Perversa Paixão / Play Misty For Me


2.5 out of 5.0 stars

Anotação em 1995: Este filme foi a estréia de Clint Eastwood na direção, com a história de um disc-jockey na região de Monterey na era pós-hippie que trepa com uma moça e aí descobre que ela é absolutamente doida e que vai infernizar sua vida.

O que mais me impressionou foi o fato de que ninguém, absolutamente ninguém, que eu saiba, se lembrou deste filme quando surgiu Atração Fatal, em 1987, 16 anos depois – que é exatamente a mesma história, a mesma base da trama.

 Roger Ebert, o crítico que gosta dos filmes que vê, escreveu o seguinte: “Play Misty For Me não é o equivalente artístico de Psycho, mas na tarefa de botar a audiência no palma da mão e então apertar, é supremo. Não depende de um monte de surpresas para manter o suspense. Existem algumas surpresas, claro, mas a maior parte do terror do filme vem do fato de que a mulher desconhecida é capaz de tudo. O filme foi a estréia de Clint Eastwood na direção, e foi um bom começo. Ele deve ter aprendido muito durante os 17 anos em que trabalhou para outros diretores. Em particular, ele deve ter aprendido muito com Don Siegel, que dirigiu seus quatro filmes anteriores e tem um pequeno papel (como o garçom do bar) neste aqui. Não há energia desperdiçada em Play Misty For Me. Tudo contribui para a acumulação do terror; até mesmo as cenas normais, feitas durante o dia, parecem ter coisas inexprimíveis movendo-se furtivamente abaixo delas.”

Perversa Paixão/Play Misty For Me

De Clint Eastwood, EUA, 1971

Com Clint Eastwood, Jessica Walter, Donna Mills, John Larch, Irene Harvey

Argumento Joe Heims

Roteiro Dean Riesner

Cor, 102 min

3 Comentários para “Perversa Paixão / Play Misty For Me”

  1. Brilhante estreia do Clint Eastwood atrás das câmaras, um filme que muito justamente atingiu o estatuto de clássico e, em certa medida, também o de cult-movie, atendendo a que continua a existir muita gente (mesmo da nossa geração) que o desconhece ou nunca ouviu falar sequer. Tudo nele é extraordinariamente simples e escorreito mas que consegue agarrar o espectador do princípio ao fim, mesmo se a ele se assistir várias vezes, como tem sido o meu caso ao longo dos anos.
    Ah, e não esquecer essa coisa linda que é a canção da Roberta Flack, “The First Time Ever I Saw Your Face”. tema lançado dois anos antes no album “First Take”, mas que só se tornou célebre após Eastwood a ter utilizado neste filme.

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