2.0 out of 5.0 stars
Anotação em 2008: Mais um filme daquele subgênero Os franceses também sabem fazer comedinhas românticas bobinhas. Esta daqui tem a gracinha da Audrey Tautou, a revelação de Amélie Poulin, os ingredientes de sempre das comedinhas românticas – lugares caros, finos, chiques, elegantes, gente gastando dinheiro às pencas – e uma suave amoralidade.
Audrey Tautou faz o papel de Irène, uma putinha-bonequinha-de-luxo bem mais às claras que a Holly Golightly interpretada em Bonequinha de Luxo/Breakfast at Tiffany’s pela outra Audrey magricelinha e gracinha, a Hepburn. Bem no início do filme, Irène chega a um chiquíssimo hotel da Riviera Francesa acompanhando um milionário; é o dia do aniversário dela, e o sujeito bebe demais e apaga. Entediada, querendo circular, ser vista, ela vai ao bar do hotel, onde encontra Jean, e aí…
Jean (Gad Elmaleh) já havia aparecido antes: o filme abre com ele. Jean é um esforçado trabalhador: durante o dia, faz bicos, como levar cachorros de madame para passear pela praia; à noite, é barman no hotel chiquíssimo onde Irène se hospeda com o rico que dá um monte de presentes para ela.
Temos que, naquela determinada noite em que Irène aparecerá no bar, um hóspede solitário convida Jean para beber com ele, fumar com ele um charuto caríssimo. Exausto, Jean acaba dormitando numa poltrona do bar deserto, e o hóspede solitário o deixa lá. É quando Irène aparece. De smoking comme il faut para um barman de hotel chique, desabado numa poltrona, com um charuto caríssimo na mão, Jean é confundido por Irène como um milionário. Tomam algumas, ela se convida para ir à suíte dele – e o pobre Jean, que é ingênuo, bonzinho, trabalhador, honesto, mas não é idiota, a leva para uma suíte que ele sabe que está desocupada.
Jean, tadinho, vai se apaixonar perdidamente pela putinha, que voltará a ver daí a um ano, quando ela volta ao mesmo hotel com outro trouxa pagando-lhe as contas e dando a ela presentes e mais presentes. E por aí vai a comedinha, engraçadinha, com algum charminho, bobinha e suavemente amoral.
Esse Pierre Salvadori, o diretor, é um tunisiano nascido em 1964. Não vi nenhum outro dos filmes que ele fez.
Amar… Não tem Preço/Hors de Prix
De Pierre Salvadori, França, 2006
Com Audrey Tautou, Gad Elmaleh, Marie-Christine Adam,
Roteiro Benoît Graffin e Pierre Salvadori
Produção France 2 Cinéma. Estreou em SP 27/6/2008.
Cor, 104 min
**
Me tornei um grande admirador da Audrey.
Filmes que vi com ela e gostei muito:
“Bem me quer mal me quer” – ” Coco Antes de Chanel”, “A delicadeza do Amor” e “Therese D que é um filme de Claude Miller e sugiro à voce Sergio . Também gostei deste.
Folhas de charutos crescendo em meio a Plantação de cacau.Fiquei imaginando o aroma daquele charuto.
Bonita a cena deles no bar ao som de “Can’t take my eyes off you”.
O que não se faz por um rabo de saia, não é verdade ?
Qual foi aquela das cabines onde se provam as roupas ? Não entendi . É aquilo mesmo ou foi brincadeirinha ? Uma simples cortina as separam ?
Teimei em achar o Jean-Gad Elmaleh , muito parecido com o ” Chaves “.
Aquela jogada com o vestido que ele deu para a Irene/Audrey e os brincos (eram?) para a Madeleine/Marie-Christine Adan , foi genial e, provou que ele era mesmo mais inteligente que os outros.
Uma comedinha simples , bobinha, com final previsível (qual não é ?) mas também muito gostosinha.
Quero muito ver ” Amélie Poulain “.
Além de “Can’t take My Eyes off You” também estão na trilha sonora , sem falar nas outras ,” Whatever Lola Wants” e ” Alone “, muito bonitas.
Um abraço !!