4.0 out of 5.0 stars
Resenha para a revista Bárbara, em 1996: Sem Mia Farrow, Woody Allen voltou a achar graça na vida – e nós saímos ganhando. Em Poderosa Afrodite, ele brinca com o tema predileto da sua ex-mulher (e que os levou à separação tumultuada e escandolosa), a adoção de filhos. O próprio diretor faz o papel de um escritor cuja mulher insiste em adotar uma criança recém-nascida; quando o garoto se demonstra um superdotado, inteligentíssimo, o pai não resiste à curiosidade de descobrir quem é a mãe biológica. A busca por ela, mais tarde o encontro, as muitas surpresas que vêm depois, tudo é hilariante, escrachado – e inteligente. Woody Allen mistura música grega para turista, heróis da mitologia, figuras da psicanálise e um engraçadíssimo coro como os de teatro clássico da Grécia antiga para falar de destino, tragédia, sentido da vida. A cena final, um brilho puro, dá vontade de aplaudir de pé.
Anotação pessoal em 1996: Maravilha. Woody Allen usa música grega pra turista e um engraçadíssimo coro de tragédia grega tradicional para falar de destino, tragédia, o que é a vida, paternidade, adoção. Terceiro filme depois da separação de Mia Farrow, e terceira comédia escrachada de novo, como antes da fase Bergman. Não que a fase Bergman seja pior. É só que, sem Mia Farrow, ele voltou a gostar da vida.
É brilho puro a ironia final, o encontro do personagem dele com o de Mira Sorvino, numa loja, um templo do consumo, ele pai do filho dela, ela pai do filho dele, e o coro da tragédia grega falando que a vida é assim, estranha, esquista, mas boa.
Poderosa Afrodite/Mighty Aphrodite
De Woody Allen, EUA, 1995.
Com Woody Allen, Mira Sorvino, F.Murray Abraham, Helena Bonham Carter, Claire Bloom, Olympia Dukakis, Jack Warden
Argumento e roteiro Woody Allen
Cor, 95 min.
Ora aqui está um filme de Woody Allen de que eu gostei, o último. Depois deste acho que só vi “Match Point” e já me esqueci do que vi.
Fiquei de dar minha opinião sôbre este nono filme que vi do gênio Allen ontém, mas não deu; então faço agora.
Digno de 4 estrelas.
Exatamente como dizes,aquele final é soberbo.
S P O I L E R
Pelo menos eu imaginei que o Lenny ficaria com a Linda e ele diria para ela que o menino era seu filho mas , foi aí que Allen fugiu do clichê e fez aquele final. Gênio!!!
Delicia de filme, maravilhoso.
Aquela neurose tôda para escolher um nome para o bebê e aí, me lembro que alguém disse certa vez, “Não me canso de admirar Allen e sua mente genial e neurótica” .
Ele e o filho , “Quem é o chefe ? Eu sou o chefe, sua mãe toma as decisões”. Verdadeiro Allen . . .
A participaçao do coral grego – coisas de Allen, coisas de gênio.
” A vida não é irônica ? ”
” A vida é inacreditável. . .”
” Milagrosa, triste, maravilhosa ”
” De tôdas as fraquezas humanas, a obsessão é a mais perigosa . . . e a mais tôla” .
” Voce não tem medo que um cara vá até sua casa,te pegue,te amarre e depois te mate? Não, sempre cobro adiantado ” . Ela é loura e, aí . . .
Sergio , alguma vez voce fez uma aposta nos ” cavalinhos ” ? O cavalo que o Lenny apostou era o favorito e, por isso só pagou 0,40$ e ele aposta no placé . . . coisas de Allen .
Uma observação: Li que a Mira Sorvino ganhou o Oscar de melhor atriz coadjuvante por este filme. Tudo bem, ela está de fato, muito bem mesmo como a Linda Ass. Mas, a Kate Winslet em “Razão e Sensibilidade” ter perdido para ela, não achei muito justo, não. Enfim . . .
Tá lá no filme, ” A X… Encantada ” .
Maravilha de filme e, mais uma vez, com um final soberbo .
Viva Woody Allen !!!!!!!
Um abraço ! !
Perdão , minha opinião já foi longa mas esqueci de uma coisa.
Mais uma vez como nos filmes de Allen uma trilha sonora com músicas lindas.
” I’ve Found a New Baby”
” Take Five ” com o grande Dave Brubeck.
” Walking my Baby Back Home ”
” You Do Something To Me ”
” When Your Lover Has Gone ” , também está em “Para Roma Com Amor” .
” Manhattan ”
Lindo, muito lindo ! !
Obrigado, um abraço !!