3.0 out of 5.0 stars
Anotação em 2000: Susan Hayward está extraordinária como a ex-prostituta e delinqüente injustamente acusada de assassinato e por isso assassinada na câmara de gás em San Quentin. Levou o Oscar, apesar do tema polêmico – ainda mais para a época.
É um desses muitos filmes sobre os quais ouvi falar demais quando era garoto, adolescente, em Belo Horizonte, e que só estou vendo pela primeira vez agora, graças ao Telecine 5. Estava começando às 3 da manhã, e fiquei firme até o fim porque o filme de fato é muito bom.
A história, real (parece que a personagem, Barbara Graham, foi executada em 1953), aparentemente foi um daqueles casos que marcaram profundamente a época, como o de Caryl Chessman. Tem um mérito especial: a defesa veemente de uma mulher “errada”, “de vida fácil”, segundo os padrões morais da época – uma mulher “totalmente aética”, como diz o psicólogo que a examina, e de comportamento rebelde o tempo todo, inclusive no julgamento e depois, já condenada. No final, o diretor Robert Wise quase abandona a história que está contando para se concentrar em mostrar os detalhes do ritual cruel, selvagem, estúpido, que é o assassinato patrocinado pelo Estado; é um dos filmes mais virulentamente anti-pena de morte já feitos, no estilo de jóias como A Sangue Frio, que Richard Brooks fez em cima do livro de Truman Capote, La Vie L’Amour La Mort, de Lelouch, e o mais recente Clint Eastwood, Crime Verdadeiro/True Crime.
Gerry Mulligan aparece como ele mesmo, tocando na seqüência de abertura em um night club de San Francisco. A trilha sonora de Johnny Mendel estranhamente não foi indicada para o Oscar; Wise, os roteiristas, o fotógrafo Lionel Lindon, a montagem e até o som foram indicados.
Quero viver!/I Want to live!
De Robert Wise, EUA, 1958.
Com Susan Hayward, Virginia Vincent, Simon Oakland
Roteiro Nelon Gidding e Don Mankiewicz
Baseado em artigos de jornais de Ed Montgomery e cartas de Barbara Graham
Música Johnny Mandel
P&B, 120 min
Excelente filme. Susan Hayward, magnífica.
Acho que nunca um Oscar foi tão merecido.
Um filme que me “prendeu” do início ao fim.
Não sou muito chegado aos musicais por isto não assisti ” A Noviça Rebelde ” e ” Amor Sublime Amor “. Este aqui sim, um Robert Wise maravilhoso apesar de ser uma história real mas, é um filmaço.
Uma injustiça muito grande. Ainda assim achei que Wise não fêz da Barbara uma mártir.
A Susan além de ótima atriz era também uma mulher muito bonita.
Um tumor no cérebro tirou-lhe a vida tão cedo, com 57 anos .
Um abraço !!