3.0 out of 5.0 stars
Anotação em 1999: Uma gracinha de filme simpático, inteligente, bem feito. Tem um fiapinho de história, que é contada muito bem, com excelentes diálogos inteligentes recheando.
Não sei se o rapaz viu Demy, Lelouch; seguramente viu o Vermelho do Kieslowski. Mesmo que não tenha visto os franceses dos anos 60, bebeu na fonte deles. É uma singela história de dois caminhos que vão se entrecruzando na vida, antes de finalmente se encontrarem – como Lelouch fez em Toute Une Vie e o polonês fez no Vermelho. A história singela e por isso mesmo brilhante é realçada em todos os pequenos detalhes, com mil pequenas observações sobre comportamento, caráter, posturas sociais. Uma pequena obra-prima.
Toda a trilha sonora é pontuada por músicas da bossa nova, com a desculpa, semelhante à usada por Lelouch em Un Homme et Une Femme, de que a personagem central esteve no Brasil quando muito novinha, levada pelo pai. E, aliás, que delícia de moça é essa Hope Davis.
Um detalhe interessante: ao final da apresentação, o crédito é dado de uma forma que eu nunca tinha visto antes: Directed and edited by Brad Anderson. O rapaz dá a maior importância à montagem. Deve seguramente ser rato de cinema. Viu Eisenstein. Deve ter visto Lelouch.
Próxima Parada, Wonderland/Next Stop Wonderland
De Brad Anderson, EUA, 1998.
Com Hope Davis (Erin), Alan Gelfant (Sam), Victor Argo, John Benjamin, Cara Buono
Roteiro Brad Anderson e Lyn Vaus
Mus Claudio Ragazzi
Mont Brad Anderson
Produção Miramax
Cor, 104 min.
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