Nota:
Anotação em 2008: Um bom noir da fase americana (1936-1956) de Fritz Lang (1890-1976).
Anne Baxter tem o que deve certamente ser uma das melhores interpretações de sua carreira – ao lado, é claro, de seu extraordinário papel de Eve, a verdadeira malvada de A Malvada/All About Eve, de Joseph L. Mankiewicz. Ela interpreta Norah, uma moça simples que trabalha como telefonista em Los Angeles e divide um apartamento com duas colegas de trabalho.
No dia de seu aniversário, Norah recebe uma carta do namorado, um soldado em ação no Japão, em que ele informa, tout court, que vai se casar com uma enfermeira japonesa. Abalada, arrasada, ela aceita o convite de um fotógrafo, um sujeito mulherengo, desprezível; vão jantar no The Blue Gardenia, um restaurante freqüentado por ricos e famosos. O sujeito a deixa completamente bêbada com vários coquetéis, leva-a para sua casa e tenta forçá-la a trepar. Ela reage, pega um pedaço de ferro e atinge a cabeça do agressor.
Acorda no dia seguinte em seu apartamento, sem se lembrar direito do que aconteceu. Pelos jornais, fica sabendo da morte do sujeito. Na casa do morto, a polícia encontra um lenço dela e uma gardênia azul que o restaurante oferece a seus fregueses.
Ainda estamos no meio do filme, e muita coisa ainda está por vir. Surge na história um jornalista (interpretado por Richard Conte), que oferece toda a ajuda legal à assassina em troca de uma entrevista exclusiva.
Nat King Cole faz papel dele mesmo e canta, como não poderia deixar de ser, Blue Gardenia, um de seus grandes sucessos, no restaurante onde Norah se embebeda.
No final, Lang vai se deixar arrastar por um tom melodramático. Mas é um bom filme, e Anne Baxter realmente está extraordinária.
A Gardênia Azul/The Blue Gardenia
De Fritz Lang, EUA, 1953.
Com Anne Baxter, Richard Conte, Nat King Cole, Ann Sothern,
Roteiro Charles Hoffman
Baseado no conto Gardenia, de Vera Caspary
Produção Blue Gardenia, distribuição Warner Bros.
P&B, 88 min.
**1/2
7 Comentários para “A Gardênia Azul / The Blue Gardenia”