Anotação em 1999, com complemento em 2008: Mais um de tantos e tantos filmes sobre o eterno tema do rito de passagem da adolescência. É suave, sensível, daqueles filmes de história rala, onde o que mais importa são os pequenos detelhes. Não é mesmo marcante, e a rigor tudo no mundo seria igual se ele não tivesse sido feito.
Peguei no vídeo por causa da Judy Davis, e na primeira cena percebi que já tinha visto; lembrava que tinha sido no cinema, acho que no CineSesc, quando foi lançado. Mas não me lembrava – nem Mary – da história, de onde ia dar. Me pareceu que não dá muito longe.
O que chama a atenção é a estranha combinação de países que produziu o filme: Canadá, Itália e Austrália. Foi o primeiro filme escrito e dirigido pelo italiano Antonio Tibaldi – na Itália, chamou-se Il Colore dei suoi occhi, um belo título.
A geografia dos personagens do filme é tão globalizada quanto a produção: o personagem central, um garoto de 15 anos, estuda num internato no Canadá; o pai trabalha em Hong Kong e a mãe (Judy Davis) vive na Inglaterra.
O povo do AllMovie gostou. Aí vai a resenha deles, que de qualquer forma é melhor que meu comentário:
“Neste drama fascinante e complexo sobre o rito de passagem, um estudante de 15 anos de um internato cresce um pouco mais depressa ao tentar entender seus próprios problemas e os de sua família fragmentada. Seus pais são divorciados e, desde a separação, ele ficou muito distante de seu pai. O problema começa quando ele fica sabendo que sua mãe tem esquizofrenia. Suas reações à sua doença e as mudanças que ela traz formam o cerne deste filme provocativo.”
Quando é Preciso Crescer/On My Own
De Antonio Tibaldi, Canadá-Itália-Austrália, 1991.
Com Matthew Ferguson, Judy Davis, David McIlwaith, Jan Rubes, Michele Melega, Colin Fox
Roteiro Gil Dennis, Antonio Tibaldi e John Frizell
Fotografia Vic Sarin
Música Franco Piersanti
Cor, 97 min.