2.5 out of 5.0 stars
Anotação em 2006, com complemento em 2008: O diretor francês Régis Wargnier gosta de histórias de personagens que mostrem por trás o desenrolar da grande História. Fez isso sobre a colonização francesa no Vietnã em Indochina, de 1992, e sobre a escalada totalitária na União Soviética sob a ditadura de Stálin, em Leste-Oeste, de 1999.
Neste filme aqui, o tema de fundo são os estudos de antropólogos que tentavam provar, por vias tortas, no final do século XIX, a teoria do evolucionismo. Quando o filme começa, com um jeito de aventura na África, acompanhamos um grupo de ingleses que caçam pigmeus como se fossem feras. Os pigmeus são levados para a Escócia, onde serão estudados por uma trinca de antropólogos e mais tarde colocados em um zoológico – exatamente como animais. Para aqueles cientistas de então, os pigmeus seriam o elo perdido entre os macacos e os homens.
Haverá, então, um racha entre os colegas antropólogos. Um deles, interpretado por Joseph Fiennes, o irmão bem menos talentoso de Ralph Fiennes, consegue enxergar que aqueles seres não são macacos, ou elo perdido, e sim gente como a gente, enquanto os outros dois prosseguem na crença de que os pigmeus são bichos.
Como em todos os filmes de Wargnier, tudo é extremanete bem feito – a resconstituição de época é um primor. E ele tem de novo na trilha sonora o inglês Patrick Doyle, um grande compositor, que já havia trabalhado com ele em Leste-Oeste.
O Elo Perdido/Man to Man
De Régis Wargnier, Inglaterra-França-África do Sul, 2005.
Com Joseph Fiennes, Kristin Scott Thomas, Iain Glenn
Roteiro William Boyd, Michel Fessler, Fred Fougea, Régis Wargnier
Música Patrick Doyle
Cor, 122 min.
o filme relata o própria historia da humanidade quando estudiosos tentam encontrar novas descobertas sobre a evolução da especie humana, submetendo seres humanos a tortura e humilhação sem ao menos reconhecer que também são seres com inteligencia e sentimento, ignorando completamente sua cultura e o seu meio social.