado da cortina, está seu suposto amante Beshraavi. Recatada como uma lady, ela parece pensar um pouco para que lado do corpo esconder pudicamente, já que um dos dois lados terá seguramente que entregar aos olhos do professor. Opta por se manter de costas para Pollock. Tadinho do Pollock – ou felizardo do Pollock! Beshraavi diz:
– “Você parece tensa, meu amor. Vire-se. Deixe a água correr pelas suas costas. Acalma os nervos.”
Close-up do rosto de Yasmin-Sophia, diante do chuveiro. Ela não quer se virar, não quer exportar as maravilhas frontais para Pollock:
– “Não acho que acalmaria.”
As expressões de Yasmin-Sophia e de Pollock-Peck são ótimas, hilariantes. O sabonete cai na banheira. Os quatro pés executam um desajeitado jogo de futebol, até que Yasmin recupera o sabonete. Do outro lado da cortina, Beshraavi reclama da forma com que Pollock olhou para ela. E ela:
– “Querido, se for ter ciúme de todos os que olharem para mim, você terá terríveis problemas com sua pressão. Além disso, acho que você não deve se preocupar com professores universitários. Eles só pensam em trabalho. (…) Se eu ficasse inteiramente nua diante do professor Pollock, ele provavelmente bocejaria.”
Pollock-Peck arregala os olhões, entre ofendido e lisonjeado.
Mais tarde, quando Pollock vê Yasmin beijando o guerrilheiro Yussef Kassim, ele exclama:
– “Cara srta Azir. Sabe, para uma pobre e subjugada dama árabe, você leva uma vida danada de emancipada. O sr. Beshraavi de um lado e o sr. Yesse Kasim de outro. Você tira folga aos domingos?”
No dia seguinte, tendo conseguido voltar à sua casa em Oxford, Pollock recebe um telefonema do primeiro-ministro Jena, insistindo em que ele volte a se envolver com o mistério da inscrição a ser decifrada:
– “Muito bem, senhor, onde quer que eu seja assassinado desta vez?”
Um trio no auge de seus talentos
Assim como Sophia Loren e Gregory Peck, o diretor Stanley Donen também estava numa época especialmente rica de sua carreira. Como seus atores, já era experiente, tarimbado, e com o talento amplamente reconhecido em filmes dos mais diversos gêneros. Peck, o mais velho deles, de 1916, estava com 50 anos e 22 de carreira; Sophia, de 1934, era uma jovem de 32 anos e 16 de carreira.
Donen, de 42 anos e 17 de carreira, tinha dirigido diversos musicais que estão entre os melhores do gênero, e um que talvez seja o melhor de todos – entre eles Um Dia em Nova York/On the Town, de 1949, com Gene Kelly e Frank Sinatra, Núpcias Reais/Royal Wedding, com Fred Astaire e Jane Powell, de 1951, e Cantando na Chuva/Singin’ in the Rain, de 1952, com Gene Kelly, Debbie Reynolds e Donald O’Connell.
Embora tivesse conquistado o título de O Rei dos Musicais, deixou-o de lado e se dedicou a outros gêneros – a comédia romântica, a aventura envolvendo mistério & romance & humor. Apaixonado pela Europa, levou para lá a ação de vários de seus filmes. Núpcias Reais e Indiscreta, de 1958, assim como este Arabesque, passam-se em Londres. Cinderela em Paris, de 1957, e Charada, de 1963, em Paris, boa parte do tempo. Um Caminho para Dois/Two For the Road, seu terceiro filme com Audrey Hepburn, e mais um jovem Albert Finney, é um road movie passado no Sul da França.
São, todos esses citados nos dois parágrafos acima, belos filmes, assim como vários outros que fez e não foram citados, mas, na minha opinião, Stanley Donen se superou mesmo foi em Charada, na deliciosa mistura de comédia, romance, mistério, espionagem, suspense – tudo com muita elegância, inteligência, sofisticação. Arabesque veio logo depois de Charada, e é uma clara tentativa de repetir a fórmula que tinha dado tão certo. E deu. O casal Gregory Peck-Sophia Loren não fica devendo ao casal do filme anterior – e o casal do filme anterior, Cary Grant-Audrey Hepburn, é absolutamente imbatível.
Em Charada, o personagem de Audrey Hepburn vai se surpreendendo com a multiplicidade de identidades e interesses do personagem de Cary Grant. Em Arabesque, é o contrário: a surpreendente é a personagem feminina. Nos dois, pontuam os diálogos inteligentes, e a trilha sonora sempre saborosa de Henri Mancini.
Um monte de imagens de caleidoscópios. De arabescos
O que torna Arabesque uma obra única, absolutamente diferenciada de todos os demais filmes de Stanley Donen é a fotografia, a escolha do enquadramento da câmara. É um show à parte.
Vejo na minha antiga edição do Aurélio: “Arabesco, s. m. Ornato de origem árabe, no qual se entrelaçam linhas, ramagens, grinaldas, flores, frutos, etc. Rabisco, garatuja.”
Arabesque é um filme de imagens arabescas. Donen, seus roteiristas e seu fotógrafo Christopher Challis conseguem a proeza de encher o filme de planos que parecem arabescos – sem, no entanto, cansar o espectador. É um golpe de mestre, um equilíbrio dificílimo de se conseguir. É uma festa de fogos de artifício – mas ao mesmo tempo os fogos de artifício não distraem o espectador, não tiram a atenção do espectador para a ação, para a trama, para os diálogos.
Diversos planos, dezenas, centenas de planos mostram espelhos, cristais, vidros, com a imagem refletida neles, ou mostrada através deles, num efeito que faz lembrar caleidoscópio, arabesco. É assim na primeira seqüência em que o espectador conhece Yasmin – ela é vista através de cristais. Numa tomada numa escadaria, vemos os personagens através dos cristais de um grande candelabro. Numa tomada antes de Yasmin entrar no chuveiro, a vemos segurando um espelho, e o espelho reflete a luz de um candelabro apenas sobre o rosto de Sophia Loren. A longa seqüência de perseguição dentro do Jardim Zoológico de Londres é permeada por tomadas em que há vidros das jaulas separando a câmara dos personagens – até chegar o clímax na área dos aquários. Vidros, vidros e mais vidros.
Para brincar ainda mais com essa brincadeira, haverá, quase ao fim da ação, a sequência numa loja de aparelhos ópticos, microscópios. E a solução do enigma virá logo depois, através de um vidro.
Um monte de imagens de caleidoscópio. De arabescos.
Um brilho.
Arabesque
De Stanley Donen, EUA, 1966
Com Gregory Peck (David Pollock), Sophia Loren (Yasmin Azir), Alan Badel (Beshraavi), Kieron Moore (Yussef Kassim), Carl Duering (Hassan Jena), John Merivale (Sloane), Duncan Lamont (Webster), George Coulouris (Ragheeb)
Roteiro Julian Mitchell, Stanley Price e Peter Stone
Baseado no romance The Cipher, de Gordon Cotler
Fotografia Christopher Challis
Música Henry Mancini
Montagem Frederick Wilson
Figurinos Christian Dior
Produção Stanley Donen, Universal. DVD ClassicLine – Hollywood Classics.
Cor, 105 min
Não vi, quero ver (claro..Gregory, Gregory para o mal dos meus pecados). Enfim, não ia comentar porque não tenho nada a acrescentar, mas morri de rir quando li:
“Sophia Loren na pele – e que pele, meu Deus do céu e também da terra!”
Muito ágil e divertido. E a dupla Loren-Peck incrivelmente funciona!
Abraços
http://www.ofalcaomaltes.blogspot.com
Assisti hoje esse filme maravilhoso do Stanley Donen com essa dupla charmosa de atores, Gregory Peck e a belíssima Sophia Loren. Que charme e beleza tem essa mulher. E fantástico também está este comentário deliciosamente cheio de detalhes. Parabéns!
Caro Wendell, muito obrigado pela mensagem!
(O blog de Wendell deve ser visto: http://www.arquivoxdecinema.blogspot.com/)
Você achou que eu exagerei nos detalhes?
Abração.
Sérgio
Faltou dizer que “Arabesque” e “Charada” de Stanley Donen, são os melhores filmes que Alfred Hitchcock teria prazer de filmar.
Donen e não Brian de Palma é um digno pupilo do “mestre do mistério”.
Se Hitch tinha as trilhas sonoras de Bernard Hermann, Donen em Arabesque tem o letrista Maurice Binder e o musico Henri Mancini.