3.0 out of 5.0 stars
Anotação em 1996, com complemento em 2008: Belo filme, bela surpresa. Não é nada naturalista, é todo exagerado, exageradíssimo. Na verdade é uma fábula, com uma belíssima moral da história, embora óbvia, mas dita de uma forma brilhante: cada pessoa tem um lado escuro e um lado claro, e dentro das limitacões todas pode escolher o que querem.
A recriação de época – Londres entre 1662 e algo como 1670, no reinado de Charles II, que sucedeu a Cromwell e restaurou a antiga dinastia (daí o nome da época e do filme), anos da peste e do grande incêndio – é estupenda. Música excepcional. O exagero do tema – tudo é over, propositadamente over, inclusive a atuação de Robert Downey Jr – chega até ao exagero de cenas brutais, impossíveis de se olhar, como o homem com o coração para fora.
O diretor Michael Hoffman deve ser novo. Não está no Cinemania ‘95.
Na verdade, o diretor Hoffman não era tão novo, ao fazer este filme, de 1995; nasceu em 1956 (no Havaí!), e antes de Restauration já havia feito cinco longas. Em seguida, em 1996, faria Um Dia Especial/One Fine Day, comedinha romântica com a dupla George Clooney-Michelle Pfeiffer, e em 2002 faria O Clube do Imperador, um filme sério e adulto sobre valores morais básicos, com Kevin Kline como o professor de História que dirige concursos de conhecimentos entre os alunos de uma escola de americanos ricos.
O Outro Lado da Nobreza/Restoration
De Michael Hoffman, Inglaterra-EUA, 1995.
Com Robert Downey Jr, Sam Neill, Meg Ryan, Polly Walker
Roteiro Michael Hoffman
Baseado em livro de Rose Tremain
Música James Newton Howard, música incidental Henry Purcell
Cor, 117 min
***
Título em Portugal: Restauração
Esse pra mim foi um dos filmes que mais gostei até hoje. Pude explorar-lo bem em sala de aula abordando reinado de Charles II, Oliver Cromwell, peste negra, os desafios da ciência num período onde tudo ainda era muito precário.
Essa sempre é uma das indicações para meus alunos qdo vou trabalhar restauração da monarquia em Inglaterra e Escócia, pouco depois da morte de Oliver Cromwell.
Em breve estarei fazendo comentário deste filme também no meu blog.
Abraços!
Júnia