3.0 out of 5.0 stars
Anotação em 2000: Anoto uma frase brilhante, antes que eu esqueça. É dita pela personagem de Judy Davis, uma professora, que, depois de sofrer com a separação do marido (Kenneth Branagh), tem um casamento muito mais feliz com o personagem de Joe Mantegna: “Os livros de auto-ajuda e os analistas que me desculpem, mas para achar o amor é preciso de sorte”.
Só por essa maravilha já valeria o filme.
Não é o melhor de Woody Allen nos anos 90, de fato, mas é sempre Woody Allen, e por isso melhor do que 90% do que se faz. Os principais destaques, assim de imediato, sem pensar muito, são:
a opção pelo preto-e-branco,
o tema dos repórteres caça-celebridades, dos quais ele tinha sido alvo no processo do tempestuoso final de casamento com Mia Farrow,
a escolha do grande ator e diretor irlandês Kenneth Branagh para fazer o papel principal, o do alter-ego dele próprio,
e o fato de o personagem dele, Branagh, que na verdade é o dele, Woody Allen, admitir que adora mesmo é uma jovenzinha (no filme, a personagem de Winona Ryder, essa coisa extraordinária).
Aliás, um filme só ter Winona Ryder e Charlize Theron é luxo demais.
Uma das grandes piadas: um diretor de cinema diz que vai fazer uma refilmagem de O Nascimento de Uma Nação, o filme racista de D.W. Griffith, de 1915, só com atores negros.
Celebrity/Celebridades
De Woody Allen, EUA, 1998.
Com Kenneth Branagh, Judy Davis, Winona Ryder, Melanie Griffith, Leonardo Di Caprio, Charlize Theron, Joe Mantegna
Argumento e roteiro Woody Allen
Fotografia Sven Nykvist
P&B, 113 min
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